Tag: SUS

  • Simone Tebet fala em segurança pública, saúde e educação

    Simone Tebet fala em segurança pública, saúde e educação

    A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, visitou na manhã desta terça-feira (20) o Centro de Operações e Inteligência da cidade de Indaiatuba (SP) e voltou a defender a criação de um Ministério de Segurança Pública. “Nós precisamos diminuir e muito a questão de roubos e furtos no Brasil, isso se faz com inteligência e tecnologia. De um lado, fechando a fronteira, tolerância zero contra o crime organizado no Ministério Nacional de Segurança Pública, com Forças Armadas, Segurança Pública e Polícia Federal. De outro lado, dentro das cidades, com inteligência, tecnologia, monitoramento pra que nós possamos prevenir, porque depois que acontece o furto ou o roubo é muito difícil recuperar esses bens”, avaliou.

    Sobre uso de armas pela população, a candidata defendeu que quem tem que fazer segurança pública no Brasil é o estado brasileiro. “Arma é na mão da polícia e a Justiça julga. O cidadão comum tem que ser protegido. Em casos excepcionais têm já pela legislação o direito à comercialização, ao porte e a posse de arma, mas isso é apenas a exceção e tem que continuar assim”, acrescentou.

    Saúde

    Ao lembrar a pandemia de covid-19 no Brasil, Tebet disse que se eleita vai dar transparência ao que aconteceu na condução da pandemia no Brasil. “Abrir essa caixa do Ministério da Saúde porque ali houve tentativa de superfaturamento, de compra de vacina superfaturadas”. Ainda na área da saúde, ela disse que fará com que o Ministério da Saúde “volte a funcionar e a financiar a saúde pública no Brasil”. Segundo ela, a União chegou a bancar quase 50% do SUS no Brasil. “Hoje essa conta não fecha. Os prefeitos não dão conta de saúde e qualidade, especialmente nos hospitais públicos”. Simone Tebet também disse que atualizará a tabela SUS em 25% ao ano, dando 100% de atualização da tabela SUS em quatro anos, uma vez que ela está desatualizada há mais de 20 anos.

    Educação

    Outra promessa da emedebista, desta vez, na área de educação, foi investir no ensino técnico profissionalizante. Simone Tebet voltou a se comprometer também a zerar as filas para creches no Brasil, além de implementar a nova reforma do Ensino Médio, garantindo escola em período integral.

    Edição: Denise Griesinger

  • Gestão em saúde: indicadores devem ser implantados até o fim do ano

    Gestão em saúde: indicadores devem ser implantados até o fim do ano

    Os municípios têm até o fim deste ano para implementar sete indicadores de gestão na área da saúde previstos no Programa Previne Brasil. Por meio do programa, os municípios precisam cumprir algumas metas de desempenho dos serviços prestados para ter suplementações orçamentárias nos repasses da União. Isso além da destinação obrigatória como determina a Constituição.

    O programa foi criado em 2019, mas, durante a pandemia de covid-19, em 2020. No ano passado, o Ministério da Saúde repassou os recursos sem levar em conta as metas de gestão, que envolvem ações estratégicas como ampliação no horário de atendimento das unidades básicas de saúde, informatização dos serviços e existência de equipes de saúde bucal.

    Já neste ano, os municípios estão implantando gradativamente os indicadores, como afirmou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, no programa Brasil em Pauta, comandando pelo jornalista Paulo La Salvia, na TV Brasil.

    “No primeiro quadrimestre, dois já começaram a valer, três agora no segundo. Os sete indicadores serão englobados até o final do ano. Nenhum município vai perder 1 real em relação ao que ganhava, ou seja, essa garantia eles já têm, mas quem performar melhor, vai receber muito mais. Isso está acontecendo no Brasil. A cada quadrimestre, avaliamos esses resultados, e o que vemos é que os municípios vêm melhorando muito rápido e, com isso, recebendo mais recursos para a população”, disse Câmara.

    Outra prioridade de atuação da Secretaria de Atenção Primária à Saúde é o cuidado com a mulher gestante e com aquelas que acabaram de dar à luz. Médico obstetra, Raphael Câmara lembrou que o setor tem R$ 1.8 bilhão para investir na ampliação do número de ginecologistas, obstetras e equipes de profissionais de saúde para resolver problemas como a mortalidade materna.

    “Nós vamos financiar agora ambulatório de alto risco tanto para mães quanto para bebês, coisa que não tinha. Sabemos que isso é importante, as causas de mortes no Brasil hoje são hipertensão, hemorragia e infecção, e esse é o foco total da nossa gestão. Tem que cuidar, porque isso provoca mais de 80%, 90% das mortes de mulheres no Brasil”, acrescentou.

    Ainda no Brasil em Pauta, Raphael Câmara destacou a resiliência e o papel central do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a pandemia de covid-19 no Brasil. “A população hoje dá importância ao SUS, ela vê o quanto o SUS salvou. Morreram cerca de 670 mil pessoas, sim, mas seria muito pior, mas muito pior, se não fosse o SUS. Então, hoje, a própria gestão, a população cobra, os gestores correm atrás desses indicadores, eles querem melhorar.”

    Atenção Primária

    A Atenção Primária à Saúde conta com 53 mil equipes de saúde da família, compostas por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agentes comunitários, além de 48 mil unidades básicas de saúde. A área é considerada a porta de entrada do SUS pelo atendimento imediato à população.

    O programa com o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, vai ao ar neste domingo (10), às 22h30, na TV Brasil.

  • Projeto em 19 maternidades do SUS reduz mortalidade materna em 37%

    Projeto em 19 maternidades do SUS reduz mortalidade materna em 37%

    Projeto desenvolvido em 19 hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) reduziu a Mortalidade Materna em mais de 30%. Foram desenvolvidas ações de melhoria nos procedimentos médicos com foco nos três principais motivos para a morte de gestantes, que são: hipertensão, hemorragia e infecção. O projeto é coordenado pelo Hospital Albert Einstein em parceria com o Institute for Healthcare Improvement (IHI) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna é celebrado neste sábado (28).

    A ação resultou na queda de 37% na taxa de mortalidade materna geral. Quando observados apenas os três fatores que causam mais mortes, o índice é ainda maior: 58%. Nos casos de sepse, que é a infecção generalizada, foi registrada queda de 73%. Considerando apenas os casos de hemorragia, houve redução de 86%.

    A iniciativa utiliza uma metodologia chamada ciência da melhoria.

    “A gente faz uma análise de como funciona hoje o atendimento de uma gestante que está sob um risco, com base nesta análise de fluxo, a gente consegue atuar sobre os pontos em que há um risco maior. Testamos as mudanças junto com eles [a equipe]”, explica Romulo Negrini, coordenador médico da obstetrícia do Einstein. São feitos, então, testes em pequenas escalas e, a partir da análise dos resultados, são estabelecidos novos processos.

    Dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde, mostram que a cada 100 mil nascimentos registrados, 107 mulheres morrem por causas relacionadas à gestação e ao parto. “Hoje, a gente chama esse projeto de ‘Todas as mães importam’, porque nós não queremos perder nenhuma mãe. A gente reconhece que 92% das mortes maternas são evitáveis”, aponta Negrini.

    A fase piloto do Projeto de Redução de Mortalidade Materna foi feita no Hospital Agamenon Magalhães, em Recife. Depois, a iniciativa foi ampliada para 19 hospitais públicos, distribuídos em sete estados: além de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pará e Rondônia. Da fase atual, iniciada em agosto de 2021 na Bahia, participam cinco maternidades de Salvador, uma de Feira de Santana e nove unidades de atenção primária também em Salvador.

    Pontos de atenção

    Negrini destaca que o projeto na Bahia abrange não apenas hospitais, mas toda a rede de saúde. “Hospital, unidade básica, onde é feito o atendimento pré-natal e o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], que é aquele sistema de atendimento móvel que faz o transporte das pacientes de uma unidade de baixo risco para uma unidade de risco maior”, enumera. Ele aponta o pré-natal como uma etapa fundamental para a identificação de cuidados necessários.

    O médico acrescenta que os primeiros passos incluem saber se a paciente está sob risco. “Trabalhamos com eles [equipes] quais os critérios para o reconhecimento desse risco e aí a atuação em cima desse reconhecimento”, aponta. Um segundo entrave para um atendimento adequado envolve dificuldades de transporte da paciente. “Estou numa unidade que eu tenho poucos recursos e eu preciso transferir para a unidade de mais recursos, mas existem coisas que eu posso fazer antes. Não preciso necessariamente esperar a transferência”, exemplifica.

    Outro aspecto que o coordenador chama atenção é o recorte de raça para as mortes maternas. “Independentemente da classe social, se a gente considerar pessoas da mesma classe social, as mulheres pretas e pardas morrem mais do que as mulheres brancas. A gente trabalha muito nesse quesito para que isso seja considerado um fator de atenção para que a gente possa dar equidade no atendimento. É um dos quesitos importantes do nosso projeto”, explicou.

    Desafios

    A covid-19 representou um complicador a mais em um cenário já preocupante de mortalidade materna. “Pensando no Brasil, a gente vem em uma descendente, mas uma descendente muito lenta. Existe um pacto, da saúde do milênio, para que a gente chegue a 30 mortes para cada 100 mil nascidos em 2030. Entretanto, na era covid, pensando no Brasil como um todo, a gente chegou a mais de 100 mortes para cada 100 mil nascidos vivos”, lamentou o médico. Ele lembra que antes a taxa era de 70 mortes para cada 100 mil nascidos. “Se a gente considerar países europeus, eles têm menos de 10. A gente tem muito o que caminhar”, comparou.

    Ele lembra, como outro aspecto que pode ter favorecido as mortes de gestantes na pandemia, a menor frequência na busca por serviços de saúde. “Aquelas mulheres que tinham medo de sair de casa, medo de ir ao hospital, então uma hipertensa, que poderia ter um controle, passa a se descontrolar, porque não teve o acompanhamento pré-natal adequado; uma diabética não teve o acompanhamento adequado. Isso tudo acaba contribuindo”, acrescentou.

    Edição: Claudia Felczak

  • Talassemia: saiba o que é e a importância do diagnóstico precoce

    Talassemia: saiba o que é e a importância do diagnóstico precoce

    Ontem, domingo (8) foi o Dia Internacional da Talassemia, um tipo de anemia hereditária. A data reforça a divulgação de informações sobre a doença, diagnóstico precoce e conscientização da população. 

    Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o atendimento integral, desde o diagnóstico, monitoramento e o transplante de medula óssea quando indicado.

    Casos graves de talassemia podem ser diagnosticados nos primeiros anos de vida, aponta especialista do MT Saúde

    De acordo com dados da pasta, até abril deste ano, já foram registrados 930 pacientes com a doença no Brasil. Entre os pacientes, quase 36% tem entre 20 e 39 anos. Ao todo, foram mapeados 137 Serviços de Atenção Especializada em Talassemias em todo o Brasil.

    O que é Talassemia

    As talassemias são um grupo de doenças hereditárias crônicas que se caracterizam pela redução ou ausência de hemoglobina – substância dos glóbulos vermelhos do sangue responsável pelo transporte de oxigênio para todo o corpo. Pessoas acometidas pelo problema possuem uma variabilidade de sintomas, como anemia persistente, aparência pálida, aumento do baço, distúrbios cardíacos e endócrinos, atraso no crescimento e na maturação sexual, além de infecções recorrentes.

    Tratamento

    Em geral, o tratamento e acompanhamento desses pacientes são realizados pela Rede Nacional de Hematologia e Hemoterapia (Hemorrede), integrada pelos hemocentros coordenadores estaduais e suas respectivas hemorredes regionais. Nos locais em que o tratamento não é oferecido na hemorrede, os estados instituem outros serviços de referência para esse tratamento especializado, necessário para evitar complicações da doença, que em casos mais graves pode implicar, inclusive, em transplantes de medula óssea.

    O diagnóstico precoce da doença é fundamental. Os pacientes com o tipo de talassemia com anemia grave necessitam de transfusões de sangue de forma regular, geralmente a cada 20 dias, em média, para sempre, desde os primeiros dias de vida.

    O Ministério da Saúde publicou materiais técnicos para padronizar o atendimento e orientar os profissionais de saúde no tratamento das pessoas com a doença, como o Manual de Orientações para o Diagnóstico e Tratamento das Talassemias Beta, Caderneta da Pessoa com Talassemia e Folder Talassemias.

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  • Pandemia fez cirurgias de varizes pelo SUS despencarem 69% no país

    Pandemia fez cirurgias de varizes pelo SUS despencarem 69% no país

    As cirurgias de varizes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país caíram, em média, 69% ao longo de 2021, na comparação com o ano de 2019, antes da pandemia de covid-19. A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) analisou dados do Ministério da Saúde e fez um alerta, que vai além da questão estética:

    Cirurgias de varizes

    “Sem o cuidado devido, as varizes implicam em perda de qualidade de vida, sobretudo para as mulheres, em quem são mais prevalentes, que podem sofrer com dores e desconforto, comprometendo sua rotina. Além disso, as varizes podem evoluir para situações graves e de difícil reversão, como as úlceras de estase, que são feridas crônicas de difícil cicatrização e que tem grande impacto econômico e na qualidade de vida do paciente”, ressaltou Julio Peclat, presidente da SBACV.

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    Números

    Há dois anos, a rede pública contabilizou a realização de 68.743 cirurgias de varizes na rede pública. O volume inclui tratamentos cirúrgicos de varizes bilateral e unilateral, bem como a ressecção (extração) das veias. Em 2020, ano em que a pandemia foi decretada, em março, esse total caiu 59%, com o registro de 28.354 operações.

    Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular mesmo diante do esforço dos serviços espalhados pelo país de retomada do atendimento em 2021, a quantidade de cirurgias realizadas no ano passado ainda foi insuficiente para recuperar os patamares pré-pandemia. O déficit foi de 24% no volume de cirurgias para varizes. O dado absoluto foi de 21.604 procedimentos.

    Ao longo de dez anos (2011-2021), o SUS realizou 552.332 operações de varizes, com uma média anual de 55.233 casos atendidos. Assim, o resultado alcançado ano passado foi de apenas 40% desse número.

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    Estados

    Em um recorte estadual, os dados mostram que 26, dos 27 estados brasileiros, diminuíram o número de cirurgias para varizes realizadas ao longo de 2021, na comparação com 2019.

    As principais variações foram observadas nas seguintes unidades: Acre (-95%), Espírito Santo (-92%), Mato Grosso do Sul (-92%), Bahia (-84%), Paraná (-84%), Distrito Federal (-74%), Minas Gerais (-73%), Ceará (-70%), Pará (-70%) e São Paulo (-67%). Em outros estados os índices variaram de -15% (Alagoas) a -66% (Paraíba). O único estado a registrar resultado positivo foi o Mato Grosso (44%).

    Apesar de em em todas as regiões brasileiras ter sido registrado um comportamento semelhante, em termos proporcionais, a Região Norte teve o pior desempenho, com queda de 72% no número de cirurgias, no período de avaliação. Na sequência, aparecem o Sul (- 71%), o Sudeste (-70%), o Nordeste (-63%) e o Centro-Oeste (-51%).

    Para Mateus Borges, diretor de publicações da SBACV que coordenou o levantamento, é necessário entender que varizes são um problema de saúde pública, com consequências individuais e coletivas.

    Para os especialistas da SBACV a baixa procura durante a pandemia deveu-se ao receio de pacientes irem a consultórios e hospitais para consultas e cirurgias por receio de se exporem ao novo coronavírus. Isso resultou em um “apagão” desse tipo de cirurgia.

    Borges entende que, passado o cenário crítico da pandemia, é preciso promover uma campanha de esclarecimento para conscientizar a população sobre a importância dos cuidados. O presidente da SBACV acrescenta que isso deve ocorrer com a adoção de medidas de planejamento e reforço da infraestrutura de atendimento para acolher a demanda reprimida.

    Doença

    Varizes são veias alongadas, dilatadas e tortuosas que se desenvolvem abaixo da pele e que, em função de sua fase de desenvolvimento, podem ser de pequeno, médio ou de grande calibre. Os membros inferiores (pés, pernas e coxas) são os mais acometidos.

    As causas da doença são variadas e incluem predisposição genética, gravidez e idade avançada. Além disso, a prevalência da condição é mais comum em mulheres.

    Quando não tratada, a doença pode dar origem a outras complicações. As principais e de maior risco são: flebites, tromboses, além de manchas nas pernas e feridas (úlceras). Também podem evoluir para a insuficiência venosa, com sintomas como sensação de peso, cansaço e queimação nas pernas, bem como dormência, alterações de mudança da textura da pele – deixando-a mais suscetível a lesões -, úlceras, infecções e sangramento.

    Outro lado

    Procurada pela Agência Brasil a assessoria do Ministério da Saúde informou que, mesmo enfrentando um cenário de pandemia no país, a pasta apoiou estados e municípios para a manutenção do acesso da população aos serviços realizados no Sistema Único de Saúde (SUS).

    “Em 2020, foram realizados no Sistema Único de Saúde (SUS) mais de 31 mil cirurgias para varizes. Em 2021, números ainda preliminares, notificados por estados e municípios, mostram que foram realizadas cerca de 28 mil cirurgias com esta finalidade. Todos os procedimentos informados são custeados pela pasta”, ressaltou o Ministério acrescentando que o SUS é tripartite e cabe aos estados e municípios a oferta de procedimentos e serviços, conforme a demanda local e a necessidade de cada local.

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  • Lei obriga divulgação de lista de espera de pacientes em MT

    Lei obriga divulgação de lista de espera de pacientes em MT

    Entrou em vigor em Mato Grosso a lei que obriga a publicação na Internet da lista de espera dos pacientes que aguardam por consultas e suas especialidades, exames, intervenções cirúrgicas e outros procedimentos nos estabelecimentos da rede pública de saúde. A lei foi sancionada em dezembro de 2021.

    A lista deve conter a data da solicitação, posição que o paciente ocupa na fila de espera, relação de pacientes já atendidos e a estimativa do prazo para o atendimento solicitado.

    Dessa forma, o Sistema Único de Saúde (SUS), em todas as esferas do governo, deverá publicar lista atualizada, na internet, sobre o andamento do pedido desses pacientes que aguardam pelo atendimento de saúde.

    Essa lista terá que conter dados específicos para cada modalidade de consulta, sendo discriminada por especialidade, exame, intervenção cirúrgica ou procedimentos e abranger todos os inscritos em quaisquer das unidades do SUS de Mato Grosso, incluindo as unidades conveniadas e outros prestadores que recebam recursos públicos, respeitando a privacidade do paciente, que poderá ser identificado pelo número do Cartão Nacional de Saúde (CNS) ou pelo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

    Conforme o Artigo 3º, a lista de espera deverá ser disponibilizada em cada esfera de governo pelo gestor do SUS, que deverá seguir a ordem de inscrição para a chamada dos pacientes, salvo nos procedimentos emergenciais.

    A lei, proposta pelo deputado Eduardo Botelho, visa garantir a transparência e efetividade às filas de espera do Sistema Único de Saúde – SUS controladas pelas diversas esferas de governo. Alerta que devido as condições adversas ocorridas pela covid-19, é necessária a iniciativa para facilitar o acompanhamento de pacientes que aguardam pelo atendimento.

  • Inep divulga gabaritos do Revalida 2021

    Inep divulga gabaritos do Revalida 2021

    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta terça-feira (7), os gabaritos preliminares da prova objetiva da primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2021.

    Também está disponível, no portal do Inep, o padrão de resposta provisório da prova discursiva.

    Os participantes do exame têm até o dia 13 deste mês para interpor recurso aos gabaritos, por meio do Sistema Revalida. Os gabaritos definitivos e o resultado provisório do Revalida serão divulgados em 26 de outubro. A partir desse data, os médicos terão até 1º de novembro para entrar com recurso. O resultado final da primeira etapa está previsto para 19 de novembro.

    A primeira etapa do exame foi aplicada no último domingo (5), em oito capitais: Brasília, Campo Grande, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Salvador e São Paulo. Os candidatos fizeram provas objetiva e discursiva, nos turnos matutino e vespertino, respectivamente.

    Os médicos responderam a 100 questões de múltipla escolha e cinco discursivas sobre cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina da família e comunidade (saúde coletiva). Será considerado aprovado na primeira etapa do exame o participante que alcançar, no mínimo, 90 pontos de um total de 150.

    A segunda etapa é de avaliação das habilidades clínicas, quando o médico executa dez tarefas para uma banca examinar suas habilidades para o exercício da função. Para isso, ele percorre dez estações resolvendo tarefas como a investigação de história clínica, a interpretação de exames complementares, a formulação de hipóteses diagnósticas, a demonstração de procedimentos médicos e o aconselhamento a pacientes ou parentes, entre outras.

    O objetivo do Revalida é avaliar as habilidades, as competências e os conhecimentos necessários para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O exame é aplicado pelo Inep desde 2011 para subsidiar a revalidação, no Brasil, do diploma de graduação em medicina expedido no exterior.

    Apesar de ser aplicado pela autarquia ligada ao Ministério da Educação, o ato de apostilamento da revalidação do diploma é uma atribuição das universidades públicas que aderem ao Revalida.

  • Fila de espera no SUS em Mato Grosso chega a 881 dias

    Fila de espera no SUS em Mato Grosso chega a 881 dias

    O processo de regulação de exames e internações, em Mato Grosso, foi tema de discussão pela Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa, que aponta para existência de 315 mil pessoas à espera de algum procedimento médico ou hospitalar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.

    Já o tempo médio na fila tem sido de 493 dias. Mas, dados da própria Secretaria de Estado de Saúde apontam que há paciente esperando por atendimento desde 7 de outubro de 2017, ou seja, há 881 dias.

    Diante de números como esses, o deputado Lúdio Cabral (PT) defendeu que a comissão organize uma sistemática para tratar, cotidianamente, o problema da regulação no território mato-grossense.

    O assunto, inclusive, será tema de audiência pública de sua autoria, que acontecerá no dia 6 de abril.

    Contudo, a preocupação vem desde novembro do ano passado, quando a Comissão de Saúde solicitou informações acerca da fila de espera do SUS.

    Segundo informações da assessoria de imprensa, resposta foi enviada em janeiro e causou preocupação aos deputados que integram a comissão.

    “Há, atualmente, 315 mil pessoas na fila aguardando algum procedimento no SUS em Mato Grosso. No que se refere a internações, o tempo médio de espera é de 493 dias”, informou o deputado.

    Conforme ele, há pacientes esperando há 1.900 dias por um procedimento hospitalar.

    “São problemas em várias áreas de demanda reprimida, de pessoas sofrendo, muitas morrendo por falta de atendimento e o sistema sem capacidade de dar andamento e solução para essa fila. Então, nós temos que debatê-la”, afirmou.

    Por meio de nota, a secretaria informou que, conforme dados da Central Estadual de Regulação, há, até o dia 6 de março de 2020, um total de 2.846 internações pendentes em Mato Grosso, sendo 1.638 Urgentes e 1.208 eletivas.

    O paciente mais antigo na fila aguarda desde 7 de outubro de 2017, ou seja, 881 dias.

    “É importante destacar que o Sistema Único de Saúde (SUS) é gerido de forma tripartite, ou seja, os três entes da federação (união, estado e município) são responsáveis pelos serviços prestados à população”, informou. “Com base nisso, a Ses pontua que os dados disponíveis no sistema da Regulação são os que competem ao Estado. Demais informações devem ser solicitadas aos municípios, que têm gestão plena de seus serviços”, completa a nota.

    Ainda, conforme a SES, a fim de reduzir o tempo de espera por um procedimento ofertado pelo Estado, o órgão estadual tem promovido tem promovido mutirões de consultas e cirurgias no Hospital Estadual Santa Casa com objetivo de diminuir a fila de espera na Central Estadual Reguladora.

    “Também promove readequações estruturais nas unidades de saúde; em 2019, o montante de R$ 23 milhões foi investido na revitalização das instalações do Hospital Estadual Santa Casa, Hospital Metropolitano, Hospitais Regionais de Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta, além do Ceope, Lar Doce Lar e MT-Hemocentro”, acresenta.

    A garantia é de que essas readequações possibilitam a melhor infraestrutura e ampliação do número de leitos ofertados à sociedade, o que contribui para acelerar a fila de espera por um procedimento.

    “Em 2019, a Ses ainda contratou, via processo seletivo, cerca de 1.500 profissionais de diversas áreas especializadas para atuarem nas unidades de saúde e melhor atenderem às demandas da população”, completa a nota.

    VISITA TÉCNICA – A Comissão de Saúde realizará visita técnica ao pronto-socorro de Cuiabá na próxima quarta-feira (11) e, ao pronto-socorro de Várzea Grande, no dia 18.

    O anúncio foi feito durante reunião extraordinária da comissão, realizada na tarde de quarta-feira (4).

    Os municípios de Arenápolis, Mirassol D’Oeste e Barra do Garças serão os próximos a receber visitas da comissão, no entanto as datas ainda não foram definidas.

    “Os prontos-socorros de Cuiabá e Várzea Grande são as duas maiores unidades gerenciadas por municípios, no que se refere à capacidade instalada. É extremamente importante nós acompanharmos não só as instalações, mas também a produção dessas unidades”, destacou o presidente da comissão, deputado estadual Paulo Araújo (PP).

    Na oportunidade, também foi sugerido que a comissão convide representantes do colegiado de gestores municipais de assistentes sociais de Mato Grosso para participarem da próxima reunião e apresentarem suas principais demandas, diante da publicação de portaria do Ministério da Cidadania que reduz o repasse de recursos da União para estados e municípios, destinados à manutenção do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

    Araújo defendeu ainda a instituição de uma política de estado para que todas as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Pestalozzis e instituições que prestam serviços assistenciais sejam credenciadas ao SUS.

    Atualmente, apenas a Apae de Tangará da Serra é credenciada e recebe recursos do SUS.

    “Vamos propor uma política de estado para que essas instituições também recebam recursos do SUS para desenvolvimento das ações que já vêm sendo realizadas, para que a gente possa, de fato, inserir a pessoa com deficiência dentro da estrutura da capacidade instalada em Mato Grosso”, afirmou o parlamentar.

  • Cirurgia de catarata lidera lista de espera do SUS

    Cirurgia de catarata lidera lista de espera do SUS

    É o que mostra pesquisa do CFM.  Anúncio de maior aporte pelo Ministério da Saúde deve diminuir cegueira no País.


    A catarata, doença que torna opaco nosso cristalino, lente interna do olho, é a maior causa de perda da visão no mundo. No Brasil responde por 49% dos casos de cegueira tratável. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, a principal causa é o envelhecimento natural dos olhos. A estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que atinge 17% das pessoas entre 55 e 65 anos, 47% entre 65 e 75 anos e 73% após 75 anos.

    Cegueira triplica no Brasil

    O oftalmologista afirma que o rápido envelhecimento da população brasileira e as longas filas de espera por cirurgias eletivas no SUS (Sistema Único de Saúde) explicam porque a catarata responde pela perda da visão de praticamente metade dos brasileiros. Para se ter ideia, a estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) baseada nos levantamentos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é de que entre 2010 e 2019 o número de cegos no Brasil triplicou, saltando de 506,3 mil para 1,577 milhão. Não é para menos. Pesquisa do CFM (Conselho Federal de Medicina) aponta que as maiores demandas por cirurgias eletivas no SUS são respectivamente: catarata, correção de hérnia, retirada da vesícula, varizes e das amígdalas.  Pior: Na fundação do hospital que realiza cirurgias pelo SUS, Queiroz Neto conta que é comum pacientes não aparecerem para operar na data marcada ou não apresentarem os exames necessários para passar pelo procedimento. “A segunda marcação muitas vezes demora mais que o esperado e quanto mais madura é a catarata, maiores são os riscos de complicações durante a cirurgia”, adverte. Na opinião do especialista a lista de espera do SUS deveria priorizar o procedimento entre portadores de glaucoma. Isso porque, a catarata aumenta a espessura do cristalino e pode dificultar o controle da pressão intraocular entre glaucomatosos. A boa notícia é que o Ministério da Saúde acaba de anunciar aporte adicional de R$ 250 milhões para 53 cirurgias eletivas de média complexidade como é o caso da catarata. Por isso, para o oftalmologista quem está na fila pode voltar a enxergar antes do esperado.

    Sintomas

    Queiroz Neto afirma que os principais sinais da catarata são: troca frequente dos óculos, ofuscamento em locais ensolarados e no trânsito, enxergar halos ao redor da luz, perda da visão de contraste e necessidade de mais iluminação para ler. Mas, como acontece com a maioria das doenças oculares, as alterações visuais são progressivas e passam despercebidas na fase inicial.

    Tratamento

    O único tratamento para catarata é a cirurgia. Feita com anestesia local, consiste na substituição do cristalino opaco pelo implante de uma lente intraocular que é injetada no olho através de um corte de 2 mm na borda da íris, porção colorida do olho. O cirurgião explica que o procedimento é realizado em um olho e depois no outro. A recuperação é rápida e depende da aplicação correta de colírios três colírios: lubrificante, anti-inflamatório e antibiótico.

    Prevenção

    “Ninguém escapa da catarata por se tratar de um processo de envelhecimento do cristalino na maioria dos casos, embora também possa ser causada por traumas ou doenças congênitas”, afirma Queiroz Neto. Mas a degeneração do cristalino pode ser adiada. As dicas elencadas pelo oftalmologista são:

    • Durante o dia usar óculos com lentes que filtrem 100% da radiação UV (ultravioleta) nas atividades externas. A falta de proteção solar aumenta em 60% o risco de catarata.
    • Dormir de 6 a 8 horas/dia.
    • Controlar a glicemia. O diabetes dobra o risco da doença.
    • Evitar excesso de sal na dieta e o tabagismo.