Tag: SUS

  • Mais Médicos abre 3,1 mil novas vagas com inscrições a partir desta segunda (5/5)

    Mais Médicos abre 3,1 mil novas vagas com inscrições a partir desta segunda (5/5)

    O Governo Federal lançou um novo edital do Mais Médicos para ampliar o acesso à atenção primária no Sistema Único de Saúde (SUS). São 3.174 vagas disponíveis para inscrição a partir desta segunda-feira, 5 de maio, nas 27 Unidades Federativas . Desse total, 3.066 vagas serão distribuídas em 1.620 municípios e 108 são destinadas a 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). A intenção é fortalecer a assistência nas regiões remotas e de maior vulnerabilidade social. Os médicos interessados podem se inscrever até o dia 8 de maio .

    Existe uma importante conexão entre o Mais Médicos e o esforço contínuo em acelerar o atendimento especializado no SUS, uma das principais preocupações da nossa gestão. A atuação integrada desses profissionais vai facilitar o acesso à média e alta complexidade para todos os cidadãos”

    Alexandre Padilha, ministro da Saúde

    DISTRIBUIÇÃO – A oferta das vagas considera o cenário atual de distribuição de profissionais no país, segundo a Demografia Médica 2025. Lançada na última quarta-feira (30/04), o estudo aponta a proporção de médicos por habitante nas diferentes regiões. A prioridade do Mais Médicos é atender as de maior vulnerabilidade social e com menor número de profissionais. As vagas contemplam, em sua maioria, regiões vulneráveis de municípios de pequeno porte (75,1%), médio porte (11,1%) e grande porte (13,8%).

    SAÚDE DA FAMÍLIA – Os profissionais do programa integram as equipes de Saúde da Família, que oferecem atendimento e acompanhamento mais próximos da população. Quando necessário, encaminham os pacientes a consultas com especialistas. As informações são registradas no Prontuário Eletrônico (e-SUS APS), o que permite a integração dos dados do paciente entre a atenção primária e a especializada, incluindo consultas e exames.

    CONEXÃO – “Existe uma importante conexão entre o Mais Médicos, o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde , e o esforço contínuo em acelerar o atendimento especializado no SUS, uma das principais preocupações da nossa gestão. A atuação integrada desses profissionais vai facilitar o acesso à média e alta complexidade para todos os cidadãos”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

    MELHOR CUIDADO – “Mais uma vez, o Mais Médicos cumpre o papel de levar profissionais às áreas mais remotas e de maior vulnerabilidade, ao mesmo tempo em que possibilita ofertas de formação para os médicos, que vão desde a especialização em Medicina de Família e Comunidade até o mestrado e doutorado em Saúde da Família. Isso significa melhor cuidado para a população e profissionais qualificados para a atenção primária”, disse o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço.

    TRÊS PERFIS – As oportunidades estão distribuídas entre três perfis: médicos formados no Brasil com registro no CRM, médicos brasileiros formados no exterior e médicos estrangeiros habilitados. Para esses dois últimos perfis, é obrigatória a aprovação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), um treinamento específico para atuação em situações de urgência, emergência e enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de trabalho.

    O QUE É – O Mais Médicos garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros em todo o país. Com a meta de alcançar 28 mil profissionais, o programa atualmente conta com cerca de 24,9 mil médicos atuando em 4,2 mil municípios — o que representa 77% do território nacional. Dentre essas localidades, 1,7 mil apresentam altos índices de vulnerabilidade social. Em dezembro de 2024, o programa alcançou um marco histórico ao registrar o maior número de médicos em atividade nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), com 601 profissionais atuando nessas regiões.

    CADASTRO RESERVA – Em março, o Ministério da Saúde lançou um novo chamamento público para adesão e renovação de vagas, com uma importante novidade: a possibilidade de cadastro reserva. Ao todo, 2.450 municípios e oito Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) que já haviam preenchido vagas por meio de editais anteriores puderam ingressar no cadastro reserva. Esse mecanismo oferece flexibilidade e agilidade na reposição de profissionais, permitindo que municípios e DSEIs atendam rapidamente à demanda por médicos assim que a necessidade for identificada.

  • Governo abre 3,4 mil novas vagas para Mais Médicos

    Governo abre 3,4 mil novas vagas para Mais Médicos

    Os médicos interessados em aderir ao programa Mais Médicos podem se inscrever a partir desta segunda-feira (5). O novo edital do programa foi lançado pelo Ministério da Saúde na sexta-feira (2), com 3.174 vagas.

    A iniciativa tem o objetivo de fortalecer a atenção primária à saúde levando médicos até as regiões prioritárias, remotas, de difícil acesso e de alto índice de vulnerabilidade, onde há escassez ou ausência desses profissionais.

    Os trabalhadores do Mais Médicos integram as equipes de Saúde da Família e oferecem atendimento e acompanhamento mais próximos da população.

    A meta do Ministério da Saúde é chegar a 28 mil profissionais até o fim de 2025.

    Distribuição

    No edital deste 41º ciclo do programa, a oferta das vagas do programa considerou o cenário atual de distribuição de profissionais no país, conforme dados do estudo Demografia Médica 2025, que aponta a proporção de médicos por habitante nas diferentes regiões do país.

    Do total de vagas (3.174), 3.066 serão distribuídas entre 1.620 municípios e 108 destinadas a 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

    As vagas do novo edital contemplam, em sua maioria, regiões vulneráveis de municípios de pequeno porte (75,1%), médio porte (11,1%) e grande porte (13,8%). As vagas disponibilizadas está publicada na página eletrônica, no link Quadro de Vagas.

    O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também publicou em sua rede social as localidades nas cinco regiões do país que terão vagas do programa federal.

    Perfil do profissional

    As oportunidades no 41º ciclo do Mais Médicos estão distribuídas entre três perfis profissionais:

    1. médicos formados no Brasil com registro no registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) ou com diploma revalidado no Brasil;

    2. médicos brasileiros formados no exterior (intercambista brasileiro);

    3. médicos estrangeiros com habilitação para o exercício da medicina no exterior (intercambista estrangeiro).

    O Ministério da Saúde esclarece que para os dois últimos perfis, é obrigatória a aprovação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), um treinamento específico para atuação em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de trabalho.

    A documentação e as demais condições exigidas para os médicos brasileiros com registro no Brasil e para os intercambistas (brasileiros e estrangeiros) estão descritas no site. Entre elas: estar em situação regular na esfera criminal perante a justiça estadual e federal no Brasil, do local em que reside ou residiu nos últimos 6 (seis) meses; estar em situação regular com as obrigações militares, se o médico for sexo masculino; estar em situação regular na justiça eleitoral, se for brasileiro.

    Inscrição

    Os profissionais médicos devem realizar as adesões ao programa, por meio do Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP) entre 5 e 8 de maio.

    No ato da inscrição no SGP, o médico candidato deverá anexar declaração de próprio punho, datada e assinada, atestando que, se estrangeiro, possui conhecimento da língua portuguesa e, independentemente da nacionalidade, tem ciência das regras de organização do SUS, bem como dos protocolos e diretrizes clínicas no âmbito da atenção primária à saúde.

    No exercício das atividades pelo Mais Médicos, os profissionais médicos brasileiros e estrangeiros terão direito a benefícios descritos no site do programa, como de bolsa formação, ajuda de custo, auxílios. Eles poderão permanecer no programa por até 48 meses, sem vínculo empregatício de qualquer natureza.

    Cadastro reserva

    Neste novo chamamento público para adesão e renovação de vagas do Mais Médicos, o Ministério da Saúde criou a possibilidade de cadastro reserva do programa.

    Esse mecanismo oferece flexibilidade e agilidade na reposição de profissionais pelos municípios e DSEIs, logo que a necessidade for identificada.

    Com isso, 2.450 municípios brasileiros e oito Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) que já haviam preenchido vagas em editais anteriores puderam ingressar no cadastro reserva do da política pública.

    Mais Médicos

    O Programa Mais Médicos garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros em todo o país. Atualmente, são 24,9 mil médicos, atuando em 4,2 mil municípios, o equivalente a 77% do território nacional. Os profissionais trabalham identificados com coletes verdes.

    Dentre essas localidades, 1,7 mil apresentam altos índices de vulnerabilidade social.  Do total de médicos em atividade pelo programa federal, 601 deles atuam em Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

    O Ministério da Saúde espera que a política pública, lançada em julho de 2013, gere impactos positivos nas comunidades atendidas, como a ampliação do acesso aos serviços de saúde na atenção primária, a redução do tempo de espera por atendimento com a utilização do prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS), além de avanços significativos na saúde indígena.

  • Parceria com setor privado quer reduzir tempo de espera no SUS

    Parceria com setor privado quer reduzir tempo de espera no SUS

    O Ministério da Saúde vai estabelecer parcerias com a rede privada de saúde para garantir o atendimento especializado no tempo certo.

    O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a prioridade será reduzir o tempo de espera para atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS),  especialmente para o diagnóstico e tratamento de câncer.

    Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira (29), Padilha afirmou que o objetivo é “fazer as coisas acontecerem” ainda este ano.

    “Para a gente dar conta de garantir o tempo adequado ao atendimento, por exemplo, da situação do câncer, que nós temos 30 dias para garantir o diagnóstico e 60 dias para iniciar o tratamento, só será possível fazermos isso se ampliarmos as parcerias com o setor privado”, disse, em conversa com a imprensa no Palácio do Planalto.

    Segundo Padilha, muitos dos serviços privados têm uma capacidade ociosa que pode ser compartilhada. Além disso, amanhã (30), o Ministério da Saúde deve divulgar estudo feito com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) que mostra uma grande concentração de médicos especialistas atuando nas estruturas privadas de saúde.

    “É uma verdadeira obsessão do presidente, desde o começo do seu governo, de garantir o atendimento médico especializado no tempo certo, no tempo adequado, reduzindo o tempo de espera que existe hoje no país, que é fruto de um represamento do atendimento durante a pandemia [de covid-19] e da desorganização da rede nos governos anteriores”, disse o ministro.

    Com a autorização do presidente Lula, as pastas da Saúde e Casa Civil vão discutir com os demais ministérios envolvidos e trabalhar com o setor privado para impulsionar essa rede de atendimento de média e alta complexidade.

    Segundo ele, “tudo que já vinha sendo programado, nós estamos acelerando”, como a entrega de equipamentos de radioterapia nos serviços em todo o país. Além disso, o governo está em tratativa com o hospital A.C.Camargo, referência em oncologia na cidade de São Paulo, para ajudar no diagnóstico de câncer para pacientes do SUS.

    No ano passado, o Ministério da Saúde também lançou o Programa Mais Acesso a Especialistas. Baseada na lógica do cuidado integral do paciente, a proposta era reduzir o tempo de espera por cirurgias, exames e tratamentos no âmbito do SUS por meio do fortalecimento do SUS Digital, facilitando o acesso a informações e ampliando o potencial de atendimentos remotos.

  • Presidente do TCE destaca Hospital Central como marco histórico na saúde de Mato Grosso

    Presidente do TCE destaca Hospital Central como marco histórico na saúde de Mato Grosso

    O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, declarou que o Hospital Central de Cuiabá representa uma virada de chave na saúde pública de Mato Grosso. A afirmação foi feita nesta terça-feira (23), durante a assinatura do contrato que transfere a gestão da unidade ao Hospital Israelita Albert Einstein.

    “O governo Mauro Mendes tem feito muitas obras, mas essa é uma das mais importantes. Quando fui deputado, vi de perto a situação precária da saúde em Mato Grosso. Agora estamos mudando essa realidade com o Hospital Central”, disse Sérgio Ricardo.

    A construção da unidade, abandonada por mais de três décadas, foi retomada pela atual gestão estadual. Hoje, 98% das obras estão concluídas. O governo de Mato Grosso investiu R$ 221,8 milhões na construção e outros R$ 240 milhões em equipamentos.

    Com a parceria firmada, o Hospital Central será administrado pelo Albert Einstein, referência internacional em gestão hospitalar. Todos os serviços serão ofertados gratuitamente à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

    “Só quem tinha dinheiro conseguia ser atendido no Einstein. Conheço casos de pessoas que saíram de lá vivas, quando tudo indicava o pior. Agora teremos esse padrão aqui em Cuiabá, acessível a todo cidadão de Mato Grosso”, afirmou o conselheiro.

    O Hospital Israelita Albert Einstein é considerado o 22º melhor do mundo, conforme ranking da revista norte-americana Newsweek. Atualmente, já administra 36 unidades públicas de saúde no Brasil, incluindo cinco hospitais em estados como São Paulo, Goiás e Bahia.

  • Saúde Digital de Mato Grosso realiza mais de 430 mil telediagnósticos até março de 2025

    Saúde Digital de Mato Grosso realiza mais de 430 mil telediagnósticos até março de 2025

    O programa de Saúde Digital em Mato Grosso, gerido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), alcançou a marca de 438.270 telediagnósticos entre fevereiro de 2018 e março de 2025. Entre os serviços prestados, destacam-se 430.235 laudos de tele-eletrocardiografia, além de diagnósticos nas áreas de espirometria, dermatologia, estomatologia, retinografia e raio-X.

    De dezembro de 2023 a dezembro de 2024, o programa também registrou 8.160 atendimentos por teleconsultoria e teleinterconsulta. As teleconsultorias permitiram que profissionais da Atenção Primária tirassem dúvidas com médicos especialistas via texto, enquanto as teleinterconsultas envolveram atendimentos realizados por vídeo, com a mediação de profissionais das Unidades Básicas de Saúde.

    Originalmente iniciado em 2013 sob o nome Telessaúde, o programa passou por uma evolução significativa em 2023, ao incorporar novas tecnologias e ampliar sua oferta de serviços. A iniciativa passou a ser totalmente disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), proporcionando maior acesso e comodidade para os cidadãos, ao mesmo tempo que gerou uma economia de cerca de R$ 23 milhões aos cofres públicos, principalmente no que tange aos custos com transporte de pacientes.

    Investimento em plataforma digital de Mato Grosso

    Em abril de 2025, a SES lançou uma nova plataforma web, com investimento de R$ 2,5 milhões, para otimizar a gestão dos serviços de telessaúde nos 1.066 estabelecimentos de saúde da Atenção Primária. A nova ferramenta tem um layout de fácil utilização, permitindo que os municípios realizem faturamento e integrem dados com sistemas estaduais e federais.

    Com 35 especialidades cobertas por 38 médicos especialistas, a plataforma já conta com 1.500 profissionais cadastrados, além de oferecer recursos de capacitação, como webaulas, para os profissionais da saúde. O programa, que atende a 142 municípios, também está expandindo com projetos como Ambulatório Digital de Saúde Mental, MT sem AVC, Saúde no Cárcere e Proadi-SUS.

  • Vacinação nas escolas começa nesta segunda-feira

    Vacinação nas escolas começa nesta segunda-feira

    Escolas públicas de todo o país iniciam nesta segunda-feira (14) uma mobilização para atualizar a caderneta de vacinação dos alunos. A ação faz parte do Programa Saúde na Escola, uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação para ampliar a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes.

    Ao todo, 5.544 municípios participam da campanha, que envolve cerca de 27,8 milhões de alunos de 109,8 mil escolas – 80% das instituições da rede pública de ensino do país. De acordo com o Ministério da Saúde, é a maior adesão da história do programa, criado em 2007.

    A meta é vacinar – até o próximo dia 25 – pelo menos 90% dos estudantes menores de 15 anos. Serão aplicadas doses contra a febre amarela, além da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), da DTP (tríplice bacteriana), da meningocócica ACWY e da vacina contra o HPV.

    “As ações contam com a participação de profissionais do SUS [Sistema Único de Saúde], cujas equipes vão vacinar no ambiente escolar ou as instituições de ensino levarão os estudantes até uma unidade básica de saúde (UBS), sempre com a autorização dos responsáveis”, informou o ministério.

    Haverá também checagem das cadernetas de vacinação para alertar pais e responsáveis sobre a necessidade de atualização.

    Estratégia

    Ainda de acordo com o ministério, a partir deste ano, a vacinação nas escolas passa a ser reconhecida como estratégia específica de imunização – por esse motivo, as doses aplicadas nas escolas ou por encaminhamento escolar devem ser registradas com a opção “Vacinação Escolar”.

    O registro padronizado, segundo o governo, vai permitir um monitoramento mais preciso do impacto da iniciativa.

    Das 109,8 mil escolas participantes da campanha, 53,6 mil instituições têm maioria de alunos participantes do programa Bolsa Família. Outros 2.220 colégios estão em territórios quilombolas e 1.782 escolas possuem indígenas matriculados.

  • Várzea Grande: Programa Fila Zero inicia atendimentos e promete reduzir filas no SUS

    Várzea Grande: Programa Fila Zero inicia atendimentos e promete reduzir filas no SUS

    Várzea Grande começou nesta segunda-feira (7) a operar o Programa Fila Zero, que viabiliza exames e cirurgias de média e alta complexidade diretamente no município, por meio do SUS. A proposta, realizada em parceria com um hospital local, inclui procedimentos como cateterismo, retirada de vesícula, laqueadura e, futuramente, cirurgia bariátrica — tudo sem a necessidade de deslocamento para Cuiabá.

    A iniciativa busca diminuir o tempo de espera e descentralizar o atendimento especializado, tornando o município menos dependente da capital. Segundo a gestão, o objetivo é garantir mais autonomia e ampliar gradualmente os serviços prestados à população, em resposta a uma demanda histórica por agilidade e acesso à saúde pública de qualidade.

    Embora programas semelhantes existam desde 2021, esta é a primeira vez que Várzea Grande formaliza sua adesão. A expectativa é aliviar o sistema de regulação estadual e dar fim a uma das principais queixas dos usuários do SUS: a demora para conseguir cirurgias e exames essenciais.

  • Mato Grosso amplia papel estratégico no SUS com fornecimento de plasma

    Mato Grosso amplia papel estratégico no SUS com fornecimento de plasma

    O banco de sangue público de Mato Grosso recebeu certificação nacional para integrar a cadeia de produção de medicamentos utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS). A autorização, concedida pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), permite ao hemocentro fornecer plasma excedente das doações para a indústria pública.

    A certificação foi obtida após auditoria realizada em 2023, que atestou o cumprimento de todos os critérios exigidos. Com isso, Mato Grosso passa a contribuir diretamente na fabricação de medicamentos fundamentais, como imunoglobulina, albumina humana e fatores de coagulação — usados no tratamento de doenças como hemofilia e outras coagulopatias hereditárias.

    Durante o ano de 2024, o hemocentro registrou uma média de 662 bolsas de plasma encaminhadas por mês à Hemobrás. De acordo com dados da própria empresa, esse volume foi suficiente para gerar aproximadamente 4.243 frascos de albumina humana, 1.556 de imunoglobulina 5g, além de 299 de Fator VIII e 572 de Fator IX.

    O certificado foi entregue durante evento realizado em Pernambuco, no final de março. Representantes do hemocentro estadual participaram da conferência sobre gestão do plasma brasileiro e visitaram as instalações da Hemobrás, onde puderam acompanhar o processo de industrialização do insumo.

    Além do impacto direto na saúde pública, o fornecimento de plasma também representa uma economia significativa para o país, ao reduzir a dependência de medicamentos importados. O material enviado para a indústria é o excedente, ou seja, a parte do plasma não utilizada em transfusões.

    A expectativa é que, nos próximos passos, outras unidades do interior de Mato Grosso também sejam qualificadas, ampliando a contribuição do estado para o sistema nacional de produção de hemoderivados.

  • Saúde reforça estratégias com laboratórios oficiais para fortalecer produção nacional

    Saúde reforça estratégias com laboratórios oficiais para fortalecer produção nacional

    Para reduzir vulnerabilidades no Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar o atendimento à população, o Ministério da Saúde reuniu laboratórios oficiais, ou seja, aqueles órgãos públicos, fundações e empresas que fornecem produtos para a saúde do SUS, para apresentar metas e critérios de governança na produção de medicamentos e dispositivos médicos.

    O encontro foi promovido por meio da 2ª Oficina de Governança com os Laboratórios Oficiais , realizada em Brasília neste mês, e serviu para pactuar processos da nova fase de implementação do Programa de Aprimoramento da Governança, Integridade e Gestão Produtiva dos Laboratórios (ProLab-SUS).

    A organização está alinhada à Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis) e reuniu representantes de 23 laboratórios que fazem parte da Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil (Alfob) e autoridades da pasta.

    Governança e fortalecimento da produção nacional

    Leandro Pinheiro Safatle, secretário adjunto da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics) , destacou a importância do segundo encontro, como mais um desdobramento de todo processo de reconstrução institucional e articulação política que deram sustentação às ações de fortalecimento do Ceis. “Essa segunda oficina de governança segue esse caminho de trabalho constante para o aprimoramento da governança, que é algo que a gente pode sempre estar melhorando, sempre avançando porque a gente está num processo de continuidade do caminho que foi reconstruído até aqui”, lembrou.

    O presidente da Alfob, Jorge Mendonça, ressaltou que o fortalecimento da governança é essencial para a política industrial do setor. “Nenhuma política industrial se constrói do dia para a noite. A governança dos laboratórios e a implementação de práticas de integridade são passos fundamentais. Cada laboratório precisa desenvolver suas próprias ações a partir desse diagnóstico, promovendo boas práticas desde a produção até a gestão, incluindo a preocupação ambiental”, disse Mendonça.

    Já o especialista em estratégia e governança, Fábio Lazzarini, responsável por conduzir as discussões da oficina, destacou a importância do encontro para estruturar ações concretas nos laboratórios oficiais. “Discutimos desafios do dia a dia, anseios para o futuro e ações de melhoria. O próximo passo é consolidar essas informações e elaborar um plano de ação para apoiar os laboratórios na governança, tecnologia e gestão de pessoas”, afirmou.

    Investimentos no Complexo Econômico-Industrial da Saúde

    A diretora do Departamento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde e de Inovação para o SUS (Deceiis) , Gabriela Maretto, destacou a importância do Programa para Ampliação e Modernização de Infraestrutura do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (PDCEIS) para fortalecer a capacidade produtiva do SUS.

    “O PDCEIS é uma iniciativa para garantir segurança jurídica e fortalecer o setor no médio e longo prazo. Já aprovamos 42 projetos, totalizando R$ 4,2 bilhões, e estamos abrindo uma nova chamada para mais R$ 1,8 bilhão, chegando ao total de R$ 6 bilhões previstos. Além disso, estamos avançando na formalização dos instrumentos necessários para a execução desses projetos”, afirmou Gabriela Maretto.

    Sobre o PDCEIS

    O Ministério da Saúde lançou o PDCEIS para fortalecer a infraestrutura de produção de medicamentos, vacinas e insumos essenciais para o SUS, reduzindo a dependência de importações. O programa faz parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Ceis, que busca garantir maior autonomia ao Brasil na produção de insumos estratégicos para a saúde.

    O financiamento do PDCEIS vem do ministério, com recursos do PAC e do orçamento da área de Ciência, Tecnologia e Inovação. Além disso, o governo pode firmar parcerias nacionais e internacionais para fortalecer a execução dos projetos.

    Principais ações do programa:

    • Apoio à inovação e tecnologia – investimentos para modernizar a produção de insumos para a saúde;
    • Fortalecimento da indústria nacional – ampliação da capacidade produtiva de instituições públicas e privadas sem fins lucrativos;
    • Parcerias estratégicas – recursos destinados a projetos alinhados às prioridades do SUS;
    • Seleção rigorosa – projetos devem atender às necessidades do SUS, ter impacto comprovado e seguir critérios técnicos;
    • Monitoramento e transparência – instituições parceiras precisarão prestar contas e demonstrar avanços.
  • SUS vai substituir papanicolau por exame mais sensível ainda este ano

    SUS vai substituir papanicolau por exame mais sensível ainda este ano

    A partir deste ano, o teste citopatológico para a detecção do HPV, popularmente conhecido como papanicolau, deve ser gradualmente substituído, no Sistema Único de Saúde, pelo exame molecular de DNA-HPV. Com isso, o tempo de intervalo entre as coletas, quando não houver diagnóstico do vírus, passará a ser de cinco anos. Já a faixa-etária para o exame de rastreio, quando não houver sintomas ou suspeita de infecção, permanece a mesma: de 25 a 49 anos.

    A mudança faz parte das novas diretrizes para o diagnóstico do câncer do colo do útero, apresentadas nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). O conjunto de orientações já foi aprovado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde e pela Comissão de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (Conitec). Resta apenas a avaliação final da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde para entrar em vigor.

    O papilomavírus humano, ou HPV, é o causador de mais de 99% dos casos de câncer decolo do útero, que é o terceiro mais incidente entre as mulheres brasileiras, com cerca de 17 mil novos casos por ano. Com altas coberturas de vacinação e de exames de rastreio organizado, especialistas acreditam que a doença pode ser erradicada em cerca de 20 anos.

    O teste molecular é recomendado como exame primário para detectar o HPV pela Organização Mundial da Saúde desde 2021, porque é mais eficaz para a redução de casos e óbitos, em decorrência da sua maior sensibilidade. Ele também permite identificar o subtipo do vírus, caso o resultado seja positivo, o que oferece uma grande vantagem, já que apenas algumas variantes têm risco de provocar lesões que podem evoluir para câncer.

    O pesquisador da Divisão de Detecção Precoce do Inca Itamar Bento explica que essas vantagens permitem um espaçamento maior entre as coletas.

    “O teste DNA-HPV tem um valor preditivo negativo muito forte, ou seja, se a pessoa tiver resultado negativo, a gente pode de fato confiar nesse resultado. E, conhecendo a história natural da doença, a evolução das lesões, é uma margem segura aguardar cinco anos para fazer um novo teste.”

    Além disso, a implementação do novo teste deverá ser combinada com a realização de rastreio organizado, quando o sistema de saúde busca ativamente as pessoas, em vez de esperar que elas procurem as unidades de saúde. “É necessário que a população alvo seja identificada e convocada ativamente e individualmente. E é preciso garantir que ela terá acesso à confirmação diagnóstica e ao tratamento das lesões havendo essa necessidade”, complementa o pesquisador do Inca.

    De acordo com dados do Sistema de Informação do Câncer, entre 2021 e 2023, apenas três estados tiveram cobertura de realização de papanicolau próxima de 50% do público-alvo. Todos os outros tiveram uma porcentagem abaixo desse patamar, e alguns não têm dados completos para análise. Além disso, há estados, como Acre, Maranhão e Mato Grosso, onde a maior parte dos resultados foi entregue após 30 dias, o que dificulta a realização de exames confirmatórios para que a paciente inicie o tratamento em até 60 dias, como determina a legislação.

    Por isso, o rastreamento organizado também prevê uma linha de conduta organizada, como explica Itamar Bento: “A pessoa faz um teste de DNA-HPV, e, se não foi detectado, ela só vai repetir o exame após 5 anos. Se foi detectado um tipo oncogênico, como o 16 e o 18, que são responsáveis por 70% das lesões precursoras de câncer, ela vai ser encaminhada diretamente à colposcopia. Se a colposcopia identificar uma doença cervical, vai seguir para condutas específicas.”

    As novas diretrizes também trazem outras duas inovações: a autocoleta do material para teste em populações de difícil acesso ou resistentes ao exame feito por profissional de saúde; e orientações para o atendimento de pessoas trangênero, não binárias e intersexuais.