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  • Abras aponta queda de 4,25% no consumo de brasileiros em fevereiro

    Abras aponta queda de 4,25% no consumo de brasileiros em fevereiro

    O consumo nos lares brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), caiu 4,25% em fevereiro deste ano na comparação com o mês anterior. Em relação a fevereiro do ano passado, porém, houve aumento de 2,25%.

    No acumulado do primeiro bimestre, a alta é de 2,24%. O resultado abrange os formatos de loja atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Segundo a Abras, o desempenho de fevereiro foi influenciado pelo fato de que, nos dois primeiros meses do ano, o orçamento das famílias é pressionado por despesas obrigatórias, como reajustes das mensalidades escolares, transporte e tributos.

    “Assim, há priorização de gastos fixos, com consequente redução do consumo de outros itens no período”, diz a Abras. Além desses fatores, o mês mais curto e a realização do carnaval em março também influenciaram o desempenho mensal.

    O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, afirmou ainda que os programas de transferência de renda direta, o reajuste do salário mínimo, os pagamentos do PIS/Pasep e do lote residual do Imposto de Renda, as requisições de pequeno valor (RPVs) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), contribuíram para o resultado.

    “Com esses recursos extras e a continuidade das políticas de transferência de renda, projetamos um desempenho mais favorável para o consumo até o fechamento do primeiro trimestre. A pressão inflacionária sobre os alimentos persiste, mas esses estímulos devem contribuir para sustentar o poder de compra das famílias”, acrescentou Milan.

    De acordo com a Abras, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) aumentou 0,73%, passando de R$ 800,75 para R$ 806,61 na média nacional. O destaque do mês foi a elevação expressiva nos preços dos ovos (+15,39%), observado desde a segunda quinzena de janeiro, fazendo com que o produto fosse o item com maior variação de janeiro para fevereiro. As maiores altas ocorreram na Região Sul (+23,24%), seguida do Centro-Oeste (+20,76%), Norte (+18,38%), Nordeste (+16,67%) e Sudeste (+15,12%). Em seguida aparece o café torrado e moído (+10,77%) que manteve a tendência de alta. No acumulado do ano, o avanço supera +20,25%, e em 12 meses atinge +66,19%.

    No sentido contrário, tiveram redução de preço feijão (-3,33%), óleo de soja (-1,98%), arroz (-1,61%), farinha de mandioca (-1,61%), leite longa vida (-1,04%), açúcar refinado (-0,28%) e massa sêmola de espaguete (-0,16%). Entre as proteínas, caíram os preços da carne bovina – corte do traseiro (-0,14%) e do pernil (-0,41%). Houve alta no corte dianteiro de carne bovina (+1,17%) e no frango congelado (+0,37%). Em hortifrúti, a batata (-4,10%) e a cebola (-1,77%) apresentaram retração, enquanto o tomate subiu +3,74%, acumulando alta no ano de +24,77%.

    Entre os itens de limpeza, aumentaram os preços do desinfetante (+0,96%), sabão em pó (+0,91%), detergente líquido para louças (+0,90%) e água sanitária (+0,41%). Com a valorização do dólar no ano passado, encarecendo insumos e matérias-primas usados pela indústria, a Abras havia antecipado, em dezembro, que os repasses seriam feitos ao final dos estoques, com impacto direto nos preços ao consumidor já em janeiro. No acumulado do bimestre, os reajustes mais expressivos foram os de desinfetante (+1,78%), água sanitária (+1,44%), detergente líquido para louça (+1,21%) e sabão em pó (+0,65%).

    No segmento de higiene e beleza, os preços do sabonete (-0,49%) e do xampu (-0,13%) recuaram em fevereiro, enquanto os do creme dental (+0,81%) e do papel higiênico (+0,08%) tiveram leve alta.

    Expectativa para a Páscoa

    Brasília - Compra de ovos de páscoa em lojas de Brasília. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
    Ovos de chocolate estão 14% mais caros – Arquivo/Agência Brasil

     

    Mesmo com alta de 12,5% no preço de produtos típicos de Páscoa na comparação com o ano passado, o setor de supermercados estima que o consumo pode crescer  entre 8% e 12% no período.

    “Apesar da pressão inflacionária observada nos itens sazonais, o cenário aponta para uma Páscoa de consumo aquecido. O equilíbrio entre renda disponível e ações comerciais bem estruturadas deve garantir o bom desempenho do período, reafirmando a data como uma das mais relevantes para o consumo das famílias”, disse Milan.

    Segundo a Abras, os preços dos ovos de chocolate e produtos relacionados (bombons, miniovos, coelhos e barras) tiveram aumento médio de 14%, e as colombas ficaram 5% mais caras.

    Entre os produtos importados, a elevação foi, em média, de 20%, com destaque para o azeite (+18%), o bacalhau (+10%) e vinhos importados (+7,5%). Nas bebidas, também foram observadas altas nos preços da cerveja (+5%), refrigerantes (+6%) e vinhos nacionais (+7%).

  • Homem condenado a 51 anos por bombas em supermercados de Rondonópolis

    Homem condenado a 51 anos por bombas em supermercados de Rondonópolis

    Investigado pela Polícia Civil por extorsão qualificada e quatro tentativas de homicídio em Rondonópolis, pela instalação de artefatos explosivos em dois supermercados da cidade no ano passado, o autor foi condenado a 51 anos e cinco meses de prisão. A decisão foi publicada nesta terça-feira (17.12).

    Na decisão, o juiz do Tribunal do Júri da Comarca de Rondonópolis, Leonardo Tumiati, considerou que o réu deve ser mantido preso, pois não há alteração que justifique direito de recorrer em liberdade.

    A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis (Derf) concluiu o inquérito em abril de 2023, com o indiciamento do autor pelos crimes que causaram lesões graves nas vítimas. Os artefatos tinham potencial lesivo capaz de causar mortes.

    Detalhes sobre a construção das bombas

    A investigação da Derf reconstruiu o passo a passo do planejamento do crime, rastreando desde as aquisições dos equipamentos eletrônicos usados nas bombas.

    Conforme apurou a equipe policial, o autor estudou desde as formas de preparação da bomba até o processo de aquisição de moedas virtuais e formas de evitar a rastreabilidade do dinheiro, caso houvesse sucesso no pagamento da extorsão promovida por ele contra os proprietários da rede de supermercados.

    Uma das bombas fabricadas pelo autor explodiu no dia 04 de abril, em um supermercado no bairro Vila Operária, e feriu quatro pessoas, duas delas atingidas com gravidade. Outra bomba foi colocada em uma loja da rede no Jardim Tropical, mas não houve explosão. O artefato foi localizado pela Polícia Civil e equipes especializadas realizaram a detonação.

    Apreensão de materiais e prisão do suspeito

    O autor foi preso preventivamente em 12 de abril do ano passado. Na residência dele, no Residencial Farias, os policiais civis apreenderam objetos utilizados na fabricação dos artefatos explosivos, como pólvora, mecanismo eletrônico de detonação à distância, munições, além da motocicleta e outros objetos usados no crime. Todos os materiais passaram pela perícia da Politec.

    O autor foi interrogado e confessou a autoria do crime, alegando ter agido sozinho. Além de dar detalhes de como planejou o crime, contou como instalou artefatos explosivos nos estabelecimentos no dia 31 de março e, quatro dias depois, foi ao local dos fatos para acionar as bombas, após a recusa no pagamento da quantia exigida na extorsão.

    A investigação da Derf de Rondonópolis contou com apoio da Delegacia Regional, Delegacia de Homicídios e Diretoria de Inteligência da Polícia Civil.

    Fonte: Secom MT

  • Análise econômica: Projeto ‘Cesta Básica x Salário Mínimo’ revela tendências no comércio de Lucas do Rio Verde

    Análise econômica: Projeto ‘Cesta Básica x Salário Mínimo’ revela tendências no comércio de Lucas do Rio Verde

    O projeto ‘Cesta Básica x Salário Mínimo’, resultado da parceria entre a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Lucas do Rio Verde e o Centro Universitário Unilasalle, divulgou esta semana os resultados de sua pesquisa sobre os preços dos produtos básicos no comércio local. O levantamento, conduzido nos meses de fevereiro e março, teve como objetivo analisar a relação entre o custo da cesta básica e o salário mínimo.

    O economista Nadir João Paludo, mestre em Economia, apresentou os dados obtidos durante os levantamentos. Estudantes do Núcleo de Pesquisas em Administração e Ciências Contábeis da Unilasalle/Lucas (NUPAC) realizaram visitas a supermercados em diferentes áreas de Lucas do Rio Verde para coletar os preços dos itens da cesta básica. Posteriormente, esses dados foram comparados com o valor do salário mínimo.

    Os resultados revelaram um aumento de 9% nos preços da cesta básica de um mês para o outro nos estabelecimentos com os preços mais altos e mais baixos. No estabelecimento com os preços mais elevados, o custo da cesta básica subiu de R$ 892,90 em fevereiro para R$ 1003,17 em março. Já no estabelecimento com os preços mais baixos, o custo aumentou de R$ 468,06 para R$ 652,81 no mesmo período.

    Paludo enfatizou a importância de os consumidores realizarem pesquisas detalhadas antes de suas compras, observando os custos em diferentes estabelecimentos. Ele destacou que mesmo a cesta básica com o menor preço pode ficar ainda mais acessível com uma pesquisa mais apurada.

    Além disso, o estudo sugeriu que o salário mínimo ideal para uma família de quatro pessoas seria de R$ 7.731,44 em fevereiro e R$ 8.427,63 em março, considerando outros compromissos como aluguel, tarifas de água e energia.

    O projeto recebeu reconhecimento nacional ao ser premiado com a medalha de bronze na categoria Gestão de Excelência no Prêmio Nacional de Gestão Educacional (PNGE) do GEDUC 2024, evento em que o Unilasalle esteve presente.