Tag: Suínos

  • Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA discute programas de incentivos e seguro sanitário

    Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA discute programas de incentivos e seguro sanitário

    Nesta quinta-feira (27), a Comissão Nacional de Aves e Suínos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reuniu-se para debater programas de incentivos e seguro sanitário para a avicultura e suinocultura. O encontro visou a replicação de iniciativas de sucesso em todos os estados, conforme destacado pelo presidente do colegiado, Adroaldo Hoffmann.

    “A ideia é trazer bons exemplos e ideias e colocar em prática para desenvolver ainda mais as cadeias produtivas e promover a sustentabilidade do produtor”, afirmou Hoffmann na abertura da reunião.

    Durante o encontro, Fernanda Lopes de Oliveira, consultora do Departamento Técnico da Famasul, apresentou o Programa de Avanços da Pecuária de Mato Grosso do Sul (Proape), instituído pelo Decreto n.º 11.176/2023. O programa engloba subprogramas como o ‘Frango Vida’ e o ‘Leitão Vida’, que visam apoiar a expansão e modernização das respectivas cadeias produtivas.

    Segundo Fernanda, o ‘Frango Vida’ promove a modernização da avicultura de corte, assegura a saúde do rebanho e a biossegurança nas instalações avícolas, além de estimular a regularização ambiental, sanitária, trabalhista e a adoção de boas práticas de produção. Para receber os incentivos financeiros, os produtores devem atender a diversos critérios, incluindo conformidade com legislações ambientais e sanitárias, participação em associações de produtores e outros requisitos.

    Atualmente, 261 estabelecimentos em 30 municípios de Mato Grosso do Sul estão cadastrados no ‘Frango Vida’, com 109 deles utilizando energias renováveis. Em 2023, foram pagos R$ 35,2 milhões em incentivos, com um desembolso de R$ 21,3 milhões de janeiro a maio deste ano. Os recursos têm sido aplicados na implantação de energias alternativas, melhoria das condições internas dos aviários e reforma de equipamentos de alimentação.

    O subprograma ‘Leitão Vida’ opera em cinco modalidades, atendendo 274 estabelecimentos em 25 municípios e contando com 75 responsáveis técnicos. Em 2023, os incentivos pagos totalizaram R$ 58,9 milhões, com investimentos em ampliações, construções de novas unidades e implantação de biodigestores.

    Seguro sanitário

    Outro ponto de destaque na reunião foi a discussão sobre seguro sanitário para a pecuária. Evandro Marin, da Agristamp Tecnologia Territorial Geográfica, explicou que o objetivo do seguro é garantir capacidade financeira aos fundos privados de defesa sanitária para indenizar seus beneficiários em casos de necessidade. O seguro entra em ação após a utilização das reservas constituídas pelo fundo, complementando as indenizações até o limite máximo contratado na apólice.

    “Os principais benefícios incluem a transferência de riscos, a reposição rápida do patrimônio produtivo, o aumento da capacidade financeira dos fundos indenizatórios, a garantia da manutenção de riqueza e permanência na atividade do produtor, e agilidade nas eliminações de focos de doenças no rebanho”, detalhou Evandro.

    Adroaldo Hoffmann enfatizou a relevância da proposta de seguro sanitário, especialmente frente ao aumento de casos de Influenza Aviária em animais silvestres, que ameaçam a produção doméstica. “É importante evoluir nesse tema, ter previsibilidade a longo prazo”, concluiu Hoffmann.

    Esta reunião destaca a importância de programas de incentivos e seguros sanitários para a avicultura e suinocultura, visando a sustentabilidade e segurança das cadeias produtivas no Brasil.

  • Suínos: preços devem encerrar junho em alta

    Suínos: preços devem encerrar junho em alta

    As cotações dos produtos suinícolas monitoradas pelo Cepea devem encerrar junho em elevação, marcando o segundo mês consecutivo de avanço nos preços. Segundo pesquisadores do Cepea, o excelente desempenho das exportações brasileiras e a procura aquecida no mercado doméstico são os principais fatores que explicam este movimento de alta.

    Dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, indicam que, na primeira quinzena de junho (15 dias úteis), foram embarcadas 70,2 mil toneladas de carne suína in natura. A média diária de escoamento está em 4,7 mil toneladas, representando um aumento de 7,3% em relação a maio de 2024 e 1,2% superior ao volume registrado em junho do ano passado.

    No mercado interno, a forte demanda, especialmente observada na primeira metade de junho, aliada à oferta reduzida de animais com peso ideal para abate, tem mantido elevados os valores de comercialização do suíno vivo e da carne. Pesquisadores do Cepea destacam que esses fatores combinados têm sido determinantes para a sustentação dos preços em patamares altos.

    A tendência de valorização dos produtos suinícolas reflete tanto o bom momento das exportações quanto a robustez da demanda interna, aspectos que vêm impulsionando o setor e garantindo um cenário positivo para os suinocultores brasileiros.

  • Preços de produtos suinícolas reagem no início de junho após queda em maio

    Preços de produtos suinícolas reagem no início de junho após queda em maio

    Após recuarem consideravelmente no final de maio, os preços dos produtos suinícolas começam a reagir neste início de junho. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa recuperação é impulsionada pelo aumento sazonal na demanda por carne suína que tradicionalmente ocorre no início do mês, período em que muitos consumidores recebem seus salários, elevando assim seu poder de compra.

    A melhora na demanda por carne suína reflete uma tendência comum no início do mês, quando há um aquecimento no mercado devido ao incremento no poder aquisitivo dos consumidores. Esse fator contribui para um aumento nas vendas e, consequentemente, nos preços da carne suína.

    No entanto, no caso do suíno vivo, o comportamento dos preços varia entre as diferentes regiões acompanhadas pelo Cepea. Enquanto algumas praças registram estabilidade ou leve aumento, outras ainda enfrentam desafios para ver uma recuperação significativa nos preços.

    Expectativa para o curto prazo

    Apesar das variações regionais, suinocultores consultados pelo Cepea relatam uma melhora nas vendas nos últimos dias. Essa melhora pode criar um ambiente favorável para reajustes positivos nos preços do suíno vivo no curto prazo, oferecendo um alívio para os produtores que enfrentaram quedas acentuadas em maio.

    Influências no Mercado

    O aumento na demanda no início do mês é um fator positivo que pode ajudar a compensar as pressões de mercado enfrentadas pelos suinocultores, como os custos de produção e as flutuações de preços. Além disso, a expectativa de uma recuperação nos preços pode incentivar uma maior confiança no setor, ajudando a sustentar o mercado suinícola em um momento de incerteza econômica.

    A reação positiva nos preços dos produtos suinícolas no início de junho é um sinal encorajador para o setor, especialmente após a queda registrada no final de maio. O aumento sazonal na demanda e a expectativa de reajustes positivos nos preços do suíno vivo trazem uma perspectiva mais otimista para os próximos dias, beneficiando tanto os consumidores quanto os produtores.

  • Mercado de suínos: movimentos distintos no final de abril

    Mercado de suínos: movimentos distintos no final de abril

    O mercado de suínos vivo encerrou o mês de abril com variações significativas entre as diferentes regiões acompanhadas pelo Cepea. Enquanto em Minas Gerais os compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando os suinocultores locais a reajustarem positivamente os valores, em outras praças as cotações seguiram em queda devido à demanda enfraquecida.

    De acordo com pesquisadores do Cepea, a movimentação mais intensa dos compradores em Minas Gerais impulsionou os preços para cima, refletindo uma maior disposição para aquisição por parte dos suinocultores da região.

    No entanto, em outras localidades, a demanda mais fraca pressionou as cotações para baixo, refletindo um cenário menos favorável para os produtores locais.

    Em relação à carne suína, apesar da desvalorização das carcaças, os agentes consultados pelo Cepea relataram uma melhora nas vendas no final de abril. Isso sugere uma recuperação da demanda interna pelo produto, o que pode contribuir para estabilizar os preços no curto prazo.

    Além disso, as exportações de carne suína apresentaram um desempenho positivo nos 20 primeiros dias úteis de abril, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro. Dados da Secex indicam que foram embarcadas 86,8 mil toneladas do produto in natura para o exterior nesse período, superando o volume exportado no mês anterior.

    Se esse ritmo de exportações se mantiver, o total enviado ao exterior pode alcançar 95,4 mil toneladas até o final do mês, representando o maior volume exportado até então para este ano. Esse aumento nas exportações pode contribuir para sustentar os preços no mercado interno, compensando a demanda doméstica mais fraca.

  • Custos de produção de frangos de corte e de suínos caem em março

    Custos de produção de frangos de corte e de suínos caem em março

    Os custos de produção de suínos e de frangos de corte caíram no mês de março nos estados líderes em produção e exportação segundo os estudos registrados pela Embrapa Suínos e Aves em sua Central de Inteligência de Aves e Suínos. Em Santa Catarina, o custo de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo chegou a R$ 5,61, queda de 1,42% em relação a fevereiro. No ano, o acumulado é de -9,52%, o que fez o ICPSuíno cair para 321,12 pontos. O custo com a alimentação dos suínos determinou esse recuo, caindo a R$ 4,09, o que representou 73,33% do custo total.

    Já os custos de produção do quilo de frango de corte no Paraná produzido em aviário tipo climatizado com pressão positiva foram de R$ 4,27 em março, queda de 2,39% em comparação com fevereiro. No ano, o acumulado é de -3,14%, o que fez o ICPFrango cair para 330,66 pontos. Assim como na suinocultura, o custo com a alimentação das aves determinou esse retorno, caindo para R$ 2,84, participando em 66,39% do custo total.

    Os estados de Santa Catarina e Paraná são usados ​​como referência nos cálculos do CIAS por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente. Os custos de produção são uma referência para o setor produtivo. Entretanto, suinocultores independentes e avicultores sob contratos de integração devem acompanhar a evolução dos seus próprios custos de produção.

    custos frango e suino marco 2024
    Divulgação/Embrapa

    Aplicativo Custo Fácil – O aplicativo da Embrapa agora permite gerar relatórios dinâmicos das fazendas, do usuário e das estatísticas da base de dados. Os relatórios permitem separar as despesas dos custos com mão de obra familiar. O Custo Fácil está disponível de graça para aparelhos Android, na Play Store do Google.

    Planilha de custos do produtor – Produtores de suínos e de frango de corte integrado podem usar na gestão da granja a planilha eletrônica feita pela Embrapa. A planilha pode ser baixada gratuitamente no site do CIAS.

  • China habilita 38 frigoríficos do Brasil para exportar carne

    China habilita 38 frigoríficos do Brasil para exportar carne

    No ano em que o Brasil celebra 50 anos de relações diplomáticas com a China, mais 38 plantas frigoríficas brasileiras foram habilitadas para vender carnes ao país asiático, conforme comunicado da Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) enviado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta terça-feira (12).

    Foram concedidas 38 habilitações, incluindo oito abatedouros de frango, 24 abatedouros de bovinos, um estabelecimento bovino de termoprocessamento e cinco entrepostos, algo inédito com o comércio da China, dos quais um é de bovino, três de frango e um de suíno.

    Parte dos estabelecimentos foi auditado remotamente em janeiro deste ano, enquanto outros receberam avaliação presencial em dezembro do ano passado. As equipes técnicas chinesas foram recebidas e acompanhadas por representantes do Mapa.

    “Esse é um momento importante para os dois lados. A China que vai receber carnes de qualidade com preços competitivos, garantindo produtos a sua população, e ao Brasil a certeza de geração de emprego, oportunidade e crescimento da economia brasileira. É um dia histórico na relação comercial Brasil-China, um dia histórico para nossa agropecuária”, declarou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango, se destacando como maior parceiro comercial para proteína animal. Em 2023, o país asiático importou 8,8 milhões de toneladas de carnes do Brasil, ultrapassando mais de US$ 23,5 bilhões.

    Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, a decisão da liberação de plantas para exportação é do governo chinês, cabendo ao Mapa reunir as condicionantes no Brasil e informar ao país comprador o rol de plantas que está disponível para validação deles.

    “Este é o maior número de habilitações concedidas de uma só vez na história. É importante destacar o esforço do ministro Carlos Fávaro nas negociações, assim como o do Ministério das Relações Exteriores e dos nossos adidos agrícolas na Embaixada do Brasil na China. Continuaremos trabalhando para expandir a lista de estabelecimentos exportadores”, destacou Perosa.

    “Este resultado histórico demonstra novamente o reconhecimento da qualidade, credibilidade e confiança do trabalho da defesa agropecuária do Brasil”, enfatizou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.

    Até o início de março deste ano, o Brasil possuía 106 plantas habilitadas para a China, sendo 47 de aves, 41 de bovinos, 17 de suínos e 1 de asininos.

    FIM DO ANTIDUMPING

    Recentemente, após a atuação do governo brasileiro, a China notificou o Brasil sobre a não renovação da medida antidumping que vinha sendo aplicada desde 2019 às exportações brasileiras de carne de frango. A medida, que impunha uma sobretaxa variando entre 17,8% e 34,2% conforme a empresa exportadora, deixou de vigorar no dia 17 do mês passado.

    Com o fim da decisão, as exportações de frango do Brasil se tornaram mais competitivas no mercado chinês, criando também oportunidades para outros produtores brasileiros. Mesmo com frigoríficos habilitados, os produtores não conseguiam competir efetivamente devido aos direitos antidumping que eram impostos.

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  • Mais de 790 milhões de animais foram movimentados em 2023 no Estado

    Mais de 790 milhões de animais foram movimentados em 2023 no Estado

    A quantidade de animais movimentados em Mato Grosso em 2023 chegou a 793 milhões, entre bovinos, aves, suínos, peixes, ovos fertilizados e outras espécies. Esses dados são do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea), órgão estadual que controla o trânsito de animais dentro e fora do Estado através da emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA).

    Pelo levantamento, ao longo do ano passado, grande parte da movimentação de animais foi de galinhas, com destino a granjas comerciais para engorda e, posteriormente, abate. Nesse segmento foram movimentados 725,9 milhões de aves, liderando o ranking de animais movimentados com GTA.

    Em segundo lugar, com 38,8 milhões, está a movimentação de peixes, em sua maioria alevinos, e em seguida bovinos, com 28,4 milhões.

    Nos dados gerais, em 2023, Mato Grosso registrou no total 956 mil Guias de Trânsito Animal, emitidas no sistema informatizado do Indea.

    Além do controle de animais entre estabelecimentos rurais e para frigoríficos, eventos agropecuários, como leilões, exposições, feiras e torneios, também demandam a emissão da GTA para os animais envolvidos. O Indea, responsável por autorizar esses eventos após a análise documental e avaliação do espaço físico, que garantam o bem-estar do animal, autorizou 988 eventos agropecuários em 2023. Nesses eventos agropecuários, a grande maioria de animais movimentados foi de bovinos, com um total de 98.548. Em seguida, com 39.274 ficou a movimentação de equídeos.

    — news —

  • Embrapa seleciona 22 propostas de inovação para suínos e aves

    Embrapa seleciona 22 propostas de inovação para suínos e aves

    A Embrapa Suínos e Aves divulgou esta semana as 22 propostas selecionadas para a segunda fase do edital de inovação aberta do Programa Inova 2023. A revelação das empresas que construirão projetos de inovação em parceria com a Embrapa ocorreu durante o evento “Inova 2023 – Avicultura e Suinocultura do amanhã”, que teve como foco principal debater as principais tendências de inovação para as produções de aves, suínos e ovos. Entre participantes presenciais e on-line, o evento do Inova reuniu mais de 160 profissionais interessados em entender melhor o futuro da avicultura e suinocultura.

    O “Inova 2023 – Avicultura e Suinocultura do amanhã” foi dividido em três painéis. O primeiro trouxe as tendências de inovação para a avicultura e suinocultura a partir da visão das agroindústrias. O segundo focou na visão dos produtores e o terceiro na visão do Estado e ciência. “Sem dúvida, inovações ligadas à sustentabilidade, sanidade animal, inteligência artificial e outros temas emergentes já estão provocando transformações”, enfatizou Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “Também é necessário inovar para fazer com que o país inteiro seja considerado área livre de febre aftosa, situação que o Norte e Nordeste do país ainda não possuem”, completou Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS).

    Para o chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Everton Krabbe, o dia foi valioso do ponto de vista das discussões, que foram de extrema importância porque ficou claro o que se espera de inovação as oportunidades e desafios que as cadeias de aves e suínos tem pela frente. “A palavra que fica disso tudo é sinergia. Esse é o termo que reume tudo. Não podemos mais perder tempo e trabalhar isoladamente. Temos que atuar junto, juntando forças, unindo os elos das cadeias”, frisou Everton. O diretor-executivo de Pesquisa e Inovação da Embrapa, Clênio Pillon, também esteve presente no evento e destacou que a empresa está olhando com muita atenção a todas as oportunidade de inovação que contribuam cada vez mais com a manutenção e o avanço da pesquisa em prol das cadeias produtivas.

    A Embrapa Suínos e Aves publicará no início de 2024 um estudo sobre tendências de inovação para suinocultura e avicultura com base no que foi debatido durante o evento.

    Embrapa seleciona empresas

    O Inova 2023 trouxe uma proposta de fomento a projetos de inovação aberta, que está distribuída em quatro etapas. A primeira delas recebeu até 13 de setembro propostas para o edital público voltado a atender demandas de inovação. No total, 40 propostas foram inscritas, que foram analisadas pela equipe técnica, numa segunda etapa, e que se chegou ao número de 22 propostas selecionadas. A partir de novembro, os 22 proponentes selecionados e os pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves formarão equipes para a construção de projetos de inovação, que terão até abril de 2024 para serem apresentados a fontes de financiamento. Entre as fontes de financiamento estão a própria Embrapa (que alocará até R$ 500.000,00 por ano em projetos de inovação do Inova) e o Biopark (centro de inovação sediada em Toledo, no Paraná, que investirá R$ 100.000,00 por projeto do seu interesse).

    O chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, pesquisador Everton Krabbe, destacou que a equipe foi surpreendida com o resultado e o alcance desta edição do Inova. “Superou as nossas expectativas e nos desafia na capacidade orgânica da equipe para a internalização de projetos”.

    Os proponentes selecionados foram a NUTRISA – Nutrimento Agropastoril S/A, BTA Aditivos Ltda, Fenix Ambiental, Inmuno, Setor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Biopark Educação, AB Vista Brasil, JF Tecnologia, Inovação e Pesquisa Ltda, Kindra, Roboagro, Glycovam, Algabloom, Embio, Ny Research, Terrabioenergia, ABLUO, SER Brasil, Safeeds, Arqueatec e Wageningen University and Research. Fazem parte deste grupo startups, pequenas, médias e grandes empresas, além de instituições ligadas à ciência e tecnologia. As propostas variam de uso de algas na alimentação animal até soluções computacionais para agilizar o abate e inspeção de suínos. A lista com as propostas pode ser conferida na página do Inova.

    O Programa Inova é uma realização da Embrapa Suínos e Aves e tem como correalizadores a Prefeitura de Concórdia, INCTECh Incubadora Tecnológica, Pollem Parque Científico e Tecnológico e Biopark e Biopark Educação. Conta também com o apoio da Fapesc, Fapeg e CREA/SC. Como patrocinadores Bronze, o programa tem Sindicarne/ACAV, Kemin e DSM Produtos Nutricionais. No patrocínio Prata, SIPS, ICASA e MSD Saúde Animal. As mídias parceiras são Avicultura Blog, O Presente Rural, Avicultura Industrial, Suinocultura Industrial, AviNews, NutriNews e SuinoBrasil.

  • Mato Grosso é o 5º maior produtor de suínos do Brasil e o 4º maior exportador

    Mato Grosso é o 5º maior produtor de suínos do Brasil e o 4º maior exportador

    O rebanho suíno de Mato Grosso permanece livre da Peste Suína Clássica (PSC), segundo aponta o mapeamento de vigilância ativa realizada pelos médicos veterinários do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT). Pelo trabalho realizado em 101 municípios, nos meses de abril e maio, foi possível confirmar a ausência da doença altamente infecciosa, que não oferece riscos aos humanos, mas é mortal aos suínos, principalmente os domésticos.

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    Rebanho de Mato Grosso segue livre da peste suína

    Em 35 dias, os médicos veterinários do Indea coletaram 2.239 amostras de sangue de suínos espalhados em 198 propriedades, sendo 182 estabelecimentos que criam porcos para subsistência, ou seja, consumo próprio; 11 de granjas comerciais de ciclo completo, e cinco granjas comerciais produtoras de leitão. Todo o material foi enviado para análise laboratorial e o resultado foi negativo para a presença do vírus da PSC no território mato-grossense.

    Com esse resultado, Mato Grosso se mantém na lista de estados brasileiros que possuem certificação internacional, pertencentes à zona livre de Peste Suína Clássica, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desde 2016.

    Segundo a médica veterinária responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Suidea (PESS) do Indea, Daniella Schettino, a atividade de vigilância ativa em suínos já é realizada durante todo o ano pelo Estado, mas o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também possui uma atividade de vigilância, o chamado Plano Integrado de Vigilância, que deve ser executado pelos Estados livres de PSC. Essa atividade é necessária para se comprovar regularmente a condição sanitária de livre de PSC.

    “Além da coleta de sangue, nossas equipes realizaram, também, a vigilância clínica, que é a busca ativa por suínos doentes. Esse trabalho, que está em fase de conclusão, é mais uma etapa de controle sanitário suíno, e em breve iremos compilar os dados para apresentar ao Mapa e à sociedade”, explica Daniella Schettino.

    Na vigilância clínica, os médicos veterinários do Indea estão percorrendo 202 propriedades, localizadas em 105 cidades do Estado.

    Daniella acrescenta ainda que, “tanto a vigilância clínica quanto a sorológica, que é a coleta de sangue, são ações que garantem que Mato Grosso permaneça com o estado sanitário conquistado, garantindo, assim, os mercados e a abertura de novos para a carne suína de Mato Grosso, através da promoção da sanidade do rebanho suíno”.

    suínos
    © Divulgação Governo Federal

    Produção de suínos

    Mato Grosso é o 5º maior produtor de suínos do Brasil e o 4º maior exportador. O mercado interno mato-grossense consome cerca de 25% da produção estadual e o resto é exportado para outros estados e países.

    O número de suínos em Mato Grosso é de cerca de três milhões de animais, sendo que 70% pertencente a granjas comerciais e 30% de subsistência. O Estado possui, aproximadamente, 300 granjas comerciais e 45 mil propriedades de subsistência com criação de suínos.

  • Abate de suínos bate recorde no segundo trimestre, diz IBGE

    Abate de suínos bate recorde no segundo trimestre, diz IBGE

    O abate de suínos no Brasil atingiu 14,07 milhões de cabeças entre abril e junho deste ano. O total, um recorde na série histórica iniciada em 1997, representa elevação de 7,2% na comparação com o mesmo período de 2021, e alta de 3% ante o primeiro trimestre de 2022.

    Também no segundo trimestre deste ano, o abate de bovinos somou 7,38 milhões de cabeças sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Significa um avanço de 3,5%, se comparado ao mesmo período de 2021 e de 5,7% frente ao primeiro trimestre de 2022. Os dados, que integram a Estatística da Produção Pecuária, foram divulgados hoje (6), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O supervisor de indicadores pecuários do IBGE, Bernardo Viscardi, disse que a proteína suína é um substituto da carne bovina, que teve, desde 2020, o seu consumo reduzido por conta da elevação dos preços. Para ele, fatores externos ajudam a explicar o porquê de cerca de 81,3% da produção suína ficarem no mercado interno no período pesquisado.

    “Nos últimos anos, as exportações estavam em alta, principalmente para a China. Após o controle da peste suína africana e a reposição do rebanho chinês, as exportações sofreram considerável redução. Outros destinos aumentaram as importações, mas não conseguiram compensar o arrefecimento da demanda chinesa”, explicou.

    Já no abate de bovinos, conforme Viscardi, houve o segundo trimestre consecutivo de alta após um período de baixa, especialmente do abate de fêmeas, que, desde o fim de 2019, vinham sendo poupadas para as atividades reprodutivas. “A recente desvalorização dos bezerros parece estar levando a um descarte maior de fêmeas. Também é relevante considerar que a carne de fêmeas, principalmente de novilhas, está sendo mais requisitada pelo mercado externo”, afirmou.

    Os dados indicaram grande aumento na participação do estado de São Paulo ante o mesmo período do ano anterior, com alta de cerca de 163 mil cabeças. “Aparentemente, parte do abate realizado em Mato Grosso e Goiás, que tiveram problemas com embargos por conta do mercado chinês e reduziram suas escalas de abate ao longo do período, foi transferida para os frigoríficos de São Paulo”, observou o analista.

    Frango

    O número de cabeças de frango abatidas entre abril e junho ficou em 1,50 bilhão. O volume significa recuos de 1,4% na comparação com o mesmo período de 2021 e de 2,7% em relação ao primeiro trimestre de 2022. Mesmo com a retração, o mês de maio apresentou o melhor resultado em toda a série histórica, iniciada em 1997.

    “As exportações de carne de frango apresentaram recorde para o trimestre, influenciadas pelo conflito na Ucrânia, que também é um importante fornecedor dessa proteína, e pela ocorrência de surtos de gripe aviária em produtores do hemisfério norte”, acrescentou o supervisor do IBGE

    Leite

    Ainda segundo a pesquisa, a aquisição de leite entre abril e junho teve o pior resultado desde 2016. Foram 5,40 bilhões de litros adquiridos, uma queda de 7,6% em relação ao mesmo período de 2021. Segundo o analista, o setor leiteiro encontrou dificuldade para repassar os custos da cadeia produtiva para o consumidor final.

    “O preço do leite sofreu considerável aumento no período, mas, mesmo assim, não conseguiu compensar os custos com a suplementação alimentar dos rebanhos e outras despesas como energia e medicamentos”, explicou.

    Além disso, fatores climáticos contribuíram para os resultados. “A escassez de chuvas em estados do Centro-Sul no primeiro trimestre comprometeu a qualidade da silagem usada para complementar a alimentação dos animais durante o período tipicamente seco do segundo trimestre”.

    Ovos

    Com 998,82 milhões de dúzias, a produção de ovos de galinha no segundo trimestre de 2022 foi a maior já registrada para esse período desde o início da série histórica. A pesquisa indicou, ainda, que, entre as unidades da Federação, o estado de São Paulo continuou sendo o maior produtor, com 27,3% da produção nacional, seguido por Minas Gerais (9,2%) e Paraná (9,1%).

    Couro

    A Pesquisa Trimestral de Couro revelou que os curtumes analisados receberam 7,49 milhões de peças no segundo trimestre do ano, o que representa recuo de 0,9% na comparação com igual período de 2021 e alta de 5,1% em relação ao 1º trimestre de 2022.

    Pesquisa

    De acordo com o IBGE, a pesquisa Trimestral do Abate de Animais oferece “informações sobre o total de cabeças abatidas e o peso total das carcaças para as espécies de bovinos (bois, vacas, novilhos e novilhas), suínos e frangos, tendo como unidade de coleta o estabelecimento que efetua o abate sob fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal. A periodicidade da pesquisa é trimestral, sendo que, para cada trimestre do ano civil, os dados são discriminados mês a mês”.

    O IBGE destacou, também, que, para atender solicitações de usuários para acesso mais rápido às informações da conjuntura da pecuária, a partir do primeiro trimestre de 2018, passaram a ser divulgados os Primeiros Resultados da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais para o nível Brasil, em caráter provisório. Eles estão disponíveis cerca de um mês antes da divulgação dos Resultados Completos.

    Edição: Kleber Sampaio