Tag: Suínos

  • Preços do suíno vivo e da carne caem há três semanas seguidas, aponta Cepea

    Preços do suíno vivo e da carne caem há três semanas seguidas, aponta Cepea

    O mercado de suínos vem enfrentando um cenário de queda nos preços nas últimas três semanas, de acordo com levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Tanto o valor do suíno vivo quanto da carne apresentam recuos consecutivos em todas as regiões pesquisadas pelo centro.

    O principal fator por trás dessa retração é a baixa liquidez nas vendas da proteína no mercado atacadista. Segundo o Cepea, há uma oferta de animais acima da demanda atual dos frigoríficos, o que pressiona os preços para baixo. Com a procura doméstica mais fraca, especialmente à medida que o fim do mês se aproxima e o poder de compra do consumidor diminui, a indústria tem recorrido à redução dos preços como estratégia para estimular as vendas e evitar o acúmulo de estoques.

    Agentes do setor ouvidos pelo Cepea relataram que, diante desse cenário, a negociação de novos lotes está mais difícil, forçando uma adequação nos valores para tentar melhorar a movimentação no mercado.

    A tendência de curto prazo dependerá da recuperação do consumo interno e de uma eventual diminuição na oferta de animais prontos para o abate, o que poderia reequilibrar a balança entre oferta e demanda e estabilizar os preços.

  • Preço do suíno em MT registra alta na primeira quinzena de março

    Preço do suíno em MT registra alta na primeira quinzena de março

    Na primeira quinzena de março de 2025, o mercado de suínos em Mato Grosso registrou avanço significativo nos preços. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o valor pago ao produtor pelo quilo do suíno vivo atingiu R$ 8,22, o que representa uma valorização de 6,69% em relação à primeira metade de fevereiro.

    O movimento de alta também foi observado no preço da carcaça suína, que passou a ser comercializada por R$ 13,05/kg, com aumento de 6,88% no mesmo comparativo. A valorização indica uma recuperação no mercado, impulsionada por fatores como aumento da demanda e custos de produção, além de possíveis ajustes na oferta.

    O cenário positivo para os produtores mato-grossenses segue a tendência nacional de firmeza nos preços, e pode favorecer o ritmo de abates e os planejamentos para o segundo trimestre do ano.

  • Preços do suíno disparam com oferta reduzida e demanda aquecida

    Preços do suíno disparam com oferta reduzida e demanda aquecida

    Os preços dos produtos suinícolas seguem em forte alta neste início da segunda quinzena de fevereiro, impulsionados por uma oferta reduzida de animais com peso ideal para abate e por uma demanda aquecida, tanto no mercado interno quanto no externo. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário tem reforçado o movimento de valorização do suíno vivo no mercado independente.

    Levantamento do Cepea aponta que, na região SP-5, que engloba Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba, a valorização do suíno vivo posto na indústria ultrapassou 8% na última semana. No sudoeste do Paraná, o aumento acumulado em sete dias já supera os 10%, refletindo a limitação da oferta e o aquecimento das negociações.

    No mercado atacadista, os preços da carcaça também acompanham esse movimento de alta. Pesquisadores do Cepea destacam que, apesar das valorizações recentes da carne suína, a liquidez segue elevada, demonstrando a firme demanda pelo produto.

  • Abate de suínos cresce 8,11% em Mato Grosso e envios para outros estados disparam

    Abate de suínos cresce 8,11% em Mato Grosso e envios para outros estados disparam

    O setor de suinocultura em Mato Grosso iniciou 2025 com forte crescimento no volume de abate e envio para outros estados. Em janeiro, foram abatidas 264,59 mil cabeças, um aumento de 8,11% em relação a dezembro de 2024, conforme levantamento do IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

    Além do aumento nos abates dentro do estado, os envios de suínos para frigoríficos de outras regiões também tiveram alta expressiva. No primeiro mês do ano, 18,87 mil cabeças foram destinadas a outros estados, o que representa um crescimento de 45,52% na comparação mensal. Esse avanço está diretamente ligado à competitividade dos preços dos suínos mato-grossenses, que seguem atrativos para compradores de fora.

    O cenário reforça a importância do setor para a economia do estado e indica que a demanda por suínos de Mato Grosso segue aquecida tanto no mercado interno quanto em outras regiões do país.

  • Vigilância em suínos ajuda a prevenir transmissão da influenza para humanos

    Vigilância em suínos ajuda a prevenir transmissão da influenza para humanos

    Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), da Embrapa Suínos e Aves (SC), e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) identificaram em humanos, no Brasil, vírus influenza A (IAV) variantes de origem suína. O trabalho revelou que, entre 2020 e 2023, oito casos de infecção humana por vírus de origem suína foram detectados no estado do Paraná. As cidades de Ibiporã, Irati, Toledo e Santa Helena foram palco das infecções, que ocorreram, em sua maioria, entre pessoas que tinham contato direto ou indireto com suínos. Dos oito casos, seis apresentaram sintomas respiratórios leves, enquanto dois foram graves, incluindo um óbito.

    O estudo, que também contou com a atuação do Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen/PR) e da Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa/PR), faz parte de uma abordagem de Saúde Única, que busca integrar a saúde humana, animal e ambiental a partir da vigilância da influenza humana e suína. Essa vigilância tem o objetivo de prevenir novas pandemias, uma vez que o contato próximo entre humanos e animais pode levar à transmissão de vírus zoonóticos.

    250121 InfluenzaSuina Rejane Schaefer pesquisadora

    De acordo com Rejane Schaefer, pesquisadora da Embrapa, a identificação desses casos só foi possível graças à vigilância estruturada da influenza em humanos no Brasil. Ela explica que a vigilância da influenza e outros vírus respiratórios no País é realizada por meio da vigilância sentinela de síndrome gripal (SG) e da vigilância de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em pacientes hospitalizados. “A vigilância sentinela monitora indicadores em unidades de saúde distribuídas em todas as regiões do País, chamadas de ‘Unidades Sentinelas’, que servem como alerta precoce ao sistema de vigilância”, detalha Schaefer. Apesar de essas ações serem importantes, a pesquisadora alerta para a necessidade de expandir a vigilância em suínos, com o objetivo de monitorar a evolução genética dos vírus e auxiliar no desenvolvimento de novas vacinas, controlando a doença em suínos e reduzindo o risco de transmissão entre espécies.

    Saiba mais sobre os vírus da influenza A

    Os vírus da influenza A (subtipos H1N1, H1N2 e H3N2) são endêmicos em populações suínas e, quando são transmitidos e infectam humanos, são chamados de vírus “variantes” e um “v” é adicionado ao subtipo do vírus para identificá-lo como de origem animal (ex: H1N1v, H1N2v, H3N2v). Desde 2005, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou 38 casos de H1N2v, 18 de H1N1v e 439 de H3N2v em humanos.

    Em 2015, o IOC/Fiocruz detectou pela primeira vez no Brasil uma variante de IAV em humanos e acionou a Embrapa Suínos e Aves para auxiliar na análise do vírus, que foi confirmado como originário de suínos. Os pesquisadores usaram sequenciamento genético para rastrear a evolução do vírus nos suínos brasileiros e relacionaram os vírus identificados em humanos com as linhagens genéticas de IAV predominantes em suínos no País.

    No estudo atual, publicado pela Nature Communications, a equipe destaca que, até o momento, a transmissão viral suíno-humano ocorreu apenas pelo contato direto com os suínos e não entre humanos, ou seja, a probabilidade de transmissão sustentada de pessoa a pessoa continua sendo baixa. O trabalho descreve detalhadamente os métodos utilizados para identificar os vírus variantes e sua relação com os vírus que circulam em suínos no Brasil.

    Os pesquisadores recomendam a vigilância contínua de novos vírus influenza A, o qual está em constante evolução, podendo causar surtos sazonais, zoonóticos ou até pandemias. Suínos são particularmente suscetíveis à infecção tanto pelo vírus da influenza humana sazonal quanto pelo vírus da influenza aviária, uma vez que possuem receptores celulares no trato respiratório que permite infecção por ambos os tipos de vírus. Essa suscetibilidade torna fundamental o monitoramento das interfaces entre humanos, animais e o meio ambiente, no esforço global de prevenção e controle de doenças infecciosas.

    O estudo também relembra um caso significativo de transmissão zoonótica da influenza ocorrido no Brasil em 2015, quando uma jovem de 16 anos contraiu a variante H1N2v após começar a trabalhar em uma granja de suínos no estado do Paraná. Casos como esse reforçam a necessidade de uma vigilância integrada, com foco na abordagem “Uma Só Saúde”.

    Os pesquisadores enfatizam que a vigilância em suínos é vital para acompanhar a evolução dos vírus e prevenir surtos que possam cruzar a barreira entre espécies, gerando novas ameaças à saúde pública global.

    Estudo e vigilância da influenza

    Nos oito casos registrados de infecção humana por IAV de origem suína, os pacientes tiveram contato direto ou indireto com suínos e foram identificados três subtipos de IAV que são endêmicos em suínos (H1N1, H1N2 e H3N2). O Paraná, terceiro maior produtor de carne suína do Brasil, é um importante polo da suinocultura em um país que ocupa o quarto lugar mundial na produção e exportação dessa carne. Esses casos foram identificados graças ao sistema de vigilância da influenza em humanos ativa no estado.

    Segundo Schaefer, a vigilância da influenza humana no Brasil recomenda a coleta semanal de cinco amostras de casos de síndrome gripal (SG) por unidade sentinela. No entanto, a distribuição dessas unidades é heterogênea entre os estados. O Paraná, por decisão estadual, possui o maior número de unidades sentinela no País, totalizando 34. Algumas delas estão localizadas em áreas próximas a municípios com alta densidade de suínos, o que pode ter facilitado a detecção dos vírus variantes.

    O Ministério da Saúde (MS) estabelece que uma cidade precisa ter mais de 300 mil habitantes para contar com uma unidade sentinela, critério que exclui muitas áreas rurais, onde vírus variantes podem surgir inicialmente. “Colocar unidades sentinela estrategicamente em regiões rurais de produção de suínos e aves, ou orientar a população dessas áreas a buscar atendimento nas unidades existentes, pode melhorar a detecção de vírus influenza A variantes”, sugere a pesquisadora da Embrapa.

    O vírus da influenza A humana sazonal pode ser transmitido para suínos. Após se adaptar ao hospedeiro suíno, o vírus pode evoluir e ser reintroduzido em humanos como uma nova variante viral. Os oito vírus influenza A variantes foram inicialmente detectados pelo Lacen/PR e posteriormente enviados para o Centro Nacional de Influenza (NIC) da Organização Mundial de Saúde (OMS), localizado no IOC/Fiocruz (RJ) para análises moleculares e fenotípicas complementares.

    Os pesquisadores ressaltam a importância da integração entre a vigilância humana e suína para monitorar a ocorrência de transmissão zoonótica. “Monitorar a emergência em humanos de vírus de origem suína nos permite agir de forma assertiva na prevenção e no desenvolvimento de vírus candidatos vacinais para uso em humanos, caso seja necessário”, afirma Schaefer.

    Ela ressalta que a vigilância contínua é essencial para avaliar riscos relacionados a surtos sazonais, zoonóticos e pandêmicos. Fortalecer a abordagem de Saúde Única permitiria o monitoramento mais eficaz de eventos de transmissão entre espécies, identificando potenciais epidemias e pandemias. Apesar de considerados esporádicos, os casos recentes de influenza A variantes no Brasil tiveram um bom resultado clínico (com recuperação da maioria dos pacientes) e não houve transmissão sustentada entre as pessoas. No entanto, os cientistas afirmam que manter os sistemas de vigilância sensíveis e articulados é fundamental para a detecção precoce de novos vírus variantes que possam representar uma ameaça à saúde pública.

    Apoio ao Ministério e alimentos seguros

    A Embrapa atua com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), subsidiando e apoiando com informações técnicas as ações de vigilância e monitoramento. A Empresa ressalta que a produção de suínos nacional é realizada sob sistemas com biosseguridade e o consumo de produtos de origem suína permanece seguro no Brasil.

  • Brasil e Singapura assinam acordo de regionalização para comércio de carne suína em caso de surto de Peste Suína Africana

    Brasil e Singapura assinam acordo de regionalização para comércio de carne suína em caso de surto de Peste Suína Africana

    Na última quarta-feira (15), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) firmou acordo de regionalização com Singapura para garantir o comércio de carne e produtos suínos em caso de surto de Peste Suína Africana (PSA) no Brasil.

    A medida, que já está em vigor, permitirá o comércio desde que a doença seja contida em uma zona específica e que as medidas de controle sanitário sejam implementadas de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O acordo trará maior segurança e previsibilidade para o comércio de carne suína entre os dois países, favorecendo os representantes das indústrias de ambos.

    Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Marcelo Mota, o protocolo é fruto do reconhecimento das autoridades de Singapura, da eficiência do serviço veterinário oficial do Brasil e da eficiência do setor produtivo, em cooperar na segurança alimentar com aquele país.

    O Brasil é livre de Peste Suína Africana desde 1988 e mantém reconhecimento internacional, como livre da doença, emitido ela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O acesso ao mercado de Singapura, um dos mais exigentes da Ásia, é uma oportunidade de mais comércios na região.

    A PSA é uma doença viral altamente contagiosa que afeta suínos domésticos e selvagens. A doença não representa risco à saúde humana, mas pode causar graves perdas econômicas para a indústria suína. O Brasil é um dos principais exportadores de carne suína do mundo, e Singapura é um importante mercado para a carne suína brasileira.

  • Suínos/Cepea: Poder de compra se recupera frente ao milho e cresce pelo 5º mês sobre o farelo

    Suínos/Cepea: Poder de compra se recupera frente ao milho e cresce pelo 5º mês sobre o farelo

    Levantamentos do Cepea mostram que, em novembro, o poder de compra de suinocultores paulista se recuperou frente ao milho e cresceu pelo quinto mês seguido em relação ao farelo de soja.

    Os preços médios do suíno vivo comercializado no mercado independente subiram com força, de outubro para novembro, na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), enquanto as cotações do milho na praça de Campinas (SP) avançaram de forma menos intensa.

    Já a média mensal do farelo registrou queda no período, também de acordo com pesquisas do Cepea. Nos últimos dias, porém, os preços do suíno caíram fortemente.

    Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta de animais para abate no mercado independente ficou acima da demanda, devido à baixa liquidez da carne. Além disso, produtores passaram a disponibilizar lotes extras, com receio de novas quedas de preços no curto prazo, o que acarretou em descompasso entre oferta e demanda, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea.

  • Investimento de R$ 15,6 milhões do Novo PAC acelera pesquisas em suínos e aves

    Investimento de R$ 15,6 milhões do Novo PAC acelera pesquisas em suínos e aves

    Após 15 anos, a Embrapa Suínos e Aves, voltada à pesquisa científica para duas das maiores cadeias produtivas do Brasil, responsáveis pela exportação de 6,21 milhões de toneladas de proteína animal em 2023, sendo 5,009 milhões de carne de frango e 1,201 milhão de carne suína, volta a contar com recursos do Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

    Antes mesmo de fechar o calendário deste ano, a Unidade executou R$ 15.643.666,88 do total de R$ 16.065.760,61 dos recursos do Novo PAC Embrapa, destinando esse volume a compras de equipamentos, obras e adaptações de estruturas para receber as aquisições a serem instaladas nos laboratórios e campos experimentais.

    Na lista de equipamentos importados com recursos do programa e que deixarão a Embrapa Suínos e Aves, no mínimo, em igualdade de excelência aos melhores laboratórios internacionais, estão as cabines isoladoras, usadas para abrigar animais que foram inoculados com doenças para testes da pesquisa. Com valor de R$ 1,7 milhão, as cabines foram importadas da França e vão desembarcar no Brasil entre março e abril de 2025.

    Também no rol de aquisições está a plataforma de sequenciamento de nova geração de ácidos nucléicos (DNA/RNA) que, de acordo  com a pesquisadora Rejane Schaefer será utilizado em projetos de pesquisa que visam a caracterização genética de microrganismos com foco em análises de evolução, principalmente para patógenos com alta taxa de mutação, como os vírus Influenza A.

    A cientista observa que com o equipamento será possível, ainda, atender às ações do PAC na vigilância sanitária e desenvolvimento de insumos (como kits de diagnóstico molecular rápido e vacinas) para Influenza Aviária e Peste Suína Africana.

    O chefe de Administração daquela Unidade, Darci Dambrós Júnior, comenta que os exemplares das cabines existentes na UD são antigos e, portanto, necessitam de manutenção, inclusive de peças que não existem mais, o que impossibilita determinados experimentos que exigem contenção.

    “Sem as cabines francesas, os  pesquisadores não teriam como avançar em alguns estudos”, assegura Dambrós.

    Embora atue com cadeias altamente tecnificadas, que contam com soluções de inteligência artificial (IA) e de automação, a Unidade, por estar localizada em uma área rural que tem grandes problemas com a rede elétrica, precisou optar por fazer obras estruturantes, até mesmo para assegurar o funcionamento dos equipamentos adquiridos por meio do PAC e que já começaram a chegar.

    Nesse sentido, pelo menos R$ 4.209.776,23 foram aplicados para essa finalidade , especialmente no que se refere à reforma da parte elétrica nos campos experimentais e nos laboratórios).

    Dambrós explica que não faria sentido a compra e instalação, por exemplo, de um sequenciador para a caracterização genética de microrganismos, com foco em análises de evolução (como para patógenos com alta taxa de mutação, como os vírus Influenza A) dentro de um prédio com problemas de energia elétrica, goteiras e infiltrações ou seja, sem condições de operar. Por isso, a prioridade em instalar os equipamentos para uma nova rede elétrica, como o gerador instalado para uso nas granjas (locais onde os suínos e as aves são confinados)).

    Entusiasmado com a execução de 100% do volume de recursos destinados em 2024 para a Embrapa Suínos e Aves, Darci Dambrós Júnior já começou a planificar , junto com todas as equipes da Unidade, como e onde deverão ser aplicados os próximos repasses do Novo PAC Embrapa, previstos  para os anos de 2025 e 2026. “As obras: temos duas concluídas (elétrica e acessos), mas ainda está em desenvolvimento o projeto para saneamento da água. Ele explica que, nesse caso, é preciso aguardar a licença ambiental, mas que o calendário está dentro do prazo.

    “O PAC foi nossa prioridade em 2024 e temos o sentimento de dever cumprido nessa primeira etapa”. A expectativa para 2025, quando teremos um volume maior de recursos, é de completar obras importantes”, diz o chefe de Administração.

    Segundo Dambrós, o Novo PAC Embrapa é uma oportunidade ímpar de reposicionar aquela Unidade no cenário das cadeias produtivas e determinante para os resultados que serão gerados.

    Para os próximos anos o objetivo é a construção de um novo infectório (local onde os animais são infectados para pesquisas) com biossegurança de níveis 2 e 3. Com isso, ele espera  que as pesquisas evoluam a ponto de obterem resultados que levem a testar e produzir vacinas dentro da Unidade. “E é para isso que já temos equipamentos comprados”, diz Dambrós.

    Sobre a Unidade

    Com um plantel de 1.063 suínos e 6.455 aves, esta Unidade da Embrapa está em uma região onde mais de 80% das propriedades são constituídas por agricultores de base familiar. A contribuição das pesquisas da Embrapa Suínos e Aves tem um papel fundamental quanto ao controle de doenças, bem como o aparfeiçoamento de rações, melhorias da qualidade genética dos animais, preservação do meio ambiente e o desenvolvimento de eauipamentos para a suinocultura e avicultura. A Unidade desenvolveu aves e suínos com a genética Embrapa, entre elas: frangos de corte 021 e 041, as poedeiras 031 e 051, o macho suíno MS 115 e a fêmea suína MO25C.

  • Parceria vai gerar protocolos de produção sustentável e de rastreabilidade para suínos e frangos de corte

    Parceria vai gerar protocolos de produção sustentável e de rastreabilidade para suínos e frangos de corte

    Em até três anos, as cadeias produtivas de frangos de corte e suínos do Brasil deverão ter protocolos de produção sustentável e rastreabilidade definidos. Em maio, quatro centros de pesquisa da Embrapa e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciaram parceria para desenvolvimento dos requisitos básicos do Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar), desenvolvido por equipe da Embrapa Agricultura Digital.

    Para manter e ampliar a posição que ocupa entre os maiores produtores e exportadores de proteína de porco e frango de corte do mundo, atendendo legislações internacionais e nacionais, como a Lei do Autocontrole, o segmento terá de investir em elevados padrões de produção sustentável e rastreabilidade para garantir o cumprimento das metas regulatórias.

    O  Decreto nº 12.031  regulamenta a inspeção e a fiscalização obrigatória dos produtos destinados à alimentação animal em suporte à legislação e foi publicado há um mês – o primeiro segmento a ser regulamentado pela defesa agropecuária.

    O acordo de cooperação técnica com a ABPA teve incentivo e articulação do presidente do Conselho de Administração da Embrapa (Consad), Carlos Augustin, e vai nessa direção. A parceria prevê que informações sobre práticas, processos e tecnologias utilizadas pelas agroindústrias das referidas cadeias produtivas sejam disponibilizadas via códigos de barras 2-D na embalagem dos produtos associados aos selos de reconhecimento de produção sustentável da ABPA, como o Brazilian Pork.

    Everton Krabbe, chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, observa que “apesar de muitas empresas do setor já terem seus sistemas próprios de rastreabilidade, a proposta visa uma padronização de ações resultante em um programa nacional. Será uma ação complementar ao que muitas empresas já praticam”.

    De acordo com Alexandre de Castro, pesquisador da Embrapa Clima Temperado, líder da proposta, “o projeto contempla desde a definição de critérios básicos de rastreabilidade, até o desenvolvimento do modelo de rastreabilidade e sua validação em empresas e cooperativas associadas”. O sistema utiliza a tecnologia digital blockchain para oferecer ao consumidor informações sobre a qualidade e procedência dos produtos.

    “O Sibraar atua na identificação, rastreabilidade, monitoramento de processos e certificação de produção, permitindo ainda a integração de dados junto aos canais de distribuição, incluindo atacadistas, varejistas e consumidores”, informa Anderson Alves, coordenador de negócios da Embrapa Agricultura Digital.

    “A união de esforços entre as instituições chega para atender uma demanda antecipadamente pela implementação de requisitos mínimos de rastreabilidade para exportação de produtos com origem nas cadeias produtivas de frangos de corte e suínos”, Marcelo Medina Osório, diretor de relações institucionais da ABPA.

    Papéis

    A associação representa as empresas e cooperativas que atuam nos setores de produção no campo e no processamento agroindustrial dos segmentos e vai apoiar a organização do painel técnico e o acompanhamento e auxílio para a realização da atividade.

    A Embrapa Agricultura Digital, a Embrapa Clima Temperado, a Embrapa Suínos e Aves e a Embrapa Trigo integram o acordo. Uma equipe da Embrapa Clima Temperado liderou o projeto e atuará com a unidade de Campinas no desenvolvimento do modelo de rastreabilidade e na mediação do contato com associados para participar da validação do modelo.

    Além de gerenciar a elaboração de protocolo com requisitos de produção sustentável para as cadeias produtivas com as demais Unidades, a Embrapa Suínos e Aves vai apoiar a sistematização, tratamento e apresentação de dados. Auxiliará no planejamento e na análise dos dados levantados bem como na organização e otimização de processos informatizados.

    Já a Embrapa Trigo vai colaborar na adaptação e implementação de cadernos de campo em sistema de rastreabilidade digital, contemplando os requisitos básicos da produção de cereais de inverno.”O objetivo é atender a demanda do mercado consumidor que exige mais transparência no processo produtivo”, conta a pesquisadora Casiane Tibola.

    Segundo ela, além de ampliar o uso das áreas no inverno, o projeto também vai contribuir para demandas em ESG (Ambiental, Social e Governança) com menor emissão de gases de efeito estufa no transporte de grãos enquanto a indústria de alimentação animal poderá absorver a produção local de cereais de inverno.

  • Valorização do suíno vivo impulsiona poder de compra do produtor paulista

    Valorização do suíno vivo impulsiona poder de compra do produtor paulista

    Diante das fortes valorizações do suíno vivo neste início de julho, o poder de compra do produtor paulista frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) vem crescendo no comparativo com o mês anterior, conforme apontam levantamentos do Cepea.

    Em relação ao milho, que apresenta preços em queda no mesmo período, o suinocultor registra o melhor desempenho desde novembro de 2020, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de junho/24). As cotações do farelo de soja, por sua vez, subiram ligeiramente de junho para esta parcial de julho.

    Segundo pesquisadores do Cepea, frigoríficos têm intensificado as compras de novos lotes de suínos para abate neste mês, diante das demandas doméstica e externa por carne suína aquecidas.