Tag: suinocultura

  • Fatec Senai lança MBA de Gestão da Suinocultura em parceria com a Acrismat

    Fatec Senai lança MBA de Gestão da Suinocultura em parceria com a Acrismat

    A Faculdade de Tecnologia Senai Mato Grosso (Fatec Senai), em parceria com a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), lança o MBA em Gestão da Produção e Sustentabilidade na Suinocultura, para atender às demandas de inovação, produtividade e sustentabilidade do setor suinícola.

    As inscrições estão abertas até o dia 6 de junho para as 40 vagas ofertadas na primeira turma da especialização, com desconto para profissionais de granjas associadas à Acrismat.

    Com uma carga horária de 360 horas, a pós-graduação Lato Sensu tem a duração de 18 meses. As aulas serão realizadas na sede da Fatec Senai, em Cuiabá, com encontros presenciais mensais e suporte contínuo em plataformas digitais.

    “A cadeia da suinocultura de Mato Grosso possui desafios particulares. Para que ela continue crescendo e desenvolvendo, mais do que nunca, será necessário profissionais preparados. Esta parceria com a Acrismat, marca o início da preparação da nova geração de profissionais da gestão da cadeia suinícola de Mato Grosso”, destaca Valvite Junior, gerente de Projetos Agroindustriais do Senai MT.

    O gerente conta ainda que a parceria foi desenhada para oferecer uma formação estratégica e prática, focada não apenas na eficiência operacional da suinocultura, mas também aos aspectos ambientais e de bem-estar animal.

    O programa se destaca por seu currículo inovador, dividido em três módulos principais: Manejo Integrado e Sustentabilidade no Agronegócio, Tecnologias de Aplicação no Agronegócio e Gestão Estratégica e Eficiência Operacional no Agronegócio.

    Ente os principais conteúdos abordados na capacitação estão: bem-estar animal, biosseguridade, sistemas de produção, efluentes, normativas, genética, fases de criação, abate, qualidade da carne e controle sanitário, comunicação, custos, planejamento estratégico, cadeia produtiva e tecnologias emergentes.

    A pós-graduação tem um papel estratégico na formação de líderes e gestores, afirma a coordenadora de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Fatec, Marcia Scabora. “Esta é mais uma especialização alinhada às necessidades da indústria, com o intuito de preparar profissionais que sejam capazes de impulsionar a competitividade da cadeia suinícola de forma sustentável”, complementa.

    As inscrições podem ser feitas pelo WhatsApp (65) 9254-7168.

  • Mesmo com leve recuo em abril, preços do suíno vivo e da carne seguem 20% acima dos de 2023

    Mesmo com leve recuo em abril, preços do suíno vivo e da carne seguem 20% acima dos de 2023

    As cotações médias do suíno vivo e da carne suína recuaram levemente de março para abril, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O movimento está atrelado à menor procura por parte da indústria no mês passado, cenário comum no período de transição entre a Páscoa e o início de maio.

    Apesar da retração mensal, os preços seguem cerca de 20% acima dos registrados no mesmo período do ano passado, refletindo um contexto de oferta mais controlada e demanda aquecida, especialmente no mercado externo. Segundo agentes do setor consultados pelo Cepea, os negócios têm fluído normalmente, sem registros de cancelamentos de carga, sobretudo neste encerramento de mês, o que sinaliza certa estabilidade para o curto prazo.

    O comportamento do mercado indica que, mesmo diante de oscilações mensais, a valorização da carne suína no último ano permanece expressiva, impulsionada por uma combinação entre exportações firmes e ajustes na produção nacional.

  • Custo operacional da suinocultura em Mato Grosso recua no 1º trimestre de 2025

    Custo operacional da suinocultura em Mato Grosso recua no 1º trimestre de 2025

    O custo operacional total (COT) da suinocultura em Mato Grosso registrou queda no primeiro trimestre de 2025, fixando-se em R$ 4,39 por quilo. O valor representa uma redução de 2,23% em relação ao trimestre anterior, conforme aponta levantamento do Projeto de Custo de Produção Agropecuária de Mato Grosso (CPA-MT), conduzido pelo Senar-MT e Imea.

    A principal responsável por essa retração foi a diminuição nos gastos com ração, que continuam a representar a maior parcela da composição de custos da atividade. No período analisado, o grupo de ração respondeu por 74,61% do COT, reforçando seu peso significativo sobre a rentabilidade do produtor.

    Essa redução, ainda que modesta, oferece alívio momentâneo ao suinocultor mato-grossense, que enfrenta desafios relacionados à volatilidade do mercado, ao custo de insumos e à precificação do produto final. A expectativa do setor é de que o cenário mais estável dos preços dos grãos continue contribuindo para a manutenção ou até novo recuo nos custos da atividade ao longo do ano.

    O acompanhamento contínuo dos indicadores de custo é considerado estratégico para embasar decisões na cadeia produtiva da suinocultura, que tem papel relevante na economia agropecuária de Mato Grosso.

  • Estudo faz diagnóstico sobre a situação da suinocultura mato-grossense

    Estudo faz diagnóstico sobre a situação da suinocultura mato-grossense

    A produção de carne suína em Mato Grosso segue em crescimento, alavancada pela forte demanda internacional e por um mercado interno aquecido. No entanto, desafios estruturais colocam em risco a sustentabilidade do setor a médio e longo prazo. Essa é a principal conclusão do Diagnóstico da Suinocultura em Granjas Mato-Grossenses, estudo inédito realizado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) em parceria com a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat).

    No cenário nacional, o Brasil ocupa a quarta posição entre os maiores produtores e exportadores de carne suína do mundo, com estimativa de alcançar 5,45 milhões de toneladas em 2025, conforme a Conab. Mato Grosso aparece como o 6º maior produtor do país, respondendo por 4,78% da produção nacional com 125,51 mil toneladas entre janeiro e agosto de 2024. A estrutura de abate no estado é composta por nove frigoríficos com inspeção federal e estadual, e o setor emprega mais de 10 mil pessoas diretamente.

    Apesar dos números positivos, o perfil dos produtores revela um risco de estagnação: 75,9% têm mais de 50 anos, com idade média de 56 anos, o que levanta um alerta quanto à sucessão familiar. De acordo com a pesquisa, há um risco real de descontinuidade nas propriedades familiares. Para a Acrimat, é preciso atrair jovens com políticas de sucessão rural e capacitação. Por outro lado, o alto nível de escolaridade surpreende: 43,37% têm ensino superior completo e 8,43% possuem pós-graduação, evidenciando um setor cada vez mais profissionalizado.

    As granjas variam bastante em tamanho, indo de 2 a mais de 10 mil hectares, mas a mediana é de 500 hectares. Enquanto as pequenas propriedades (até 50 ha) destinam 36,83% da área à suinocultura, nas grandes fazendas (acima de mil ha), esse percentual cai para cerca de 5%. Quanto ao sistema produtivo, 38,55% operam como Unidades de Terminação, 32,53% em Ciclo Completo, e 28,92% como Unidades de Produção de Leitões. A genética animal é dominada pelas linhagens da BRF (Sadia) e da Agroceres PIC.

    Entre os principais desafios enfrentados pelo setor, estão o acesso ao crédito, os altos custos de produção e a burocracia ambiental. Mais da metade dos produtores (57,31%) considera difícil conseguir financiamento, e 43,37% sequer buscaram crédito, muitas vezes por falta de informação. A alimentação animal, que pode representar até 70% dos custos, tem sido amenizada com o preparo da ração nas próprias propriedades, prática adotada por 42,17% dos entrevistados.

    No campo ambiental, 83,13% das granjas possuem licenciamento, mas quase 17% ainda aguardam aprovação, criticando a lentidão nos processos. Já no quesito sustentabilidade, o setor mostra avanços: 87,80% adotam a compostagem para descarte de animais mortos, e 68,67% utilizam biodigestores, gerando biogás e fertilizantes.

    Em relação ao futuro, 66,27% dos produtores pretendem manter os níveis atuais de produção, 25,30% planejam expandir com investimentos em tecnologia, e 6,02% consideram sair da atividade, especialmente os pequenos independentes, pressionados pelos custos elevados e margens reduzidas.

    Para a Acrismat, a superação desses obstáculos depende de políticas públicas eficazes, acesso facilitado a crédito, programas de capacitação técnica e incentivo ao cooperativismo, inspirado em modelos bem-sucedidos como o de Santa Catarina. A suinocultura mato-grossense tem margem para crescer, mas precisa de estrutura, inovação e renovação geracional para se manter competitiva nos próximos anos.

  • Famato e CNA realizam ciclo de palestras para fortalecer avicultores e suinocultores em MT

    Famato e CNA realizam ciclo de palestras para fortalecer avicultores e suinocultores em MT

    A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), iniciou, no dia 24 de fevereiro, um ciclo especial de palestras voltado para avicultores e suinocultores do estado. O evento tem como objetivo promover o desenvolvimento das cadeias produtivas e discutir temas fundamentais para o fortalecimento do setor agropecuário.

    A primeira rodada aconteceu no Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde (24/02), passou pelo Sindicato Rural de Nova Mutum (25/02) e continuará nos próximos dias. O ciclo segue para a Associação de Avicultores de Nova Marilândia no dia 26/02 e para o Sindicato Rural de Tangará da Serra no dia 27 de fevereiro. O ciclo de palestras visa fortalecer o alinhamento das boas práticas e a união dos produtores rurais, destacando o papel fundamental dos sindicatos e associações para o desenvolvimento do setor.

    O analista de Pecuária da Famato, Marcos de Carvalho, destacou a importância da mobilização dos produtores para fortalecer as cadeias produtivas e a competitividade do setor, garantindo a sustentabilidade do sistema integrado. “A união entre os produtores é fundamental para estabelecer uma relação mais sustentável para ambas as partes. Produtores e agroindústria devem se beneficiar do sistema de integração. Ao se organizarem por meio dos sindicatos rurais, da federação e das associações, eles conquistam melhores condições de negociação e têm acesso a orientações técnicas especializadas, como as que a Famato, o Senar e a CNA oferecem”, afirmou Marcos.

    Outro tema relevante nas palestras é o Programa CADEC Brasil, que oferece capacitação, consultoria jurídica e apoio aos produtores nas Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (CADECs). Rafael Filho, assessor técnico da CNA, compartilhou detalhes do programa, enquanto Adroaldo Hoffmann, presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, abordou a Lei da Integração e as boas práticas para o setor.

    “O Programa CADEC Brasil é uma ferramenta importante para fortalecer os produtores, garantindo mais conhecimento. Além da capacitação e do suporte jurídico, o programa também aproxima os produtores da Federação, criando um canal direto para defender seus interesses e fortalecer a representatividade do setor”, explicou Rafael.

    Adroaldo Hoffmann reforçou a importância da qualificação dos produtores e do fortalecimento das associações para a integração. “A ideia é levar todos os polos produtivos para o mesmo nível, proporcionando às associações e aos produtores acesso a suporte e assistência oferecidos pela Federação e pela Confederação da Agricultura. É essencial incentivar os produtores a se associarem e a participarem das decisões da integração, pois a união dos produtores pode fazer a diferença. Queremos qualificar os produtores e os técnicos no entendimento da Lei da Integração, para que possam negociar melhores condições dentro do sistema”, destacou Hoffmann.

    Este ciclo de palestras representa uma oportunidade única para os produtores rurais se atualizarem sobre seus direitos e deveres, receberem orientações diretas de especialistas e fortalecerem a avicultura e suinocultura em Mato Grosso, um dos principais estados produtores de proteína animal do Brasil.

  • Acordo de cooperação técnica impulsiona produção sustentável na Suinocultura Brasileira

    Acordo de cooperação técnica impulsiona produção sustentável na Suinocultura Brasileira

    A assinatura do acordo representa um marco significativo para o setor, ao unir esforços entre governo, associações e entidades para fomentar melhorias na cadeia produtiva. A estratégia busca não apenas incentivar o cumprimento das normativas existentes, mas também reconhecer e premiar os produtores que adotam práticas voltadas para a sustentabilidade , o bem-estar animal e a saúde humana e animal .

    Para Pedro Neto , secretário da SDI, a IN nº 113 foi um passo crucial para direcionar a suinocultura brasileira rumo a uma produção mais responsável e ética. “Nosso objetivo agora é destacar e valorizar aqueles produtores cuja forma de produção prioriza a sustentabilidade e o bem-estar animal. Essa é uma oportunidade única de mostrar ao Brasil e ao mundo como a suinocultura nacional está comprometida com as melhores práticas para um futuro comum”, afirmou.

    Reconhecimento às Boas Práticas

    O secretário da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) , Carlos Goulart , destacou a relevância da iniciativa ao ressaltar os avanços alcançados desde a publicação da IN nº 113, há cinco anos. “É uma satisfação enorme ver diferentes atores se unindo para inovar na suinocultura. Reconhecer formalmente as empresas que já implementam as diretrizes da normativa é essencial para promover saúde e bem-estar animal, pilares fundamentais da SDA”, disse.

    O presidente da ABCS, Marcelo Lopes , reiterou o compromisso da entidade com o desenvolvimento contínuo do setor. “Estamos realizando um passo importante ao reconhecer e incentivar os produtores e agroindústrias que estão alinhados às diretrizes da IN nº 113. A transição para sistemas que priorizam o bem-estar animal é uma ferramenta indispensável nas granjas modernas. Ações como essa reforçam o compromisso da suinocultura brasileira com a qualidade e a sustentabilidade, atendendo às crescentes demandas dos consumidores e da sociedade”, comentou.

    Avanços no Bem-Estar Animal

    A médica veterinária e presidente da Alianima , Patrycia Sato , destacou o papel da instituição na promoção do bem-estar animal desde sua fundação. Segundo ela, a publicação da IN nº 113 foi um divisor de águas ao legitimar a importância do tema no âmbito do Mapa, oferecendo respaldo técnico para que as boas práticas fossem incorporadas pelo setor produtivo.

    “Agora, com o Acordo de Cooperação Técnica, podemos intensificar o diálogo construtivo e reconhecer oficialmente os esforços dos produtores que estão se adequando às normativas. Isso fortalece ainda mais o compromisso da cadeia suinícola com a sustentabilidade e o bem-estar animal”, afirmou Sato.

    O tempo de gestação das porcas é de 112 dias, aproximadamente, dando depois à luz entre seis e doze crias, a que se chamam leitões, ou bácoros. Um porco livre pode viver cerca de 12 anos.

    Impactos Positivos para o Setor

    O ACT tem como objetivo principal estimular a adoção de práticas sustentáveis e humanitárias na suinocultura, promovendo benefícios tanto para os produtores quanto para os consumidores e os animais. Entre os impactos esperados estão:

    1. Melhoria na Qualidade da Produção : Com o cumprimento das diretrizes da IN nº 113, espera-se que a qualidade da carne suína brasileira seja ainda mais reconhecida no mercado internacional.
    2. Fortalecimento da Imagem do Setor : O reconhecimento formal de empresas e produtores que seguem as melhores práticas reforça a imagem positiva da suinocultura nacional.
    3. Atendimento à Demanda do Consumidor : A sociedade e os mercados globais estão cada vez mais exigentes em relação à origem e aos métodos de produção dos alimentos. A iniciativa atende diretamente a essa demanda.
    4. Promoção da Saúde Humana e Animal : A adoção de boas práticas de manejo contribui para a prevenção de doenças e para o bem-estar dos animais, garantindo um ciclo produtivo mais saudável.

    Compromisso com o Futuro

    O Acordo de Cooperação Técnica marca o início de uma nova fase para a suinocultura brasileira, onde a sustentabilidade e o bem-estar animal são prioridades estratégicas. Ao unir esforços entre governo, associações e produtores, a iniciativa demonstra que o Brasil está comprometido em liderar o setor com responsabilidade, ética e inovação.

    “Essa é uma excelente oportunidade para mostrar ao mundo que a suinocultura brasileira está preparada para enfrentar os desafios do futuro, garantindo alimentos de alta qualidade produzidos com respeito ao meio ambiente, aos animais e à sociedade”, concluiu Marcelo Lopes.

  • Queda nos preços do suíno vivo reduz poder de compra dos suinocultores paulistas

    Queda nos preços do suíno vivo reduz poder de compra dos suinocultores paulistas

    Levantamentos do Cepea indicam que o poder de compra dos suinocultores de São Paulo tem caído em relação aos principais insumos utilizados na atividade, como milho e farelo de soja.

    Essa redução ocorre devido à combinação de fortes quedas nos preços do suíno vivo, enquanto os custos do milho e do farelo registram aumentos significativos.

    Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão sobre o valor do suíno vivo está ligada ao ritmo lento das vendas e à alta oferta de animais para abate, um cenário que se mantém desde dezembro de 2024.

    Essa desvalorização impacta negativamente a margem de lucro dos produtores, especialmente em um momento de insumos encarecidos, tornando o início de 2025 desafiador para o setor.

  • Em 2025, suinocultura deve seguir apostando no mercado externo

    Em 2025, suinocultura deve seguir apostando no mercado externo

    Depois de registrar um 2024 bom no mercado interno e externo, com as exportações recordes e preços internos nas máximas nominais, as perspectivas para o setor produtivo de suínos seguem positivas para 2025. Tudo indica que as demandas mundial e brasileira pela carne devem seguir aquecidas.

    Do lado oferta, estimativas preliminares do Cepea apontam aumento na produção do setor. No front externo, o setor suinícola nacional deve continuar apostando no mercado externo, visando reforçar e/ou melhorar sua posição no ranking dos maiores players internacionais.

    O excelente desempenho das exportações nos últimos anos está atrelado aos esforços do setor em aumentar a capilaridade no mercado global, em meio à redução gradual (iniciada em meados de 2022) das importações por parte da China.

    Assim, mesmo diante das reduções nos envios ao país asiático, os embarques a outros parceiros comerciais devem garantir mais um ano de bom desempenho das exportações.

    Estudos do Cepea apontam que, em 2025, as vendas externas de carne suína podem crescer até 6,6% em relação ao volume de 2024, alcançando 1,22 milhão de toneladas.

    No mercado interno, a demanda por carne suína deve permanecer firme em 2025, sobretudo considerando que os preços da carne bovina estão elevados.

    Estimativas do USDA apontam crescimento de 1,8% no consumo per capita de carne suína no Brasil em 2025. Desta forma, para que as demandas externa e interna pela proteína brasileira sejam sustentavelmente atendidas ao longo do ano de 2025, pesquisadores do Cepea indicam que o volume produzido de carne de suína deverá atingir cerca de 5,53 milhões de toneladas neste ano, aumento de 2,8% em relação ao projetado para 2024.

  • E-book detalha o panorama da suinocultura em Mato Grosso e aponta desafios e oportunidades para o setor

    E-book detalha o panorama da suinocultura em Mato Grosso e aponta desafios e oportunidades para o setor

    O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em parceria com a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), lançou o e-book Diagnóstico da Suinocultura em Granjas Mato-Grossenses durante o Seminário da Suinocultura de Mato Grosso, realizado na terça-feira (03/12), no Hotel Deville, em Cuiabá. A publicação traz uma visão abrangente sobre a cadeia produtiva de suínos no estado, destacando aspectos positivos, desafios e tendências estratégicas para o setor.

    “Com uma visão estratégica da suinocultura em Mato Grosso, o diagnóstico traz informações essenciais para compreender os avanços e os desafios do setor. Os dados refletem a crescente profissionalização dos produtores, mas também evidenciam pontos de atenção, como o acesso ao crédito e a necessidade de planejamento para a sucessão familiar. A elaboração deste e-book é resultado da parceria entre o Imea e a Acrismat, reforçando nosso compromisso conjunto em apoiar os produtores e promover o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva. Com esta publicação, esperamos contribuir para decisões mais assertivas e para a construção de um futuro ainda mais competitivo para a suinocultura no estado”, destacou o superintendente do Imea, Cleiton Gauer.

    Com base em 83 entrevistas realizadas nas macrorregiões de Mato Grosso, o levantamento apontou que 75,90% dos suinocultores têm mais de 50 anos, com uma média de idade de 56 anos. Esse dado revela um perfil experiente, mas também destaca a necessidade de planejar a sucessão nas granjas, já que muitos produtores estão próximos da aposentadoria. A baixa participação de jovens, representando apenas 7,23% dos entrevistados, levanta preocupações sobre a continuidade da atividade e a renovação de lideranças no setor.

    A pesquisa evidenciou um alto nível de qualificação entre os produtores: 43,37% possuem ensino superior completo e 8,43% têm pós-graduação. Esse cenário reflete avanços na profissionalização e no acesso a tecnologias e práticas modernas, o que contribui para a competitividade do setor. Contudo, uma pequena parcela, 6,02%, ainda não concluiu o ensino fundamental, indicando áreas nas quais a capacitação pode ser fortalecida.

    O diagnóstico também revelou a diversidade das granjas de suínos em Mato Grosso, com áreas que variam de 2 a mais de 10.000 hectares. Em propriedades menores, com até 50 hectares, a suinocultura ocupa 36,83% da área, enquanto em propriedades médias, com até 100 hectares, a ocupação sobe para 44,48%. Nas maiores, a suinocultura representa uma atividade complementar, sendo parte de portfólios diversificados que incluem culturas agrícolas e pecuária extensiva.

    A estrutura operacional também varia significativamente: 39,76% das propriedades empregam até cinco funcionários, enquanto 28,92% possuem mais de 20 colaboradores, refletindo os diferentes modelos de produção entre pequenos e grandes produtores.

    Apesar do avanço em educação e gestão, os suinocultores enfrentam desafios importantes, como dificuldades no acesso ao crédito, relatadas por 57,31% dos entrevistados. A questão da sucessão familiar também é crítica, especialmente em propriedades familiares que podem enfrentar incertezas quanto à continuidade.

    Por outro lado, o uso de tecnologias avançadas, biossegurança rigorosa e genética de qualidade reforçam a capacidade do setor de se manter competitivo, tanto no mercado nacional quanto internacional. A pesquisa mostra que 32,53% das granjas operam no ciclo completo, demonstrando um nível elevado de independência e controle das etapas produtivas.

    O e-book representa uma ferramenta valiosa para produtores, indústrias e formuladores de políticas, permitindo uma compreensão mais profunda do setor. Segundo o Imea e a Acrismat, as informações agregadas asseguram a confidencialidade dos dados individuais, garantindo um panorama fiel e estratégico da suinocultura no estado.

    O Diagnóstico da Suinocultura em Granjas Mato-Grossenses já está disponível para download, trazendo informações que podem orientar decisões e fomentar o desenvolvimento sustentável do setor em Mato Grosso.

  • Poder de compra dos suinocultores paulistas recua frente ao milho em outubro

    Poder de compra dos suinocultores paulistas recua frente ao milho em outubro

    Após oito meses consecutivos de melhoria, o poder de compra dos suinocultores paulistas diminuiu em outubro, de acordo com levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Essa mudança no cenário deve principalmente às recentes valorizações expressivas do milho no mercado interno, que têm restrições aos custos de produção.

    Na parte deste mês, até dia 22, o preço do suíno vivo na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) foi negociado a uma média de R$ 8,97/kg, registrando um tímido aumento de 0,3% em relação a setembro. Esse comportamento sugere um equilíbrio entre oferta e demanda no setor.

    Por outro lado, o mercado de milho apresenta uma dinâmica diferente. Mesmo com o avanço da safra de verão e a proteção de chuvas em diversas regiões produtoras, os preços do cereal seguem em alta, impulsionados pela retração do vendedor e pela necessidade dos compradores de recompor seus estoques. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) aponta para uma média de R$ 67,40 por saca de 60 kg no parcial de outubro, o que representa um forte aumento de 7,7% em comparação ao mês anterior.

    Essa valorização do milho tem impactado diretamente a margem dos suinocultores, que enfrenta custos mais elevados para alimentar seus rebanhos, comprometendo o poder de compra e as perspectivas de rentabilidade no setor.