Tag: Software

  • Microsoft lança patch urgente para corrigir bug crítico no Windows 11

    Microsoft lança patch urgente para corrigir bug crítico no Windows 11

    A Microsoft agiu rapidamente para solucionar um bug crítico que estava afetando a última atualização do Windows 11, KB5043145. A atualização, inicialmente lançada como uma prévia, estava causando uma série de problemas, incluindo reinicializações infinitas, congelamentos do sistema e problemas de funcionamento com dispositivos USB e Bluetooth.

    Usuários que instalaram a atualização problemática relataram que seus sistemas reiniciavam repetidamente, muitas vezes ficando presos em um loop que impedia o acesso aos dados ou a execução de qualquer tarefa. Além disso, muitos usuários enfrentaram problemas com seus periféricos USB e Bluetooth, que pararam de funcionar após a aplicação da atualização.

    Em resposta a esses problemas generalizados, a Microsoft lançou uma correção para solucionar os problemas conhecidos. A empresa confirmou que a atualização irá resolver os loops, congelamentos, e outras falhas.

    Para dispositivos gerenciados por empresas, a Microsoft forneceu instruções específicas sobre como implantar a correção usando a Política de Grupo. A empresa também indicou que está trabalhando para incluir a correção em uma futura atualização do Windows, o que eliminará a necessidade de intervenção manual.

    Esta não é a primeira vez que a Microsoft precisa emitir patches de emergência para corrigir bugs críticos em suas atualizações do Windows. Nos últimos meses, a empresa lançou correções para outros problemas que causaram instabilidades semelhantes no sistema.

    Embora esses incidentes destaquem os desafios de desenvolver e lançar atualizações de software complexas, eles também demonstram o compromisso da Microsoft em solucionar problemas prontamente e garantir a estabilidade de seu sistema operacional.

  • Tesla convoca milhares de seus veículos por risco de acidente

    Tesla convoca milhares de seus veículos por risco de acidente

    A fabricante de veículos elétricos Tesla emitiu um alerta urgente para dezenas de milhares de proprietários australianos de seus modelos Y e 3. Um defeito de fabricação pode fazer com que os capôs dos carros se abram inesperadamente enquanto estão em movimento.

    O serviço de recall de veículos do governo federal divulgou nesta manhã um aviso aos donos de Tesla Model Y e Model 3 produzidos entre 2020 e 2024. Estima-se que cerca de 35 mil veículos estejam afetados na Austrália.

    Segundo o comunicado, “devido a um defeito de fabricação, a trava do capô pode não detectar quando é aberto pelo motorista e, portanto, falhar em alertar o motorista sobre o capô aberto”. O aviso destaca ainda que “se o veículo for conduzido com o capô destrancado, ele pode abrir abruptamente durante a condução, resultando em obstrução da visão do motorista. A obstrução da visão do motorista pode aumentar o risco de acidente, causando ferimentos ou morte a usuários da via”.

    A Tesla entrará em contato com os proprietários afetados para realizar uma atualização de software remota (OTA) nos veículos. Aqueles que já possuem a versão 2024.20.3 ou posterior do software não são afetados.

    A empresa recomenda que os proprietários confirmem a versão do software de seus veículos acessando “Controles” > “Software” na tela sensível ao toque. Para mais informações, os clientes devem entrar em contato diretamente com a Tesla.

  • Pedidos de patente de programa de computador crescem 19,8% em um ano

    Pedidos de patente de programa de computador crescem 19,8% em um ano

    O número de pedidos de registro da propriedade industrial de programas de computador cresceu 19,8% nos últimos 12 meses. De março de 2023 a fevereiro de 2024 foram 4.395 solicitações. Esses registros funcionam como se fossem uma espécie de patentes, o que reforça o direito dos criadores dos programas.

    Os dados fazem parte do boletim mensal do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), divulgado nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro. No acumulado dos dois primeiros meses de 2024, a expansão de pedidos calculada pelo órgão – ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – é ainda maior: 35,1% na comparação com o primeiro bimestre de 2023. Foram 628 depósitos.

    Assim como cresceram os pedidos, aumentaram também as concessões emitidas pelo INPI, ou seja, a certificação da propriedade industrial. Em janeiro e fevereiro, foram 643, expansão de 35,4% na comparação com o mesmo período de 2023. Em 12 meses, a alta é mais expressiva – 59,1% – atingindo o recorde de 5.842 concessões.

    Proteção industrial

    A concessão de propriedade industrial para programas de computador é válida por 50 anos. Além de jurisdição no Brasil, os registros valem para 181 países signatários da Convenção de Berna, na Suíça, que trata de direitos autorais.

    O conceito de programa de computador engloba, entre outras, criações como aplicativos de celular, jogos eletrônicos e funcionalidades de eletrodomésticos, por exemplo, como um programa de lavagem de uma máquina de lavar.

    A maior parte dos registros é feita por instituições nacionais, com destaque para universidades federais. A Petrobras é outra grande depositante de pedidos. Em 2024, pessoas físicas responderam por 30% dos pedidos.

    Diferentemente de invenções que precisam ser patenteadas, os programas de computador, por serem protegidos pela legislação de direito autoral, não precisam, necessariamente, de registro no INPI. Mas o chefe substituto da divisão responsável pelo registro de software do INPI, Joelson Gomes Pequeno, explica que há vantagens em formalizar as propriedades no órgão. Software é um programa que permite realizar tarefas específicas em um computador

    “Serve como facilitador da identificação do proprietário do software”, disse à Agência Brasil. Ele faz analogia com uma união estável. “Quando ela não é registrada e a pessoa necessita comprovar [a posteriori], é bem mais difícil, é bem mais burocrático. É a mesma coisa com registro de computador”, garante.

    Facilidade

    Na avaliação do INPI e da indústria de softwares, o número de pedidos e concessão de programas de computador cresceu consideravelmente a partir de 2018 por causa de uma mudança do INPI, que passou a receber os requerimentos por meio de arquivos enviados pela internet. Antes disso, era necessária a entrega de documentação impressa. Entre 2018 e 2023, o total de pedidos saltou de 2.511 para 4.232, alta de 68%.

    Nesse período, a média anual de concessão de registros é de 3,9 mil. O recorde de 5.842 nos últimos 12 meses se explica porque o órgão fez uma força-tarefa para analisar pedidos que estavam sem decisão desde a época em que as entregas eram feitas por vias impressas.

    “Hoje, com cliques de computador, você faz tudo, preenche até a guia das custas que vão ser pagas, você faz o envio do programa na plataforma online. O processo está bastante simplificado e muito rápido. Em menos de dez dias recebemos um certificado de registro”, afirma Manoel dos Santos, diretor jurídico da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes).

    A mudança implementada pelo INPI em 2018 fez com que o prazo médio para concessão de registros caísse de até quatro meses para sete dias corridos. Além de menos tempo, os desenvolvedores gastam menos recursos. Custos que beiravam cerca de R$ 400 há seis anos caíram para R$ 185.

    Para o instituto, outra ação que contribuiu para o aumento do número de registros foi a divulgação do serviço. “Junto com essa mudança de paradigma do papel para o eletrônico, a gente vem focando muito na disseminação desse registro, dando palestras e usando as redes sociais do INPI para fazer disseminação”, ressalta Joelson.

    A associação das empresas de software elenca mais motivos que justificam a maior procura por pedidos de registros. Um deles é o crescimento da indústria de programas de computador em si, que tem apresentado evoluções anuais acima de 10%.

    “A cada cinco anos dobra o número de programas comercializados no país. O mercado cresce e novos programas são lançados. Então, a proporção do crescimento [de pedidos de registro] de programas é proporcional ao crescimento do mercado”, avalia o diretor jurídico da Abes.

    Legislação

    Manoel dos Santos aponta também o efeito de legislações que, para dele, acabam incentivando desenvolvedores a buscar registros no INPI. Ele cita a Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei nº 14.133) e o Decreto nº 11.890.

    A Lei 14.133 determina que, nas situações em que apenas um fornecedor é apto a oferecer um produto ou serviço, é permitida a inexigibilidade (não exigência) de licitação por parte do poder público. Já o Decreto 11.890 dá preferência para fornecedores nacionais frente a estrangeiros, quando há similaridade nas condições de ofertas de um produto ou serviço.

    “Se você conseguir provar que o software foi totalmente desenvolvido no Brasil, se o seu preço for até 10% maior que o do software de origem externa, o ente público é obrigado a contratar esse software”, detalha Santos.

    “Isso tem estimulado as empresas a obter o registro no INPI para comprovar que o software foi desenvolvido no país. São empresas tentando obter vantagem competitiva”, finaliza.

    Edição: Kleber Sampaio

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