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  • Sinais de pré-diabetes: como evitar o desenvolvimento de diabetes – 7 passos para a saúde

    Sinais de pré-diabetes: como evitar o desenvolvimento de diabetes – 7 passos para a saúde

    Síndrome Metabólica: O que é e como prevenir

    A síndrome metabólica é um distúrbio associado ao excesso de peso, aumento dos níveis de insulina e glicose no sangue, acúmulo de gordura no fígado e pressão arterial elevada. Se não for controlada, essa condição pode evoluir para um diabetes tipo 2 completo.

    Principais Sintomas

    Quando a síndrome metabólica está presente, alguns sinais comuns podem surgir:

    • Fome constante, com preferência por doces e alimentos à base de farinha.
    • Alterações no humor, como irritabilidade e tremores quando há falta de açúcar.
    • Fadiga persistente, sensação de letargia e sonolência.
    • Boca seca e sede excessiva.
    • Tonturas ocasionais.
    • Presença de manchas escuras na pele, especialmente em dobras.
    • Dificuldades para dormir e despertares frequentes para comer ou beber água.

    Ignorar esses sinais pode levar a complicações graves, como doenças cardiovasculares, problemas neurológicos, tumores e até mesmo condições autoimunes.

    Como Prevenir o Desenvolvimento do Diabetes

    Para reduzir o risco de evoluir para diabetes tipo 2, algumas mudanças no estilo de vida são essenciais:

    1. Fatores genéticos: O diabetes pode ter influência hereditária, mas alimentação equilibrada e atividade física ajudam na prevenção.
    2. Intervalos entre refeições: Evite comer em curtos períodos. O ideal é manter intervalos de 4 a 5 horas entre as refeições.
    3. Controle do consumo calórico: Monitorar a ingestão de calorias auxilia na manutenção do peso e reduz a sobrecarga do sistema endócrino.
    4. Atividade física: Movimentar-se regularmente ajuda a reduzir os níveis de glicose, insulina e cortisol no organismo.
    5. Gerenciamento do estresse: O excesso de ansiedade afeta negativamente a regulação da glicose. Técnicas de relaxamento e mudanças na mentalidade são fundamentais.
    6. Qualidade do sono: Dormir bem regula os níveis hormonais e evita picos de glicose e insulina no sangue.
    7. Alimentação equilibrada: Reduza o consumo de carboidratos refinados e açúcares. O ideal é consumir no máximo 2g de carboidratos por quilo de peso corporal ideal.

    Adotar hábitos saudáveis pode evitar complicações futuras e garantir uma melhor qualidade de vida. Pequenas mudanças diárias fazem toda a diferença!

  • Obesidade: despreparo e falta de infraestrutura dificultam atendimento

    Obesidade: despreparo e falta de infraestrutura dificultam atendimento

    O atendimento a pacientes obesos em emergências de todo o país requer adaptações urgentes, incluindo adequações na estrutura hospitalar, como o uso de macas reforçadas, até a capacitação de equipes para procedimentos como intubação e obtenção de acesso venoso. O alerta é da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) e da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

    “O aumento da obesidade na população brasileira trouxe à tona importantes desafios para os profissionais de saúde, especialmente nos departamentos de emergência”, avaliam as entidades em nota conjunta. “A falta de preparação adequada em muitas unidades pode resultar em atrasos críticos ao tratamento, agravando condições que exigem intervenção rápida”, completa o documento.

    Dados do Ministério da Saúde indicam que 61,4% da população nas capitais brasileiras apresenta sobrepeso, enquanto 24,3% vivem com obesidade. Em todo o planeta, a Federação Mundial de Obesidade estima que o número de adultos com sobrepeso ou obesidade chegará a 3,3 bilhões em 2035. Nesse contexto, as entidades avaliam que não se pode assistir à crescente demanda sem se preocupar com a qualidade da assistência prestada aos pacientes.

    A nota conjunta destaca que, nos departamentos de emergência, a realização de exames físicos figura como um dos maiores desafios – o excesso de tecido adiposo dificulta exames clínicos essenciais, como palpação e ausculta, e compromete a identificação rápida de sinais clínicos críticos, como a pulsação em pacientes inconscientes. Tudo isso pode atrasar procedimentos que exigem resposta imediata, como a ressuscitação cardiopulmonar.

    “Além disso, procedimentos rotineiros, como a obtenção de acesso venoso, tornam-se mais complicados e exigem maior número de tentativas, o que aumenta o risco de infecções e tromboses. Outro ponto crítico é a intubação em pacientes com obesidade, que demanda técnicas especializadas, como a ‘posição rampada’, que facilita a visualização das vias aéreas e melhora a ventilação.”

    Exames de imagem, segundo as entidades, também enfrentam limitações entre pacientes com obesidade ou sobrepeso. Ultrassonografias e radiografias são prejudicadas pela presença de tecido adiposo, enquanto tomografias e ressonâncias, muitas vezes, requerem múltiplas varreduras, prolongando o tempo de exame e aumentando a exposição à radiação.

    Recomendações

    Em meio ao cenário, a Abramede e a Abeso recomendam:

    – adaptar a infraestrutura dos departamentos de emergência para acomodar o peso e as dimensões de pacientes com obesidade, incluindo a disponibilização de macas reforçadas, cadeiras de rodas maiores e balanças de alta capacidade;

    – capacitar equipes médicas, sobretudo para que os profissionais possam realizar exames físicos adaptados à obesidade e manusear corretamente equipamentos necessários para o atendimento desses pacientes;

    – combater o estigma associado à obesidade por meio do incentivo para que profissionais da saúde utilizem linguagem empática e adequada, evitando atitudes preconceituosas que possam impactar negativamente o atendimento.

    No âmbito de políticas públicas, o documento propõe medidas como a incorporação de treinamento sobre obesidade e suas comorbidades nos currículos de programas de residência em medicina de emergência, além da inclusão do peso do paciente nas informações de referenciamento, para que indivíduos com mais de 150 quilos sejam encaminhados a serviços devidamente capacitados e estruturados para seu atendimento.

    As entidades defendem ainda a criação, em caráter de urgência, de protocolos clínicos padronizados para o cuidado de pacientes com obesidade grave em emergências, incluindo adaptações físicas e suporte psicológico necessário. “O combate à gordofobia deve ser promovido por meio de campanhas institucionais de conscientização e educação, a fim de reduzir o preconceito e garantir um atendimento humanizado e adequado”.