A prainha localizada nas imediações da ponte de madeira sobre o Rio Verde, que dá acesso à Comunidade Morocó, divisa entre Lucas do Rio Verde e Sorriso, é um local bastante frequentado por banhistas, principalmente nos finais de semana. O problema é que o local não é apropriado para banho.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o Rio Verde apresenta diversos perigos, como fortes correntezas, profundidade desconhecida e redemoinhos, que têm causado frequentes afogamentos e mortes. Diante dessa situação, é essencial a implantação de placas de sinalização ao longo das margens do Rio Verde.
Indicação para que o local seja sinalizado foi apresentada nesta segunda-feira (08) na Câmara de Vereadores. O autor, vereador Gilson Fermino, o Urso, observa que a instalação de placas de alerta, conscientização e orientação é fundamental para informar os banhistas sobre os riscos que o rio apresenta. Essas placas devem indicar claramente os perigos das correntezas, a profundidade do rio e a presença de redemoinhos. Além disso, é crucial a sinalização de áreas de alto risco, proibindo o uso dessas zonas para garantir a segurança dos frequentadores.
A implementação dessas medidas de sinalização visa prevenir acidentes, afogamentos e mortes, promovendo a segurança e a proteção da vida dos moradores e visitantes de Lucas do Rio Verde. A conscientização por meio de placas informativas é uma medida justa e necessária para assegurar que todos estejam cientes dos perigos e possam tomar decisões informadas ao desfrutar do Rio Verde.
A segurança de ciclistas nas vias públicas de Lucas do Rio Verde foi tema de pronunciamentos durante a sessão da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (21). Uma das vias citadas está já na zona rural, mas é bastante frequentada pelos ciclistas, a rodovia Izidoro Pivetta, que liga a área urbana à comunidade rural Campinho Verde.
Ao falar sobre o tema, o vereador Daltro Figur foi crítico. Ele chamou a atenção do Poder Público municipal para a falta de segurança para os usuários da via. Segundo Figur, falta sinalização em boa parte da extensão da rodovia.
“Tenho sido cobrado, mas minhas forças se esgotaram”, reclamou. “Quando você fala da Rodovia Izidoro Pivetta, nem a sinalização a Prefeitura é capaz de fazer ali. Se nós olharmos aquela rodovia, a D-2, que liga do pedágio até o km 30, já postei vídeo, fiz tudo o que é possível. Só vai se resolver a partir do momento que acontecer uma tragédia, aí vai falar: ‘é, a gente podia ter feito’. Mas, infelizmente, é mais fácil ficar no gabinete, no ar-condicionado do que olhar as demandas que precisam ser feitas”, emendou.
O vereador alertou que é grande o número de veículos de grande porte trafegando naquela rodovia, aumentando o risco de acidentes. “Nesse período em que grandes caminhões trafegam com transporte de algodão, são carretas grandes, e a noite você então perde totalmente a noção do trânsito ali. Deus tem sido muito misericordioso conosco para não permitir que aconteçam tragédias naquela rua”, citando que parte da rodovia Isidoro Pivetta tem sinalização.
Daltro disse ainda que falta planejamento. “Para mim é só falta de organização. Não é possível que a gente pinta as ruas da cidade 300 vezes, todos quebra-molas estão sendo pintados, vemos avenidas sendo pintadas 10 vezes e não fazer ao menos uma linha que separa lá para dar um pouco de conforto principalmente aos motoristas”.
Por fim, Daltro argumentou que conversou com integrantes do primeiro escalão do Executivo, mas nenhuma providência foi tomada. “Ficam empurra um para o outro e a coisa não acontece”, lamentou.
Planejamento
A Secretaria de Segurança e Trânsito é a responsável pelo departamento que cuida da sinalização viária do município. Nesta quarta-feira, o titular da pasta, coronel Marcos Cunha, informou que as ações acontecem conforme o planejamento feito no início do ano. E o planejamento atende as áreas urbana e rural de Lucas do Rio Verde.
“Todo trabalho nosso é feito de maneira planejada. Nós temos aqui um engenheiro de trânsito, o Igor, juntamente com o André, que é do Departamento de Trânsito e um dos responsáveis por esse trabalho. Nós temos planejamento para a cidade e tem um planejamento também para a Izidoro Pivetta, as linhas 2, 4, 5 11 e 17”, explicou.
Em fevereiro do ano passado, a Rodovia Izidoro Pivetta recebeu sinalização feita pelo poder público. (Foto: Ascom)
Conforme o secretário, os trabalhos seguem sendo realizados dentro do cronograma. “Nós vamos verificar essa solicitação que foi feita por um dos vereadores, a gente poder estar colocando dentro do nosso cronograma. A cidade é muito grande, as demandas são constantes, mas trabalhamos dentro de um planejamento”, reforçou Cunha, ressaltando as vias receberão a sinalização pretendida.
Cunha comentou ainda que a Izidoro Pivetta poderá, num futuro próximo, receber uma ciclovia, o que aumenta a segurança dos ciclistas que trafegam pela via. “Tudo é possível, dentro do planejamento. Tudo é feito com base em estudo, visando a qualidade de vida também no trânsito para os transeuntes do nosso município”, destacou.
Radares eletrônicos que estavam instalados em três pontos da BR 163 no perímetro urbano de Lucas do Rio Verde e nas imediações da Escola São Cristóvão, na comunidade rural que leva o mesmo nome, foram retirados. A medida trouxe preocupação a segmentos sociais no município.
Uma das manifestações foi feita pela vereadora Sandra Barzotto (Republicanos). Ontem, durante sessão ordinária, ela falou a respeito e demonstrou preocupação com a segurança de quem trafega pela rodovia federal. Como um dos radares desativados está nas imediações da Escola São Cristóvão, a vereadora indicou a necessidade de, de forma urgente, a instalação de faixa elevada na localidade.
“O radar não traz a segurança que a gente espera, na travessia de crianças na São Cristóvão, mas já ajudava, era um meio de coibir a velocidade”, declarou a vereadora, ressaltando que a escola conta com mais de 400 alunos matriculados.
Sandra apurou que a retirada dos equipamentos se deve ao vencimento do contrato. Porém, ela criticou a medida por não levar em conta a segurança das pessoas.
Além da travessia de crianças, a falta do radar que forçava os condutores a reduzirem a velocidade prejudica moradores e servidores que atuam na escola. A vereadora destaca que os motoristas passam em alta velocidade, além de fazerem ultrapassagens no trecho da rodovia que contém faixa dupla.
“É uma situação caótica de segurança. Por isso eu apelei para o Executivo. Sabemos que não é de domínio do Poder Executivo, fazer quebra-molas na BR, mas é uma necessidade urgente. Precisamos que seja vista esta questão de segurança dos alunos ali na São Cristóvão. E aqui na cidade também com a retirada dos radares”, destaca.
