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  • Petróleo deve fechar o ano como principal produto da pauta exportadora

    Petróleo deve fechar o ano como principal produto da pauta exportadora

    O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) informou nesta segunda-feira (16) que o petróleo caminha para fechar o ano como principal produto da pauta exportadora brasileira pela primeira vez na série histórica iniciada em 1997.

    O Brasil exportou US$ 42,8 bilhões de petróleo até novembro, à frente da soja e do minério de ferro. Segundo estimativa do IBP, até o final do ano, o petróleo deve somar US$ 47 bilhões em exportações. Desde 2016, a balança comercial do setor tem apresentado saldo líquido positivo.

    De acordo com o IBP, a projeção de produção para 2025 é de 3,6 milhões de barris de petróleo por dia (bpd). Atualmente, essa produção é de 3,4 milhões de barris.

    “Esse aumento de produção é a maturação de investimentos do pré-sal, a entrada de algumas FPSOs (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês) do pré-sal”, disse o presidente do IBP, Roberto Ardenguy.

    Estima-se também quase R$ 600 bilhões em royalties, participações especiais e comercialização do óleo da União com o setor nos próximos quatro anos.

    O Brasil é o oitavo produtor de petróleo do mundo e o nono maior em parque de refino. O setor de óleo e gás representa 17% do Produto Interno industrial brasileiro e fornece 45% da oferta interna de energia.

    O país é o segundo produtor mundial de biocombustíveis, o oitavo mercado consumidor do mundo com geração de 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos.

    A geopolítica terá um papel central mais uma vez em 2025 na discussão dos fluxos energéticos.

    “As guerras e conflitos que têm acontecido, Ucrânia, Rússia, os conflitos no Oriente Médio, eles influenciam diretamente esses fluxos energéticos, a importação e exportação, todas essas dinâmicas”, disse a gerente de análises técnicas do IBP, Isabela Costa.

    No campo macroeconômico, ela destaca o acompanhamento da evolução dos indicadores dos Estados Unidos e da China, principais consumidores de petróleo.

    Pelotas e Margem Equatorial

    O IBP destacou entre as novas áreas de exploração a Bacia de Pelotas. A parte emersa da bacia ocupa aproximadamente 40,9 mil quilômetros quadrados (km²) dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Em território brasileiro, a bacia se estende desde o Alto de Florianópolis, ao norte, limite geológico com a Bacia de Santos, até a fronteira geográfica com o Uruguai, ao sul.

    A Petrobras, em parceria com a Shell, assinou 26 contratos de concessão com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para exploração da bacia. O consórcio terá como operadora a Petrobras com 70% de participação e a Shell com 30%, com investimento previsto de R$ 1,5 bilhão.

    Já a Margem Equatorial, que comporta cinco bacias sedimentares: Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, além da Foz do Amazonas, tem potencial para adicionar 1,106 milhão de barris de petróleo por dia na produção nacional a partir de 2029.

  • Bosch, Volkswagen e Shell desenvolvem gasolina que reduz em 20% as emissões de CO2

    Bosch, Volkswagen e Shell desenvolvem gasolina que reduz em 20% as emissões de CO2

    A fornecedora de tecnologia Bosch, a fabricante de veículos Volkswagen e a multinacional de energia e petroquímica Shell desenvolveram a Blue Gasoline, um combustível que reduz as emissões de dióxido de carbono (CO2) por quilômetro percorrido em 20%.

    Como a Bosch indicou em um comunicado, este novo combustível contém o equivalente a 33% de energias renováveis, o que permite que suas emissões sejam reduzidas em 20% em comparação com a gasolina.

    “No caminho para a mobilidade ecologicamente correta, devemos nos certificar de que não deixamos nenhuma oportunidade técnica inexplorada, começando com a eletromobilidade e terminando com combustíveis renováveis”, disse o presidente da divisão de Soluções de Sistemas de Propulsão da Bosch, Uwe Gackstatter.

    Nesse sentido, ele indicou que cada grama de CO2 que para de emitir pode ajudar a atingir os objetivos climáticos. Este novo combustível estará disponível nas estações de reabastecimento da Bosch ainda este ano.

    Por sua vez, o diretor de Desenvolvimento de Motores de Combustão Interna da Volkswagen, Sebastian Willmann, ressaltou que a Blue Gasolina é outro componente “fundamental” na redução das emissões de veículos, uma vez que será “particularmente adequada” para uso em modelos híbridos plug-in.

    Este tipo de gasolina vem depois do Diesel Azul, aumentando assim a gama de combustíveis renováveis e de baixo carbono. “Nosso novo combustível agora também dá aos motores a gasolina um grande passo à frente em termos de sustentabilidade”, acrescentou Felix Balthasar, Chefe de Combustíveis Especiais da Shell.

    Entenda por que o combustível está tão caro2021 03 19 10:54:56
    Este novo combustível contém até 33% de fontes renováveis, garantindo, segundo as marcas, uma redução das emissões de carbono de pelo menos 20% por quilómetro.

    Saiba mais sobre combustíveis sintéticos

    Apesar de tudo, esforços ainda são necessários antes que os combustíveis sintéticos possam se estabelecer no mercado. As instalações de processamento ainda são caras e existem apenas algumas plantas de teste, mas o Ministério da Economia e da Energia da Alemanha apoia os combustíveis sintéticos como parte da iniciativa “Energia alternativa no transporte”. O uso generalizado destes combustíveis também será auxiliado pela crescente disponibilidade de eletricidade a partir de energias renováveis e, assim, uma consequente queda de preços.

    Combustíveis sintéticos são produzidos exclusivamente com o auxílio de energias renováveis. Em um primeiro estágio, o hidrogênio é produzido a partir da água. O carbono é, então, adicionado para produzir o combustível líquido e pode ser reciclado a partir de processos industriais ou mesmo capturado pelo ar por meio de filtros. A combinação de CO2 e H2 resulta em combustível sintético, que pode ser gasolina, diesel, gás ou até mesmo querosene.