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  • Setor produtivo debate “Passaporte Verde” com governo e Ministério Público em reunião na Famato

    Setor produtivo debate “Passaporte Verde” com governo e Ministério Público em reunião na Famato

    Atendendo a um pedido do vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Amarildo Merotti, foi realizada nesta terça-feira (6/5), na sede da instituição, em Cuiabá, uma reunião entre representantes do setor produtivo, indústrias frigoríficas, Governo do Estado e Ministério Público Federal (MPF) para discutir a implementação do Passaporte Verde. A iniciativa, encabeçada pelo Governo de Mato Grosso e pelo Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), visa fortalecer a sustentabilidade e a regularização ambiental da cadeia produtiva da carne no estado.

    O encontro contou com a participação do secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, e do secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, reforçando o compromisso do governo com a construção de uma política pública que concilie sustentabilidade, viabilidade econômica e segurança jurídica para os produtores.

    Também participaram o diretor de Relações Institucionais da Famato, Ronaldo Vinha; o presidente da Associação dos Criadores de Gado de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Júnior, acompanhado do diretor Francisco Manzi; o presidente do Imac, Caio Penido; além do diretor de Projetos, Bruno de Jesus Andrade, e da diretora-executiva, Paula Sodré Queiroz. A indústria frigorífica foi representada por profissionais das empresas Minerva Foods, Marfrig e JBS, que contribuíram com a visão do setor em relação à viabilidade e aplicabilidade do Passaporte Verde.

    Para o presidente do Imac, Caio Penido, a reunião foi um passo muito importante. “Conseguimos reunir hoje aqui os principais elos da cadeia – a Acrimat, a Famato, que representam os produtores rurais, na liderança do Oswaldo Júnior e do Amarildo Merotti, os secretários César Miranda e Rogério Gallo, o Imac fazendo essa costura, e as três grandes indústrias frigoríficas. É uma agenda que ganha acesso a mercados, qualidade, monitoramento da carne, para não perdermos mercado. É uma agenda que estamos construindo há três anos e espero que tenhamos sucesso. É o ano da COP, e vamos dar esse protagonismo para Mato Grosso. Mostrar que o estado tem a melhor carne do mundo, além de conservar a biodiversidade. É uma carne de baixo carbono, que pode melhorar ainda mais e comprovar que a nossa carne é a mais sustentável”, afirmou.

    O vice-presidente da Famato, Amarildo Merotti, chamou atenção para a inclusão dos pequenos produtores nas discussões e futuras regulamentações do Passaporte Verde. “A sustentabilidade e a legalidade precisam andar juntas, mas é fundamental que os pequenos produtores tenham condições reais de atender às exigências. O Passaporte Verde deve ser uma ferramenta de valorização da carne mato-grossense, da regularização ambiental e, principalmente, de segurança jurídica. Precisamos garantir que ninguém fique para trás e que todos tenham acesso ao apoio técnico necessário para se adaptar às novas regras”, declarou Merotti.

    Pelo Ministério Público Federal, participou pela plataforma online o procurador da República Erich Raphael Masson, que reforçou a necessidade de diálogo entre os entes envolvidos, além de destacar a importância da criação de um programa de monitoramento com o apoio do Imac e da identificação individual dos animais, para evitar sobreposição de esforços nos sistemas de rastreabilidade.

    Durante a reunião, foi consenso entre os participantes que o sucesso do Passaporte Verde depende do alinhamento entre o setor produtivo e os órgãos públicos. Um dos pontos centrais debatidos foi a necessidade de que a implementação do programa esteja em conformidade com o Plano Nacional de Identificação de Animais (PNIA), cujas diretrizes preveem a identificação individual obrigatória a partir de janeiro de 2030 e a centralização das informações até 2032.

    A Famato enfatizou a importância de se evitar conflitos com normas federais, destacando que as diretrizes precisam ser práticas e viáveis, especialmente diante das limitações operacionais enfrentadas no campo, como a escassez de mão de obra.

    Outro ponto levantado, desta vez pelo presidente da Acrimat, Oswaldo Júnior, foi a flexibilidade presente no projeto de lei em tramitação, o que pode gerar insegurança e interpretações divergentes. Os representantes defenderam que haja uma diretriz única para garantir a eficácia das ações e a segurança jurídica dos produtores rurais.

    Durante o encontro, foram discutidos ainda os principais elementos do Passaporte Verde, como os programas voltados à qualidade da carne, monitoramento socioambiental e apoio à regularização das propriedades. O setor produtivo se comprometeu a alinhar os pontos do projeto de lei que trata do Passaporte Verde com o que já é previsto no PNIA e em outras legislações, contribuindo com propostas que reflitam a realidade do campo.

    O procurador Erich Masson ressaltou que o Ministério Público não atuará com um viés punitivo, mas sim colaborativo, e que seguirá acompanhando as discussões para garantir a efetividade das ações, o respeito à legislação e a viabilidade técnica do processo de rastreabilidade.

    Ao fim da reunião, ficou definido que a Famato e a Acrimat atuarão conjuntamente para assegurar que os pequenos produtores estejam incluídos nas decisões e tenham apoio para atender aos critérios socioambientais exigidos. O setor também irá contribuir com a apresentação dos elementos centrais do Passaporte Verde, conforme o projeto de lei em discussão pelo Executivo estadual.

  • Reunião estratégica entre setor produtivo e Mapa reforça diálogo em prol do agronegócio mato-grossense

    Reunião estratégica entre setor produtivo e Mapa reforça diálogo em prol do agronegócio mato-grossense

    Com o objetivo de fortalecer a interlocução entre o setor produtivo e o governo federal, a Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) promoveu, no dia 11 de abril, uma reunião estratégica em sua sede, em Rondonópolis. O encontro contou com a presença de lideranças do Sistema Famato, entre elas o diretor de Relações Institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Ronaldo Vinha, e o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), além de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e de entidades do setor produtivo.

    Do Mapa, participaram Carlos Ernesto Augustin, assessor especial; Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária; Cleber Oliveira Soares, secretário-adjunto da Secretaria Executiva; Wilson Vaz de Araújo, secretário-adjunto de Política Agrícola; e Pedro Alves Corrêa Neto, secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo.

    O objetivo principal da reunião foi debater temas prioritários para o setor agropecuário mato-grossense, alinhando demandas e contribuindo para a construção de políticas públicas que atendam às necessidades reais dos produtores rurais.

    Durante o encontro, foram abordados assuntos estratégicos como defesa agropecuária, inovação, sustentabilidade, irrigação, cooperativismo e política agrícola. A presença de cinco representantes do Mapa demonstrou a importância do diálogo institucional para o fortalecimento do agronegócio.

    Para o diretor de Relações Institucionais da Famato, Ronaldo Vinha, o encontro representou um avanço no relacionamento entre o setor e o governo.

    “Momentos como este são fundamentais para que as decisões políticas e técnicas do governo estejam em sintonia com a realidade do campo. Ter representantes do Mapa ouvindo diretamente os produtores e entidades de Mato Grosso é um sinal claro de que estamos construindo uma ponte sólida entre o governo federal e o agro mato-grossense. Nossa missão é garantir que as pautas do setor sejam levadas em consideração, especialmente no que se refere à inovação, defesa sanitária e políticas agrícolas que impulsionem a nossa produção”.

  • Demanda energética no campo é tema de reunião na capital

    Demanda energética no campo é tema de reunião na capital

    A demanda energética nas áreas rurais de Mato Grosso foi tema de uma reunião nesta quinta-feira (16) em Cuiabá. Na ocasião, representantes da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e da Energisa Mato Grosso discutiram demandas para melhorar as redes de energia dos produtores rurais do estado.

    A Aprosoja-MT foi representada pelo coordenador da Comissão de Política Agrícola, Tiago Stefanello, acompanhado da gerente de Política Agrícola, Rosicler Saporski e pelo delegado coordenador do núcleo de Lucas do Rio Verde, Daniel Schwartz, além da advogada e analista da Comissão de Política, Mayara Nunes.

    Segundo Rosicler Saporski, com o crescimento do estado, novas demandas têm surgido e a Aprosoja-MT tenta acordos para que as redes de energia consigam atender aos produtores. “Nós precisamos de investimentos para ampliar a rede energética e precisamos de manutenção, porque hoje nós temos muitas redes ainda monofásicas e precisamos que sejam trifásicas, para poder dar conta da demanda, pois o estado cresceu e a rede energética não conseguiu alcançar esse mesmo patamar de crescimento”, disse.

    Além disso, outras demandas sobre energia elétrica podem surgir. Para isso, segundo Daniel Schwartz, é importante que os produtores encaminhem sugestões aos delegados de cada núcleo para que sejam repassados à Energisa. “É muito importante que o produtor rural traga as demandas sobre energia elétrica, para podermos levá-las ao presidente da Energisa e com isso conseguirmos construir um plano, e sanar esses problemas. Acho que é muito importante essa abertura com a Energisa. A Aprosoja-MT vem fazendo essa ponte e vai facilitar muito”, afirmou.

    Segundo o diretor técnico da Energisa-MT, Fabrício Medeiros, a troca de informações entre a concessionária de energia e a Aprosoja-MT é importante para que os problemas que atingem os produtores sejam solucionados. “O nosso objetivo, enquanto concessionária de energia elétrica, é sempre estar prestando o melhor serviço. Então é importante estar aqui e ouvir onde estão os problemas, para a gente poder ir lá e resolver. E também falar de algumas parcerias que são possíveis de fazer, de algumas ajudas que a gente eventualmente precise”, encerrou.

    A reunião não foi a primeira entre as entidades. Em 1º de agosto deste ano ocorreu encontro entre representantes das duas instituições. A tendência é de que Aprosoja-MT e Energisa-MT voltem a discutir demandas energéticas em busca de soluções para os produtores.

  • Setor produtivo conquista suspensão de liminar que barrava produção agrícola em MT

    Setor produtivo conquista suspensão de liminar que barrava produção agrícola em MT

    A regulamentação ambiental que barrava parte da produção agrícola dos produtores do Vale do Araguaia e do Guaporé, foi suspensa nesta quarta-feira (18), pela Vara Especializada do Meio Ambiente. A suspensão valerá por 120 dias, até passar por uma nova análise.

    O impedimento da produção foi resultado de uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE). A promotoria pedia que as áreas fossem classificadas como áreas úmidas e com isso, seriam aplicadas ali as mesmas regras ambientais do Pantanal.

    A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) fez parte do processo, em atuação como amicus curiae, após defender a manutenção das atividades agrícolas na região.

    Uma vez que tais municípios “compõem uma parcela importante da economia de Mato Grosso, com ênfase na produção de soja, milho, algodão e pecuária, bem como indicam os desafios e as oportunidades para o crescimento sustentável dessas áreas, respeitando as particularidades ambientais e sociais locais”, destaca trecho da decisão.

    Durante essa parte do processo, houve grande mobilização de produtores, parlamentares e entidades agropecuárias em Mato Grosso para que a regulamentação ambiental fosse derrubada.

    “Um aspecto relevante a ser ressaltado é o interesse da ALMT em ampliar o diálogo sobre as áreas úmidas existentes no território do Estado de Mato Grosso, por meio de diferentes iniciativas, como a realização de audiências públicas e a alocação de recursos para a elaboração de estudos sobre o tema – execução do projeto de Mapeamento de Áreas Úmidas das Regiões do Vale do Araguaia e do Vale do Guaporé (Id. 131699768) – com o objetivo de subsidiar o processo legislativo, o que certamente contribuirá para a adequação normativa sobre a matéria, proporcionando, assim, segurança jurídico-ambiental para os que desenvolvem atividades produtivas, sem deixar de lado o uso sustentável que preserve o caráter ecológico desses ecossistemas, consoante preconizado pelas normas (nacionais e internacionais) de proteção ambiental”, lembra o juiz, Rodrigo Roberto Curvo, no texto.

    A derrubada da liminar é importante para a produção agrícola em Mato Grosso. Afinal, no caso de aprovação da regulamentação ambiental, teria uma área afetada de quase 5 milhões de hectares impossibilitada de produção.

    No Vale do Guaporé, a área afetada seria de 600 mil hectares. Já no Vale Do Araguaia seria de 4,25 milhões de hectares, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). As duas regiões geram mais de quatro mil empregos, vindo da soja e pecuária em Mato Grosso.

    “Dessa forma, a permanência dos efeitos da liminar, pelo menos por ora, tem potencial para comprometer a estabilidade social e econômica não só das regiões informadas nas manifestações acima referidas – Vales do Araguaia e do Guaporé –, mas de todo o Estado de Mato Grosso, o que deve ser ponderado neste momento processual a partir das novas manifestações colacionadas aos autos, assim como foi quando da prolação da decisão liminar com os elementos originais”, encerra Curvo.

  • Campanha ‘Prato do Bem’ distribui 700 cestas básicas em Lucas do Rio Verde

    Campanha ‘Prato do Bem’ distribui 700 cestas básicas em Lucas do Rio Verde

    Começou ontem a entrega de cestas básicas da campanha ‘Prato do Bem’ desenvolvido pela Aprosoja-MT e Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde. A ação está acontecendo em todo o Estado com o apoio dos produtores rurais e dos núcleos da entidade. Para Lucas do Rio Verde foram destinadas 700 cestas básicas.

    Em Lucas do Rio Verde, 13 entidades vão receber cestas básicas. Representantes de algumas delas participaram de um ato na sede do Sindicato Rural nesta segunda-feira (19).

    Delegado da Aprosoja no município, Daniel Scheffel Schwartz explicou que houve uma pesquisa para identificar as entidades e instituições com maior demanda. “A sociedade como um todo conhece as entidades que precisam. Desta forma a demanda chega até nós, a gente avalia como fazer a distribuição”, explicou.

    Para o presidente do Sindicato Rural, Marcelo Lupatini, o produtor rural sempre busca colaborar com a sociedade. Ele lembra que o histórico de Lucas do Rio Verde, que iniciou através de um assentamento agrário, mostra que os produtores sabem o que é passar por dificuldades. “E por isso tenta sempre de alguma forma ajudar a sociedade, tenta ser parceiro do poder público e da comunidade”, destacou.

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    O assistente social Francismar Pereira, da Associação Terapêutica Portal da Sobriedade, citou que a parceria é muito importante. A entidade atende cerca de 40 pessoas, por isso a destinação de alimentos sempre bem vinda. Mas, como está em período de reforma, o atendimento atual é de até 20 pessoas. “Tivemos um ano difícil, ainda mais vindo de uma pandemia. A sociedade em si passou por várias dificuldades nessa questão alimentícia. E a gente faz um trabalho social de atender pessoas com algum tipo de dependência com álcool e drogas, dentro do município e atendendo pessoas de outros municípios também”, explicou.

    Ação social

    A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso investiu R$5 milhões em recursos próprios na compra de alimentos para a campanha de ação social. Com isso, serão doadas 50 mil cestas básicas para pessoas e famílias em situação de insegurança alimentar, nos 29 municípios onde a entidade possui núcleos, assim como em municípios da baixada cuiabana.

    O presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, destacou que a entidade representa mais de 7.900 associados do agronegócio que estão empenhados na missão de ajudar os que mais necessitam, por meio dos programas sociais criados pela entidade.

    “Há muitos anos temos o Programa Agrosolidário que faz essa função de responsabilidade social. Desde o início da pandemia estamos imbuídos em distribuir alimentos aos mais necessitados em todas as regiões do Estado. Temos certeza que essa campanha, que engaja todos os nossos associados, fará enorme diferença na vida de centenas de famílias mato-grossenses”, disse Cadore.