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  • Indústria florestal de Mato Grosso promove rodada de negócios nacional

    Indústria florestal de Mato Grosso promove rodada de negócios nacional

    A Rodada de negócios Madeira Sustentável promoveu 345 reuniões com participação de 29 compradores e 24 fornecedores de Mato Grosso. Durante o evento, realizado em Santa Catarina (SC), na quarta-feira (07), cada fornecedor pôde negociar com até 16 clientes, ampliando as possibilidades de negócios e parcerias comerciais.

    Organizada pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), pelo Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC) e de Mato Grosso (Sebrae/MT) e parceria com a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), a Feira Madeira Sustentável reforça o papel estratégico das florestas manejadas de forma legal e responsável, destacando Mato Grosso como um dos principais polos de produção madeireira do país.

    As áreas de manejo florestal em propriedades privadas no território mato-grossense abarcam 5,2 milhões de hectares, com potencial para estocar até 2,3 bilhões de CO2 equivalente. Essas áreas de vegetação nativa conservadas possibilitaram a produção de dois milhões de metros cúbicos (m3) de madeira em tora com valor total de R$ 498 milhões em 2024, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Renda que dinamiza a economia local com o emprego de 15 mil trabalhadores com carteira assinada na atividade florestal no estado.

    O presidente do Cipem destaca que as parcerias foram fundamentais para o sucesso do evento. “A primeira rodada de negócios do evento Madeira Sustentável foi um divisor de águas. Uma ação estratégica, inovadora, que fortalece o relacionamento direto entre quem produz e quem consome madeira legal e sustentável, fortalecendo o elo comercial e ampliando as oportunidades para os empresários de Mato Grosso”, afirmou,adiantando planos de ampliar o modelo nas próximas edições.

    “O excelente volume de negócios concretizados representa a semente de uma nova era de prosperidade para o setor de base florestal brasileiro. Estamos testemunhando uma virada de chave na forma de negociar e projetando o setor para um novo patamar”, complementou o presidente do FNBF, Frank Almeida.

    Analista na Gerência de Competitividade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso (Sebrae/MT), Helen Camargo afirma que o Sebrae acredita muito no setor madeireiro. “Trabalhamos com esse olhar de fomentar negócios a partir da biodiversidade. O setor madeireiro dialoga com isso. Fazer ações de promoção de mercado, criar conexão entre fornecedores e compradores, é uma estratégia fundamental para fortalecer negócios de curto, médio e longo prazos”, diz.O modelo do evento é dinâmico e eficiente: todos os fornecedores foram apresentados previamente a um grupo de compradores, que puderam escolher com quais empresas desejavam se reunir. A partir dessas escolhas, foi elaborada uma agenda personalizada com horários definidos para cada reunião ao longo do dia, onde cada fornecedor apresentouseus produtos e condições comerciais aos compradores interessados.

    De acordo com a analista na Gerência de Competitividade do Sebrae/MT, promover rodada de negócios é uma estratégia que o Sebrae adota há algum tempo com diversos setores econômicos. “Foi fundamental a união do Sebrae, do Cipem, do Fórum nessa jornada. Foi uma construção conjunta, somando esforços com o setor madeireiro para seu fortalecimento e desenvolvimento sustentável para Mato Grosso”, conclui.

  • Cipem percorre a região do Médio Norte em encontro com empresários

    Cipem percorre a região do Médio Norte em encontro com empresários

    Nova Maringá foi palco de mais uma edição da Reunião Itinerante do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem). O encontro reuniu presidentes e representantes dos sindicatos empresariais da base florestal do estado, além de empresários e contadores da região.

    O destaque da reunião, realizada no Cardume Gastrobar na sexta-feira (25), foi a apresentação sobre a Reforma Tributária brasileira, conduzida pelo advogado tributarista e consultor da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), José Lombardi.

    Durante a reunião, o presidente do Cipem, Ednei Blasius, destacou as ações da entidade para desburocratizar o setor e fortalecer o comércio de produtos florestais, especialmente nas questões federais. Ele também reforçou a importância da união do setor para viabilizar essas iniciativas.

    “A união do setor de base florestal fará toda a diferença para conquistarmos nossos objetivos de desenvolver essa atividade, que é fundamental para Mato Grosso. Somos responsáveis pela geração de emprego, renda e pela contribuição direta à manutenção da biodiversidade e da floresta em pé. Por isso, precisamos ser ouvidos e respeitados”, afirmou Blasius.

    Cipem na estrada

    Durante dois dias, o presidente percorreu indústrias associadas à base do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindinorte), ouvindo as demandas locais e levando informações para fortalecer o desenvolvimento da atividade florestal na região.

    Assembleia Ordinária

    Na tarde de sexta-feira (25), a diretoria do Cipem realizou a Assembleia Geral Ordinária na sede da Associação Comercial e Empresarial de Nova Maringá (ACEINMA). Entre os temas debatidos, estavam estratégias para ampliar a presença do setor em eventos nacionais e internacionais.

    Um dos principais assuntos foi a organização da participação do setor florestal mato-grossense na próxima edição do Carrefour International du Bois, que acontecerá de 2 a 4 de junho de 2026, em Nantes, França. Considerado o maior salão profissional da indústria madeireira na Europa, o evento reúne fabricantes, comerciantes e profissionais de toda a cadeia produtiva da madeira.

    Outro destaque da assembleia foi a preparação para a 4ª edição do evento Madeira Sustentável: O Futuro do Mercado, que ocorrerá no dia 8 de maio de 2025, no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis (SC), organizado pelo Cipem em parceria com o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF).

    Também foram discutidas ações para desburocratizar o setor e fortalecer o comércio de produtos acabados. O Cipem trabalha atualmente para alterar a legislação ambiental vigente, propondo mudanças na Resolução nº 411/2009 do Conama, que exige controle de estoque e emissão de Documento de Origem Florestal (DOF) para qualquer produto derivado da madeira nativa. A proposta visa facilitar a comercialização de “produtos acabados” como portas, batentes, forros e pisos, incentivando o mercado de produtos industrializados de madeira nativa.

  • Cipem destaca potencial da madeira nativa de Mato Grosso durante Norte Show 2025

    Cipem destaca potencial da madeira nativa de Mato Grosso durante Norte Show 2025

    Importância da rastreabilidade da madeira e do manejo florestal sustentável em reservas legais foram destacados durante a Norte Show 2025, uma das dez maiores feiras agropecuárias do Brasil. O evento teve início na última terça-feira (14) e prossegue até quinta-feira (17), noparque de exposições da Acrinorte, em Sinop. Na abertura da feira, o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, enfatizou o papel do produtor rural na conservação ambiental. Segundo ele,”quem preserva é o produtor, proprietário da terra”.

    Com mais de 400 expositores e expectativa de movimentar R$ 4 bilhões em negócios, a Norte Show 2025 contou com a presença de autoridades, como o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes. Na abertura do evento, o chefe do Executivo estadual elogiou a grandiosidade da feira. “A Norte Show é um espetáculo, uma feira muito pujante que mostra a competência do agro de Mato Grosso e aqui da região”, disse. Mendes também abordou os reflexos para o agronegócio brasileiro com a guerra tarifária entre Estados Unidos e China. “Estamos vivendo um paradoxo no cenário internacional: um país comunista como a China defendendo fortemente o livre mercado, o multilateralismo e o livre comércio entre as nações, enquanto um país capitalista adota medidas protecionistas, como esse chamado ‘tarifaço do Trump’. Isso seria impensável há algum tempo”, disse.

    Enquanto isso, em Mato Grosso, o agronegócio demonstra sua competência e resiliência,superando adversidades como variações cambiais, juros altos, mudanças climáticas ou oscilações de preços dos produtos.”Eventos como a Norte Show refletem essa força.Uma feira que deixou de ser apenas uma festa e se transformou em uma vitrine da principal atividade econômica da região, graças ao espírito empreendedor e à capacidade de transformação do nosso povo”, concluiu o governador de Mato Grosso.

    O presidente da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte), Moisés Debastiani, expressou otimismo com a edição deste ano. “Estamos projetando um evento ainda maior do que em 2024, com crescimento significativo em todos os aspectos”, disse, projetando incremento de até 20% no volume de negócios. O número de expositores aumentou de 350 no ano passado para 400 em 2025. Além disso, a expectativa de público é superar a marca de 60 mil visitantes registrada no último ano. “Teremos mais de 300 novas marcas, o que fortalece ainda mais o potencial de negócios.

    A Norte Show 2025 oferece uma programação diversificada que inclui palestras técnicas, exposições de máquinas e equipamentos, além de eventos voltados para a formação de novas gerações no agronegócio, como o Norte Show Kids e o Campus Norte Show.

  • Mato Grosso apresenta potencial da madeira nativa na maior feira setorial da América Latina

    Mato Grosso apresenta potencial da madeira nativa na maior feira setorial da América Latina

    O segmento florestal de Mato Grosso marcará presença na 29ª edição da Feicon, maior feira da construção civil da América Latina, que ocorrerá de 8 a 11 de abril, no Centro de Exposições São Paulo Expo, em São Paulo (SP). Durante os 4 dias do evento, os empresários associados ao Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado a de Mato Grosso (Cipem) e aos Sindicatos Empresariais da Base Florestal, terão a oportunidade de divulgar a madeira nativa mato-grossense.

    Um dos destaques da participação será o estande construído inteiramente em madeira nativa pela empresa de arquitetura Casa Certa (Brasília/DF). Com uma área de 78,75 m², o espaço apresentará diversas espécies arbóreas comerciais, incluindo cumaru, roxinho, tauari, garapeira, muiracatiara, morcegueira, jequitibá rosa e massaranduba. Essas espécies abrangem variedades de madeira de baixa, média e alta densidade, além de diversidade de colorimetria, evidenciando a riqueza e versatilidade das madeiras de Mato Grosso.

    O presidente do Cipem, Ednei Blasius, destacou que a Feicon proporcionará um ambiente estratégico para os empresários mato-grossenses realizarem networking, atualizarem-se sobre inovações tecnológicas e fortalecerem parcerias no mercado nacional e internacional.

    “Durante a Feicon, teremos um espaço muito bem elaborado para demonstrar o potencial e a beleza da madeira produzida em Mato Grosso para o mercado nacional e internacional”, observa Blasius. “Os produtos florestaisdeMato Grosso atendem aos rigorosos critériosderastreabilidade, qualidade e diversidadedeespécies, com volumedeprodução suficiente para atender a demandadeconsumidores”, destaca, Blasius.

    A Feicon 2025 promete ser a maior edição da história do evento, com estimativa de mais de 100 mil visitantes, incluindo compradores de 70 países, e uma programação intensa. Além da exposição de produtos e serviços, a feira contará com experiências voltadas para inovação e conhecimento, incluindo a Feiconference, a primeira Conferência Internacional de Construção e Arquitetura, que reunirá especialistas para debater o futuro do setor.

    A participação do Cipem na Feicon reforça o compromisso da indústria florestal de Mato Grosso com a inovação e a sustentabilidade, oferecendo produtos de alta qualidade e contribuindo ativamente para a descarbonização da construção civil no Brasil e no mundo.

    Venha conhecer um estande acolhedor e de grande destaque na sustentabilidade da arquitetura moderna. Cipem – a madeira é nosso negócio, manter a floresta viva é a nossa missão.

  • Mato Grosso é referência em manejo sustentável e rastreabilidade da madeira nativa

    Mato Grosso é referência em manejo sustentável e rastreabilidade da madeira nativa

    O Dia Internacional das Florestas, celebrado em 21 de março, reforça a importância da conservação das matas em nível global. A data tem o propósito de conscientizar a sociedade sobre o papel fundamental das florestas para a biodiversidade, o equilíbrio climático e a qualidade de vida no planeta. Entre as estratégias mais eficazes para garantir essa preservação está o manejo florestal sustentável, prática essencial para manter a floresta em pé, assegurando o uso responsável dos recursos naturais e contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

    Mato Grosso é um exemplo notório na aplicação dessas práticas. Atualmente, o estado conta com mais de 5 milhões de hectares de florestas manejadas, localizadas em áreas privadas de reserva legal. O manejo florestal sustentável não apenas garante a produção de madeira de forma controlada, mas também impede o desmatamento ilegal e incentiva a regeneração natural das espécies.

    Para assegurar a legalidade e sustentabilidade na exploração dos recursos florestais, Mato Grosso implementou o Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora 2.0). Este sistema permite a rastreabilidade completa da madeira nativa, desde a colheita até a destinação final, garantindo que o produto chegue ao consumidor com a certeza de origem legal e manejo responsável. A cadeia de custódia assegura que todos os produtos florestais comercializados sejam monitorados por meio de processos de rastreabilidade, oferecendo segurança aos mercados nacional e internacional e contribuindo para a preservação da floresta em pé.

    “O setor florestal de Mato Grosso atua com um rigoroso controle ambiental e planejamento técnico para garantir a exploração responsável da madeira, sempre respeitando a capacidade de regeneração da floresta. O inventário florestal, por exemplo, é um processo fundamental, pois mapeia 100% das árvores de uma área antes do manejo, identificando quais podem ser colhidas e quais devem ser preservadas para garantir a perpetuação do ecossistema”, explica Ednei Blasius, presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem).

    Esse inventário detalhado classifica as árvores em diferentes categorias: as destinadas ao corte, as remanescentes, as porta-sementes, essenciais para a regeneração natural, e as protegidas, cuja retirada é proibida. Todo esse processo assegura a extração sustentável e responsável da madeira, promovendo benefícios ambientais, econômicos e sociais para o estado e para o país.

  • Setor florestal de Mato Grosso defende ajustes em normas para destravar planos de manejo

    Setor florestal de Mato Grosso defende ajustes em normas para destravar planos de manejo

    Padrões de licenciamentos para exploração de espécies florestais comerciais motivaram reunião com o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e, em paralelo reunião com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema).

    Representantes do setor florestal reportaram, durante o encontro, as dificuldades enfrentadas pelos produtores devido às regras de transição da Instrução Normativa (IN) 28, que estabelece procedimentos para atividades de Manejo Florestal Sustentável das espécies ipê, cumaru e cedro rosa, listadas na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites), que representam uma parcela significativa da produção de madeira mato-grossense. A norma foi publicada em dezembro de 2024.

    Presidente do Cipem, Ednei Blasius, considera que a paralisação das análises e liberações de planos de manejo no estado ocorre em razão desse regramento da IN 28, que impõem exigências de difícil execução, como a coleta de materiais para herbários. Situação agravada pelos impactos de outras regulamentações, como a Instrução Normativa 19 (IN-19), que requer a análise e validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para aprovação dos planos de manejo florestal.

    Blasius ressalta que, em Mato Grosso, o licenciamento ocorre de forma distinta de outros estados, com a emissão de uma licença florestal sem a necessidade de validação prévia do CAR. A exigência potencializa os riscos de paralisação do setor devido à morosidade na análise do cadastro, comprometendo a manutenção da floresta em pé e a atividade produtiva. Com a IN-19, uma grande quantidade de processos de manejo florestal no estado poderá ser inviabilizada, assim como a extração de outras espécies arbóreas comerciais destinadas à exportação a exemplo do tauari, cedro amazonense, garapeira, jatobá e muiracatiara, colocando em risco a sustentabilidade econômica do setor.

    Para atender à IN 28 do Ibama são necessárias algumas retificações dos inventários florestais, como respeito ao diâmetro mínimo de corte para cada gênero e tipo de vegetação, correção da intensidade máxima de exploração – registrando no inventário como “corte” apenas a quantidade permitida, classificação dos indivíduos remanescentes como “porta semente” garantindo a manutenção mínima exigida de árvores com DAP (Diâmetro à Altura do Peito) superior ao diâmetro mínimo de corte. Também requer a aplicação dos critérios mais restritivos em áreas de contato entre diferentes tipos de vegetação – especialmente quando houver floresta ombrófila densa, alinhamento na análise dos processos para minimizar impactos sobre a comercialização da madeira e melhor aproveitamento dos inventários já realizados.

    Os representantes do Ibama, Allan Valezi Jordani, coordenado geral de Gestão e Monitoramento do Uso da Flora e a diretora de Uso Sustentável de Biodiversidade e Florestas, Lívia Martins, acolheram as reivindicações apresentadas pelo Cipem e pelo FNBF. Dentro de aproximadamente 15 dias está prevista publicação de uma revisão da IN-28 para permitir que os estados possam dar continuidade à análise e liberação dos planos de manejo que envolvem as espécies em questão. Enquanto a publicação de nova redação da norma está em análise jurídica pelo Ibama, o Cipem pede à Sema que as análises dos processos que contenham as espécies ipê, cumaru e cedro rosa não sejam prejudicadas. A Sema manifestou que apresentará ao Ibama medidas mitigadoras e compensatórias. A reunião ocorreu por meio de videoconferência, na semana passada. O Cipem e o FNBF reforçaram o compromisso em continuar contribuindo com sugestões para aprimorar a legislação ambiental, visando segurança jurídica para o setor.

  • Setor florestal e Ibama discutem regras sobre exportação e conservação ambiental

    Setor florestal e Ibama discutem regras sobre exportação e conservação ambiental

    O Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) e o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) participaram de uma reunião, na segunda-feira (20), com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para discutir as alterações trazida pela Instrução Normativa (IN) 28, publicada no final de 2024.

    A normativa trata, entre outros aspectos, do Parecer de Extração Não Prejudicial (NDF, na sigla em inglês), um documento técnico indispensável para a emissão do certificado Cites. Esse parecer avalia fatores como distribuição, estoque populacional, impacto do comércio e práticas de exploração de espécies como ipê, cumaru e cedro rosa, garantindo que a exportação não comprometa a sobrevivência dessas espécies.

    De acordo com o presidente do Cipem, Ednei Blasius, ajustes nas normativas são importantes para adequar o setor às exigências internacionais. “Estamos discutindo vários artigos para que o setor possa se adaptar às novas normas necessárias para a exportação. Tivemos essa importante reunião de alinhamento com o Ibama para tratar da IN relacionadas ao NDF e às espécies que entraram na Cites, como o Ipê, o Cumaru e o Cedro Rosa”, explicou.

    Apesar dos desafios que as mudanças trouxeram, como atrasos significativos nos embarques de produtos exportados, o setor mantém seu compromisso com a preservação ambiental. O FNBF e Cipem reforçam que a sustentabilidade é uma de suas principais bandeiras, demonstrando que a atividade de base florestal cumpre a legislação e respeita o meio ambiente.

    A reunião marca mais um passo importante para garantir que a exploração de madeira nativa seja realizada de forma sustentável, unindo o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental.

    No ano passado, as empresas de base florestal de Mato Grosso exportaram 201.902 toneladas de produtos para 69 países, movimentando US$ 85,3 milhões, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

  • Decreto atualiza regras para transporte de produtos florestais em Mato Grosso

    Decreto atualiza regras para transporte de produtos florestais em Mato Grosso

    Regras para o transporte de produtos e subprodutos florestais foram alteradas pelo governo de Mato Grosso neste início de 2025. O Decreto nº 1.288/2025, publicado na quinta-feira, 16, modifica o Decreto nº 937/2024 e normatiza a emissão e uso da Guia Florestal (GF) na movimentação de cargas de madeira e seus subprodutos. As mudanças visam aprimorar a fiscalização, a rastreabilidade e a segurança jurídica no setor florestal, alinhando-se às exigências ambientais e comerciais. A nova regulamentação entrou em vigor na data de sua publicação. Diante disso, empresas e profissionais do setor florestal devem revisar seus processos internos imediatamente, em conformidade com o Decreto nº 1.288/2025, orienta o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem).

    Entre as modificações, destaca-se a inclusão de novos requisitos para preenchimento e emissão da Guia Florestal (GF). Tornou-se obrigatório para vendedores e consumidores finais o número de cadastro no CC-SEMA, além do CPF ou CNPJ, mesmo quando não houver geração de créditos de produtos florestais. Também requer coordenadas geográficas detalhadas, desde a origem até o destino da carga, bem como o memorial descritivo da rota única para as modalidades GF1 e GF2.

    Também regulamenta condições de prorrogação e transbordo do transporte de cargas. Para a substituição de veículos transportadores ou o transbordo de cargas será necessário o cancelamento da GF anterior e a emissão de um novo documento atualizado. O Decreto nº 1.288/2025 também veda a substituição ou anulação de GFs quando houver indícios de fraude, simulação ou dolo, exceto em casos de erro material devidamente justificado.

    Além disso, ampliou com detalhamentos o rol de itens que não exigem GF, contemplando madeira usada em geral e reaproveitamento de madeira de cercas, currais e casas, exceto de espécies constantes dos anexos da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies (Cites).

    Para facilitar a transição e assegurar o cumprimento das normas, orientações técnicas serão disponibilizadas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Segundo a Secretaria, as mudanças fortalecem o monitoramento da cadeia produtiva, combatendo irregularidades e promovendo a competitividade do setor florestal no mercado nacional e internacional.

    O Cipem considera que a normatização reforça o compromisso do estado com a sustentabilidade, a legalidade no uso dos recursos florestais e sua posição como referência em manejo florestal sustentável, contribuindo para a preservação ambiental e a consolidação de práticas responsáveis no setor.

  • Empresários devem entregar relatório anual de atividades ao Ibama

    Empresários devem entregar relatório anual de atividades ao Ibama

    Os empresários do setor florestal de Mato Grosso precisam estar atentos ao prazo para a entrega do Relatório Anual de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais (RAPP). O preenchimento deve ser realizado por meio dos formulários disponíveis no site do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). O não envio do RAPP dentro do prazo estabelecido pode resultar em sanções, como a suspensão das atividades e a aplicação de multas.

    O RAPP é uma obrigação legal estabelecida pela Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/81, art. 17-C, § 1º) e deve ser apresentado anualmente por pessoas físicas e jurídicas que realizam atividades potencialmente poluidoras ou utilizadoras de recursos naturais. O prazo para envio começa no dia 1º de fevereiro e termina em 31 de março de cada ano, contendo informações referentes às atividades realizadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano anterior.

    Tatiana Arruda, superintendente de Gestão Florestal da Sema, explica que pode haver bloqueio no Sisflora caso o relatório não seja declarado dentro do prazo. “Esse relatório, exigido pelo Ibama, pode sim provocar o bloqueio do Sisflora, mas apenas se houver o bloqueio do Cadastro Técnico Federal (CTF) pelo órgão ambiental federal. É importante compreender a situação de fato, pois depende, por exemplo, de o relatório exceder os 12 meses de validade. Caso isso ocorra, o bloqueio pode acontecer.”

    O relatório deve incluir dados sobre produção, volumes de geração de poluentes, resíduos e critérios técnicos específicos. A ausência de envio, além de resultar na suspensão das atividades, pode gerar multa correspondente a 20% da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA).

    Para facilitar o preenchimento, o Ibama disponibiliza um guia detalhado e um vídeo tutorial em seu portal. É fundamental que os empresários do setor florestal de Mato Grosso cumpram essa exigência dentro do prazo, garantindo a continuidade de suas operações e evitando penalidades.

  • Em parceria com Cipem, Fiemt apresenta estudo sobre alternativas para exportação de madeira nativa

    Em parceria com Cipem, Fiemt apresenta estudo sobre alternativas para exportação de madeira nativa

    A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) apresentou um estudo de viabilidade técnica e econômica sobre alternativas para a exportação de madeira nativa, com o objetivo de reduzir o tempo de tramitação para exportação e enfrentar os desafios atuais do setor de base florestal, que sofre com a ineficiência do Ibama nos portos.

    Este ano, o órgão enfrentou uma greve branca e uma greve oficial que durou mais de 40 dias, deixando cargas paralisadas e gerando prejuízos aos exportadores. A análise, solicitada pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), foi conduzida pela equipe de internacionalização da Fiemt em parceria com uma consultoria técnica especializada e apresentada pela Superintendente da Fiemt, Fernanda Campos, durante reunião do Cipem realizada nesta quinta-feira (26), em Juína.

    O estudo comparou a logística atual com alternativas que visam otimizar o processo de exportação, incluindo a internacionalização a partir do Porto Seco de Cuiabá, com a chance reduzir o tempo de anuência com órgãos reguladores e diminuir o risco de atrasos no embarque das mercadorias. A opção pelo Porto Seco também oferece 60 dias de armazenagem gratuita, mas apresenta custos projetados superiores aos da logística convencional.

    Outra alternativa analisada combina o uso do Porto Seco com transporte ferroviário, que, apesar de aumentar os custos devido ao transbordo para o Porto de Santos, apresenta-se como uma opção para diversificar as rotas e evitar a sobrecarga nos portos tradicionais. A terceira alternativa explorada no estudo é a exportação via Redex, que propõe um modelo complementar e reforça a necessidade de articulação entre os exportadores para buscar soluções conjuntas.

    Ednei, presidente do Cipem, ressaltou que os exportadores estão sendo prejudicados pela ineficiência nos portos e destacou a importância do estudo da Fiemt como uma ferramenta fundamental para orientar novas estratégias. Ele criticou a cobrança de taxas pelos portos durante os períodos de greve e enfatizou que os prejuízos não deveriam recair sobre os empresários.

    Presidente da Fiemt, Silvio Rangel reforçou o compromisso da Fiemt em apoiar o setor de base florestal e ressaltou a conclusão do estudo de que há uma oportunidade de diversificação logística que pode tornar as exportações mais ágeis e menos suscetíveis a interrupções.

    Além disso, o setor florestal precisa unir esforços para investir em novos modelos de exportação, visando reduzir a dependência de um único porto e aumentar a competitividade internacional dos produtos de base florestal de Mato Grosso “Produzimos com sustentabilidade e eficiência, mas precisamos resolver gargalos logísticos. O compromisso da Fiemt é esse, trabalhando em conjunto com o Cipem e os sindicatos para encontrar e indicar soluções”.

    Criação de um Comitê da Crise dos Portos

    Em resposta à crise logística, o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, anunciou a criação de um comitê de crise dos portos, em parceria com a Federação das Indústrias do Paraná, para desenvolver estratégias e avaliar possíveis medidas judiciais contra os prejuízos causados pela atuação do Ibama.