Tag: SETEMBRO AMARELO

  • Setembro Amarelo: Secretaria de Saúde realiza evento virtual para debater ações de promoção à vida

    Setembro Amarelo: Secretaria de Saúde realiza evento virtual para debater ações de promoção à vida

    Com o tema “Promoção da Vida no Setembro Amarelo”, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), por meio da Coordenadoria de Promoção e Humanização da Saúde (COPHS), promove no dia 10 de setembro o III Encontro Intersetorial de Prevenção ao Suicídio, que disponibiliza uma rica programação com diversos temas aos profissionais da saúde e toda a sociedade do Estado de Mato Grosso.

    Neste ano, devido à pandemia do novo coronavírus, o evento será virtual e as palestras com os profissionais serão exibidas pelo YouTube, por meio do link: https://www.youtube.com/channel/UC4u4fDWkW8FrhPtEq2TstzA. Todos os participantes receberão certificado de participação digital, que será enviada pela Escola de Saúde Pública (ESP-MT) e fará o envio do documento por e-mail.

    O suicídio é um fenômeno complexo que pode afetar indivíduos em diferentes fases e situações da vida. Boletim Epidemiológico dos anos entre 2015-2018 a Vigilância Epidemiológica da SES-MT detecta alguns fatores de risco como precursores do fenômeno que extrapolam o âmbito dos transtornos mentais. Assim, não é possível determinar uma causa única. No período da pandemia foi observado que as taxas de lesões autoprovocadas continuam aumentando, porém as taxas de óbitos por suicídio caíram.

    Todos os fatores de riscos serão debatidos durante o encontro, que apresenta variadas temáticas para a construção de ações que possam promover a qualidade de vida e reverter os impactos de riscos e danos à saúde promovendo a melhor forma de prevenção para reverter os dados negativos.

    O evento conta com o apoio da Secretaria Adjunta de Comunicação (Secom),  Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Covepi), Coordenadoria de Ações Programáticas e Estratégicas (Coapre),  Escola de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso (ESP-MT) e  Escritórios Regionais de Saúde/Superintendência de Gestão Regional/SES-MT.

     

  • Jovens dão “abraços grátis” para prevenir suicídios em Cuiabá

    Jovens dão “abraços grátis” para prevenir suicídios em Cuiabá

    Em uma campanha de conscientização para a importância da promoção da saúde mental e prevenção ao suicídio, jovens voluntários distribuíram “abraços grátis” no centro de Cuiabá, neste sábado (28.09).

    O simples gesto faz parte da campanha “Eu me importo com você”, realizada pelos membros  da Igreja Sara Nossa Terra, em alusão à campanha nacional Setembro Amarelo, iniciada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV).

    Além dos abraços, os jovens não economizaram em distribuir afeto e atenção para quem passava pela Praça Alencastro.

    Com muita música, dança, oração e conversa, eles distribuíram panfletos orientativos e explicaram sobre a importância de as pessoas compreenderem que não estão sozinhas na prevenção ao suicídio e cuidados com a saúde mental, principalmente no combate à depressão.

    Para o vereador Marcelo Bussiki (PSB), que participou da campanha, a ação parece simples, mas é muito importante para a conscientização da sociedade, pois existem muitas pessoas que não reconhecem que estão doentes, ou mesmo que não buscam  ajuda com medo de serem julgadas.

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    “Ao abraçar as pessoas não estamos apenas fazendo um ato no sentido físico, mas no sentido de acolher, de abraçar a causa dessas pessoas, de dar apoio e mostrar a elas que, por mais difícil que pareça o momento em que vivem, é necessário pedir ajuda e aceitar recebê-la também”, afirmou.

    Conforme os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. Os mesmos estudos apontam ainda que cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida no mundo, a cada ano.

    “São números que assustam. Por isso acredito que toda a ação no sentido de orientar a pessoas a reconhecerem os sinais de risco e buscarem tratamentos, além de dar apoio e demonstrar que elas não estão sozinhas, merece nosso apoio e de toda a sociedade”, encerrou.

  • Setembro Amarelo e prevenção de morte de negros

    Setembro Amarelo e prevenção de morte de negros

    Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. É uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida. Segundo o Ministério da Saúde, a cada dez jovens de 10 a 29 anos que cometem suicídio, seis são negros. O risco na faixa etária de 10 a 29 anos foi 45% maior entre jovens que se declaram pretos e pardos do que entre brancos no ano de 2016.

     

    A diferença é ainda mais relevante entre os jovens e adolescentes negros do sexo masculino: a chance de suicídio é 50% maior neste grupo do que entre brancos na mesma faixa etária. A cartilha “Óbitos por Suicídio entre Adolescentes e Jovens Negros”, lançada pelo Ministério da Saúde, mostra, por exemplo, que entre 2012 e 2016, o número de casos com pessoas brancas permaneceu estável, enquanto o das negras aumentou 12%.

     

    Falar sobre racismo e pensar a população negra é de extrema importância. Não se trata de vitimismo, muito menos de “frescura”, como tem sido dito. O alto índice de suicídio entre jovens na população negra mostra que esses casos estão ligados ao racismo estrutural do nosso do dia a dia.

     

    O racismo estrutural é aquele enraizado na sociedade desde a chegada dos primeiros negros no país. Observando os dados, vemos a vulnerabilidade dessas pessoas frente às questões com alto nível de sofrimento psicológico.

     

    A população negra é maior em relação à população branca do país, mas também sabemos que é a mais pobre e com salários, na grande maioria, menores. Morar em regiões mais pobres e ainda com alto índice de violência são fatores que afetam a saúde mental.

     

    Quem não viu ou nunca viu crianças e jovens em suas escolas “estudando” agachados ou se protegendo deitados no chão até com um professor cantando, para que abafasse sons de tiros? Violência, pobreza e alta marginalização contra essas pessoas são questões que as privam de possibilidades de melhorias e de vislumbrar dias melhores. Esses podem ser gatilhos para questões de saúde mental.

     

    Quando falamos que não é vitimismo, estamos tratando de racismo. Muitas pessoas questionam por que olhamos para o jovem negro. Na verdade, o cuidado é com a saúde mental da população negra. Qual seria o motivo desse jovem não ser levado a sério? Ele tem alguma diferença para que não seja levado a sério ao falar sobre saúde mental? Não é um direito também querer prezar e pedir auxílio?

     

    Falar sobre a saúde mental desse jovem é de extrema importância, pois as maiores causas de suicídio ligados à população negra são, por exemplo, rejeição, maus tratos, violência, abuso, sensação de não pertencimento e isolamento social.

     

    Não invalidar a dor da população negra é urgente. Precisamos validar e acolher essas pessoas. Infelizmente, por conta de um discurso, pensamento e Academias colonizadas, acabamos negligenciando sua integralidade como ser.

     

    Por isso, devemos estar atentos a todos os jovens que falam sobe isso e não achar que é “frescura” ou “mimimi”. Depressão, ansiedade e suicídio não são brincadeira. Quando alguém fala sobre isso, ouça e aconselhe a procurar um psiquiatra ou psicólogo. Mostre empatia ao que ele sente. Não invalide a dor.

     

    (*)  Livia Marques é Psicóloga Clínica, MBA em Gestão de Pessoas, Especializada em Terapia Cognitiva Comportamental ,Coordenadora Editorial e Autora

  • Setembro Amarelo: Atividades para prevenção ao suicídio serão realizadas pela Prefeitura de Lucas do Rio Verde

    Setembro Amarelo: Atividades para prevenção ao suicídio serão realizadas pela Prefeitura de Lucas do Rio Verde

    No mês de conscientização e valorização a vida, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde, através da Secretaria de Saúde, Secretaria de Esporte e Lazer, Secretaria de Educação e a Secretaria de Assistência Social prepararam várias atividades para prevenção ao suicídio. As ações acontecerão durante todo o mês e buscam conscientizar a população sobre o ato e como evitá-lo. As palestras serão realizadas nas escolas municipais e nos PSFs. Entre os assuntos abordados, estão os sinais e sintomas e o tratamento.

    Para encerrar as atividades, no dia 27 será realizada a 2ª Caminhada do Setembro Amarelo, que começa no semeador e termina na rotatória da Prefeitura. “Convidamos toda a população, empresas, instituições e a mídia para participar da caminhada que começa a partir das 07h, e pedimos que, se possível, venham todos de amarelo ou branco. A participação é muito importante nesse dia”, destacou a supervisora de Média e Alta Complexidade Tatiane Lima.

    O suicídio é um problema de saúde pública que ainda é cercado por muitos tabus. Segundo dados oficiais, cerca de 32 brasileiros tiram a própria vida todos os dias, número superior as vítimas de AIDS e vários tipos de câncer. A Organização Mundial de Saúde (OMS), através de estudo, diz que 9 a cada 10 casos poderiam ser evitados. ”Nós precisamos orientar as pessoas, nós precisamos diminuir o preconceito e abrir portas para que as pessoas possam buscar ajuda. Hoje o suicídio é a terceira maior causa de mortes entre jovens no Brasil”, afirma o psiquiatra Wagner Engelmann.

    O secretário de Saúde Rafael Bespalez lembra que os tratamentos pela Secretaria de Saúde são realizados por especialistas no CAM, CAPS, NASF, além dos PSFs. ”A vida de todo mundo é muito importante, então no que nós pudermos ajudar para dar apoio e garantir uma vida melhor, nós da saúde estaremos fazendo”, garante o secretário.

    Além das unidades de atendimento no município, as pessoas podem ligar no Centro de Valorização a Vida (CVV), através do número 188 que busca dar apoio emocional e prevenir o suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.

  • Campanha de prevenção do suicídio tem expectativa de alcance recorde

    Campanha de prevenção do suicídio tem expectativa de alcance recorde

    A cada 45 minutos um brasileiro tira a própria vida. Esse número já deveria ser suficiente para estimular as pessoas a se mobilizarem pela prevenção dessas mortes precoces, mas apesar dos avanços, os tabus, preconceitos e vergonhas ainda são adversários nessa luta.

    Durante todo o mês de setembro diversas ações serão vistas em todo o Brasil, em um movimento chamado de Setembro Amarelo, para chamar a atenção da população para esse problema. “O suicídio é um assunto complexo, pois ninguém se mata por um único motivo, mas a prevenção é possível e algumas ações podem ser feitas por todas as pessoas”, comenta a voluntária e porta-voz do CVV, Leila Herédia. Segundo Leila, permitir que as pessoas desabafem e falem sobre seus sentimentos sem receber críticas é um meio de evitar que se busque na morte a solução para suas dores.

    “A morte em si já é um tabu. Morte por suicídio é ainda mais complicado, pois toca em questões de escolhas, crenças e barreiras sociais”, explica a voluntária ao comentar os motivos da falta de divulgação e debate sobre o assunto. Em junho deste ano o CVV lançou séries de vídeos para se prevenir o suicídio entre jovens e adolescentes, faixa etária em que mais cresceram os índices de suicídio no país. “É uma iniciativa para permitir que toda a população se engage na causa e possa se capacitar para identificar sinais, pedir e oferecer ajuda”, afirma Leila.

    Neste ano, diversos fatores levam a crer que o movimento Setembro Amarelo terá alcance recorde. A começar pelo fato de que o CVV chegou a 110 postos de atendimento em todo o país com mais de 3.000 voluntários em atuação. Segundo Leila “os voluntários são a maior força do CVV. Eles possuem enorme capacidade de mobilização e de levar adiante a causa da prevenção do suicídio.”

    Além disso, o CVV comenta que mais empresas, escolas e organizações já pediram materiais e informações para criarem suas próprias ações no Setembro Amarelo. “O movimento não é do CVV, mas o CVV é um dos seus mobilizadores desde o início. Quanto mais pessoas participarem das iniciativas, melhor para todos”, complementa Leila. Exemplos de ações são a iluminação em amarelo de prédios e monumentos, caminhadas e passeios ciclísticos, palestras e rodas de debate, ações dentro de empresas e distribuição de balões amarelos.

    Como abertura do Setembro Amarelo, no dia 30 de agosto o CVV irá promover o IX Simpósio Internacional de Prevenção do Suicídio, dessa vez no município paulista de Ribeirão Preto. O evento gratuito e aberto ao público terá como tema ações organizadas e segmentadas que previnem o suicídio, com representantes de Grupos de Apoio a Sobreviventes do Suicídio, Residências Terapêuticas para doentes mentais e do Movimento Internacional de Ouvidores de Vozes.

    Algumas ações serão compartilhadas nas mídias sociais do movimento (Facebook e Instagram) identificados como @setembroamarelo. Fotos e vídeos de iniciativas por todo o país podem ser enviadas para esses canais para estimularem mais pessoas a aderirem na causa.

    Em Cuiabá, o CVV participará de várias ações na cidade promovidas por instituições. Além de palestras em empresas e eventos.

    Programação aberta no Setembro Amarelo

    • 02 – Audiência Prevenção ao Suicídio – Câmera Municipal
    • 05 – Palestra sobre a compreensão do Suicídio – NESM/UFMT
    • 07 – Desfile do 07 de setembro
    • 10 – Semana de combate ao Suicídio – Alta Floresta
    • 17 – Seminário de prevenção e pósvenção do suicídio

    Sobre o CVV

    O CVV presta serviço voluntário e gratuito de prevenção do suicídio e apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os cerca de 3 milhões de atendimentos anuais são realizados por 3.000 voluntários em mais de 110 postos de atendimento pelo telefone 188 (sem custo de ligação),  ou pelo www.cvv.org.br via chat, e-mail ou carta. A entidade realiza também ações presenciais, como palestras, Curso de Escutatória e grupos de apoio a sobreviventes do suicídio – GASS (https://www.cvv.org.br/cvv-comunidade/).

    Sobre o suicídio

    O suicídio é um problema de saúde pública que mata pelo menos um brasileiro a cada 45 minutos, mais do que a Aids e muitos tipos de câncer, porém pode ser prevenido em 9 de cada 10 casos. O movimento Setembro Amarelo, mês mundial de prevenção do suicídio, iniciado em 2015, visa sensibilizar e conscientizar a população sobre a questão – www.setembroamarelo.org.br

    * Dados do Ministério da Saúde

  • Formação para coordenadores aborda autoextermínio e automutilação entre alunos em Lucas do Rio Verde

    Formação para coordenadores aborda autoextermínio e automutilação entre alunos em Lucas do Rio Verde

    Embora sejam assuntos cada vez mais frequentes no dia a dia escolar, as tentativas de autoextermínio (suicídio) e automutilações de alunos ainda passam despercebidas para boa parte dos profissionais das redes de ensino. Numa tentativa de mudar esse quadro, as secretarias municipais de Saúde e de Educação promoveram sexta-feira, 16, no Auditório dos Pioneiros, uma atividade de formação dirigida a coordenadores dos anos finais do Ensino Fundamental – do 6º ao 9º ano –, incumbidos de atuar como multiplicadores.

    A abordagem feita nas escolas durante o Setembro Amarelo chamou a atenção da Assessoria Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação para a importância de debater e enfrentar no ambiente estudantil essas duas temáticas e outras situações de violência e aliciamento também muito comuns entre crianças e adolescentes, como abusos sexuais, uso de drogas e pedofilia.

    “Nas reuniões da Rede de Apoio Psicossocial (Raps), já tínhamos percebido a grande demanda de pacientes das escolas que são atendidos pelo Centro de Atendimento Multiprofissional (CAM) e isso ficou mais claro durante as palestras do Setembro Amarelo, quando foram detectados vários casos novos de alunos que estavam apresentando essa intenção suicida”, relata a supervisora da Média e Alta Complexidade da Secretaria de Saúde, Tatiani da Rocha Andrade Lima.

    De acordo com a psicóloga Ariane Benedetti, do Centro de Atendimento Multiprofissional (CAM), voltado para pacientes que necessitam de atenção individualizada, muitas vezes a pessoa que pensa em suicídio deseja apenas se livrar de uma dor – não física necessariamente – ou dos problemas e acredita que essa seja a única saída. “Os professores precisam saber como detectar os sinais emitidos pelas crianças e adolescentes, como abordar cada caso, quais recursos devem ser empregados para que o aluno confie e fale sobre o que está passando e possa ser amparado”, aponta.

    Benedetti também destaca algumas características que são universais em relação à busca de autoextermínio. O número de tentativas de suicídio é maior entre mulheres, que costumam usar medicamentos, mas os casos efetivos, aqueles que resultam em morte, são bem mais frequentes entre homens e geralmente levados a termo por meio de enforcamento ou uso de arma de fogo.

    Coordenadora de Centro de Atenção Psicossocial, a psicóloga Gabriela de Araujo destaca situações de bullying no ambiente escolar e nas redes sociais, a falta de diálogo e a desagregação familiar como fatores que podem levar à busca de autoextermínio ou de automutilação. “Por isso, identificar esse tipo de situação dentro de casa ou na escola, onde as crianças e os adolescentes passam boa parte do tempo, é fundamental para a prevenção e enfrentamento do problema”, avalia.

    A dificuldade em falar e lidar com a questão do suicídio está muito ligada ao fato de que o atentado contra a própria vida permanece um tabu social até os dias atuais. Não à toa, a complexidade do tema costuma ser tratada com cuidado especial pela imprensa – alguns veículos evitam dar a notícia ou fazer menção à causa da morte para impedir o desencadeamento do chamado efeito contágio – e ainda hoje tem sido motivo de condenação por parte de religiões.

    O enfoque preconceituoso tem contribuído para esconder números alarmantes e casos passíveis de prevenção ou tratamento. Por isso, a psicóloga Daiane Silva, também integrante da equipe do CAM, defende que discutir abertamente o assunto em sala de aula, ao contrário de estimular novos casos, ajudará o aluno a entender suas próprias angústias e sentir que não está sozinho.

    O suicídio, segundo ela, é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil. De 2007 a 2016, foram registradas mais de 106 mil mortes por suicídio no país. No entanto, para o Ministério da Saúde, esse número pode ser 20% maior em virtude da imprecisão de casos mal esclarecidos.  “Estudos indicam que municípios com Caps, em média, conseguem reduzir 14% do número de incidência. E Lucas tem Caps”, frisa.

    Apesar do traço autodestrutivo, a automutilação, conforme ela, não deve ser confundida com tentativa de autoextermínio e nem de chamar a atenção. A maioria esconde os cortes – geralmente nos braços, nas pernas ou na região do tórax. “É um sinal de que o adolescente está com problemas emocionais e necessita da ajuda e suporte de um profissional da saúde. O professor, muitas vezes, é o único adulto com quem os jovens se sentem seguros para conversar. Uma abordagem com empatia e sem pré-julgamentos poderá gerar a confiança necessária para que seja levado para um local onde possa falar abertamente sobre seus sentimentos e perceber que poderá contar com apoio”.

    Em qualquer situação, a família será sempre informada e o aluno direcionado para o PSF de sua área residencial. No PSF, será atendido por uma equipe multiprofissional que avaliará se convém ficar sob os cuidados do grupo ou se o caso deverá ser remetido para o CAM ou para o Caps. Já as ocorrências de alcoolismo e drogas são enviadas para o Caps, que também atende crianças e adolescentes.

    A atividade de formação contou ainda com a participação das psicólogas Simone Azevedo Rodrigues, Aliane Paula Capistrano Pinto e Patrícia Trentin.