Tag: Seminário

  • Potencial de MT na geração de energia limpa e gargalos na transmissão são debatidos em painel

    Potencial de MT na geração de energia limpa e gargalos na transmissão são debatidos em painel

    A produção de energia limpa, o uso de novas tecnologias, os desafios do setor elétrico e a transição energética foram temas do painel “Panorama da Transição Energética Global, Novas Tendências e o Papel das Energias Renováveis na Matriz Energética de Mato Grosso e do Brasil”, que inaugurou o XII Seminário de Energia, realizado nos dias 21 e 22 de maio, na Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).

    O presidente do Sindenergia, Tiago Vianna de Arruda, enfatizou que a discussão sobre a transição energética no país é urgente e que é necessário debater os arcabouços legais e tributários para proporcionar maior segurança jurídica, visando a geração de mais energia limpa, com menor dano ao meio ambiente e menor impacto na sociedade.

    Ele ressaltou que Mato Grosso consome anualmente 11 TWh e produz cerca de 20 TWh, sendo a maior parte proveniente de fontes hídricas. Apesar do crescimento do setor de energia solar, esta representa aproximadamente 10% da energia consumida no estado.

    “Essa é a maior penetração de geração distribuída no Brasil; por isso, Mato Grosso é líder em tamanho de mercado, embora seja o quinto em potência instalada. Ainda há espaço para expandir esse sistema, pois nossas redes conseguem suportar mais investimentos em geração.

    A transmissão ainda representa um gargalo, como exemplifica a região de Ribeirãozinho, que conecta com o Sudeste e entrega energia para Araraquara, em São Paulo. São necessários investimentos bilionários, e a iniciativa privada está pronta para realizá-los, mas é imprescindível que o setor público realize as outorgas e os leilões de forma a evitar problemas de fornecimento de energia no futuro.”

    Para que o setor industrial de Mato Grosso cresça ainda mais, é essencial o fornecimento de energia elétrica, conforme defende o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Sílvio Rangel. No entanto, o desafio, segundo ele, não está na geração de energias renováveis, mas em garantir que essa energia chegue às empresas, indústrias e residências.

    “O futuro da indústria depende tanto da geração quanto da transmissão de energia. Sem energia, o crescimento industrial de Mato Grosso e o desenvolvimento regional são inviabilizados. Enfrentamos um problema sério na transmissão de energia, que demanda investimentos no setor e aprimoramento do serviço, incluindo manutenções e a renovação das linhas, com a transição de monofásico para trifásico. Mato Grosso é autossuficiente em produção de energia, com uma matriz limpa, mas é crucial discutir como essa energia é distribuída.”

    O ex-senador e ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, que também moderou o painel, destacou a importância das concessionárias de energia e o avanço da autogeração. Esta foi a segunda vez que ele participou do seminário, ressaltando a importância de reunir diferentes atores, como o setor público e o empresariado.

    Maggi comentou ainda sobre a evolução dos investimentos em energia fotovoltaica no país, apontando como grande vantagem o fato de ser um sistema distribuído de energia e de investimento, composto por centenas de pequenos projetos que, juntos, formam um grande projeto.

    “Já temos no Brasil um volume de energia solar comparável ao de uma Itaipu. Itaipu custou bilhões de dólares e teve um único financiador, o governo federal. Já a energia solar, que cresceu sem gerar dívidas, permite investimentos compartilhados, oferecendo à sociedade uma forma econômica de produzir energia. Contudo, a transmissão de energia é mais complexa e depende de contribuições coletivas. A distribuição é responsabilidade de uma concessionária. Se todos produzirem sua própria energia e desejarem utilizar as redes da concessionária sem custos, como isso funcionará no futuro?”

    O deputado estadual Carlos Avalone e vice-presidente do Sindenergia destacou que o seminário traz debate de alto nível e técnico sobre o futuro da produção de energia elétrica no Estado e no país há mais de 10 anos, se tornando uma referência.

    “Nós sabemos das transformações que o mundo está vivendo, tentando sair dos combustíveis fósseis para a energia mais limpa. Mato Grosso é um centro futuro e presente dessas energias mais limpas, como biodiesel, como o etanol de milho. Mato Grosso sairá, acho eu, pelo caminho mais rápido na solução pela substituição do combustível de aviação, que é um dos mais poluentes do mundo, com base do etanol de milho. Nós já temos o biometano como uma legislação estadual, já permitindo que isso aconteça, o biogás, somos os maiores produtores de de etanol de milho e um dos maiores produtores de biodiesel”.

    Também participaram do painel como moderadores o coordenador-geral de etanol e biometano do Ministério de Minas e Energia, José Nilton de Souza Vieira; a especialista em regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Lívia Raggi; e o gerente de Divisão de Infraestrutura Transição Energética e Clima do BNDES, Renato Santos.

  • Brasil deve recuperar em breve certificado de eliminação do sarampo

    Brasil deve recuperar em breve certificado de eliminação do sarampo

    O diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, disse neste sábado (9) que o Brasil deve recuperar, nos próximos meses, seu certificado de eliminação do sarampo. A afirmação foi feita durante seminário sobre vacinação na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro.

    “O Brasil já se encontra há um ano sem nenhum caso novo diagnosticado, o que nos permite também ter uma esperança muito grande de que, nos próximos meses. a comissão de verificação possa certificar novamente o país”, disse Barbosa.

    O Brasil recebeu certificado de eliminação do sarampo em 2016 da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas acabou perdendo em 2019, devido a um surto da doença.

    As Américas foram o primeiro continente a receber um certificado regional de eliminação da doença, mas surtos tanto no Brasil quanto na Venezuela, que também perdeu o documento em 2019, fizeram com que a certificação regional fosse suspensa em 2018, segundo Barbosa.

    Uma comissão da Opas verificou recentemente que a Venezuela interrompeu a transmissão da doença, faltando apenas o Brasil para que o continente possa novamente ser considerada região livre do sarampo.

    Cobertura vacinal

    O sarampo pode ser evitado com a imunização da população. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, que também participou do seminário, afirmou que, desde 2016, o Brasil enfrenta o fenômeno da hesitação vacinal, com campanhas de desinformação que fazem com que a população deixe de buscar a imunização e a cobertura vacinal caia.

    Segundo ela, no entanto, dados preliminares do Ministério da Saúde, que devem ser divulgados nos próximos dias, mostram que a cobertura vacinal no país voltou a aumentar este ano.

    “Temos clareza de que muito trabalho há que ser feito”, disse Nísia. “Nós instituímos uma plataforma, Saúde com Ciência, como estratégia de governo, interministerial, para esclarecer à população e também identificar práticas criminosas de desinformação, de disseminação de notícias falsas”.

    Segundo Jarbas Barbosa, os governos dos diversos países precisam monitorar, todos os dias, e desmistificar boatos que surgem contra as vacinas nas redes sociais.

    “As desinformações estão praticamente todos os dias nas redes sociais, então uma campanha de esclarecimento anual não tem muito papel. O que temos procurado é estimular os países a ter um monitoramento diário de redes sociais, de não deixar nenhum boato, rumor ou desinformação sem resposta apropriada, porque isso é como uma bola de neve, que vai crescendo. E, sem dúvida nenhuma, que vai fazer com que as pessoas percam a confiança na vacina”, disse ele.

    Para Barbosa, além de combater as notícias falsas, é preciso adotar outras medidas para ampliar o alcance da vacinação, como sensibilizar os profissionais de saúde, monitorar as coberturas vacinais e ampliar a oferta em alguns lugares.

    O diretor cita, por exemplo, a dificuldade de vacinar crianças em áreas violentas das grandes cidades. Ele destaca que é preciso ampliar o horário de atendimento em postos de vacinação, de modo que fique mais fácil para os trabalhadores levar os filhos para serem imunizados. Assim é possível evitar áreas de pouca imunização.

    “Precisamos identificar [a cobertura vacinal] bairro por bairro e não trabalhar com a média de cobertura de uma cidade. A média de cobertura de uma cidade como o Rio de Janeiro não nos conta nada. A média pode ser adequada, mas temos em várias áreas uma cobertura muito baixa. Então, precisamos ter novos sistemas analisar os dados, identificar as barreiras [para a vacinação] e adotar estratégias para superar essas barreiras”.

    Edição: Graça Adjuto
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  • Fortalecimento do diálogo entre agronegócio e judiciário marcam abertura de evento

    Fortalecimento do diálogo entre agronegócio e judiciário marcam abertura de evento

    A aproximação e a integração entre o agronegócio e o judiciário foi o principal tema debatido na abertura do Seminário do Agronegócio – Sistema Famato e Judiciário, realizado na noite desta quinta-feira (30.11), no Cenarium Rural.

    Com a presença de autoridades do Poder Executivo e Judiciário, além da participação de produtores rurais, empresários e advogados, o presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain destacou a importância do agronegócio mato-grossense, que representa 56,2% do PIB do estado, liderando a criação de bovinos, a produção de soja, de milho e algodão.

    Vilmondes chamou a atenção para a busca conjunta entre Poder Judiciário e agronegócio de soluções que contribuam para o desenvolvimento econômico do setor.

    “A importância de eventos como este seminário é crucial. O diálogo tem que ser a base e esses encontros proporcionam uma oportunidade valiosa para a troca de conhecimento, discussão dos desafios enfrentados pelo setor e a busca conjunta por soluções que promovam a justiça, a sustentabilidade e o desenvolvimento do agronegócio”, pontuou o presidente da Famato.

    A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Clarice Claudino da Silva, disse que o Judiciário tem consciência da importância que o agronegócio mato-grossense tem no cenário nacional e que o evento é uma importante oportunidade para o estreitamento de relações.

    “Queremos com essas discussões abertas, porém com um marco de independência bastante claro, formar convicções, aproximar e fortalecer o diálogo, com o objetivo maior de estreitar as relações, de fortalecer o que conhecemos do agronegócio enquanto magistrados para o fortalecimento das decisões judiciais”, destacou a presidente do TJMT.

    Representando o governador Mauro Mendes, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, disse que a relação harmônica entre o agronegócio e os poderes constituídos é que vão gerar mais desenvolvimento para Mato Grosso, além de ser garantia de segurança jurídica.

    “A continuidade do desenvolvimento do estado de Mato Grosso depende fundamentalmente de uma relação independente, mas harmônica e muito respeitosa entre todos os poderes constituídos desse estado e os setores produtivos. Essa harmonia alcançada aqui no estado de Mato Grosso ao longo dos últimos anos é que permitiu este salto de desenvolvimento. Ter a garantia dessa relação harmônica dá segurança jurídica e é importante para que esse setor possa continuar crescendo”, pontuou Garcia.

    A abertura contou ainda com a palestra do professor e coordenador do Centro de Agronegócio Global do Insper, Marcos Jank, que explorou a temática dos cenários político e econômico atrelados ao setor produtivo mato-grossense.

    Também participaram da abertura o procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo, a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB/MT), Gisela Cardoso, o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), José Luiz Fidelis, os diretores da Famato, Ronaldo Vinha e Robson Marques, entre outras autoridades.

    O seminário é uma realização da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), com o apoio do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso, Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT), Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem), Faculdade de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Escola Superior de Advocacia (ESA) e Escola Judicial do Estado de Mato Grosso do Sul (Ejud-MS).

  • Seminário debate temas importantes para o aperfeiçoamento da cadeia da soja

    Seminário debate temas importantes para o aperfeiçoamento da cadeia da soja

    Cerca de 150 profissionais, entre pesquisadores, técnicos, agentes governamentais, especialistas e representantes das indústrias e produtores rurais, se reuniram para debater os desafios e as oportunidades para a manutenção do protagonismo brasileiro no mercado mundial de soja. Eles participaram do V Seminário Desafios da Liderança Brasileira no Mercado Mundial da Soja, realizado nos dias 19 e 20 de setembro, na Embrapa Soja, em Londrina (PR).

    O evento foi promovido pela Embrapa Soja, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), a Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (ACEBRA), a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC), a Associação das Supervisoras e Controladoras do Brasil (ASCB), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).

    O pesquisador Marcelo Álvares de Oliveira, da Embrapa Soja, entende que o Seminário é relevante para conectar os diferentes elos da cadeia e promover debates sobre temas atuais com impacto positivo. “Procuramos trazer temáticas de interesse tanto para os produtores quanto para a indústria”, explica. “Também conseguimos balizar nossas demandas de pesquisa em cima do que realmente a cadeia da soja necessita da ciência”, avalia.

    A programação técnica teve como temas prioritários as vantagens e os desafios da agricultura de baixo carbono, a nova legislação da União Europeia contra o desmatamento, e a importância da soja como matéria-prima de qualidade para a produção de óleo, farelo e biodiesel.

    As discussões quanto à formulação da legislação para os bioinsumos e suas práticas no campo também tiveram destaque, assim como o debate sobre as aplicações práticas das ferramentas digitais, onde pesquisa e treinamento no campo são fundamentais para uma agricultura de precisão com racionalização dos insumos, eficiência dos processos, e a necessidade de ampliar a conectividade no campo.

    Para Daniel Amaral, diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da ABIOVE, o Seminário está consolidado como um dos mais importantes fóruns da cadeia produtiva da soja no Brasil. “É válido mencionar o elevado nível técnico, conhecimento e experiência dos palestrantes, moderadores e panelistas do encontro, tal como a profundidade das discussões acerca de temas imprescindíveis para o aperfeiçoamento da nossa cadeia, temas de fronteira, de tendências científicas e tecnológicas até a aplicação de uma Agricultura 5.0”, comenta Amaral.

  • Seminário vai discutir desafios da liderança brasileira no mercado mundial de soja

    Seminário vai discutir desafios da liderança brasileira no mercado mundial de soja

    Será realizado nos dias 19 e 20 de setembro, em Londrina (PR), o V Seminário Desafios da Liderança Brasileira no Mercado Mundial da Soja. O evento acontecerá na Embrapa Soja e terá com foco a sustentabilidade na cadeia produtiva da soja. O evento será presencial e as vagas são limitadas e gratuitas. Elas podem ser feitas pelo site seminariodesafiosdasoja.com.br.

    O pesquisador Marcelo Álvares de Oliveira, da Embrapa Soja, explica que o evento reunirá pesquisadores, técnicos, agentes governamentais, especialistas e representantes das indústrias e de produtores rurais. “Pretendemos debater os principais temas que impactam a competitividade da cadeia da soja, desde a qualidade do grão à produção de farelo, óleo e biocombustível, abordando também questões relacionadas à sustentabilidade, tecnologia, regulamentações e processos produtivos”, destaca Oliveira.

    A programação técnica terá como temas prioritários a agricultura de baixo carbono, a nova legislação da União Europeia contra o desmatamento, bioinsumos, agricultura digital e o impacto da qualidade do grão de soja como matéria prima para indústria. Os debates serão conduzidos por renomados especialistas, permitindo a troca de conhecimentos e experiências entre os agentes da cadeia da soja.

    Daniel Amaral, diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), ressalta a importância do evento para discutir assuntos substanciais para o setor. “Nossas projeções apontam para recordes de produção e esmagamento da soja em grão e dos coprodutos, farelo e óleo, assim como das exportações. Este quadro traz uma série de desafios e oportunidades, do plantio ao embarque. E é justamente isso que vamos abordar no Seminário ao tratar temas essenciais para a qualidade e a competitividade da cadeia produtiva da soja no Brasil”, comenta Daniel Amaral.

    Promovido pela Embrapa Soja, em parceria com a ABIOVE, a ACEBRA (Associação das Empresas Cerealistas do Brasil), a ANEC (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), a ASCB (Associação das Supervisoras e Controladoras do Brasil), a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e o Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal).

    Soja

    De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a soja é atualmente a cultura com a maior área cultivada (44 milhões de ha) e produção (154 milhões de t) no Brasil, o que torna o País o maior produtor e exportador mundial do grão. Conforme projeções da ABIOVE, a produção pode chegar a mais de 156 milhões de toneladas na safra 23/24.  Ainda segundo a ABIOVE, a expectativa de geração de receita com as exportações pela cadeia produtiva da soja, em 2023, pode superar a marca de US$ 67 bilhões.