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  • Crianças aprendem sobre saúde mental e disciplina em instrução do projeto Bombeiros do Futuro em Lucas do Rio Verde

    Crianças aprendem sobre saúde mental e disciplina em instrução do projeto Bombeiros do Futuro em Lucas do Rio Verde

    Na tarde de quarta-feira (16), a 13ª Companhia Independente de Bombeiros Militar (CIBM) de Lucas do Rio Verde realizou mais uma etapa da 14ª edição do projeto social Bombeiros do Futuro. A 3ª instrução ocorreu nas dependências do quartel e contou com a participação de aproximadamente 60 crianças, com idades entre 8 e 12 anos.

    Durante a atividade, o grupo HELP conduziu uma palestra sobre saúde mental, com o objetivo de sensibilizar os pequenos sobre a importância de cultivar uma mente positiva e aprender a identificar e combater pensamentos negativos. A dinâmica envolveu reflexões e exercícios práticos, mostrando que uma mente “blindada” pode levar à superação de desafios e realização de sonhos. As crianças foram incentivadas a se reconhecerem como protagonistas de suas próprias histórias.

    Após a palestra, os participantes também receberam instrução prática de ordem unida, hinos e canções, reforçando valores como disciplina, respeito à hierarquia e espírito de coletividade.

    O projeto Bombeiros do Futuro é uma iniciativa do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso que visa aproximar a corporação da comunidade, promovendo cidadania, disciplina e educação preventiva desde a infância. A atividade reafirma o compromisso da instituição com a formação de cidadãos conscientes e preparados para enfrentar situações adversas da vida.

  • Secretaria de Saúde promove palestras e ações em alusão ao “Janeiro Branco”

    Secretaria de Saúde promove palestras e ações em alusão ao “Janeiro Branco”

    Janeiro é o mês voltado a conscientização e promoção da saúde mental e emocional. Em Lucas do Rio Verde, serão realizadas várias palestras e oficinas.

    A campanha “Janeiro Branco” faz parte de um movimento nacional que tem como objetivo acolher, dialogar e agir em prol do bem-estar emocional das pessoas.

    A supervisora da Atenção Primária à Saúde, enfermeira Gabrielle Vidal, ressaltou que a proposta é sensibilizar a população sobre a importância de cuidar da mente, do corpo e incentivar a busca por apoio e tratamento, quando necessário.

    As palestras serão realizadas no auditório do Espaço Saúde, nos dias 13, 14, 15, 16 e 20 de janeiro e em horário diferenciado, das 17h30 às 19h30.

    O público-alvo são as pessoas do sexo masculino, atuantes em profissões de risco para o desenvolvimento do estresse ocupacional, sendo aberta também a toda a população.

    “Será um momento de orientação e conversa, sobre a importância do autocuidado, sinais de alerta, inteligência emocional e onde buscar ajuda, na rede municipal”, destacou a enfermeira.

    Outra iniciativa, é a realização de mutirão de atendimento psicológico nos dias 18 e 25 de janeiro, para os pacientes encaminhados pelas unidades básicas de saúde.

    Nos próximos dias, a Secretaria Municipal de Saúde entrará em contato, para realizar o agendamento dos pacientes que já aguardam o atendimento.

    As ações referentes ao “Janeiro Branco” foram organizadas pela Equipe Multiprofissional (E-multi), sob a coordenação da dentista Laylla Haas.

  • Setembro Amarelo: Sesi MT oferece palestras e serviços com foco na saúde do trabalhador

    Setembro Amarelo: Sesi MT oferece palestras e serviços com foco na saúde do trabalhador

    Durante o mês de setembro, em alusão ao Setembro Amarelo, o Serviço Social da Indústria (Sesi MT) promove uma série de palestras e orientações psicossociais focadas na prevenção e no cuidado integral dos trabalhadores. Embora o foco tradicional do mês seja a prevenção ao suicídio, a instituição reforça a necessidade de manter a discussão sobre saúde mental de forma contínua no ambiente de trabalho.

    A programação inclui atividades em datas especiais, como o Dia do Profissional de Educação Física, o Dia Nacional do Trânsito e o Dia Mundial do Coração, com foco na promoção de hábitos saudáveis e na conscientização sobre temas essenciais para a saúde física e mental.

    O médico do trabalho do Sesi MT, Ediney Espínola, ressalta que as pessoas passam grande parte de suas vidas no trabalho, e é essencial que esse ambiente desempenhe um papel positivo em sua saúde.

    “Os brasileiros trabalham, em média, 1.737 horas por ano, o que equivale a 20% do tempo total de vida. Com a implementação de estratégias de qualidade de vida, o trabalho pode – e deve – ser um fator crucial na promoção de atividades que beneficiam a vida dos trabalhadores. Ao fazer isso, as empresas dão um passo importante na manutenção da saúde mental, na prevenção de mortes autoprovocadas e na valorização da vida.”

    Espínola reforça que, assim como a campanha, os cuidados com a saúde mental dos trabalhadores devem ser contínuos, promovendo uma mudança na cultura empresarial. Para apoiar as empresas, o Sesi MT oferece uma série de recursos e orientações, incentivando um ambiente de trabalho mais saudável e acolhedor.

    Confira a programação:

    Dia do Profissional de Educação Física

    Palestra: Álcool, Tabaco, Outras Drogas e Seus Malefícios à Saúde do Trabalhador – Duração: 1 hora

    Nesta palestra, especialistas abordam os riscos e os impactos do consumo de álcool, tabaco e outras drogas na saúde do trabalhador, enfatizando a importância da prevenção e da busca por hábitos de vida mais saudáveis. Além disso, serão oferecidas orientações psicossociais individuais e em grupo, proporcionando um espaço para o cuidado com a saúde mental e emocional dos participantes.

    Dia Nacional do Trânsito

    Palestra: Direção Defensiva – Duração: 1 hora

    Com a crescente preocupação com os índices de acidentes de trânsito, o Sesi MT realiza esta palestra para alertar e conscientizar os trabalhadores sobre a importância da direção defensiva. A abordagem inclui dicas práticas e informações essenciais para reduzir riscos e promover a segurança no trânsito, tanto no trajeto para o trabalho quanto nas atividades diárias.

    Dia Mundial do Coração

    Palestra: Saúde do Coração – Duração: 1 hora

    A saúde cardiovascular é tema central desta palestra, que visa educar os participantes sobre os cuidados necessários para manter o coração saudável. Serão discutidos os fatores de risco, como sedentarismo e alimentação inadequada, além de estratégias para adotar um estilo de vida mais ativo e saudável.

    Palestra: Hipertensão Arterial e Sistêmica – Duração: 1 hora

    A hipertensão arterial é uma das principais causas de doenças cardíacas. Nesta palestra, os especialistas do Sesi MT irão esclarecer o que é a hipertensão, como ela afeta o corpo e quais são as melhores práticas para seu controle e prevenção.

    Além das palestras, o Sesi MT oferecerá orientações psicossociais individuais e em grupo ao longo de todo o mês de setembro. “Esses serviços têm como objetivo apoiar os trabalhadores em questões relacionadas à saúde mental, oferecendo escuta qualificada e estratégias para lidar com os desafios cotidianos”, reforça o médico do trabalho.

    De acordo com Espínola, a iniciativa do Sesi MT visa informar e oferecer suporte efetivo para que os trabalhadores possam adotar práticas mais saudáveis, tanto no ambiente de trabalho quanto na vida pessoal, reforçando a importância do cuidado com a saúde física e mental.

    As indústrias interessadas em ofertar as palestras e serviços a seus colaboradores podem entrar em contato com o Sesi MT para mais informações sobre horários e locais de atendimento

  • 82% dos inadimplentes sofreram impacto na saúde física ou mental pelas dívidas em atraso, revela pesquisa CNDL/SPC Brasil

    82% dos inadimplentes sofreram impacto na saúde física ou mental pelas dívidas em atraso, revela pesquisa CNDL/SPC Brasil

    A inadimplência é um problema que traz impactos financeiros, mas também para a saúde física e mental das pessoas. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, realizada com brasileiros com contas em atraso há pelo menos três meses, 82% dos entrevistados admitem que sofreram algum tipo de efeito seja na saúde física ou mental, após atrasar o pagamento das contas.

    Entre as principais consequências, 66% relataram alterações no sono, 60% menos vontade de sair e socializar com outras pessoas e 51% alterações no apetite. Além disso, um percentual relevante admite que desconta a ansiedade no vício como cigarro, comida ou álcool (37%) e nas compras impulsivas (26%).

    A pesquisa mostra ainda que 97% dos entrevistados sofreram efeitos negativos com a inadimplência, sendo que 84% ficaram preocupados, 74% sentiram-se ansiosos, 65% estressados ou irritados, 64% angustiados e 64% envergonhados. Em praticamente todos as emoções investigadas, as mulheres têm destaque.

    “A inadimplência traz impactos tanto no âmbito financeiro, mas também na saúde emocional e física das pessoas. É importante que o consumidor que esteja nesta situação procure ajuda de amigos e familiares. Negociar dívidas e encontrar soluções demanda equilíbrio”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    Nove em cada dez entrevistados (88%) tiveram o padrão de vida afetado pelas dívidas

    De acordo com o levantamento, 88% dos inadimplentes relataram terem sofrido o impacto das dívidas no padrão de vida. Apenas 10% afirmam que o padrão de vida não foi alterado.

    Por causa das dívidas em atraso, 38% têm evitado comprar roupas e calçados, 37% começaram a anotar todos os ganhos e gastos, 36% evitam sair com pessoas que gostam de gastar e incentivá-las a fazer compras e 34% evitam fazer compras a prazo.

    A maioria dos consumidores endividados (70%) afirmaram que tentaram tomar algum tipo de crédito no último ano, sendo que 53% pretendiam pagar dívidas e 23% comprar algo. Por outro lado, 30% não tentaram, principalmente as classes C/D/E.

    Entre os que tentaram pegar crédito, 75% conseguiram, sendo as modalidades mais utilizadas o empréstimo (39%), cartão de crédito que já possuíam (21%) e limite do cheque especial (15%). Mas 24% não obtiveram liberação.
    66% dizem ter um nível de preocupação alto ou muito alto frente às dívidas

    Da mesma maneira que as emoções podem impulsionar a gastos excessivos e/ou impensados, a inadimplência também gera impactos emocionais negativos nos consumidores.

    Seis em cada dez inadimplentes (66%) dizem ter um nível de preocupação alto ou muito alto frente às dívidas em atraso há mais de 3 meses, enquanto 19% têm um nível médio e 12% estão pouco ou muito pouco preocupados.

    Questionados sobre o maior temor frente as dívidas, 34% receiam não conseguir pagar as contas em atraso, 10% serem considerados desonestos pelas pessoas e 9% ter que baixar o padrão de vida para pagar dívidas.

    “Muitas pessoas em situação de endividamento buscam no momento de desespero alternativas que podem piorar ainda mais a situação financeira. O grande número de ofertas de jogos de aposta online e de empréstimos que prometem dinheiro rápido podem fazer com que o consumidor entre em um círculo vicioso de dívidas, tornando a situação ainda pior do que já estava”, explica a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges.

    Mais da metade dos inadimplentes relataram ter sofrido queda de produtividade no trabalho

    As dívidas em atraso também podem ter impacto na dimensão profissional e social dos inadimplentes. Mais da metade dos entrevistados (56%) afirmaram que as dívidas afetaram as relações sociais, sendo que 48% afirmam ter ficado mais irritados e intolerantes com as pessoas próximas e 39% têm sido mais descuidadas com o bem-estar da família.

    Em relação ao trabalho. 57% dos endividados relataram ocorrências no âmbito profissional após a inadimplência, sendo que 43% têm ficado mais desatentos ou improdutivos, 37% têm produzido menos e 35% perdem a paciência com os colegas.

  • Município entrega reforma e revitalização do CAPS Infantojuvenil de Lucas do Rio Verde

    Município entrega reforma e revitalização do CAPS Infantojuvenil de Lucas do Rio Verde

    Na manhã desta sexta-feira (28), foi realizada a cerimônia de entrega da reforma e revitalização do Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) Infantojuvenil, um marco importante para a saúde mental de crianças e jovens de Lucas do Rio Verde. A solenidade contou com a presença de autoridades locais. Foram investidos cerca de R$ 100 mil nas adequações do espaço.

    A coordenadora da unidade, Ana Paula Enzweler, destacou como será o atendimento no CAPS reformado. “O CAPS é um serviço de porta aberta para toda a população. Atenderemos crianças a partir de dois, três anos até jovens de 17 anos e onze meses. O diferencial é que não precisa de agendamento, então qualquer pessoa que precise de acompanhamento ou que perceba sintomas graves pode comparecer diretamente à unidade para acolhimento”, explicou Ana Paula. Ela enfatizou a demanda crescente pelo serviço especializado e a estrutura multiprofissional disponível, incluindo fisioterapeuta, assistente social, técnicos de enfermagem, psicólogos, fonoaudiólogo, e professores de teatro, dança e artesanato.

    O prefeito Miguel Vaz ressaltou a sensibilidade da administração pública em oferecer um atendimento especializado para jovens. “Até então, crianças e adultos eram atendidos no mesmo espaço. Agora, com essa unidade, o atendimento é exclusivo para infantojuvenil, o que é crucial para a saúde psicossocial das nossas crianças e jovens. Esse avanço significativo na saúde mental do município demonstra nosso compromisso com a população”, afirmou Vaz.

    A secretária de saúde, Fernanda Heldt Ventura, fez uma análise dos investimentos feitos na rede de atenção psicossocial desde o início da gestão em 2021. “Fortalecer a RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) foi um ponto crucial do nosso plano de governo. Trabalhamos incansavelmente para conseguir uma sede própria para o CAPS adulto e agora estamos inaugurando o CAPS infantojuvenil. Contratamos diversos profissionais e, embora ainda haja muito a melhorar, esse é um grande passo para ampliar e melhorar o acesso aos serviços de saúde mental”, disse Ventura. Ela ressaltou que todos os CAPS funcionam com portas abertas, permitindo que qualquer cidadão em situação de necessidade possa ser acolhido e direcionado para o tratamento adequado.

    O CAPS Infantojuvenil está localizado no cruzamento das ruas Mato Grosso do Sul e Corbélia, bairro Alvorada.

  • Lei instituída no município sobre o Maio Furta-Cor resulta em ações para a promoção da saúde mental materna

    Lei instituída no município sobre o Maio Furta-Cor resulta em ações para a promoção da saúde mental materna

    Maio é o mês que se comemora o dia das mães e um momento oportuno para discutir causas maternas como a campanha do Maio Furta-Cor. Em Lucas do Rio Verde a Lei Nº 3.560 foi instituída, entrou em vigor no dia 16 de agosto de 2023 e é dedicado às ações de conscientização, incentivo ao cuidado e promoção da saúde mental materna.

    Para reforçar esse assunto tão importante, a psicóloga Iara Santos usou a Tribuna da Câmara de Vereadores na última segunda-feira (06), durante a Sessão Ordinária e frisou que atualmente no Brasil, a cada cinco mães, uma tem depressão e outros transtornos após a maternidade.

    Iara reforçou que a sociedade precisa saber que as mães estão sobrecarregadas, adoecidas e precisam de acolhimento, pois muitas vezes nem elas entendem o porquê ficam deprimidas após a maternidade. O objetivo é trazer luz a essas mulheres que estão adoecidas dentro das suas casas e precisam de socorro.

    No município os trabalhos acontecem durante todo o ano com os grupos de gestantes nas Unidades Básicas de Saúde sendo voltados para o cuidado da saúde materna, com foco no esclarecimento de dúvidas, orientações sobre as modificações fisiológicas da gravidez, do parto e dos cuidados com o recém-nascido, além de auxiliar na promoção da compreensão da gestante e sua família.

    O Furta-cor é uma cor cuja tonalidade se altera de acordo com a luz que recebe não tendo uma cor absoluta e no espectro da maternidade não é diferente, nele cabem todas as cores.

    O Projeto de Lei que virou a Lei Nº 3.560 em Lucas do Rio Verde foi proposto ano passado pela vereadora e presidente da Casa de Leis, Sandra Barzotto.

  • Estudo relaciona condições de trabalho e adoecimento mental

    Estudo relaciona condições de trabalho e adoecimento mental

    Enfermeiros – assim como outros profissionais de saúde, ou mesmo de outras áreas – que atuaram na linha de frente durante a pandemia de Covid-19, precisaram encarar a doença em pelo menos dois níveis, o pessoal e o profissional. Preocupados com os efeitos desse esforço em sua saúde mental, pesquisadores de diversas instituições investigaram a relação entre sintomas de sofrimento mental com o perfil social, de saúde e laboral destes dos profissionais da região amazônica, durante a pandemia de covid-19.

    Eles observaram uma relação significativa entre a carga horária de trabalho, os constrangimentos sofridos no período e a existência de doenças pré-existentes com certos sintomas psicopatológicos. A pesquisa foi conduzida a partir da aplicação de questionários com um total de 261 enfermeiros da região Amazônica do Brasil.

    Além do perfil socioeconômico, um questionário de auto-relato sobre sintomas psicopatológicos foi utilizado, visando responder sobre quatro condições: ansiedade, somatização, psicoticismo e obsessividade/compulsividade. “Em nossas conclusões, observamos uma associação significativa entre a carga horária de trabalho e sintomas de ansiedade; o sofrimento de constrangimentos e/ou violências durante o trabalho com sintomas de somatização; e a existências de doenças prévias com sintomas de psicoticismo.”, explica um dos pesquisadores envolvidos, o professor Darci Francisco dos Santos Juntos, da Universidade Federal de Mato Grosso.

    Tensão do período potencializou problemas

    Ansiedade, como muitos já sabem, é um sentimento normal, ligado à preocupação, nervosismo e o medo, mas que pode se tornar um distúrbio quando em níveis muito elevados. A somatização, por sua vez, refere-se aos sintomas físicos que se manifestam relacionados a algum tipo de sofrimento mental, incluindo dores no corpo, alergias, entre outros. E o psicoticismo, por fim, são sintomas de hostilidade e idéias paranóides.

    “Na questão da ansiedade, observamos que maiores jornadas de trabalho, com períodos prolongados de contato com os pacientes durante a pandemia, promovia maior exposição do profissional e aumento do risco e da preocupação com se infectar, o que poderia desencadear a ansiedade e o medo”.

    Quanto à somatização e os constrangimentos sofridos, o pesquisador lembra que foi um período de muita tensão, com agressão verbal, física e psicológica, tanto por parte da sociedade que tentava negar a pandemia, quanto pelos pacientes.

    “Neste caso, havia uma pressão por um atendimento mais rápido, mas a precariedade em que muitos trabalhavam impedia isso, fazendo com que, por vezes, os usuários agissem de forma violenta com a equipe de enfermagem. A violência gera revolta e sofrimento, sentimento de culpa, preocupação, tensão, estresse, desespero, raiva, medo, tristeza, frustração e desinteresse em atuar na área . Esses sentimentos podem, em longo prazo, gerar repercussões negativas para a saúde dos profissionais”.

    Já sobre a relação entre doenças pré-existentes e o psicoticismo, o pesquisador lembra que outros estudos também apontam para prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão, etc.) em profissionais da enfermagem. “Isso, somado ao cansaço e ao estresse ocupacional, promovem a falta de tempo do enfermeiro para atividades de autocuidado, o que propicia a ocorrência de adoecimento, como a síndrome de Burnout, e o aparecimento de sintomas psicopatológicos”.

    A fim de combater essas situações, o professor Darci destacou ainda a importância do acolhimento psicológico e de melhores condições de trabalho.

    “Eu gostaria de enfatizar que não é porque cuidamos das pessoas que estamos imunes ao sofrimento. Somos humanos, assim como você que está em casa lendo essa matéria. Somos uma profissão que trabalha muito, mas que apresenta grande desvalorização profissional”, concluiu.

    A pesquisa foi publicada em dezembro de 2023, na Revista Brasileira de Enfermagem, com a participação de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Federal do Amapá, Universidade de São Paulo e Universidade Federal de São Carlos.

  • Servidor público consegue, na justiça, transferência de cidade para auxiliar tratamento da mãe

    Servidor público consegue, na justiça, transferência de cidade para auxiliar tratamento da mãe

    O juiz de Direito Gonçalo Antunes de Barros Neto proferiu uma liminar favorável a um servidor público que solicitou transferência para a cidade de residência de sua mãe, visando prestar apoio diante da situação delicada de sua saúde mental. O servidor, que atuava como técnico administrativo educacional em Cuiabá, teve seu pedido administrativo de transferência para Lucas do Rio Verde negado pelo governo do Estado.

    A mãe do servidor enfrenta transtorno de personalidade, depressão e ansiedade, condições que levaram o servidor a buscar uma solução para estar mais próximo e prestar assistência à sua família. Diante da recusa administrativa, ele recorreu à via judicial, alegando a necessidade premente de estar junto à genitora em um momento tão sensível.

    Ao analisar o caso, o juiz ponderou sobre as possíveis melhorias na condição da genitora caso o servidor pudesse se estabelecer mais próximo a ela. Em sua decisão, destacou a importância de proteger a unidade familiar, ressaltando que o Estado tem o dever de agir em prol do bem-estar em situações que envolvem doenças graves.

    O magistrado enfatizou que, mesmo havendo princípios administrativos, como a supremacia do interesse público, no presente caso, a proteção à unidade familiar deve prevalecer. A decisão reconhece a sensibilidade da situação e o papel do Estado em oferecer suporte em momentos delicados.

    Como resultado, o juiz determinou que o Estado efetue a transferência do servidor público para Lucas do Rio Verde, permitindo que ele continue seu tratamento e preste assistência aos familiares durante esse período desafiador. A decisão reforça a importância de se considerar não apenas aspectos administrativos, mas também o impacto humano e social das decisões em casos envolvendo questões sensíveis como a saúde mental e o apoio à família.

  • Projeto que institui programa de inteligência emocional nas escolas de Lucas é sancionado

    Projeto que institui programa de inteligência emocional nas escolas de Lucas é sancionado

    O prefeito Miguel Vaz sancionou sem vetos o Projeto de Lei nº 039, apresentado pelo vereador Wagner Godoy (União), que institui um programa voltado à inteligência emocional nas escolas de Lucas do Rio Verde. Com foco na saúde mental, o objetivo é prevenir, acolher e atender profissionais e estudantes matriculados na rede municipal de ensino.

    A nova lei estabelece oito objetivos para o programa, como, por exemplo, o acolhimento dos profissionais e alunos “em suas fragilidades emocionais, seus sentimentos de insegurança, ansiedade e medos impactos pelas demandas apresentadas”. Também define o aprimoramento de ações de enfrentamento a fobias, bullying e outros tipos de violência que interferem no processo de aprendizagem dos alunos e desempenho dos profissionais.

    O programa, conforme a proposta apresentada por Wagner, visa ainda alcançar uma série de objetivos, que abrangem desde o estímulo a práticas de cuidado com a saúde mental até a promoção do autoconhecimento e autocuidado. Além disso, implementa medidas preventivas para mitigar conflitos, reduzindo os níveis de ansiedade, estresse e medo, bem como incidências de violência e taxas de evasão escolar. Outro pilar é o cultivo da empatia, compaixão e solidariedade, aliado ao desenvolvimento de habilidades para gerir emoções e reações de forma saudável.

    A partir de agora, as unidades educacionais poderão buscar parcerias com instituições acadêmicas, entidades especializadas, Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e outros órgãos para o desenvolvimento das ações. Também ficou definido que a lei ainda será regulamentada pelo Poder Executivo municipal.

    O vereador, ao justificar o projeto, ressaltou que o programa “é pertinente ao momento, tendo em vista que a sociedade atravessa um período de fragilidade emocional pós-pandemia e após ataques a algumas unidades escolares, e a escola é o maior centro de convivência e troca de experiências de crianças e jovens”.

    O projeto foi apresentado e aprovado em outubro, por unanimidade, pelos vereadores de Lucas do Rio Verde. Com a sanção, a proposta se tornou a Lei nº 3.608, de 7 de dezembro de 2023.

  • Vereador ressalta importância de projeto sobre saúde mental nas escolas, situação agravada após a pandemia

    Vereador ressalta importância de projeto sobre saúde mental nas escolas, situação agravada após a pandemia

    A Câmara aprovou por unanimidade durante a sessão ordinária desta segunda-feira (13) projeto que autoriza a prefeitura a lançar Programa de Inteligência EmocionalUm olhar à saúde mental“. O autor da proposta é o vereador Wagner Godoy, médico por formação e que atua na rede pública de Lucas do Rio Verde.

    Durante a elaboração do projeto, o vereador observa que a escola é um espaço público em que, desde cedo, as relações sociais se desenvolvem e o exercício da cidadania se efetiva. Por conta disso, o ambiente reflete muitos dos conflitos e tensões existentes na sociedade. Por outro lado, a sociedade deve relacionar a escola como um espaço de rede de proteção, prevenção, acolhimento e atendimento à saúde mental, identificando e sinalizando possíveis fragilidades.

    “É um programa voltado tanto para alunos, quanto para os professores. A gente sabe que a educação está precisando de socorro, precisando de um olhar diferenciado dentro da saúde mental. Nossos alunos precisam de mais empatia, disciplina, entender essa questão emocional, entender o que é raiva, alegria, tristeza, tentar trabalhar com isso, trabalhar a resiliência. Precisamos fomentar isso nas escolas”, destacou o vereador.

    Godoy lembra que em 2019 criou projeto que aprovado e transformado em lei, que detalhava características extracurriculares de inteligência emocional e meditação. “Mas ainda não foi colocado em prática”, lamentou. “A gente está tentando ampliar esse projeto de inteligência emocional nas escolas porque se faz necessário, principalmente pós pandemia. A gente vê muita procura da juventude, dos pré-adolescentes ao serviço de saúde mental. Temos que atuar de forma preventiva em relação a isso nos nossos alunos”, declarou.

    Ainda conforme o vereador, alunos com boa saúde mental apresentam uma boa integração com a sua comunidade, fazem bom uso da escola como local de aprendizagem e socialização. Outras características positivas são a de que têm amigos com quem compartilhar as conquistas e os desafios e um bom relacionamento com familiares, além de condições de aproveitar atividades de lazer. Estes alunos têm capacidade de resiliência frente às adversidades, perdas e frustrações.

    Wagner Godoy lembrou ainda que o projeto é pertinente ao momento, tendo em vista que a sociedade atravessa um período de fragilidade emocional pós pandemia e após ataques a algumas unidades escolares, e a escola é o maior centro de convivência e troca de experiências de crianças e jovens.

    O projeto foi aprovado por unanimidade durante sessão ordinária desta segunda-feira e segue para análise do Executivo Municipal.