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  • Dengue: prefeitura de Belo Horizonte decreta situação de emergência

    Dengue: prefeitura de Belo Horizonte decreta situação de emergência

    O cenário epidemiológico e assistencial levou a Prefeitura de Belo Horizonte a decretar situação de emergência em saúde pública. A medida é resultado da epidemia de dengue e outras arboviroses na capital mineira. As ações de combate às doenças se estendem a todas as áreas da cidade por um período de seis meses, que pode ser prorrogado se for necessário.

    O texto do decreto do prefeito Fuad Noman foi publicado neste sábado (17), no Diário Oficial do Município. A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) terá que instituir diretrizes gerais para a execução das medidas de enfrentamento à situação de emergência em saúde pública, “podendo, no âmbito de sua competência, editar normas complementares para a fiel execução do disposto neste decreto”.

    Uma das medidas definidas no decreto autoriza a entrada forçada em imóveis públicos ou particulares vagos, não habitados ou abandonados. Essa ação poderá ser feita sem a necessidade prévia de autorização dos proprietários. “Seguindo um fluxo de atuação já estabelecido, a entrada forçada será realizada após três tentativas de vistoria em dias e horários distintos. Não sendo possível a visita, um relatório com a situação de risco para arboviroses será encaminhado aos órgãos responsáveis pela fiscalização para tomar as medidas cabíveis”, informou a prefeitura.

    A abertura forçada também está autorizada em imóveis onde os ocupantes se recusem a dar acesso aos Agentes de Combate a Endemias (ACE). Caberá à Defesa Civil dar apoio na intensificação de ações de mobilização, com visitas noturnas nas residências para agendar as vistorias que não puderem ser realizadas pelos ACE ou Agentes Sanitários (AS) durante o horário comercial.

    A ampliação da carga horária dos contratos dos profissionais foi autorizada para permitir o enfrentamento da situação de emergência. Isso será feito por meio de atos simplificados de aditivos. A medida, no entanto, depende de concordância do trabalhador, além da dispensa do intervalo de 30 dias para as possíveis renovações. O decreto também dispensa licitações para aquisições de bens e serviços.

    Atendimentos

    De acordo com a prefeitura da capital mineira, a circulação simultânea de três sorotipos do vírus da dengue (DEN I, DEN II e DEN III) e da chikungunya, além do aumento considerável de casos e a situação de epidemia na cidade, “tornaram imprescindíveis a necessidade de declarar a situação de emergência”. Os dados mais recentes indicam que Belo Horizonte registrou 3.718 casos positivos de dengue e 259 de chikungunya.

    O esquema montado pela prefeitura para receber a população inclui três Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs), nas regionais Barreiro, Centro-Sul e Venda Nova, que funcionam diariamente das 7h às 22h. Além disso, os atendimentos podem ser feitos nas Unidades de Reposição Volêmica (URVs) das regionais Centro-Sul e Venda Nova.

    Esses locais, que ficam abertos todos os dias, durante as 24 horas, recebem exclusivamente os usuários encaminhados pelos centros de saúde e CAAs e que precisam de hidratação venosa e assistência contínua. A população pode ser atendida ainda em uma outra URV no Hospital Júlia Kubitschek, no Barreiro, que foi aberta em parceria com a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) e atende os usuários 24h por dia.

    A prefeitura afirmou ainda que para ampliar os atendimentos, centros de saúde abrem durante os fins de semana, para prestar assistência tanto no sábado, como no domingo. Como orientação adicional, os pacientes devem se dirigir às unidades de saúde no caso de aparecimento de sintomas como febre, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Mais informações, no site da prefeitura.

    A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBCA melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBCArte/EBC

    Edição: Juliana Cézar Nunes

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  • Projeto cria programa de atenção à pessoas com fibromialgia em MT

    Projeto cria programa de atenção à pessoas com fibromialgia em MT

    O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) é o autor do Projeto de Lei nº1205/2019, que autoriza a criação em Mato Grosso do Programa Regional de Atenção para Pessoas com Fibromialgia (PRAPF).

    A fibromialgia é uma doença silenciosa e não detectável em exames laboratoriais, e muitas vezes é encarada como um transtorno apenas psicológico, mesmo quando as dores constantes geram até depressão no doente.

    As causas da fibromialgia ainda não estão claras, mas por definição, é um distúrbio de dor e sensibilidades crônicas e generalizadas. Ela é tipicamente presente em mulheres jovens ou de meia-idade (cerca de 80% dos casos), mas pode afetar qualquer pessoa.

    O projeto de lei se dispõe a oferecer serviços para o diagnóstico e tratamento da fibromialgia, ampliar o acesso das pessoas ao SUS (Sistema Único de Saúde). E ainda desenvolver campanhas e publicidades com a finalidade de disseminar o programa e ampliar o acesso ao tratamento das pessoas com fibromialgia, capacitar às equipes de saúde, os familiares e toda a rede de convivência da pessoa com fibromialgia, através de atividades de educação permanente.

    Protocolado no dia 13 de novembro, o projeto de lei ainda será apreciado pelas comissões do Legislativo, antes de ser encaminhado para votação.