Tag: SAÚDE PÚBLICA

  • Hospital Regional de Sinop enfrenta abandono de serviço de pediatria em menos de 30 dias

    Hospital Regional de Sinop enfrenta abandono de serviço de pediatria em menos de 30 dias

    A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) expressou repúdio à atitude da empresa contratada que abandonou a ala pediátrica do Hospital Regional de Sinop, menos de 30 dias após assumir os serviços em 15 de novembro de 2024. A notificação do abandono foi feita para ocorrer no dia 03 de dezembro, desrespeitando o prazo contratual de 60 dias de aviso prévio.

    Em resposta, a SES-MT contranotificou a prestadora, considerando a ação como abandono de função. A pasta também enfatizou a necessidade da manutenção do serviço para a região de saúde e anunciou que adotará medidas legais, incluindo multa, impedimento de novos contratos com o serviço público e denúncias ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina.

    Nesta segunda-feira (02.12), a SES determinou que a empresa continue prestando assistência até a alta do último paciente internado. Além disso, a secretaria avalia formas alternativas de contratação para garantir o atendimento à população.

  • Lacen destaca-se em análises laboratoriais e sequenciamento genético no Mato Grosso

    Lacen destaca-se em análises laboratoriais e sequenciamento genético no Mato Grosso

    O Laboratório Central do Estado de Mato Grosso (Lacen-MT), administrado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), é referência em análises laboratoriais e no sequenciamento genético.

    A unidade realiza diagnósticos de doenças notificadas compulsoriamente, como dengue, hepatites, febre amarela, leptospirose, hantavírus, leishmaniose e HIV.

    Com 49 anos de atuação, o Lacen atende serviços de saúde de média e alta complexidade no estado, incluindo vigilância em saúde e hospitais. A estrutura inclui 144 profissionais, como biólogos, biomédicos, farmacêuticos e técnicos, capacitados para atender todos os municípios de Mato Grosso.

    Modernização e expansão em Mato Grosso

    A SES inaugurou, em março, uma sede provisória em Cuiabá, enquanto a nova estrutura definitiva, com investimento de R$ 11,8 milhões, está em fase final de construção. Com 2.500 m², a unidade contará com tecnologia avançada para atender às demandas de saúde pública.

    Nos últimos seis anos, o Lacen recebeu R$ 56,5 milhões em investimentos, resultando na modernização de equipamentos e ampliação da capacidade diagnóstica. Em 2023, o laboratório entrou em uma nova fase, diversificando serviços e implementando painéis diagnósticos abrangentes.

    Avanços em diagnósticos

    Entre as inovações, destacam-se a ampliação de testes para doenças respiratórias e tropicais, além de infecções sexualmente transmissíveis. Um painel diagnóstico foi implementado para 18 patógenos respiratórios, como influenza e coronavírus.

    Para marcar seu 49º aniversário, o Lacen promoveu uma semana de atividades especiais para os profissionais, incluindo palestras e terapias integrativas.

    A diretora Elaine Cristina de Oliveira destacou a importância dos servidores no sucesso da unidade: “Celebramos cada servidor que faz deste laboratório um pilar essencial da saúde pública de Mato Grosso”.

  • Mato Grosso enfrenta surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave com aumento de 353,8% em 2024

    Mato Grosso enfrenta surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave com aumento de 353,8% em 2024

    Mato Grosso enfrenta uma grave crise de saúde pública devido ao aumento exponencial de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os números oficiais da Secretaria Estadual de Saúde (SES) são alarmantes: em 2024, foram registrados 8.152 casos, um aumento de 353,8% em comparação com os 1.796 casos notificados em 2023.

    A principal causa desse surto está relacionada à circulação de diversos vírus respiratórios, como o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza e covid-19. Além disso, um grande número de casos (7.843) ainda não tem o vírus causador identificado, o que dificulta o controle da epidemia.

    Entre os casos de SRAG com diagnóstico confirmado, a influenza A se destaca, com 249 notificações. A covid-19, embora tenha um banco de dados específico, continua a ser um dos principais agentes causadores de doenças respiratórias graves no estado.

    O aumento dos casos de SRAG tem colocado em risco, principalmente, a população idosa. Arlindo Carlos da Costa, de 81 anos, morador de Nobres, é um exemplo disso. Ele contraiu covid-19 em 2020 e, desde então, enfrenta sequelas da doença, como problemas renais.

    “Tinha com frequência infecção urinária de repetição, além de pedra nos rins, e com a covid-19 o órgão foi acometido com quadro de insuficiência renal”, relata Arlindo.

    Segundo o pneumologista Clóvis Botelho, a dificuldade em identificar o tipo de vírus respiratório em muitos casos dificulta o tratamento.

    “É importante que a população se atente aos vírus respiratórios que evoluem com celeridade para casos graves. A imunização é o principal fator de prevenção do agravamento da síndrome respiratória, então é primordial manter o calendário vacinal em dia”, alerta o médico.

    A baixa cobertura vacinal em diversos estados brasileiros é apontada como um dos fatores que contribuem para o aumento dos casos de SRAG. Especialistas recomendam que a população procure se vacinar contra a gripe e outras doenças respiratórias, especialmente os idosos, crianças e pessoas com comorbidades.

    O aumento expressivo de casos de SRAG tem sobrecarregado o sistema de saúde de Mato Grosso. Hospitais e unidades de saúde estão operando no limite, com leitos de UTI ocupados e profissionais de saúde trabalhando exaustivamente.

  • Hospital de Barra do Garças: 80% da reforma e ampliação da unidade já foram concluídas

    Hospital de Barra do Garças: 80% da reforma e ampliação da unidade já foram concluídas

    A reforma e ampliação do Hospital Municipal Milton Pessoa Morbeck, em Barra do Garças segue avançando a passos largos, com cerca de 80% das obras já concluídas. Mesmo em andamento, as mudanças estruturais realizadas já impactam positivamente no atendimento à população e nas condições de trabalho dos profissionais que atuam na unidade.

    Iniciada em julho do ano passado, a unidade está sendo beneficiada com um investimento de cerca de R$ 5,9 milhões, com melhorias que incluem um novo telhado isotérmico e semi-acústico, ampliação de salas, novas instalações hidráulicas e elétricas, além de substituição de portas, janelas, pisos e pintura em setores como o administrativo, laboratórios, raio-X e banco de sangue.

    Atualmente, as equipes trabalham no setor da maternidade e no centro cirúrgico. As obras também contemplam a construção de um posto policial, áreas para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e o Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME), que já está em fase de acabamentos.

    A obra está prevista para ser entregue em dezembro deste ano, e nas próximas semanas, os trabalhos se concentrarão na ala da pediatria e da UTI. Vale lembrar que o Hospital Municipal de Barra do Garças opera 24 horas por dia, com atendimentos de alta e média complexidade, atendendo cerca de 20 municípios da região.

  • Brasil elimina elefantíase como problema de saúde pública

    Brasil elimina elefantíase como problema de saúde pública

    A filariose linfática, popularmente conhecida como elefantíase, foi eliminada do território brasileiro como problema de saúde pública. Considerada uma das maiores causas globais de incapacidade permanente ou de longo prazo, a doença permanecia endêmica apenas na região metropolitana do Recife, incluindo Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista. O último caso confirmado, segundo o Ministério da Saúde, foi registrado em 2017.

    Causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti, a filariose linfática é transmitida pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus, também conhecido no Brasil como pernilongo ou muriçoca, infectado com larvas do parasita. Entre as manifestações clínicas mais importantes estão edemas ou acúmulo anormal de líquido nos membros, nos seios e na bolsa escrotal, que podem levar o paciente à incapacidade.

    Em nota, a Organização Mundial da Saúde (OMS) parabenizou o país pela eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública. “Eliminar uma doença é uma conquista importante e que exige um compromisso inabalável”, avaliou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

    “Parabenizo o Brasil por seus esforços para libertar sua população do flagelo de uma doença dolorosa, desfigurante, incapacitante e estigmatizante. Este é mais um exemplo do incrível progresso que estamos fazendo contra as doenças tropicais negligenciadas, além de dar esperança a diversas outras nações que ainda lutam contra a filariose linfática para que também possam eliminar a doença”, completou Tedros.

    Cenário global

    De acordo com a OMS, o Brasil agora se une a outros 19 países e territórios que também foram certificados pela eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública. São eles: Malawi, Togo, Egito, Iêmen, Bangladesh, Maldivas, Sri Lanka, Tailândia, Camboja, Ilhas Cook, Quiribati, Laos, Ilhas Marshall, Niue, Palau, Tonga, Vanuatu, Vietnã e Wallis e Futuna.

    Nas Américas, três países permanecem classificados pela entidade como endêmicos para a filariose linfática: República Dominicana, Guiana e Haiti. Nessas localidades, segundo a OMS, se faz necessária a administração em massa de medicamentos capazes de interromper a transmissão da doença.

    “Além de se tornar o 20º país a ser validado pela eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública, o Brasil também se tornou o 53º país a eliminar pelo menos uma doença tropical negligenciada”, destacou a OMS, em comunicado publicado nesta terça-feira (1º).

    Dados da entidade mostram que, em 2023, 657 milhões de pessoas em 39 países e territórios viviam em áreas onde é recomendado tratamento em massa contra a filariose linfática. A estratégia consiste na administração de quimioterapia preventiva para interromper a infecção. A meta definida pela OMS é eliminar pelo menos 20 doenças tropicais negligenciadas até 2030.

  • Escola de Saúde Pública de Mato Grosso capacita mais de 99 mil profissionais em mais de cinco anos

    Escola de Saúde Pública de Mato Grosso capacita mais de 99 mil profissionais em mais de cinco anos

    A Escola de Saúde Pública de Mato Grosso (ESP-MT), administrada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), capacitou mais do que o dobro de profissionais de saúde entre 2019 e 2024 do que nos 19 anos anteriores da instituição.

    Conforme balanço da instituição, foram 99.440 profissionais de saúde formados entre os anos de 2019 e 2024, contra um total de 46.299 trabalhadores da categoria que se qualificaram pela unidade entre 1999 a 2018.

    A unidade da ESP, localizada no bairro Coophema, em Cuiabá, está com 90% das obras de modernização concluídas. Quando finalizadas, a instituição poderá realizar até 1.800 capacitações presenciais por mês, e 21.600 capacitações por ano.

    O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, enfatizou que a Escola de Saúde Pública é um importante instrumento de formação e qualificação de profissionais da saúde.

    “A Escola de Saúde Pública é um pilar fundamental na formação e na capacitação dos profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso. Por meio de seus programas, a unidade proporciona a qualificação de profissionais que levam até a população atendimentos de referência em diversas áreas”, destacou o secretário.

    A modernização da ESP abrange nove salas de aula, um auditório, uma biblioteca, um estúdio, uma cozinha/refeitório, além do setor administrativo.

    A infraestrutura incluirá oito salas de aula para 30 pessoas, e outra que comportará até 60 pessoas. Além disso, a unidade disponibilizará um auditório com capacidade para até 150 pessoas.

    A diretora da ESP-MT, Silvia Aparecida Tomaz, destacou que a unidade é referência em diversas atividades inovadoras, principalmente no cenário da hansenologia.

    “A Escola é referência nacional em diversas áreas de especialização, incluindo fitoterapia, hansenologia e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essas ações destacam nossa instituição como um modelo de excelência no Brasil. Além disso, ofertamos o curso técnico de enfermagem descentralizada, ampliando o acesso à formação de qualidade em diferentes regiões”, explicou.

    Atualmente, cerca de 100 profissionais estão envolvidos nas atividades administrativas da ESP. Além disso, a Escola de Saúde conta com um banco de aproximadamente mil profissionais qualificados para a realização de capacitações e garantir a continuidade e a qualidade dos cursos oferecidos.

    “A ESP tem compromisso com a formação e qualificação de excelência, contribuindo para a melhoria da Saúde Pública em Mato Grosso, além de preparar os profissionais para os desafios dos processos educativos no SUS”, finalizou a diretora.

  • Lula diz que ciência deve decidir sobre uso de maconha

    Lula diz que ciência deve decidir sobre uso de maconha

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta quarta-feira (26), que o uso de maconha no Brasil deve ser decidido com base na ciência e, não, na política. Lula criticou que o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha pautado a descriminalização da maconha para uso pessoal e lembrou que já existe uma lei de 2006 que impede a prisão de usuários.

    “[Essa prerrogativa] eu acho que deveria ser da ciência. Cadê a comunidade psiquiatra nesse país que não se manifesta e não é ouvida? Não é uma coisa de código penal, é uma coisa de saúde pública. O mundo inteiro está utilizando o derivado da maconha para fazer remédio, tem gente que toma para dormir, para combater o Parkinson, para combater Alzheimer, ou seja, tem gente que toma para tudo. Eu tenho uma neta que tem convulsão, ela toma”, disse, em entrevista ao Portal Uol.

    “Se a ciência já está provando em vários lugares do mundo que é possível, por que fica essa discussão contra ou a favor? Por que não encontra uma coisa saudável, referendada pelos médicos que entendem disso, pela psiquiatria brasileira ou mundial, pela Organização Mundial da Saúde, alguma referência mais nova para dizer ‘é isso’ e a gente obedece?”, questionou o presidente.

    Nesta terça-feira (25), o STF decidiu descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal, em um julgamento concluído após nove anos de sucessivas suspensões. Com a decisão, o porte de maconha continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em público, mas as punições definidas contra os usuários passam a ter natureza administrativa, e não criminal.

    Hoje, a Corte ainda vai definir sobre a quantidade de maconha que deve caracterizar uso pessoal e diferenciar usuários e traficantes. Pelos votos já proferidos, a medida deve ficar entre 25 e 60 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis.

    “Eu acho que é nobre que haja diferenciação entre o consumidor, o usuário e o traficante. É necessário que a gente tenha uma decisão sobre isso, não na Suprema Corte, pode ser no Congresso Nacional, para que a gente possa regular”, disse Lula.

    Lula lembrou que a Lei nº 11.343/2006 já impede a prisão de usuários e criticou a discussão do tema no STF. Para ele, “isso não ajuda o Brasil” e cria uma “disputa de vaidade” sobre quem define as regras no país. A Lei de Drogas, de 2006, entretanto, não tem critérios estabelecidos para diferenciar usuário e traficante.

    “Se um dia um ministro da Suprema Corte pedisse um conselho para mim, eu falaria recuse essas propostas. A Suprema Corte não tem que se meter em tudo. Ela precisa pegar as coisas mais sérias sobre tudo aquilo que diz respeito à Constituição e ela virar Senhora da situação, mas não pode pegar qualquer coisa e ficar discutindo. Porque aí começa a criar uma rivalidade que não é boa, nem para democracia, nem para Suprema Corte, nem pro Congresso Nacional, a rivalidade entre quem é que manda, é o Congresso ou a Suprema Corte?”, afirmou Lula.

    “Se tiver uma PEC no Congresso Nacional, a PEC tende a ser pior”, disse o presidente. “Era só a Suprema Corte dizer já existe uma lei, não precisa discutir isso aqui”, opinou.

    Após a decisão do STF, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que a decisão invade a competência técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a competência legislativa do Congresso Nacional sobre o tema, além de gerar uma lacuna jurídica no Brasil. O senador é o autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2023 que torna crime a posse e o porte de qualquer quantidade de droga ilícita.

    Também nesta terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, determinou a criação de uma comissão especial para analisar a PEC 45/2023. Oriundo do Senado, o texto já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara em 12 de junho. Se aprovada na comissão especial, a PEC segue para análise do plenário.

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Gerente de Fazenda Preso em Flagrante por Poluição Ambiental em Bom Jesus do Araguaia

    Gerente de Fazenda Preso em Flagrante por Poluição Ambiental em Bom Jesus do Araguaia

    Um gerente de fazenda, de 40 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Civil na tarde de quinta-feira (02), por crime ambiental de descarte ilegal de embalagens de agrotóxicos.

    A ação, realizada pela Delegacia de Ribeirão Cascalheira com apoio da Polícia Militar, ocorreu a pedido do Ministério Público Estadual após denúncias de armazenamento irregular de embalagens de defensivos agrícolas na propriedade rural, localizada na zona rural do município de Bom Jesus do Araguaia (983 km a nordeste de Cuiabá).

    Descarte em Locais Impróprios Colocava em Risco Animais e a Saúde Humana

    No local, os policiais civis e militares encontraram diversas embalagens de agrotóxicos armazenadas de forma inadequada em diversos pontos da propriedade, como:

    Junto ao mangueiro de porcos

    Próximo a poços de água para consumo humano

    Em uma vala a céu aberto, onde animais domésticos tinham acesso

    Ao lado de um galpão sem cobertura

    As embalagens, identificadas como produtos registrados no país, deveriam seguir as regulamentações estabelecidas no artigo 53 do Decreto Federal nº 4.704/2002 quanto à sua destinação final. No entanto, centenas delas estavam expostas ao tempo, sem qualquer medida de isolamento, colocando em risco tanto a saúde humana quanto o meio ambiente.

    Grave Violação Ambiental e Ameaça à Saúde Pública

    De acordo com o delegado Diogo Jobane Neto, que coordenou a fiscalização, a denúncia, embasada em autos de infrações ambientais do IBAMA, indicava o descarte irregular das embalagens, uma prática que viola as leis ambientais vigentes e representa uma séria ameaça à saúde pública e à biodiversidade local.

    O delegado ressalta a gravidade da situação, evidenciada pela exposição dos materiais às intempéries em um local de livre acesso, inclusive para animais, como cachorros e porcos, que foram vistos se alimentando ao lado das embalagens. Além disso, muitas embalagens continham resíduos no interior, caracterizando a falta de procedimentos adequados de limpeza e inutilização, o que potencializa ainda mais o risco à saúde humana e ao meio ambiente.

    Ações Legais e Conscientização da Comunidade

    O gerente da fazenda foi autuado em flagrante pelo crime ambiental de descarte ilegal de embalagens de agrotóxicos. A comunidade de Bom Jesus do Araguaia aguarda as medidas legais que serão tomadas em relação ao responsável por essa prática criminosa.

    O caso serve como um alerta para a importância do descarte correto de embalagens de agrotóxicos, que deve ser realizado em locais específicos e autorizados, para evitar a contaminação do solo, da água e dos alimentos, além de proteger a saúde da população e o meio ambiente.

  • Fábrica clandestina de bebidas é fechada em Várzea Grande

    Fábrica clandestina de bebidas é fechada em Várzea Grande

    Uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas foi desativada em Várzea Grande na manhã desta terça-feira (30), em uma ação conjunta da Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), Polícia Militar, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

    A operação foi deflagrada após denúncias de que em uma residência no bairro Jardim Mangabeira funcionava um local de produção de bebidas ilegais. No local, as equipes policiais comprovaram as informações e encontraram diversas bebidas fabricadas artesanalmente em péssimas condições de higiene, sem autorização legal para produção ou comercialização.

    Apreensões e Crimes

    Diversas garrafas vazias; Rótulos; Tonéis de plástico; Frascos de bebidas como jurubeba, catuaba, caipirinha fest, cachaça ouro e power coquetel alcoólico; Produtos de limpeza; Petiscos.

    Os responsáveis pela fábrica clandestina podem responder pelos crimes de

    Produzir, embalar e armazenar produtos nocivos à saúde (Artigo 56 da Lei de Crimes Ambientais); Poluição (Artigo 60 da Lei de Crimes Ambientais); Crimes contra as relações de consumo.

    Combate à Produção Clandestina

    A delegada titular da Dema, Liliane Murata, e o comandante da Polícia Militar do 4º Batalhão, tenente-coronel Jean Lima, destacaram a importância da ação conjunta para garantir a saúde da população e proteger o meio ambiente.

    “É fundamental que as pessoas estejam conscientes de que esse tipo de conduta causa danos ao meio ambiente e à saúde pública. Por isso, em casos de descumprimento da lei, é importante denunciar para que os responsáveis sejam responsabilizados”, afirmou a delegada.

    Denúncias

    A Polícia Civil orienta a população a denunciar casos de produção clandestina de bebidas através da Dema pelos telefones (65) 3613-6800 e (65) 99336-2000. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.

  • PRF apreende 100 kg de mercúrio em Pontes de Lacerta (MT) e combate crime ambiental

    PRF apreende 100 kg de mercúrio em Pontes de Lacerta (MT) e combate crime ambiental

    A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 100 kg de mercúrio na noite desta segunda-feira (26) em Pontes de Lacerta (MT), durante uma abordagem de rotina na BR-174. A ação evitou que o metal tóxico contaminasse rios e prejudicasse a saúde de comunidades ribeirinhas.

    O mercúrio era transportado sem nota fiscal e sem autorização da autoridade competente. O condutor do veículo, que apresentou nervosismo durante a abordagem, confessou que havia sido contratado para transportar o produto de Ariquemes (RO) até Pontes e Lacerta (MT), onde seria entregue a um terceiro.

    As investigações da PRF identificaram o destinatário da carga, que pretendia revender o mercúrio na região de garimpo de Pontes e Lacerta (MT). Segundo ele, o material era proveniente de Manaus (AM) e havia sido adquirido de forma ilegal.

    O mercúrio é um metal altamente tóxico que contamina rios, afluentes e a fauna aquática quando utilizado em garimpos para separar o ouro de outros minerais e sedimentos.

    O consumo de peixes contaminados com mercúrio pode causar danos irreversíveis ao sistema nervoso central, principalmente em crianças e mulheres grávidas.

    A apreensão realizada pela PRF demonstra o compromisso da instituição com o combate ao crime ambiental e à proteção do meio ambiente. A ação contribui para evitar a contaminação de recursos hídricos e proteger a saúde das comunidades ribeirinhas.

    Em 2023, a PRF apreendeu 472 kg de mercúrio em rodovias federais. Somente nos dois primeiros meses de 2024, 128 kg já foram localizados em situação irregular, o que representa um aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano anterior.

    A PRF reforça a importância da denúncia de atividades de garimpo ilegal e tráfico de mercúrio. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 191 da PRF ou pelo site da instituição.