Tag: SAÚDE INFANTIL

  • Mães vacinadas contra covid protegem bebês com aleitamento exclusivo

    Mães vacinadas contra covid protegem bebês com aleitamento exclusivo

    Um novo estudo realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) analisou os benefícios da amamentação exclusiva no fortalecimento da imunidade dos bebês contra a Covid-19. A pesquisa, que envolveu mulheres vacinadas contra o vírus SARS-CoV-2, comprovou que o leite humano contém níveis significativos de anticorpos neutralizantes.

    Mães vacinadas contra a Covid-19 que amamentam exclusivamente seus bebês transferem níveis mais elevados de anticorpos neutralizantes para o leite humano, ajudando a proteger seus filhos contra infecções pelo Sars-CoV-2.

    O aleitamento materno exclusivo se dá quando os bebês são alimentados apenas com o leite materno, sem a necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos líquidos ou sólidos.

    “Os resultados representam um importante avanço no entendimento da imunidade passiva transferida por meio da amamentação e reforçam a recomendação dessa prática de forma exclusiva nos primeiros seis meses de vida”, afirma a pediatra e líder da pesquisa, Maria Elisabeth Moreira.

    Resultados

    O estudo analisou a amostra de mulheres vacinadas com duas ou mais doses de diferentes tecnologias de vacinas contra a Covid-19. O trabalho revelou que mães que amamentam exclusivamente apresentaram 22,6% de anticorpos neutralizantes no leite, contra 16,1% das que não amamentam exclusivamente. A descoberta é significativa, pois, no Brasil, a vacinação de bebês menores de seis meses ainda não está disponível, o que torna a amamentação uma ferramenta essencial para a proteção das crianças.

    “Os anticorpos neutralizantes presentes no leite humano são uma defesa natural e eficaz contra o vírus, e a amamentação exclusiva potencializa essa proteção. Com a contínua evolução da pandemia, é essencial que as mães sigam as orientações de amamentação para garantir a segurança dos bebês”, avalia Elisabeth Moreira.

    Os pesquisadores destacam que a tecnologia das vacinas (mRNA, Vírus Inativado ou Vetor Viral Não Replicante) não influenciou na quantidade de anticorpos neutralizantes presentes no leite humano, indicando que, independentemente do tipo de vacina recebida, a amamentação ainda é uma prática essencial para proteger os bebês contra a Covid-19.

    Participaram também do estudo, os pesquisadores do IFF/Fiocruz, Yasmin Amaral, Antonio Egídio Nardi, Daniele Marano e Ana Carolina da Costa.

    A expansão do aleitamento materno exclusivo é um objetivo importante para a saúde pública. A meta do Ministério da Saúde é de que, até 2030, 70% dos bebês de até 6 meses de idade recebam esse tipo de nutrição.

  • Bombeiros salvam recém-nascido engasgado durante amamentação em Mato Grosso

    Bombeiros salvam recém-nascido engasgado durante amamentação em Mato Grosso

    O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) salvou um recém-nascido, de apenas 10 dias de vida, que se engasgou após a amamentação. O incidente ocorreu no final da tarde de quinta-feira (05.12), em uma residência localizada na região do Sinuelo, na BR-364, em Cuiabá.

    A equipe do 1° Batalhão Bombeiro Militar (1° BBM) foi acionada pelo Centro Integrado de Segurança Pública (Ciosp), por volta das 17h40, após solicitação dos familiares. A equipe conseguiu localizar rapidamente o endereço, o que contribuiu para a agilidade no atendimento.

    A mãe, que aguardava os bombeiros na porta da residência, informou que a filha nasceu prematura e tinha completado 10 dias de vida. Ela disse que percebeu que o bebê não estava respirando depois de ingerir aproximadamente 120 ml de fórmula.

    Ao avaliar os sinais vitais do bebê, os bombeiros constataram dificuldades respiratórias e realizaram procedimentos de desobstrução das vias aéreas. A manobra foi bem-sucedida, resultando em uma melhora significativa nos sinais vitais do recém-nascido. Foi necessário também realizar a limpeza mecânica da via oral para a retirada de todo o líquido expelido.

    Após o salvamento, os bombeiros encaminharam o bebê para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde a menina recebeu os cuidados médicos de uma equipe de pediatras.

  • Mato Grosso pode adotar medida preventiva para saúde infantil

    Mato Grosso pode adotar medida preventiva para saúde infantil

    Uma nova proposta apresentada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso busca fortalecer a prevenção de doenças cardiovasculares na infância. O deputado estadual Valdir Barranco sugere a realização obrigatória da aferição da pressão arterial em todas as consultas pediátricas a partir dos três anos de idade, tanto na rede pública quanto na privada.

    A medida, conhecida como “teste do bracinho”, visa identificar precocemente a hipertensão infantil, um problema que vem se tornando cada vez mais comum entre crianças e adolescentes. Estudos mostram que a obesidade, a má alimentação e o sedentarismo são fatores de risco importantes para o desenvolvimento da hipertensão na infância.

    “Ao detectarmos a hipertensão precocemente, podemos adotar medidas para controlá-la e evitar problemas mais graves no futuro, como infarto e derrame”, explica o deputado Barranco. “Essa é uma medida simples, mas com um grande impacto na saúde das nossas crianças.”

    A proposta encontra respaldo em recomendações de especialistas em saúde. A Sociedade Brasileira de Cardiologia e a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacam a importância da aferição regular da pressão arterial em crianças para prevenir doenças cardiovasculares.

    Com a implementação dessa medida, Mato Grosso daria um importante passo na promoção da saúde infantil e na prevenção de doenças crônicas. A detecção precoce da hipertensão permite que sejam adotadas medidas para modificar o estilo de vida, como a prática de atividades físicas e a adoção de uma alimentação saudável.