Tag: Sars-CoV-2

  • Anvisa aprova atualização de vacina contra covid-19

    Anvisa aprova atualização de vacina contra covid-19

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou – por unanimidade – uma instrução normativa que prevê a atualização da composição de vacinas contra a covid-19. A medida é adotada para evitar o aumento da circulação de novas variantes do vírus SARS-CoV-2 pelo país.

    De acordo com a relatora da matéria, a diretora Meiruze Sousa Freitas, a evolução constante do tipo de coronavírus SARS-CoV-2 exige que as vacinas sejam atualizadas periodicamente para lidar com as novas variantes do vírus.

    “O aprendizado que tivemos com a pandemia trouxe à tona a necessidade de respostas regulatórias mais ágeis. Para reduzirmos a chance de danos, é preciso reduzirmos lacunas no arcabouço regulatório. Elas precisam ser ajustadas em tempo real para atendermos as demandas urgentes de uma crise sanitária”, argumentou Meiruze.

    A proposta normativa inclui a resolução da diretoria colegiada e a instrução normativa que tratam das atualizações das vacinas, estabelecendo, segundo ela, “critérios claros e eficientes para atualização das vacinas no Brasil, de forma alinhada com as diretrizes internacionais e a evolução do cenário epidemiológico”.

    Ajuste

    A proposta normativa busca ajustar a composição das vacinas para garantir que continuem eficientes diante das mutações do vírus, de forma a continuar protegendo a população.

    “A constante revisão e a atualização das vacinas em sintonia com parâmetros globais são essenciais para evitarmos novos surtos e para controlarmos a mortalidade associada ao vírus. Justifica, inclusive, a urgência em suplementarmos um marco regulatório que facilite e acelere esse processo, sem comprometer a qualidade, a segurança e a eficácia”, acrescentou.

    Segundo a relatora, o monitoramento contínuo da covid-19 – no Brasil e no exterior – evidencia que a doença não segue um padrão sazonal definido, “mas flutua em ondas determinadas principalmente pelo comportamento populacional. Neste contexto é crucial garantirmos acesso às vacinas atualizadas”, complementou.

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  • Argentina, Colômbia, Chile e Peru suspendem voos com o Reino Unido

    Argentina, Colômbia, Chile e Peru suspendem voos com o Reino Unido

    A Argentina, Colômbia, o Chile e Peru decidiram fechar as suas fronteiras aéreas com o Reino Unido devido ao avanço da nova variante do coronavírus, sendo os primeiros países da América Latina a seguir o alerta europeu.

    As medidas entram em vigor hoje (21) na Argentina, na Colômbia e no Peru, e na terça-feira (22) no Chile.

    “O Governo Nacional decidiu a suspensão preventiva das entradas e das saídas dos voos com a Grã-Bretanha, à raiz da situação epidemiológica que esse país registra, após declarar a aparição de uma nova estirpe de covid-19”, anunciou a Presidência da Argentina em nota.

    A exceção, esclarece o executivo, é o voo 245 da companhia British Airways, previsto para chegar a Buenos Aires às 09:02 de hoje (12:02 em Lisboa). O voo já estava em pleno processo operacional em Londres quando a decisão argentina foi anunciada, de madrugada.

    “Os passageiros e a tripulação deverão cumprir uma quarentena de sete dias, depois de atenderem aos requisitos exigidos para a entrada no país: um exame de PCR negativo e uma cobertura médica contra covid”, destaca a nota.

    Para a quarentena, o governo argentino montou uma operação especial para controlar a chegada dos passageiros e da tripulação do voo, assim como a deslocação aos lugares onde ficarão isolados.

    “O Departamento Nacional de Migrações avisará as jurisdições nas quais passageiros e tripulantes ficarão para o estrito controle do isolamento obrigatório”, explica.

    A cidade de Buenos Aires, depois de meses em queda de contágios, voltou a registrar um ligeiro aumento que, segundo as autoridades, não significa uma nova curva de contágios.

    Para o anúncio de suspensão dos voos da Colômbia com o Reino Unido, o próprio presidente, Iván Duque, falou à população e foi ainda mais abrangente do que a Argentina: qualquer passageiro que tenha estado no Reino Unido e que tenha entrado na Colômbia nos últimos oito dias ficará em isolamento por duas semanas.

    “Essas pessoas serão notificadas, a partir da informação migratória que possuímos. Peço-lhes que, ao receberem esta informação, entendam a importância de ficar em isolamento por 14 dias”, frisou o presidente, acrescentando que aqueles que tenham estado no Reino Unido até entre nove e 14 dias serão contactados para um seguimento sobre algum sintoma.

    “Essas medidas são uma prevenção. Não são para gerar nem pânico nem uma preocupação”, insistiu Iván Duque.

    O Chile também anunciou a suspensão dos voos diretos, mas a partir desta terça-feira (22). Além disso, qualquer estrangeiro não residente que tenha estado no Reino Unido nas últimas duas semanas será proibido de entrar no país, venha o voo de onde vier.

    Aqueles que já entraram no Chile, mas que estiveram no Reino Unido nas últimas duas semanas, serão obrigados a cumprir uma quarentena de 14 dias.

    O Chile vivia uma contínua queda de contágios até que um novo aumento de casos foi detectado há duas semanas, quando a região metropolitana de Santiago voltou à quarentena durante os fins de semana.

    O Peru também fechou a fronteira aérea com o Reino Unido. “Como medida preventiva, não autorizaremos voos diretos ou com escala no Reino Unido até novo aviso”, informou o Ministério dos Transportes e Comunicações.

    O Peru tinha restabelecido a chegada de voos originários da Europa em 15 de dezembro, mas nenhum procedente do Reino Unido, sublinhou o governo peruano.

    As autoridades britânicas alertaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a descoberta da nova variante do SARS-CoV-2, que é mais facilmente transmissível, embora não haja provas de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas.

    Os 27 países da União Europeia (UE) reúnem-se hoje (21), ao mais alto nível político, para coordenar respostas à nova variante do SARS-CoV-2 descoberta no Reino Unido, numa reunião de emergência convocada pela presidência alemã do Conselho.

    Da reunião deverá resultar uma abordagem coordenada à nova variante do coronavírus que provoca a covid-19, numa altura em que os Estados-membros equacionam medidas como a suspensão de viagens com o Reino Unido ou a introdução da obrigatoriedade de realização de testes para quem chega do país.

    Alguns países já anunciaram medidas, entre os quais Portugal, que decretou, a partir de hoje (21), restrições à entrada de passageiros de voos provenientes do Reino Unido, permitindo apenas a entrada de cidadãos nacionais ou legalmente residentes no país.

    Outros Estados-membros como Alemanha, Holanda, Bélgica, Itália, Áustria, França e Bulgária adotaram medidas restritivas semelhantes, como a suspensão de viagens aéreas ou ferroviárias.