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  • Copa Sul-Americana: São Paulo perde para o Lanús na Argentina

    Copa Sul-Americana: São Paulo perde para o Lanús na Argentina

    O Estádio La Fortaleza, em Buenos Aires, foi palco da estreia do São Paulo e do Lanús na segunda etapa da Copa Sul-Americana desta temporada. Os brasileiros, campeões do torneio em 2012, foram a campo para iniciar a caminhada em busca do bicampeonato. Já os argentinos, campeões em 2013, também jogaram para seguir adiante e tentar a segunda taça.

    Mesmo sem fazer uma partida oficial desde março, Lanús apertou bastante a saída de bola do São Paulo no início da partida. Chegou, inclusive, a criar oportunidades para abrir o placar. Mas quem balançou as redes foi o São Paulo. Aos 12 minutos, Tchê Tchê fez bela jogada. Abriu para Luciano que só ajeitou para o centroavante Brenner. Sozinho, o garoto, de 20 anos, abriu o placar. Foi o décimo segundo gol do atacante formado nas categorias de base do clube. Depois do gol, o cenário seguiu basicamente o mesmo do início do jogo. A pressão era do Lanús e o São Paulo apresentava dificuldades na saída de bola.

    Aos 21 minutos, Di Placido cruzou e De La Vega cabeceou com muito perigo. Quase o empate. Aos 28, a zaga brasileira quase vazou novamente em outra bola aérea. Diego Costa quase faz contra. Depois da bola bater na trave, Tiago Volpi salvou o Tricolor. Aos 29, a forte pressão argentina seguiu com uma conclusão forte de De La Vega que bateu na rede, mas pelo lado de fora. O São Paulo só foi finalizar novamente aos 43 minutos. Luciano chutou e Morales defendeu sem maiores problemas.

    Na etapa final, o São Paulo tentou fugir da pressão dos donos da casa e até que conseguiu nos primeiros minutos. Teve uma chance logo no primeiro minuto de jogo com o meia Igor Gomes, que foi travado de frente para o gol. Logo depois, aos três minutos, Brenner chutou de longe e carimbou a trave. Só que aos sete, os brasileiros foram castigados com o gol de empate. Di Placido foi no fundo e cruzou. Depois do desvio do Daniel Alves, a bola sobrou para o centroavante Sand empurrar para o gol. Aos 40 anos, o avante ampliou a liderança na artilharia histórica da equipe argentina. Agora tem 128 gols.

    A equipe brasileira pareceu não se abater. Quase foi à frente novamente aos 11. Daniel Alves bateu uma falta inicialmente na barreira. Só que, no rebote, ele deu um chutaço de esquerda direto no travessão. Aos 28, Luciano conseguiu um bom cruzamento. Igor Gomes ganhou da zaga pelo alto e defesa local afastou o perigo no meio da área. Aos 38, o São Paulo chegou a marcar. Mais uma vez o garoto Brenner. Dessa vez, ele completou cruzamento de Reinaldo e balançou a rede. Mas a arbitragem anulou o lance que é extremamente duvidoso.

    Aí veio o castigo. Em sete minutos saíram três gols, dois do Lanús e um do São Paulo. No primeiro dos argentinos, Daniel Alves errou no início do lance. Reinaldo, mal posicionado, não afastou. A bola chega na área do Tricolor até Orsini. Ele ajeitou para o veterano Sand. O centroavante dominou, girou e fuzilou. Virada: 2 a 1. Na noite que foi as redes duas vezes, o atacante chegou aos 129 gols pelo Lanús.

    Só que quando a derrota parecida consolidada, o São Paulo teve forças para marcar mais um. Se o Lanús tem Sand, o Tricolor tem Brenner. Aos 41 minutos, Vitor Bueno lançou Luciano que ajeitou para a revelação brasileira empatar a partida. Segundo do São Paulo e segundo do Brenner. 2 a 2 na Argentina. Mas aos 45, o Lanús fechou o placar naquele que vem sendo o calcanhar de aquiles do São Paulo nessa temporada: a bola aérea. Em cruzamento de bola parada, Diego Costa não acompanhou o volante Quignón. De cabeça, o argentino superou Tiago Volpi e fechou o placar: 3 a 2 para os argentinos.

    O jogo de volta está previsto para a próxima quarta-feira (4), no Morumbi, às 19h15. Já que o gol marcado fora de casa é critério de desempate na Sul-americana, o São Paulo se classifica às oitavas de final vencendo por 1 a 0 e 2 a 1. Uma vitória por 3 a 2 do Tricolor, leva a decisão aos pênaltis.

  • Brasileiro: Flamengo vence Athletico-PR e entra no G4

    Brasileiro: Flamengo vence Athletico-PR e entra no G4

    O Flamengo venceu o Athletico-PR por 3 a 1 na tarde deste domingo (4), no estádio do Maracanã pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com este resultado, a equipe carioca chegou à quarta posição, com 21 pontos. Contudo, para permanecer no G4 até o final da rodada, terá de torcer para o Vasco não vencer o líder Atlético-MG ainda neste domingo, no Mineirão. Já o Athletico-PR, com 14, fica com apenas dois pontos de vantagem sobre a primeira equipe dentro da zona do rebaixamento, o Coritiba.

    Primeiro tempo sem gols

    As melhores oportunidades do primeiro tempo foram criadas pelos paranaenses. Com menos de um minuto de jogo, quase abriram o placar. O goleiro Hugo, do Flamengo, saiu tocando errado. Na sequência, o colombiano Jaime Alvarado acertou a trave. Aos 13, o Furacão voltou a assustar no chute cruzado do lateral-esquerdo Abner, forçando a defesa de Hugo. Em seguida, aos 22, o árbitro Rodrigo Dalonso Ferreira (SC) marcou pênalti para o Furacão em falta sofrida por Carlos Eduardo, no carrinho do zagueiro Gabriel Noga. Entretanto, após ser avisado pelo árbitro de vídeo (VAR) Elmo Alves Resende Cunha (GO), voltou atrás. Isso porque a falta aconteceu fora da grande área. Os rubro-negros cariocas incomodaram somente aos 33, em falta cobrada pelo uruguaio Arrascaeta.

    Domínio na etapa final

    Os cariocas voltaram com outra postura após o intervalo. Com 1 minuto, Everton Ribeiro, que entrou no segundo tempo, chutou de fora da área, exigindo bela defesa do goleiro Santos. Logo depois, aos 10, Pedro abriu o placar com chute na saída de Santos, que, desta vez, não conseguiu defender. Dois minutos depois, Bruno Henrique cruzou e a bola tocou no braço de Léo Gomes dentro da grande área. O árbitro marcou pênalti. O próprio Bruno Henrique cobrou e marcou o segundo para os donos da casa.

    Os visitantes ainda reagiram. Aos 21, Renato Kayzer, de cabeça, descontou para os visitantes. Dez minutos depois, Everton Ribeiro, do Flamengo, deu um banho de água fria no adversário. Em um chute de fora da área do meio-campista, a bola desviou na zaga e enganou o goleiro Santos. Flamengo 3, Athletico-PR 1.

    Com esta vitória, os flamenguistas aumentaram a invencibilidade contra o Furacão. Nos últimos seis jogos, foram quatro vitórias e dois empates. A última vez que os paranaenses bateram os cariocas foi no Campeonato Brasileiro de 2018, quando o Athletico-PR venceu por 2 a 1, de virada, no Maracanã.

    O Flamengo volta a campo na próxima quarta-feira (7) para fazer outro duelo de rubro-negros, desta vez com o Sport. O confronto será realizado no Maracanã, às 19h15. Já o Athletico-PR recebe o Ceará na quinta-feira (8) às 19h, na Arena da Baixada, em Curitiba (PR).

    Igualdade no Couto Pereira

    Também pela 13ª rodada do Brasileiro, Coritiba e São Paulo empataram em 1 a 1 em partida disputada, neste domingo (4), no estádio Couto Pereira.

    A equipe paulista entrou desligada na partida, e permitiu que o Coxa abrisse o placar aos 5 minutos de jogo. Robson, que já teve passagem pelo São Paulo, cobrou falta com muita categoria por cima da barreira para vencer o goleiro Tiago Volpi.

    Com a vantagem no marcador, o time do técnico Jorginho se fechou atrás e segurou o placar até o intervalo. Porém, a equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz chegou à igualdade na etapa final. Em cobrança de falta de Daniel Alves, a bola bate no braço de Hugo Moura dentro da área. O juiz assinalou pênalti, que foi convertido pelo lateral Reinaldo aos 23 minutos.

    O empate perdurou até o final, resultado que deixou o São Paulo com 20 pontos e o Coritiba com 12.

    Na próxima rodada o Coxa visita o Grêmio em Porto Alegre, na próxima quarta (7) a partir das 19h15, no mesmo dia o Tricolor recebe o Atlético-GO, a partir das 20h30, no Morumbi.

     

  • MPT em São Paulo recebeu 2,8 mil denúncias relativas à pandemia

    MPT em São Paulo recebeu 2,8 mil denúncias relativas à pandemia

    O Ministério Público do Trabalho (MPT) em São Paulo recebeu 7,9 mil denúncias de janeiro a agosto deste ano. Mais de um terço das denúncias (2,8 mil) diz respeito a problemas relacionados à prevenção da covid-19. O levantamento inclui a capital paulista e 46 municípios da região do Grande ABC e da Baixada Santista.

    O comércio varejista, especialmente os supermercados, foi um dos setores que tiveram mais denúncias, assim como o telemarketing e o atendimento à saúde. Também houve um grande volume de denúncias contra o setor público, muitas relacionadas às áreas de saúde e transportes.

    Segundo o MPT, as queixas relatam desrespeito das medidas determinadas pelas autoridades sanitárias para enfrentamento da pandemia de coronavírus. A falta de distanciamento entre os trabalhadores, a ausência de testagem e o não fornecimento dos equipamentos de proteção estão entre os pontos das denúncias. Há ainda queixas de demissões em massa e reduções salariais.

    Ações

    Nos primeiros oito meses deste ano, os procuradores do Trabalho já ajuizaram 213 ações civis públicas, sendo 27 diretamente ligadas a questões envolvendo a covid-19. Foram celebrados também 221 termos de ajustamento de conduta.

    Há cerca de duas semanas, a Justiça do Trabalho determinou que a Uber Eats fornecesse aos entregadores álcool em gel, auxílio financeiro em caso de afastamento e pontos de apoio para higienização. A sentença da juíza Josiane Grossi, titular da 73ª Vara do Trabalho de São Paulo, atendeu a um pedido do Ministério Público do Trabalho.

    O Uber Eats informou, por nota, que já cumpre a maior parte das medidas que foram determinadas na decisão, como reembolso dos itens de proteção, além de manter um ponto de higienização e auxílio financeiro. Sobre as demais exigências, como a criação de novos locais de apoio e extensão do período do suporte financeiro, a empresa diz que está recorrendo da decisão.

    *Matéria foi ampliada às 17h01 para inclusão de nota do aplicativo Uber Eats.

    Edição: Lílian Beraldo

  • Mostra Internacional de Cinema Virtual começa hoje com filmes inéditos

    Mostra Internacional de Cinema Virtual começa hoje com filmes inéditos

    Começa hoje (1º), em São Paulo, a primeira Mostra Internacional de Cinema Virtual, onde serão exibidos 33 filmes de 21 países, por meio da plataforma gratuita #CulturaEmCasa. A mostra vai até 30 de setembro.

    A abertura será às 15h com um webinar com o crítico de cinema Miguel Barbieri Júnior. Ele vai apresentar o panorama atual da produção audiovisual no Brasil. Em seguida, será exibido o filme Sabores do Templo (Coreia do Sul).

    Entre os filmes da mostra, 22 são longas, dois são curtas de animação e nove são documentários, todos inéditos no Brasil e com legendas em português.

    A programação será exibida diariamente pela plataforma #CulturaEmCasa, às 19h e às 22h. Alguns filmes ficarão disponíveis por tempo limitado para exibição por demanda, mas alguns serão exibidos em sessão única.

    Entre os filmes que serão vistos estão o longa canadense Pequenos Gigantes (Giant Little Ones) e o alemão Férias (Ferien). Será apresentado também o longa Hindi Medium, uma das maiores bilheterias da Índia.

    A iniciativa é da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Secretaria de Relações Internacionais do estado de São Paulo, em parceria com consulados, embaixadas e institutos dos países participantes e da organização Amigos da Arte.

    Edição: Kleber Sampaio

  • São Paulo registra mais de 11 mil novos casos de covid-19 em 24 horas

    São Paulo registra mais de 11 mil novos casos de covid-19 em 24 horas

    Nas últimas 24 horas, o estado de São Paulo contabilizou 11.756 casos confirmados do novo coronavírus, o maior número registrado esta semana. Com isso, o estado soma agora 796.209 casos desde o início da pandemia.

    O estado tem, até este momento, 29.694 mortes provocadas por covid-19, sendo 279 contabilizadas nas últimas 24 horas.

    Entre o total de casos diagnosticados, 598.721 pessoas estão recuperadas.

    Há 11.109 pacientes internados em todo o estado em casos suspeitos ou confirmados de coronavírus, sendo 4.815 deles em estado grave.

    A taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) está em 54,3% no estado e em 51,9% na Grande São Paulo. Esta é menor taxa de ocupação de leitos de UTI registrada no estado desde o dia 1º de junho, quando começou a ser implementado o Plano São Paulo [plano de retomada econômica para funcionar durante a pandemia]. Segundo o governo paulista, o número de novas internações no estado vem caindo há quatro semanas. “Chegamos à melhor taxa de ocupação até hoje. Essa taxa, no dia 28 de junho, era de 66%, uma queda significativa”, disse Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional.

    Profissionais da saúde

    Segundo dados do secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, 24 mil profissionais da saúde estaduais foram afastados de suas funções após infecção pelo vírus. Desse total, 20,3 mil já se recuperaram e voltaram a suas funções e 61 deles morreram. O governo paulista tem 140 mil profissionais trabalhando na área da saúde.

    Já na capital paulista, segundo a prefeitura, 1.976 profissionais da saúde estão afastados de suas funções neste momento, sendo que 1.189 deles foram confirmados com covid-19 [a doença provocada pelo novo coronavírus]. No total, a cidade tem 90 mil profissionais. Desde o início da pandemia, 48 profissionais da saúde da esfera municipal morreram por covid-19.

    https://www.cenariomt.com.br/mato-grosso/veja-o-numero-de-casos-de-coronavirus-em-mato-grosso-e-no-brasil/

  • Mortalidade por covid-19 é maior entre população negra em São Paulo

    Mortalidade por covid-19 é maior entre população negra em São Paulo

    Estudo realizado pela organização não governamental (ONG) Instituto Pólis, no período entre 1º de março e 31 de julho deste ano, revelou que a taxa de mortalidade padronizada da população negra na capital paulista é maior do que a da população branca. Apesar do número absoluto de mortes na cidade mostrar que pessoas brancas estão morrendo mais, a análise mostrou maior vulnerabilidade entre negros – pretos e pardos – em relação à pandemia de covid-19.

    O levantamento utilizou o método de padronização, comum na epidemiologia, considerando as diferenças na composição etária de brancos e negros, uma vez que o segundo grupo é composto por maior número de jovens. De acordo com o epidemiologista Jorge Kayano, do Instituto Pólis, a taxa obtida por meio do método da padronização consegue fazer um retrato mais fiel da mortalidade em populações diferentes.

    A partir disso, o estudo mostrou que a taxa da população negra residente na capital paulista foi de 172 mortes por 100 mil habitantes, enquanto a taxa de mortalidade da população branca foi de 115 mortes a cada 100 mil. Sem o uso do método de padronização, a taxa entre os negros é de 121/100 mil habitantes e, entre brancos, de 134 óbitos/100 mil.

    Kayano afirmou que as condições de vida gerais da população negra são, em média, piores do que as da população branca, em fatores como renda, grau de instrução, tipo de trabalho e vínculo empregatício, o que contribui para que essa população seja mais vulnerável. “É importante que a gente perceba que as populações de uma mesma cidade se diferenciam por uma série de características. Quando você pega a característica raça/cor, vai perceber que a população negra é muito mais vulnerável e tem morrido mais do que a branca.”

    “A população negra está residindo, em média, em moradia mais precárias, está morando em bairros com menos infraestrutura tanto de saneamento quanto de acesso a serviços. Quando eu sei que a covid-19 está se espalhando e atingindo mais a periferia, que é onde tem mais negros, você vai ter mais negros adoecendo, em piores condições, com mais dificuldade de acessar serviços, ficando com um quadro da doença mais grave e chegando aos hospitais em condições mais precárias de atendimento”, alertou o epidemiologista.

    Homens e mulheres

    Quando observado o recorte de gênero e raça/cor ao mesmo tempo, a taxa de mortalidade padronizada de homens negros chega a 250 mortes a cada 100 mil habitantes, enquanto a taxa para brancos é de 157 mortes a cada 100 mil. Entre as mulheres brancas, a taxa foi de 85 mil óbitos/100 mil habitantes e, para mulheres negras, o indicador subiu para 140 mortes/100 mil.

    Segundo o Pólis, a evolução do número de vítimas entre os grupos reflete como a pandemia causa maior impacto na população negra e que, embora todas as taxas tenham crescido durante o período analisado, o movimento ascendente da curva de homens negros é nitidamente mais intenso. Para o epidemiologista, é importante haver mecanismos de políticas públicas que levem em consideração essas diferentes vulnerabilidades.

    “A equidade obrigaria que a atenção em saúde para a população masculina negra fosse muito maior do que para a população em geral. Não estou dizendo que a população em geral tem que ser esquecida, mas é a questão de fazer um diferencial positivo, na linha das políticas afirmativas, que protejam melhor essa população, que não por acaso é aquela que mais está saindo para trabalhar, que mais vive de trabalho precário e,portanto, está se infectando mais, adoecendo mais e morrendo mais”, disse Kayano.

    Projeção de mortes

    O método permite ainda identificar qual seria o número de mortes esperado para as populações analisadas, caso as condições de vida e pirâmide etária fossem iguais àquelas da cidade como um todo. A taxa padronizada de negros mostrou que seria esperado o total de 4.091 mortes entre essa população na cidade. No entanto, foram registradas 5.312 mortes até 31 de julho, o que representa 29,85% de vítimas a mais do que o esperado.

    Em relação à população branca, o estudo mostrou que seriam esperados 11.110 mortes até 31 de julho, quando foram registradas 9.616 mortes de pessoas brancas, ou seja, 13,4% de vítimas a menos. Segundo o instituto, o quadro indica que, embora mais jovem, a população negra é proporcionalmente mais vulnerável à pandemia.

    Dados por território

    Por meio do método de padronização, foi possível territorializar o estudo, analisando as diferenças entre mortes esperadas e mortes registradas nos 96 distritos da capital paulista. A margem calculada, quando negativa, demonstra que morreram menos pessoas do que o estimado, de acordo com as taxas do município como um todo. Quando positiva, indica que mais pessoas morreram.

    Em 27 distritos, a maioria localizada na periferia, foram registradas mais mortes de pessoas brancas do que o previsto pela padronização, o que demonstra maior vulnerabilidade dos moradores de bairros periféricos. Os bairros de Lajeado (+53,4%), Guaianases (+52,1%), Iguatemi (+40,2%), Cidade Tiradentes (+37,2%) e Vila Curuçá (+32,1%) apresentaram as cinco maiores diferenças. Por outro lado, em 65 distritos, morreram menos pessoas brancas do que o previsto.

    Em 64 distritos, morreram mais pessoas negras do que o previsto. E, dos 23 distritos que tiveram menos mortes de pessoas negras do que o esperado, 15 estão localizados no quadrante sudoeste da capital. O Pólis ressalta que essa região tem o padrão de renda mais alto da cidade e mais acesso a serviços de saúde de qualidade, o que pode estar associado ao número de mortes menor do que o esperado entre as pessoas negras.

    Os dados revelaram ainda que onde morreram menos negros do que o esperado também foi onde morreram menos brancos. De acordo com o estudo, a diferença negativa do número de mortes registradas e esperadas entre pessoas negras nessas regiões pode estar associada a melhores condições de acesso ao sistema de saúde e menor circulação do vírus.

    Com abrangência entre 1º de março e 31 de julho de 2020, o estudo teve como base dados da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade, da Fundação Seade, do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, da pesquisa Origem-Destino do Metrô de São Paulo, da Rede Nossa SP, do DataSUS e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

    Edição: Graça Adjuto

  • Teste da Unesp identifica assintomáticos de covid-19 pela saliva

    Teste da Unesp identifica assintomáticos de covid-19 pela saliva

    Um teste de rastreamento de covid-19 por meio da saliva humana está sendo incorporada à rotina de trabalho do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), no interior de São Paulo, para evitar surtos da doença no local. O teste ajuda a identificar pacientes assintomáticos e, se aplicado de forma periódica, tem potencial para agilizar o retorno seguro às atividades presenciais.

    A nova metodologia, realizada em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp), já foi usada por algumas unidades da universidade e está sendo integrada ao plano de retomada das atividades presenciais da Unesp. De acordo com a universidades, o teste de rastreamento está baseado em estudos científicos internacionais que apontaram a saliva como material biológico de alta sensibilidade para indicar a presença do novo coronavírus e atestaram que as glândulas salivares também possuem o receptor para o Sars-CoV-2, vírus causador da covid-19.

    A partir destes achados científicos, publicados em periódicos de alto impacto como a revista The Lancet, uma equipe de professores da Unesp que trabalham no Hospital das Clínicas de Botucatu concebeu um teste de rastreamento para pacientes assintomáticos chamado por ora de pool de saliva, que consiste em coletar salivas de 8 a 15 pessoas aparentemente saudáveis, em frascos individuais, para identificar a presença do novo coronavírus.

    O método de análise das amostras é o PCR-RT, já amplamente utilizado. A diferença é que o hospital está fazendo o teste através da saliva. “O método de detecção do coronavírus é o PCR-RT que é considerado a melhor escolha para diagnóstico, quando feito através de swab orofaríngeo. Para o rastreamento, estamos fazendo então o mesmo PCR-RT mas em saliva, através de pools de 15 pessoas. Quando o pool é negativo, todos são considerados negativos. Se um pool é positivo, o exame é repetido individualmente nessas 15 pessoas de um pool, e encontrado o indivíduo positivo. Essa pessoa será consultada e será colhido o swab orofaríngeo, que é o método diagnóstico”, explica a Diretora de Assistência do HCFMB, a médica Erika Ortolan.

    Na opinião da médica, o teste tem potencial para ser comercializado. “Com o uso da saliva, que trouxe possibilidade de realizar em massa, pois é uma coleta simples, realizada pela própria pessoa, e com o processamento em pool, há uma economia de reagentes”.

    Atividades presenciais

    A análise é feita por grupos, o que amplia a escala da testagem. Se todos derem negativo para o vírus, as pessoas ficam liberadas para trabalhar até o próximo teste. Se houver identificação do Sars-CoV-2 em algum dos grupos que se submeteram ao teste de rastreamento, todas as salivas daquele grupo passarão por teste complementar para descobrir quem está infectado. Identificada a pessoa com a carga viral, ela é afastada do trabalho e seus colegas passam a ser alvos de um monitoramento mais rigoroso nos dias seguintes ao resultado.

    O teste é feito quinzenalmente no hospital, explica a diretora. “Nas primeiras cinco semanas desse rastreamento, estamos fazendo quinzenalmente para áreas covid [em que são tratados pacientes com a doença] e mensalmente para áreas não covid [outras áreas do hospital como o administrativo]. Em setembro iniciaremos semanal para áreas covid e quinzenalmente para áreas não covid”, detalhou Erika.

    A nova metodologia do pool de saliva foi apresentada à comunidade científica internacional no mês passado pela Unesp, durante um webinar sobre estratégias para impedir o surgimento de surtos da covid-19 em hospitais, que contou com a participação do professor Carlos Magno Fortaleza, da Faculdade de Medicina da Unesp e da comissão de controle de infecção hospitalar do Hospital das Clínicas de Botucatu.

    O teste foi padronizado no Laboratório de Biologia Molecular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB-Unesp), sob responsabilidade da professora Rejane Grotto. Os primeiros a realizarem os testes de rastreamento por pool de saliva foram os estudantes de internato da Faculdade de Medicina da Unesp, que estão no 5º ano e 6º ano da graduação e atuam dentro do hospital.

    Edição: Aline Leal

  • Virada SP terá 12 horas de programação cultural até amanhã

    Virada SP terá 12 horas de programação cultural até amanhã

     

    A Virada Paulista ou Virada SP, organizada pelo governo estadual, terá sua programação totalmente online este ano. O evento ocorre começa hoje (22) äs 16h e vai até amanhã.

    Apesar do nome e modelo semelhante, a Virada SP não é a Virada Cultural. A cultural é uma promoção tradicional na capital, organizada pela prefeitura de São Paulo e que realiza 24 horas de programação cultural ininterruptas.

    Por causa da pandemia do novo coronavírus, a prefeitura já anunciou que a Virada Cultural será realizada totalmente online este ano, mas somente em setembro. Já a Virada SP é promovida pelo governo paulista e acontece em outras cidades do estado.

    Nessa primeira edição online da Virada SP, a transmissão ocorrerá pela plataforma de streaming e de vídeo #CulturaEmCasa (www.culturaemcasa.com.br), acessível nas redes sociais.

    Também haverá transmissão nas redes sociais dos artistas participantes. O evento conta com a colaboração da prefeitura de Salto, mas o governo paulista informou que há a previsão de que ocorram ainda este ano 16 edições da Virada SP, em parceria com outras cidades do estado.

    Entre os shows previstos estão lives (shows ao vivo pela internet) de Elza Soares, Paulo Miklos e Marina Peralta, entre outros.

    Também serão apresentados vídeos especiais de artistas como Nando Reis; Ziggy, com o show Tributo a David Bowie; e Pato Fu e Giramundo, com o show Música de Brinquedo 2. Haverá também vídeos de 32 artistas da cidade de Salto, que foram selecionados por meio do concurso Quarentena Cultural.

    A Virada SP Online ocorrerá também a partir do palco do Teatro Sérgio Cardoso, na capital paulista. As lives de Ellen Oléria, Larissa Luz e Walking Lions serão transmitidas diretamente do teatro. Renato Rozendanz, artista saltense, será um dos âncoras, juntamente com Junior Del Campo.
    Programação
    16h Início da transmissão

    16h20 Ellen Oléria

    17h25 Flying Colors – Dança Vertical

    17h35 Mostra Quarentena Cultural

    18h Ziggy – Tributo a David Bowie

    18h20 Mostra Quarentena Cultural

    18h45 Música de Brinquedo 2 – Pato Fu e Giramundo

    19h Quarteto de MPB Jazz do Conservatório Municipal Maestro Henrique Castellari

    19h35 Amilton Godoy

    19h55 Opus Pop – Zimbo Trio

    20h Exaltasamba

    21h10 Rastapé

    21h20 Participação especial de Nando Reis

    21h30 Paulo Miklos

    22h30 Hammond Grooves

    23h Larissa Luz

    0h Elza Soares

    1h Mariana Peralta

    1h30 Festa Pilantrangi com DJ Rodrigo Bento

    2h Walking Lions

    2h30 DJ Dre Guazzelli

    4h Mostra Quarentena Cultural

    5h Término da programação

    Edição: Kleber Sampaio

  • Vendas no dia dos pais caíram em 76% das lojas de SP

    Vendas no dia dos pais caíram em 76% das lojas de SP

     

    Pesquisa do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP) mostra que as vendas no Dia dos Pais caíram na maioria dos estabelecimentos comerciais da capital paulista. Segundo pesquisa feita com os empresários, em 76% das lojas houve diminuição do faturamento na data comemorativa em comparação com a mesma data no ano passado; em 24%, houve aumento. Os dados, do Sindilojas, foram divulgados hoje (14).

    Entre os lojistas que perderam vendas, 46% relataram quedas entre 50% e 90% em comparação ao ano passado. Os demais 34% tiveram encolhimento entre 10% e 40% nas vendas. Entre os empresários que tiveram aumento nas vendas, 92% relataram elevação entre 10% e 40%; para apenas 8% as vendas aumentaram 70% ou mais.

    Segundo o sindicato, o horário reduzido de apenas seis horas para a abertura do comércio na cidade de São Paulo tem contribuído negativamente para esse resultado.

    “Uma vez que os estabelecimentos comerciais já estão adaptados aos protocolos sanitários e de distanciamento social para atendimento ao público e também já implantaram as regras de proteção com os seus colaboradores, o Sindilojas-SP solicita, tanto para a prefeitura municipal quanto para o governo estadual, o retorno do horário de funcionamento das lojas para oito horas”, disse a entidade em nota.

    Edição: Fábio Massalli

  • Instituições em São Paulo estão preparadas para receber alunos

    Instituições em São Paulo estão preparadas para receber alunos

     

    Com a autorização do governo do estado para a volta às atividades do ensino superior e profissionalizante e de cursos extracurriculares livres (idiomas, informática, artes, entre outros), localizados em municípios paulistas que estejam na Fase 3 Amarela do Plano São Paulo há mais de 14 dias, já se prepararam para voltar a atender os alunos. As escolas poderão ser abertas, desde que sigam as restrições de capacidade, de horários e de faseamento que foram estabelecidos pelo plano. O anúncio foi feito pelo governador João Doria, no último dia 13.

    No caso dos cursos profissionalizantes, a medida vale para aqueles em que as atividades práticas e laboratoriais não podem ser feitas a distância. A autorização também vale para o estágio curricular obrigatório da área da saúde. No entanto, só funcionarão para atividades práticas, o ensino teórico continuará sendo feito a distância.

    Para voltar a funcionar, as instituições e organizações que oferecem os cursos livres precisam obedecer a regras e protocolos de segurança, com ocupação limitada a 40% da capacidade e horário de funcionamento reduzido a seis horas diárias. A educação complementar terá ainda de seguir os protocolos estabelecidos no setor educacional, como organização da entrada e da saída para evitar aglomeração e intervalos com o revezamento de turmas, além do cumprimento do distanciamento de 1,5 metro e das medidas de higiene e sanitização dos espaços.

    O proprietário de uma escola independente de idiomas na capital paulista, a Canadian Language School, Sérgio Sanches, explicou que deve manter as aulas online para aqueles alunos que se adaptaram ao sistema e que aceitarem continuar dessa maneira. Mesmo assim, Sanches acredita que os alunos devem procurar a escola quando as aulas presenciais voltarem no próximo semestre. “Os alunos que continuaram tiveram desconte de 10% a 15% e para os que ficaram desempregados, demos bolsa ou meia bolsa para que pudessem permanecer”.

    Sanches destacou que uma das grandes lições da pandemia e do isolamento social foi a descoberta de que trabalhar em casa traz uma série de despesas, mas o aluno que estuda em casa deixa de gastar com locomoção e evita o estresse do trânsito para chegar à escola. “Por isso, os alunos que estão online hoje, eu acredito que vão continuar, e nossa perspectiva é de continuar oferecendo esse tipo de aula e melhorar a tecnologia”.

    Ele contou que com a paralisação das aulas por causa da pandemia, a situação da escola ficou difícil e 80% dos alunos não quiseram continuar estudando a distância por não achar eficiente. A escola não conseguiu apoio financeiro para continuar operando e usou uma reserva própria para se manter nesse período crítico. “Se tivéssemos conseguido apoio financeiro, teríamos pago contas mais urgentes, como os funcionários que acabamos dispensando, além dos terceirizados e insumos. Nós mantivemos a escola porque conhecemos nosso produto”.

    O diretor executivo da Via Certa Educação Profissional, que tem 32 unidades no interior de São Paulo, Decio Marchi, explicou que a rede tinha grande expectativa quanto à expansão e precisou pausar a inauguração de novas unidades. Segundo ele, em menos de uma semana todas as unidades já tinham seu método de ensino adequado para as aulas virtuais e acesso remoto. “Tivemos uma perda de 30% no final, porque há alunos que não tinham espaço, equipamento ou internet adequada em casa para fazer o curso. Temos que entender que há algumas variáveis que influenciam na questão da perda de aluno”.

    Ele ressaltou que como franqueadora, a escola apoiou e orientou todas as unidades, com relação aos custos, que foram ajustados. Marchi disse que foram usados vários recursos, como suspensão de funcionários, redução de carga horária, diminuição de valor de aluguel. “Com isso, 90% das unidades não sofreram com problemas financeiros e conseguiram ter lucro no período de pandemia. Nós tínhamos definido que precisaríamos passar bem pelo período e manter a escola em pé”.

    De acordo com o diretor executivo, já é perceptível o movimento de alunos que desejam voltar às aulas presenciais, como forma de convívio e experiência em sociedade, assim como há pessoas que não se adaptam totalmente ao ensino online. Por causa disso, a escola já conseguiu vender boa quantidade de novos cursos, chegando perto da normalidade registrada antes da pandemia. “Muitos compram 100% online e alguns EAD – ensino a distância -, mas mostrando interesse em voltar ao presencial quando tudo isso acabar”.

    Marchi reforçou que todas as escolas da franquia estão preparadas para receber os alunos assim que isso for possível. “Estamos seguindo as mudanças de faixa das cidades e os protocolos de distanciamento social e da vigilância sanitária”, acrescentou.