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  • Governo define plano de cargos e salários do Médicos pelo Brasil

    Governo define plano de cargos e salários do Médicos pelo Brasil

    O Ministério da Saúde definiu a estrutura de cargos, salários e benefícios dos profissionais que atuarão no Programa Médicos pelo Brasil, que substituirá gradativamente o Mais Médicos. A resolução, aprovada pelo Conselho Deliberativo da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps), foi publicado hoje (21) no Diário Oficial da União.

    Os aprovados no programa serão alocados em unidades de saúde predefinidas pelo ministério e terão dois anos para realizar curso de especialização em medicina de família e comunidade. O valor da bolsa formação será de R$ 12 mil mensais e gratificação de R$ 3 mil adicionais para áreas rurais e remotas ou R$ 6 mil adicionais para distritos indígenas.

    O curso será etapa eliminatória e classificatória preliminar ao ingresso do candidato ao cargo de médico de família e comunidade da Adaps, a ser contratado pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O salário-base do médico da Adaps, aprovado em todas as etapas de seleção, será de R$ 12,6 mil a R$ 18,4 mil, divididos em quatro níveis de senioridade, previsto no regime de progressão da carreira.

    Critérios

    A progressão entre os níveis será a partir de critérios de antiguidade e desempenho, que serão estabelecidos em regulamento específico. O tempo mínimo entre uma progressão e outra será de cinco anos. Esses contratos também terão gratificações para atuação em áreas remotas e indígenas e acréscimos por desempenho que variam de R$ 1,4 mil a R$ 4,6 mil, a depender do nível de senioridade.

    Além disso, os médicos que acumularem função de tutor receberão R$ 142,85 por médico bolsista acompanhado, o mínimo de cinco e o máximo de 10 bolsistas.

    Para a função de tutor médico da Adaps, serão selecionados especialistas em medicina de família e comunidade ou de clínica médica. Após aprovação em processo seletivo, eles também serão contratados pela CLT e ficarão responsáveis pelo atendimento à população nas unidades definidas e pela supervisão dos demais médicos durante o curso de especialização.

    Benefícios sociais e trabalhistas assegurados pelo regime CLT e outros benefícios adicionais previstos, como auxílio alimentação e condições de movimentação, serão definidos pela Adaps.

    A Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde também poderá instituir, como forma de incentivo, contrapartida de alimentação e moradia aos profissionais bolsistas, que deverá ser paga pelos municípios e distritos indígenas que aderirem ao Programa Médicos pelo Brasil.

    Primeira adesão ao programa

    O programa foi criado em 2019 com o objetivo de estruturar a carreira médica federal para locais com dificuldade de fixar o profissional e com alta vulnerabilidade social. O Médicos pelo Brasil substituirá gradativamente o Mais Médicos e será executado pela Agência de Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps), também criada pela lei do novo programa.

    O Ministério da Saúde destaca que ambos os programas seguirão vigentes durante a transição, o que significa que diferentes editais concorrerão paralelamente para que as equipes de saúde não fiquem sem os profissionais.

    No início do mês, a pasta definiu os 5.233 municípios elegíveis para participar do Médicos pelo Brasil e o edital de chamamento foi publicado no último dia 16.

    Os gestores têm até hoje (21) para manifestar interesse nesse primeiro edital que pretende selecionar 5 mil médicos para esses locais no primeiro trimestre de 2022. O cronograma e o passo a passo do processo de adesão estão disponíveis no site do ministério.

  • Levantamento mostra que médicos ganham menos em Lucas do Rio Verde; veja diferença por cidades

    Levantamento mostra que médicos ganham menos em Lucas do Rio Verde; veja diferença por cidades

    Um dos atrativos de qualquer segmento profissional é o salário. Na medicina, uma das mais bem pagas no Brasil, não foge à regra. E como em todas das profissões, a variação salarial depende de muitas questões, como a região onde o profissional reside e atua, formação, experiência, especialidade, entre outras.

    Um levantamento feito entre os principais municípios do norte do estado de Mato Grosso, mostra que Lucas do Rio Verde é o que paga menores salários para os médicos. A diferença de valor varia bastante entre os locais.

    Para se ter uma ideia da situação no serviço público, um médico concursado que atua como clínico geral da Atenção Básica na cidade de Sorriso, por exemplo, recebendo quase R$ 60 mil, por mês, de salário bruto (que inclui salário base + benefícios). Enquanto isso em Lucas do Rio Verde – cidade vizinha – a maior remuneração bruta de um clínico geral encontrada como referência no último mês é de pouco mais de R$ 18 mil mensal.

    O Portal da Transparência da Prefeitura Municipal de Nova Mutum, outra cidade vizinha a Lucas do Rio Verde, mostra que o salário de um médico que trabalha 40 horas semanais pode ultrapassar os R$ 20 mil.

    A diferença de proventos entre Lucas e municípios vizinhos é de fato inegável. A explicação para essas diferenças está na emenda constitucional 41/03. Ela trata do teto remuneratório para os ocupantes de empregos públicos. É o que impede Lucas do Rio Verde, a conhecida capital da agroindústria, oferecer um salário base superior ao do prefeito, hoje na faixa de aproximadamente R$ 14 mil por mês. O último aumento de salário para prefeito, vice e secretários registrado em Lucas do Rio Verde foi em 2012.

    Enquanto isso, o prefeito de Nova Mutum é remunerado com R$ 27.868,49 mensais e o chefe do Executivo de Sorriso com R$ 28.844,01 – o dobro do salário do prefeito de Lucas.

    Uma possível solução, nesse caso, para Lucas do Rio Verde, seria a aprovação de um projeto de lei para aumentar o salário do prefeito, do vice e dos secretários municipais. Dessa forma, Lucas poderia pagar bem melhor aos seus médicos – sem esbarrar na legislação.