Tag: safra

  • Preços da laranja para o mercado de mesa devem subir em junho

    Preços da laranja para o mercado de mesa devem subir em junho

    Após dois meses de queda, os preços da laranja para o mercado de mesa podem voltar a subir em junho. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse impulso nos preços deve ser impulsionado pela intensificação do processamento industrial da fruta, com mais fábricas entrando em operação neste mês. Essa mudança limitará, consequentemente, o volume de laranja disponível no segmento in natura.

    Embora a demanda por laranja geralmente seja menor nesta época do ano, devido à redução das temperaturas, agentes do mercado acreditam que a oferta de laranja in natura deverá continuar abaixo da procura. Os levantamentos do Cepea indicam que, mesmo com as quedas nos preços registradas nos últimos meses, os patamares ainda permanecem historicamente elevados. Isso é atribuído à previsão de uma safra pequena e aos baixos estoques de suco de laranja, que mantêm a demanda das fábricas por matéria-prima aquecida.

    Outro fator que pode contribuir para a redução da oferta de laranja é a preocupação com a maior taxa de queda dos frutos, devido ao avanço do greening. Colaboradores do Cepea têm mostrado preocupação com essa doença, que tem afetado significativamente a produção, resultando em menos frutas disponíveis para o mercado.

    Com a intensificação do processamento industrial e os desafios enfrentados pela produção devido ao greening, espera-se que os preços da laranja para o mercado de mesa subam em junho. Apesar da demanda reduzida pelo clima mais frio, a menor oferta no mercado in natura deve ser suficiente para sustentar os valores em alta.

  • Área cultivada cresce, mas produtividade cai: MT registra menor safra de soja em 2 anos

    Área cultivada cresce, mas produtividade cai: MT registra menor safra de soja em 2 anos

    O IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) divulgou os números finais relativos à área semeada, produtividade e produção de soja para a safra 2023/24 em Mato Grosso. No que diz respeito à área destinada ao cultivo da oleaginosa, houve um aumento de 2,86% em comparação com a estimativa anterior e de 2,94% em relação à safra anterior, totalizando 12,48 milhões de hectares.

    Quanto à produtividade, devido à falta de chuvas durante o período de desenvolvimento das lavouras, o que resultou no encurtamento do ciclo da cultura e prejudicou o potencial reprodutivo das plantas, observou-se uma redução de 16,29% em comparação com a safra de soja 2022/23, com uma média de 52,16 sacas por hectare, a menor registrada nos últimos 5 anos.

    Por fim, considerando o aumento da área cultivada e a diminuição da produtividade, a produção de soja para a safra 2023/24 foi estimada em 39,05 milhões de toneladas, representando uma queda de 13,83% em relação à safra anterior. Esse resultado caracteriza a menor produção dos últimos dois anos, refletindo os desafios enfrentados pelos produtores devido às condições climáticas desfavoráveis durante o ciclo da cultura.

  • Economia de Mato Grosso terá prejuízo com a quebra da safra da soja

    Economia de Mato Grosso terá prejuízo com a quebra da safra da soja

    A economia mato-grossense sofrerá um grande prejuízo por conta da quebra da safra 2023/2024 da soja. A observação foi feita pelo presidente da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, durante a feira Parecis SuperAgro.

    Costa Beber participou da abertura do evento, realizada nesta quarta-feira (10.04). Em sua fala, o presidente relembrou que esta foi uma safra atípica, na qual há uma queda de produtividade e alguns produtores rurais colheram apenas 10 ou 11 sacas por hectare. Os efeitos da forte estiagem que assolou o plantio da soja ainda estão sendo contabilizados, mas conforme o levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia e Agropecuária (Imea), o Estado deve fechar uma safra de aproximadamente 37,5 milhões de toneladas produzidas. Enquanto que, no ano passado, esse total foi de 45,3 milhões de toneladas.

    “No ano passado, só com a queda dos preços, estimamos que saíram mais de R$ 45 bilhões da economia do Estado. Este ano, contando a quebra da safra da soja e os valores, mais de R$ 80 bilhões devem deixar de circular. Isso, considerando que a gente tenha uma safra de milho boa, mas já sabemos que não serão todas as regiões que terão bons resultados porque nem todas estão sendo contempladas pelas chuvas”, explicou.

    Diante desse cenário e aproveitando a presença do Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, no evento, Costa Beber reforçou a necessidade de adoção de medidas efetivas para que os produtores rurais consigam sobreviver ao cenário desolador que enfrentam. A Aprosoja-MT, em janeiro deste ano, encaminhou uma carta ao Mapa com sugestões de medidas.

    A Aprosoja-MT pediu a destinação de R$ 500 milhões para alongamento de dívidas, com taxa de 5,5% ao ano; uma linha de crédito de 1,95 bilhão de dólares, a uma taxa de 5,5% ao ano e outra linha de credito de R$ 1,05 bilhão para equalização de juros agrícolas. “Esse pedido é para que a gente evite uma reação em cadeia para todo o setor”, pontuou.

    Em sua fala, Costa Beber tratou ainda da resolução 140 do Banco Central e pediu que ela seja revista. O texto prevê a restrição de acesso ao crédito agrícola por conta de áreas embargadas.

    Sabemos que muitas vezes o produtor está regular, mas devido a sobreposição cartográfica, o produtor fica com essa restrição ao crédito agrícola e isso é muito prejudicial”, argumentou.

    Por fim, a Aprosoja-MT abordou sobre o anúncio do arrolamento das dívidas de investimento. Segundo Costa Beber, a entidade está pronta para somar, caso o governo federal precise de orçamento extra justamente para o plano agrícola e para as linhas de crédito de renegociação.

    Também participaram da abertura da feira outras autoridades políticas como o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, o prefeito de Campo Novo do Parecis, Rafael Machado, além de Bruno Giacomet, presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis e organizador do evento.

  • Desembolso do crédito rural chega a R$ 319,2 bilhões em nove meses

    Desembolso do crédito rural chega a R$ 319,2 bilhões em nove meses

    Com um aumento de 14% em relação a igual período da safra passada, o montante do desembolso do crédito rural chegou a R$ 319,2 bilhões no Plano Safra 2023/24, no período de julho/2023 até março/2024. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 177 bilhões. Já as contratações das linhas de investimentos totalizaram R$ 75 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 40 bilhões e, as de industrialização, R$ 25 bilhões.

    Foram realizados 1.670.825 contratos no período de nove meses do ano agrícola, sendo 1.252.972 no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 153.463 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

    Os demais produtores formalizaram 264.390 contratos, correspondendo a R$ 232,2 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.

    O total de R$ 319,2 bilhões corresponde a 73% do montante que foi programado para a atual safra para todos os produtores (pequenos, médios e grandes), que é de R$ 435,8 bilhões.

    Na agropecuária empresarial (médios e grandes produtores rurais), a aplicação do crédito rural atingiu R$ 273,5 bilhões de julho a março, correspondendo a uma alta de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor significa 75% do total programado pelo governo, de R$ 364,2 bilhões.

    Os valores concedidos aos pequenos e médios produtores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) foram, respectivamente, de R$ 45 bilhões no Pronaf e, de R$ 41 bilhões no Pronamp.

    Nos financiamentos agropecuários para investimento, o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) teve contratações da ordem de R$ 6,6 bilhões, significando um aumento de 51% em relação a igual período na safra anterior. E os financiamentos para o Pronamp alcançaram R$ 4 bilhões, alta de 102%.

    Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos livres equalizáveis atingiu R$ 10,4 bilhões, significando um aumento de 191% em relação a igual período da safra anterior.

    Cabe destacar, ainda, a contribuição da fonte não controlada, a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA Livre), para o funding do crédito rural, que respondeu a 50% do total das aplicações da agricultura empresarial, nos primeiros nove meses da safra atual, se situando em R$ 138 bilhões, um aumento de 98% em relação a igual período da safra passada, quando essa fonte representou 29% (R$ 69,6 bilhões) do total das aplicações da agricultura empresarial.

    Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 03 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.

    Dependendo da data de consulta no Sicor, podem ser observadas variações dos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.

    Informações à Imprensa

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  • Menor volume de chuva na safra: Embrapa confirma irregularidade em Mato Grosso

    Menor volume de chuva na safra: Embrapa confirma irregularidade em Mato Grosso

    A Embrapa Agrossilvipastoril divulgou o segundo Boletim Agrometeorológico para acompanhar a safra 2023/2024 em Mato Grosso, confirmando uma diminuição no volume de chuvas e destacando a irregularidade climática.

    Segundo o boletim, os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro registraram precipitações abaixo da média histórica na maior parte do estado, resultando em atrasos na semeadura da soja e, em alguns casos, exigindo replantio por parte dos produtores.

    Relacionado: Mato Grosso tem dívidas do crédito rural prorrogadas em 2024

    O pesquisador Jorge Lulu, responsável pelo boletim, observou que esses meses também foram caracterizados por temperaturas acima da média, o que contribuiu para uma maior evaporação da água do solo.

    Os dados da estação meteorológica da Embrapa Agrossilvipastoril mostram que a reposição hídrica do solo só ocorreu nos primeiros dias de janeiro, representando um atraso significativo em comparação aos últimos cinco anos.

    No acumulado entre agosto de 2023 e 10 de março deste ano, a precipitação registrada na Estação Meteorológica da Embrapa Agrossilvipastoril totalizou 1.613,2mm, o menor valor dos últimos cinco anos.

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    Para lidar com os riscos climáticos, o setor produtivo utiliza o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que define a melhor janela de plantio com base em dados climatológicos, tipos de solo e cultivares. O Zarc não apenas auxilia os produtores na gestão de riscos, mas também orienta bancos, financiadores e seguradoras na definição de políticas e produtos.

    Palestra durante a feira Norte Show, em Sinop, no dia 19, abordará estratégias para lidar com as mudanças climáticas, incluindo o uso do Zarc no planejamento agrícola e técnicas conservacionistas.

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  • Preços do etanol hidratado e anidro sobem no final da safra 2023/24

    Preços do etanol hidratado e anidro sobem no final da safra 2023/24

    No estágio final da safra de cana-de-açúcar na região Centro-Sul, os preços do etanol hidratado e anidro experimentaram uma significativa alta no estado de São Paulo. Pesquisadores do Cepea atribuíram esse impulso aos valores dos biocombustíveis principalmente à demanda robusta. Distribuidoras consultadas pelo Cepea demonstraram maior atividade no mercado spot paulista na semana passada, enquanto a oferta nas usinas não acompanhou o mesmo ritmo de aumento. Por parte dos vendedores, muitos permaneceram firmes nos valores solicitados em novas negociações.

    Durante o período de 18 a 22 de março, o Indicador CEPEAE/SALQ do etanol hidratado encerrou em R$ 2,1684 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), registrando um aumento de 5,04% em comparação com a semana anterior. Quanto ao etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ atingiu R$ 2,4075 por litro (líquido de PIS/Cofins), refletindo um avanço de 1,86%.

    Essa tendência de alta nos preços dos etanóis hidratado e anidro sinaliza um cenário de demanda aquecida, impulsionado pela atividade das distribuidoras e pela escassez de oferta nas usinas. O aumento nos valores praticados no mercado reflete a busca por suprimento diante das condições atuais de mercado, consolidando a importância do etanol como alternativa energética no contexto nacional.

  • Chuvas podem interferir nas operações de colheita e favorecer a evolução de doenças, diz agrometeorologista

    Chuvas podem interferir nas operações de colheita e favorecer a evolução de doenças, diz agrometeorologista

    As chuvas estão mais frequentes, mais regulares, em bons volumes e até em alguns momentos atrapalhando o bom andamento dos trabalhos no campo, como a colheita e as aplicações de defensivos. A previsão é de chuvas em volumes significativos o que deve favorecer a evolução de doenças nas lavouras ainda não colhidas”. A previsão foi apresentada pelo agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antônio do Santos, durante palestra no Open Sky Soja 2024 realizado pela Proteplan.

    De acordo com análise do especialista, as precipitações devem prevalecer em boa parte de Mato Grosso até meados do mês de abril.  O aumento do volume de água ajuda, porém não muda o cenário de redução na produtividade já consolidado até o momento.

    “É fato que neste momento as chuvas ajudam a estancar as quebras, mas não revertem. Como tem muita lavoura ainda em fase vegetativa e entrando agora, na fase reprodutiva, as chuvas vêm para ajudar muito o produtor. Só que tem outro lado, com o retorno das chuvas, a pressão para doenças vai ser enorme. Então o produtor deve estar ciente da importância das operações de colheita bem como as pulverizações de fungicidas nas propriedades”, explicou.

    De acordo com o Marco Antônio, de uma forma geral o clima está melhor com temperaturas mais amenas. Esse também deve ser o padrão pelo menos até a primeira quinzena de abril. “Devido o El Niño as chuvas devem cortar novamente, em Mato Grosso. Então há uma tendência de que a partir da segunda quinzena de abril adiante, as chuvas darão uma trégua voltando só na primavera, no segundo semestre”, afirmou.

    O PhD em fisiologia vegetal, Marcio Domingues, da empresa R&D Crop Physiology, também foi um dos palestrantes desta quinta edição do Open Sky Soja. Ele pontuou que o momento é de muito aprendizado, em especial na interação de cultivares com o ambiente de estresse hídrico e térmico, vivenciado na atual safra. O pesquisador salienta a importância de ter um olhar estratégico para os aspectos fisiológicos da planta.

    “O que a gente pode realmente contribuir. Nós enquanto pesquisadores, agricultores, os consultores e empresas que estão envolvidas no agro. Então este é o momento de olhar mais para a planta, entender um pouco mais de que forma as tecnologias podem interferir no processo fisiológicos das plantas, de que forma nós podemos contribuir para essas plantas enraizarem melhor para absorver mais água e buscar mais suporte”, disse.

    Domingues pontua que a segunda safra ainda deve ser afetada pelo fator clima, mas o principal prejuízo já está visível nas lavouras da primeira safra.  E chamou atenção para perdas que, muitas vezes, não estão visíveis. “Voltou a chover só que em muitas plantas já haviam sido computadas as perdas. Exemplo é o baixeiro das plantas de soja. Já havia perdido, aí choveu, ela ficou bonita, verde e folheou. Mas, porque eu preciso de folhas se eu não tenho nem baixeiro para encher? Aquele primeiro terço da planta já foi comprometido com abortamento de flores e dos canivetinhos”, pontuou

    Open Sky Soja 2024

    Pensando neste momento de escassez hídrica, a quinta edição do Open Sky trouxe temas relevantes que puderam contribuir com os agricultores referente às áreas da fitossanidade, fitotecnia, fisiologia, biológicos e sistemas de produção, tudo de forma integrada. Temáticas como clima e mercado também foram abordados por profissionais renomados.

    De acordo com Ivan Pedro, mestre em fitopatologia e sócio da Proteplan, o agricultor precisa entender o sistema como um todo de forma integrada. “Desde a importância da palhada, do mix de cultivo, do perfil do solo bem estruturado, posicionamento de cultivares, manejo fitossanitário e biológico e por fim estratégias criteriosas para uma correta e efetiva tecnologia de aplicação. O Open Sky reforça essas táticas de manejo de forma integrada e holística, considerando as particularidades regionais.

  • Mapa faz reunião para aperfeiçoar apoio do seguro rural aos produtores

    Mapa faz reunião para aperfeiçoar apoio do seguro rural aos produtores

    Com foco em desenvolver o Programa de Seguro Rural (PSR), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, irá realizar uma reunião técnica na segunda-feira (22/01). O encontro será realizado na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e irá abordar as possibilidades na contratação de apólice para segurar a produção do agricultor brasileiro.

    “Nós estamos pensando em uma linha de crédito em que os produtores possam se socorrer com juros bastante acessíveis”, destacou o ministro Fávaro em entrevista para Rádio Vila Real, nesta quarta-feira (17/01). “Vamos discutir um novo modelo de seguro rural. Mais eficiente, mais tecnológico e que use a tecnologia para melhorar a forma de contratação e que seja mais barato. Queremos auxiliar todos os produtores com o seguro rural, para se defenderem das intemperes”, completou.

    Em 2023, o Mapa conseguiu aplicar integralmente os recursos disponíveis, subvencionando pouco mais de 107 mil apólices para cerca de 70 mil produtores. No ano, houve ampliação no número de lavouras seguradas, atingindo 6,25 milhões de hectares. O valor coberto representa uma considerável cobertura, próximo a R$ 40 bilhões. Assim, para cada real aplicado na subvenção, foram protegidos cerca de R$ 42 reais.

    Ainda, para ampliar e diversificar alternativas de crédito agropecuário a custos mais competitivos para esse segmento, foi lançada linha de financiamento rural em dólar. Cerca de R$ 3 bilhões foram financiados no ano passado.

    O PSR

    O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural oferece ao agricultor a oportunidade de segurar sua produção com custo reduzido, por meio de auxílio financeiro do governo federal. A subvenção econômica concedida pelo Mapa pode ser pleiteada por qualquer pessoa física ou jurídica que cultive ou produza espécies contempladas pelo Programa e permite ainda, a complementação dos valores por subvenções concedidas por estados e municípios.

  • Em safra desafiadora, CTECNO Parecis mostra como atingir boas produtividades na soja

    Em safra desafiadora, CTECNO Parecis mostra como atingir boas produtividades na soja

    As ondas de calor e as chuvas irregulares, abaixo do volume esperado, fizeram com que a safra de soja 2023/24 em Mato Grosso fosse a mais desafiadora da história. Porém, esse cenário permitiu que os pesquisadores do campo experimental da Associação dos Produtores de Soja e Milho de MT (Aprosoja-MT) avaliassem como os manejos de rotações de culturas e construção de perfil de solo contribuíram para boas produtividades, mesmo nesse cenário desafiador.

    De acordo com a pesquisadora Daniela Basso Facco, do CTECNO Parecis, em Campo Novo do Parecis, foi possível observar o desempenho das diferentes plantas de coberturas na cultura da soja. Os resultados dos experimentos serão divulgados aos produtores no Dia de Campo, que será realizado nos dias 17 e 18 de janeiro.

    “Já tínhamos observado em anos com boas precipitações, mas nessa safra ficou bem claro a importância da presença da planta de cobertura, onde conseguimos manter uma maior umidade do solo e uma menor temperatura”, destaca Daniela, que acrescentou que houve a redução de perdas das plantas por escaldadura.

    “Onde a gente não tinha palhada, tivemos uma dificuldade maior de fazer a implantação da cultura, é onde ela sofreu mais com as condições climáticas”, completou.

    Também foi possível analisar como o estresse hídrico afetou as plantas em diferentes fases de desenvolvimento. Facco enfatiza que as plantas de ciclo mais longo que sofreram estresse hídrico na fase vegetativa conseguiram recuperar após a retomada das chuvas, ao contrário dos materiais de ciclo mais curto que enfrentaram a seca no período reprodutivo.

    “Vamos trazer uma abordagem sobre a importância da planta de cobertura, o tipo de cobertura, como isso influenciou no desenvolvimento da soja e em que momento isso foi mais impactante. Também vamos abordar sobre como manejar a adubação potássica em situações onde temos mais ou menos cobertura. Além disso, vamos abordar sobre como essa condição climática influenciou os diferentes materiais genéticos”, afirmou Daniela.

    CTECNO PARECIS

    O CTECNO Parecis é uma área experimental conduzida pela Aprosoja-MT desde 2016. O centro tecnológico fica localizado em uma área total de 88 hectares, com textura de solo majoritariamente arenoso, com até 35% argila, destinada às pesquisas que auxiliam o produtor rural com áreas nessas condições.

    O Dia de Campo será realizado nos dias 17 e 18 de janeiro de 2024. O CTECNO Parecis fica localizado em Campo Novo do Parecis, na Fazenda Vô Arnoldo (Agroluz Agrícola), MT-170, km 83, 8 km à direita. O produtor que queira participar da visita pode se inscrever gratuitamente através do link (eventos.aprosoja.com.br/evento/31).

  • Produção de grãos para a safra 2023/24 registra queda, atingindo 306,4 milhões de toneladas

    Produção de grãos para a safra 2023/24 registra queda, atingindo 306,4 milhões de toneladas

    A projeção para a safra de grãos do ciclo 2023/24 no Brasil sofreu uma queda, alcançando 306,4 milhões de toneladas, refletindo uma redução de 13,5 milhões de toneladas em comparação à safra anterior.

    As condições climáticas instáveis, marcadas por chuvas escassas e mal distribuídas, aliadas a temperaturas elevadas na região central do país e precipitações volumosas no Sul, estão entre os principais fatores que impactaram o plantio e desenvolvimento das lavouras.

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou que essas condições desafiadoras resultaram em atrasos no plantio e afetaram negativamente o potencial produtivo das culturas, gerando incertezas na estimativa de área, produtividade e produção para esta safra.

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    SOJA

    A soja, principal cultura do país, está estimada em 155,3 milhões de toneladas, apresentando uma redução em relação ao último levantamento, porém, ainda superior à safra passada. As adversidades climáticas prejudicaram não apenas o plantio, mas também o desenvolvimento das lavouras, levando alguns produtores a migrarem para outras culturas, contribuindo para a diminuição da área cultivada.

    MILHO

    Quanto ao milho, a produção total é estimada em 117,6 milhões de toneladas, refletindo uma redução de 10,9% em comparação ao ciclo anterior. Esse declínio é resultado de uma área plantada menor e de expectativas de rendimento das lavouras menos favoráveis.

    Outras culturas

    Além disso, outros cultivos importantes como arroz, feijão, trigo e algodão também sofreram impactos das condições climáticas irregulares, afetando suas estimativas de produção e qualidade. As expectativas para o mercado interno e externo das commodities agrícolas brasileiras também foram revistas, considerando as mudanças na oferta e demanda de diferentes culturas.