Tag: safra

  • É hora de fazer a análise de solo e o planejamento de insumos para a próxima safra de soja

    É hora de fazer a análise de solo e o planejamento de insumos para a próxima safra de soja

    Com a colheita de mais uma safra de soja recém-concluída em Mato Grosso, os produtores já direcionam atenção para o planejamento da próxima temporada. Entre os dias 8 e 11 de abril, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) estará disponibilizando informações técnicas e soluções de alto impacto para a safra 25/26. A interação com consultores e pesquisadores vai ocorrer durante a 16ª edição da Parecis SuperAgro, um dos principais eventos do agronegócio de Mato Grosso.

    Durante a feira, realizada no maior chapadão agricultável do mundo, em Campo Novo do Parecis, os visitantes poderão conhecer o portfólio de serviços agronômicos desenvolvido pela equipe da Fundação Mato Grosso, com foco em análises de solo, consultorias especializadas, diagnóstico de pragas e doenças, entre outras prioridades para a agricultura. São soluções voltadas para a tomada de decisões estratégicas que elevem a produtividade e a sustentabilidade no campo.

    “Estamos num momento ideal para que o produtor rural invista em análise de solos e comece o planejamento agronômico em sua propriedade. As ações são fundamentais para definir a aplicação de corretivos e fertilizantes com base em dados reais da propriedade. Isso garante o aumento da eficiência de insumos, o desempenho das lavouras e implica em compras certas de produtos, gerando economia”, orienta o engenheiro agrônomo Douglas Coradini, que atua como head de Serviços na Fundação Mato Grosso (Fundação MT).

    De acordo com o head, entre os serviços com maior demanda neste período estão a análise de solo – que inclui coleta, interpretação e recomendações técnicas – e a consultoria agronômica personalizada, que considera as condições específicas de cada propriedade para orientar o posicionamento de cultivares, o manejo de nematoides, a adequação do parque de máquinas e o planejamento de sistemas produtivos integrados.

    Ainda segundo Coradini, especificamente sobre as áreas consolidadas da região oeste do estado, os maiores desafios que os produtores enfrentam hoje, estão relacionados aos nematoides presentes nas lavouras, muitas vezes subestimados pelos produtores. “É essencial antecipar o diagnóstico e o manejo desses organismos, que impactam diretamente a produtividade das safras. A contratação antecipada desse serviço pode fazer toda a diferença e garantir já no início da nova safra as informações necessárias para o próximo planejamento ”, reforça.

    Nas áreas ainda em processo de consolidação, o levantamento detalhado da fertilidade do solo também é algo estratégico. “O serviço de amostragem é indispensável para correções adequadas. A Fundação MT tem tecnologia e equipe técnica para orientar os produtores desde o diagnóstico até a recomendação na prática”, destaca Coradini.

    Tecnologias avançadas a serviço do agricultor

    Os agricultores e visitantes da Parecis Superagro 2025 também poderão conversar com os profissionais da Fundação MT sobre outros serviços ofertados, além de tecnologias usadas pela equipe. Um exemplo é a plataforma FMT-ID, um sistema de gestão de dados agronômicos que facilita o monitoramento em tempo real. Com relatórios detalhados, comunicação ágil e resultados integrados, a plataforma combina conectividade e assertividade. O objetivo é contribuir com os produtores para fazer um acompanhamento de qualidade em cada safra.

    A Fundação MT conta ainda com laboratórios de pesquisas especializados no diagnóstico de fitopatologia, entomologia e nematologia. Ferramentas que auxiliam os produtores no controle de pragas e doenças, fornecendo análises precisas e recomendações práticas para o manejo eficiente. Além disso, a amostragem de solos e o diagnóstico completo do ambiente de produção são essenciais para determinar correções e adubações, garantindo o máximo aproveitamento das áreas cultivadas.

    Para conhecer mais sobre serviços, pesquisas e resultados da Fundação Mato Grosso, acesse: fundacaomt.com.br

    Serviço – Durante a Parecis SuperAgro 2025, o contato com pesquisadores da Fundação Mato Grosso poderá ser feito no estande de número 16, em frente ao auditório de palestras, no Parque de Exposições Odenir Ortolan.

    A Parecis SuperAgro 2025 ocorre de 08 a 11 de abril, sendo que na terça-feira (08), a feira estará aberta das 14 às 18h. Nos demais dias, a programação será das 8h às 18h.

  • Colheita de milho avança lentamente no Brasil, com estiagem afetando produtividade

    Colheita de milho avança lentamente no Brasil, com estiagem afetando produtividade

    Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que, até o fechamento do último levantamento, 34,5% da área da primeira safra de milho havia sido colhida no país. No entanto, a falta de chuvas em regiões produtoras tem impactado o potencial produtivo, especialmente em lavouras plantadas tardiamente.

    Em Minas Gerais, a colheita segue em ritmo lento, concentrando-se nas áreas irrigadas, enquanto a região Noroeste enfrenta redução na produtividade devido à seca. No Rio Grande do Sul, os rendimentos diminuem à medida que a colheita avança. Já na Bahia, a estiagem prejudica o desenvolvimento das lavouras no Centro-Sul e Norte.

    No Paraná, a diminuição das chuvas afeta o enchimento de grãos, mas facilita a colheita. Em Santa Catarina, as precipitações recentes beneficiaram as lavouras tardias.

    Quanto ao milho segunda safra, 83,1% da área já foi semeada. Mato Grosso apresenta lavouras com bom vigor vegetativo, enquanto no Paraná a escassez de chuvas prejudica o desenvolvimento no Oeste e Noroeste. Mato Grosso do Sul registra condições favoráveis de umidade, mas em Goiás, o plantio foi interrompido no Leste devido à seca. Em Minas Gerais, a semeadura também está paralisada, com impactos em algumas regiões.

    Exportações caem, mas cenário externo pode aquecer demanda

    Em fevereiro de 2025, as exportações brasileiras de milho totalizaram 5 milhões de toneladas, queda de 23% em relação ao mesmo período de 2024 (6,5 milhões de t). A demanda global, no entanto, pode ser impulsionada por possíveis restrições da China às importações dos EUA, o que beneficiaria o Brasil.

    Os portos do Arco Norte responderam por 30,5% do escoamento de milho, ante 43,9% em 2024. Santos liderou com 34,1%, seguido por Paranaguá (12,8%) e São Francisco do Sul (17,4%). Os maiores exportadores foram MT, PR, GO e RS.

    Com a estiagem pressionando a produção, o mercado segue atento aos efeitos no abastecimento e nos preços do cereal.

  • Etanol hidratado se valoriza 9,3% na safra 24/25

    Etanol hidratado se valoriza 9,3% na safra 24/25

    Levantamentos do Cepea mostram que os preços médios dos etanóis em São Paulo encerram a safra 2024/25 acima dos da temporada anterior.

    De abril/24 a março/25, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado teve média de R$ 2,6587/litro, forte alta de 9,3% em relação ao ciclo anterior, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-M de março). Para o anidro (modalidade spot e contratos), a valorização foi de 7,8% em igual comparativo, à média de R$ 3,0007/l.

    Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda pelo hidratado cresceu nos últimos meses do ciclo atual, com a boa vantagem competitiva nas bombas, fator que deu sustentação aos preços entre dezembro/24 e fevereiro/25.

    Em termos de volume vendido pelas usinas de São Paulo, o total de etanol hidratado negociado cresceu 23,7% na safra 2024/25 frente à temporada anterior, ainda conforme pesquisas do Cepea.

  • Encerramento da safra 2024/25 pressiona cotações do açúcar cristal

    Encerramento da safra 2024/25 pressiona cotações do açúcar cristal

    A safra 2024/25 de açúcar foi oficialmente encerrada em 31 de março, registrando oscilações nas cotações do açúcar cristal no mercado interno. Segundo pesquisadores do Cepea, na última semana do mês, algumas usinas do estado de São Paulo flexibilizaram seus preços, reduzindo os valores do tipo Icumsa 180 para estimular as negociações, enquanto mantiveram uma postura mais firme em relação ao tipo Icumsa 150. Com isso, as médias praticadas no spot paulista oscilaram entre R$ 137,00 e R$ 139,00 por saca de 50 kg.

    No balanço da temporada 2024/25 (de abril de 2024 a março de 2025), o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, registrou média de R$ 152,06 por saca de 50 kg, valor que representa uma queda de 4,73% em relação ao ciclo anterior, cuja média foi de R$ 159,62 por saca no período de abril de 2023 a março de 2024. Os valores foram ajustados para termos reais, considerando o deflacionamento pelo IGP-DI.

    A pressão sobre os preços observada no final da safra reflete, em parte, a expectativa do mercado em relação às projeções para a próxima temporada. Com estoques abastecidos e ajustes na demanda, o setor sucroenergético segue atento aos movimentos do mercado internacional e às condições climáticas que podem influenciar o início da nova safra.

  • Queda no preço do feijão preto reflete alta oferta e proximidade da segunda safra

    Queda no preço do feijão preto reflete alta oferta e proximidade da segunda safra

    O mercado do feijão preto encerrou a última semana em queda, refletindo o aumento da oferta proveniente da primeira safra e a proximidade da colheita da segunda. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a abundância do produto no mercado tem exercido forte pressão sobre os preços, com destaque para as baixas mais expressivas registradas no Paraná, estado que concentra uma parcela significativa da produção nacional.

    O atual cenário reflete um comportamento típico do mercado em períodos de transição entre safras. Com a primeira safra já colhida e disponível, a entrada iminente da nova produção gera um efeito psicológico sobre os compradores, que aguardam um possível recuo ainda maior nos preços antes de realizar novas aquisições. Além disso, as negociações seguem em ritmo lento, uma vez que muitos produtores com maior capacidade de armazenagem optam por segurar seus estoques, esperando por melhores condições de mercado.

    Outro fator que contribui para a retração nas cotações é o comportamento da demanda. Apesar do feijão preto ser um item essencial na alimentação dos brasileiros, a procura não tem sido suficiente para absorver o volume ofertado no momento, o que mantém o cenário de pressão sobre os preços. A tendência para as próximas semanas dependerá do avanço da colheita da segunda safra e do ritmo de escoamento do produto no mercado interno.

    A expectativa dos analistas é de que, caso a demanda não apresente um aquecimento significativo, os preços possam continuar pressionados. No entanto, fatores como a qualidade do feijão colhido e possíveis problemas climáticos que afetem a produtividade da segunda safra podem influenciar mudanças no cenário, tornando o mercado mais volátil no curto prazo.

  • Supersafra e queda do dólar devem reduzir inflação dos alimentos em 2025

    Supersafra e queda do dólar devem reduzir inflação dos alimentos em 2025

    A inflação dos alimentos deve desacelerar em 2025, impulsionada pela supersafra agrícola e pela queda do dólar, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista ao Flow Podcast, na noite desta sexta-feira (7), o ministro afirmou que a oferta expressiva de produtos agrícolas neste ano ajudará a reduzir os preços no próximo período.

    Brasília (DF), 05/02/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, durante entrevista coletiva na Câmara dos Deputados. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
    Marcelo Camargo/Agência Brasil

    “Eu acredito que uma série de produtos que estão mais caros hoje vão ter os seus preços reduzidos com a entrada da safra, que vai ser muito expressiva esse ano. Vai ser uma supersafra, ao contrário do ano passado”, disse Haddad.

    A safra de 2024 foi impactada por eventos climáticos adversos, como a seca no Centro-Oeste e as inundações no Rio Grande do Sul, que afetaram a produção de alimentos essenciais como arroz e milho. O impacto foi sentido diretamente no custo da ração animal, elevando os preços de frango e ovos.

    Crescimento do PIB e inflação sob controle

    Haddad também destacou o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 3,4% em 2024, um dos melhores resultados globais. Para 2025, a projeção do Ministério da Fazenda é de 2,5% de crescimento, com um ritmo mais moderado devido à necessidade de controlar a inflação.

    “A renda das famílias cresceu, elas estão comprando mais e se a oferta não acompanha o crescimento da demanda, você tem um ajuste no preço”, explicou o ministro. Segundo ele, essa “calibragem” na economia será essencial para garantir um crescimento sustentável sem pressões inflacionárias excessivas.

    Com um cenário agrícola mais favorável e ajustes na oferta de produtos, a expectativa é de um alívio nos preços dos alimentos ao longo de 2025, beneficiando diretamente o consumidor brasileiro.

  • Mato Grosso deverá responder por 30% da safra recorde de grãos no Brasil

    Mato Grosso deverá responder por 30% da safra recorde de grãos no Brasil

    A safra de grãos 2024/25 promete ser histórica, com uma previsão de produção de 325,7 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 9,4% em relação à temporada anterior. Deste total, Mato Grosso se destaca, com previsão de colher 98,8 milhões de toneladas de grãos, o que corresponde a mais de 30% da produção nacional.

    De acordo com o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em fevereiro, o desempenho de Mato Grosso deve ser impulsionado, principalmente, pela soja, que se manterá como o principal produto da safra. A previsão é de uma produção de 47,1 milhões de toneladas, o que representa um crescimento significativo de 19,8% em relação à safra anterior.

    Outro produto que tem apresentado crescimento expressivo no Estado é o arroz. Com um aumento de quase 20% na produtividade e no aumento da área plantada, a estimativa é de que a produção alcance cerca de 402 mil toneladas. Esse avanço é um reflexo das melhorias nas práticas agrícolas e das condições climáticas favoráveis para o cultivo.

    Se as previsões de recordes na safra se confirmarem, Mato Grosso manterá sua posição como um dos maiores produtores de grãos do Brasil, desempenhando papel importante no cenário agrícola nacional e nas exportações de commodities.

    O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, aponta que os resultados da safra de grãos têm efeitos diretos sobre a arrecadação estadual, especialmente do Fethab. Toda a sociedade sente os efeitos positivos de uma boa safra do agronegócio, um dos motores da economia estadual.

    Por meio de uma gestão eficiente dos recursos públicos, o Governo tem tocado projetos estruturais como a duplicação da BR-163, entre Rondonópolis e Sinop; a pavimentação da MT-170, ligando Castanheira a Colniza; obras nos municípios; além dos resultados na educação, quando o Estado saiu da 22ª colocação para a 8º lugar da melhor educação pública do país.

    “O resultado do campo precisa ser comemorado por toda a população. Quanto melhor o desempenho na produção de grãos, mais o Estado tem condições de devolver em investimentos. Tudo isso é possível com o auxílio dos nossos produtores rurais, empresas e transportadores, que contribuem com o Fethab. São ações que garantem um ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico e social, colocando Mato Grosso em um patamar de destaque no Brasil”, destaca o secretário.

  • Safra de milho e algodão avança apesar de desafios climáticos e fitossanitários

    Safra de milho e algodão avança apesar de desafios climáticos e fitossanitários

    A semeadura da safra de milho e algodão avança em Lucas do Rio Verde e região, mesmo com desafios que vêm exigindo ajustes técnicos por parte dos produtores. O diretor de pesquisas da Fundação Rio Verde, Fábio Pitellkow, destaca que, apesar das chuvas registradas nos últimos dias, o clima tem permitido a continuidade dos trabalhos no campo, embora em um ritmo mais lento do que o esperado.

    No caso do algodão, o plantio se estendeu além do previsto, o que pode representar um risco maior à produtividade caso falte chuva no futuro. “Estamos conseguindo cumprir as tarefas, mas fugindo um pouco do cronograma esperado. Ainda há áreas comerciais em processo de plantio, o que nos coloca em um período de maior risco de perda de potencial produtivo”, explica Pitellkow. No entanto, ele ressalta que os produtores têm se ajustado tecnicamente, escolhendo materiais mais adequados e adotando estratégias para mitigar possíveis impactos.

    A cultura do milho também enfrenta desafios, especialmente na fase inicial, com uma pressão significativa de lagartas. Pitellkow alerta para a necessidade de monitoramento constante e reforça que as biotecnologias disponíveis nem sempre têm sido plenamente eficazes no controle dessas pragas, tornando necessária a aplicação de defensivos químicos para preservar o potencial produtivo das lavouras. “O percevejo também é uma preocupação constante, pois conhecemos o dano que pode causar. Além disso, a cigarrinha do milho requer atenção, pois mesmo com populações baixas no campo, já observamos no ano passado problemas severos com o complexo de enfezamentos, transmitidos por essa praga”, afirma o diretor da Fundação Rio Verde.

    Colheita de soja

    Enquanto a semeadura do milho e do algodão avança, a colheita da soja ainda está em andamento na região, com um volume significativo a ser retirado do campo no Médio Norte. A umidade e as chuvas têm dificultado o andamento da colheita, mas, de modo geral, os produtores avaliam os resultados de forma positiva. “Sempre investimos para colher mais, e, apesar das dificuldades ao longo do ciclo, temos lavouras com bons potenciais produtivos”, ressalta Pitellkow.

    Entre os desafios enfrentados na safra, ele cita o manejo de nematoides, mancha alvo e a ocorrência de podridão de grãos em alguns talhões. Ainda assim, a perspectiva para a produtividade é favorável. “Conversando com os produtores, percebemos que, de maneira geral, estão satisfeitos com o que planejaram, executaram e agora estão colhendo”, finaliza o diretor de pesquisas.

    A Fundação Rio Verde segue acompanhando o desenvolvimento das lavouras na região e reforça a importância do monitoramento fitossanitário para garantir a segurança produtiva da safra.

  • Conab estima safra recorde de 325,7 milhões de toneladas

    Conab estima safra recorde de 325,7 milhões de toneladas

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção da safra de grãos brasileira 2024/25 será a maior já produzida no país, ficando em 325,7 milhões de toneladas de grãos. O volume representa o crescimento de 9,4% acima da safra anterior. Os dados estão no 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela companhia nesta quinta-feira (13).

    O desempenho é decorrente, principalmente, do aumento de 2,1% na área cultivada, estimada em 81,6 milhões de hectares, e da recuperação de 7,1% na produtividade média das lavouras, que deve chegar a 3.990 quilos por hectare.

    Os dados apontam para aumento na produção total de milho, com expectativa de produção de 122 milhões de toneladas, alta de 5,5% sobre a colheita no ciclo anterior. A colheita da primeira safra do cereal já atinge 13,3% da área plantada.

    “Nesta temporada, houve uma redução de 6,6% na área semeada para o milho 1ª safra. Mas a queda foi compensada pelo ganho da produtividade média, 9,9% maior do que na safra anterior.Com isso, a projeção é que sejam colhidas 23,6 milhões de toneladas apenas neste primeiro ciclo”, disse a Conab.

    Colhendo soja em Mato Grosso
    Colhendo soja em Mato Grosso – Imagem: CenárioMT

    Em relação à segunda safra do milho, a Conab informou que a semeadura foi feita em 18,8% da área e que as condições climáticas são favoráveis. Em razão disso, a projeção é de crescimento de 2,4% para a área de plantio, com expectativa de uma produção de 96 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 6,4%.

    A soja já está com 14,8% da área já colhida. A expectativa é que a produção da oleaginosa chegue a 166 milhões de toneladas, ou seja, 18,3 milhões de toneladas acima do total produzido na safra anterior.

    “O resultado reflete aumento na área destinada à cultura, combinada com a recuperação da produtividade média nas lavouras do país. As condições climáticas foram favoráveis, principalmente no Paraná, em Santa Catarina e na maioria dos estados do Centro-Oeste. As exceções ficam para Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, que registraram restrição hídrica a partir de meados de dezembro”, informou a Conab.

    A área destinada ao plantio de arroz deve atingir 1,7 milhão de hectares, volume 6,4% superior à área cultivada na safra anterior. Com a semeadura praticamente concluída, a Conab alerta que   as altas temperaturas e a redução hídrica dos reservatórios em algumas regiões do Rio Grande do Sul, maior produtor do país, causam preocupações aos produtores, embora não indiquem redução da produtividade média.

    A Conab estima que a produção chegue a 11,8 milhões de toneladas, alta de 11,4% quando comparada à colheita da safra passada.

    Segundo o boletim divulgado pela Conab, é esperado um aumento na safra do feijão, com as três safras da leguminosa chegando a 3,3 milhões de toneladas. A primeira safra do produto já estava com 47% da área colhida em 10 de fevereiro. Houve aumento de produtividade, com a produção estimada em 1,1 milhão de toneladas.

    Para a segunda safra de feijão, o plantio está em fase inicial e a expectativa é que a colheita chegue a 1,46 milhão de toneladas. Para a terceira safra, a projeção é que sejam colhidas 778,9 mil toneladas.

    No caso do algodão, a área de plantio foi estimada em 2 milhões de hectares, com expectativa de crescimento de 4,8%.

    “A semeadura da fibra já passa de 87% da área prevista e a perspectiva aponta para uma produção de pluma em 3,8 milhões de toneladas, um novo recorde para a cultura caso o resultado se confirme”, disse a companhia.

     

    Já para as culturas de inverno, as primeiras estimativas, resultantes de modelos estatísticos, análise de mercado, previsões climáticas e informações preliminares, indicam a produção de trigo, principal produto cultivado, em 9,1 milhões de toneladas. O início do plantio no Paraná tem início a partir de meados de abril e no Rio Grande do Sul em maio. Os estados representam 80% da produção tritícola do país.

  • Governo Federal anuncia Plano de Escoamento da Safra 2024/2025 para otimizar logística agrícola

    Governo Federal anuncia Plano de Escoamento da Safra 2024/2025 para otimizar logística agrícola

    O Governo Federal anuncia nesta quarta-feira (5) o Plano de Escoamento da Safra 2024/2025, um conjunto de iniciativas estratégicas voltadas para a melhoria da infraestrutura e logística do setor agropecuário brasileiro. O objetivo é garantir o transporte eficiente da safra recorde de grãos prevista para este ano. O evento reunirá os ministros dos Transportes, Renan Filho, de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro. Também deverão estar presentes o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

    De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos no Brasil deverá atingir um crescimento recorde de 8,3% em relação à safra anterior, totalizando 322,47 milhões de toneladas. Esse volume representa um acréscimo de 24,62 milhões de toneladas, impulsionado principalmente pela produção de soja e milho. Caso a estimativa seja confirmada, esta será a maior safra da história do país, reforçando a necessidade de uma logística eficiente para o escoamento da produção aos mercados interno e externo.

    O Plano de Escoamento da Safra 2024/2025 integra as ações do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e contempla a retomada e conclusão de obras de infraestrutura, concessões e melhorias estratégicas nos principais corredores de transporte. O foco está na ampliação da capacidade logística de rodovias, ferrovias e portos, assegurando que a produção agrícola brasileira seja transportada de forma ágil e segura, reduzindo gargalos e aumentando a competitividade do setor no mercado internacional.

    O evento reforça o compromisso do governo com a modernização da logística agrícola, priorizando investimentos em trechos estratégicos para atender ao crescimento da produção. A expectativa é que as novas medidas tragam maior previsibilidade ao transporte de grãos, minimizando desafios enfrentados pelos produtores, como custos elevados com frete e dificuldades de acesso a portos de exportação.

    As iniciativas detalhadas no Plano de Escoamento da Safra 2024/2025 serão acompanhadas de perto pelo Ministério dos Transportes e pelos demais órgãos envolvidos, garantindo a execução eficaz das obras e o cumprimento dos prazos estabelecidos. Com essas ações, o governo pretende consolidar um sistema logístico mais eficiente, assegurando que a safra recorde de grãos chegue ao destino final com segurança e competitividade no mercado global.