Tag: Rússia

  • Federação de Automobilismo se une a onda de sanções à Rússia

    Federação de Automobilismo se une a onda de sanções à Rússia

    Seguindo a onda de sanções impostas no mundo esportivo à Rússia, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou nesta terça-feira (1) um pacote de punições para pressionar os russos a interromperem a campanha militar contra a Ucrânia.

    Entre as medidas adotadas está a proibição da realização de competições em solo russo ou bielorusso (país que também sofreu punição por apoiar as ações bélicas). Também foi proibido o uso de bandeiras ou a execução dos hinos destes dois países nos eventos automobilísticos promovidos pela entidade.

    Em relação à participação de equipes da Rússia e da Belarus em eventos da FIA, foi decidido que está proibida. Já os pilotos com estas nacionalidades poderão correr, mas sob a bandeira da FIA.

    “A FIA está observando os desenvolvimentos na Ucrânia com tristeza e choque e espero uma resolução rápida e pacífica para a situação atual. Condenamos a invasão russa da Ucrânia e nossos pensamentos estão com todos aqueles que sofrem como resultado dos acontecimentos na Ucrânia. Gostaria de salientar que a FIA, juntamente com os nossos promotores, agiu de forma proativa sobre este assunto na semana passada e se comunicou de acordo com a Fórmula 1, Fórmula 2, WTCR e a International Drifting Cup”, declarou o presidente da entidade, Mohammed Ben Sulayem.

    Sanções no mundo do esporte

    A Rússia vem sofrendo uma série de punições nos últimos dias em razão da sua campanha militar em solo ucraniano. Na última segunda, por exemplo, a Fifa e a Uefa decidiram suspender a seleção russa e todos os clubes de futebol do país de participarem de qualquer competição organizada por elas, inclusive a próxima Copa do Mundo, que será disputada este ano no Catar.

    Já o conselho executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou que as federações esportivas internacionais proíbam atletas e autoridades russas e bielorrussas de competirem em seus eventos.

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  • Festival de Cinema de Cannes suspende a Rússia

    Festival de Cinema de Cannes suspende a Rússia

    O Festival de Cannes, um dos mais prestigiados e famosos festivais de cinema do mundo, anunciou hoje (1) a suspensão de delegações oficiais russas na edição deste ano do evento, que ocorre entre 17 e 28 de maio, na cidade do sul da França.

    O comunicado da organização do evento também informou que, a menos que a guerra da Rússia contra a Ucrânia cesse, o festival não vai aceitar a presença de pessoas relacionadas ao governo russo.

    A equipe do festival se solidarizou com o povo ucraniano e disse se unir a todos os que se opõem a esta situação “inaceitável” e que condenam a atitude da Rússia e de seus dirigentes de bombardear a Ucrânia.

    “Nós queremos, por outro lado, saudar a coragem de todas aquelas e todos aqueles que, na Rússia, se arriscaram a protestar contra a agressão e a invasão da Ucrânia. Há, entre eles, artistas e profissionais do cinema que não cessaram nunca de lutar contra o regime atual e que não podem ser associados a estes atos intoleráveis e aos que bombardeiam a Ucrânia”, disse o comunicado do festival.

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  • Ataques impactam Ucrânia antes da Paralimpíada de Inverno

    Ataques impactam Ucrânia antes da Paralimpíada de Inverno

    A Ucrânia é uma das maiores potências paralímpicas do mundo – e não somente nos Jogos de Verão, como são conhecidos aqueles disputados recentemente em Tóquio (Japão) e Rio de Janeiro. O país do leste europeu ocupa as seis primeiras posições do quadro de medalhas na Paralimpíada de Inverno desde 2006, em Turim (Itália). Na estreia, em 1998, na cidade japonesa de Nagano, atletas ucranianos já frequentavam o topo do pódio.

    A presença do país nos Jogos de Pequim (China), que iniciam nesta sexta-feira (4), porém, é uma incógnita, devido à ação militar russa na Ucrânia. Em nota divulgada na última quinta-feira (24), quando os ataques começaram, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) condenou a Rússia por quebrar a “Trégua Olímpica”, definida em consenso pelos 193 estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), em assembleia geral realizada em dezembro do ano passado.

    No comunicado, o presidente do IPC, o brasileiro Andrew Parsons, disse estar em contato com a delegação ucraniana, mas reconheceu que levar os atletas à capital chinesa será um desafio “gigantesco”. O espaço aéreo do país está fechado, comprometendo não só a ida a Pequim, mas o eventual retorno a Kiev, que não soa seguro neste momento (nações vizinhas como Polônia e Moldávia têm sido a rota de fuga).

    Em contato por e-mail com a Agência Brasil, o porta-voz do IPC, Craig Spence, informou nesta segunda-feira (28) que a entidade trabalha “em estreita colaboração com o Comitê Paralímpico Ucraniano para tentar levá-los aos Jogos”. Afirmou, ainda, que uma resposta “mais detalhada” será fornecida “assim que possível”.

    Memórias de 2014

    Não é a primeira vez que o paradesporto ucraniano se vê nessa encruzilhada. Há oito anos, a Paralimpíada de Inverno na cidade russa de Sochi foi realizada cerca de uma semana após a Rússia invadir a Ucrânia e anexar a península da Crimeia. No último sábado (26), via Facebook, o presidente do Comitê Paralímpico Ucraniano, Valeriy Sushkevich, lembrou que houve pressão para que a delegação boicotasse os Jogos na ocasião.

    “Reunimos nossa equipe, olhamo-nos nos olhos e decidimos lutar pela vitória da Ucrânia, exatamente onde seria mais difícil de alcançá-la. Tivemos nossa vitória. O mundo ficou mais uma vez maravilhado com o resultado esportivo ucraniano, e o mais importante: nosso desejo de paz na Ucrânia e no mundo”, escreveu o dirigente.

    Apesar da supremacia russa, com 30 ouros, 28 pratas e 22 bronzes, a Ucrânia se destacou ao terminar os Jogos no quarto lugar geral, com 25 pódios ao todo (menos apenas que os anfitriões). Alguns dos ucranianos que foram ao pódio optaram por cobrir a medalha em protesto. Outra manifestação foi a decisão de somente um dos 31 atletas do país em Sochi (o esquiador Mykailo Tkachenko) participar da cerimônia de abertura. Ele foi aplaudido de pé.

    “O que podemos fazer, hoje, como seleção paralímpica nacional? Como Comitê Paralímpico Ucraniano? Trabalhar, preparar, fazer o possível e o impossível para unirmos o mundo pelo que é a Ucrânia, que está poderosamente a lutar pela paz. Nós sabemos onde está nosso campo de batalha”, concluiu Sushkevich, na publicação de sábado.

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    A Ucrânia tem 20 atletas classificados para Pequim. Alguns com tudo para serem protagonistas. Casos de Vitaliy Lukyanenko, dono de seis ouros paralímpicos no esqui cross-country entre esportistas com baixa visão, ou de Liudmyla Liashenko, que iniciou 2022 sendo campeã mundial da modalidade em Lillehammer (Noruega) nas disputas para esquiadores com deficiências físico-motoras e que competem em pé.

    E a Rússia?

    Há pressão para que russos (e os aliados bielorrussos) sejam suspensos e não compitam na China (o que ainda pode acontecer). Spence, do IPC, confirmou à Agência Brasil que a entidade “recebeu comunicados de vários NPCs [sigla em inglês para Comitês Paralímpicos Nacionais]” e disse que o assunto será o principal da reunião do Conselho Administrativo, nesta terça-feira (2).

    No sábado, o Comitê Paralímpico Ucraniano compartilhou, no Facebook, um documento assinado por presidentes das entidades paradesportivas de Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia, direcionado ao IPC. Eles pedem sanções a Rússia e Belarus “por tempo indeterminado” e solicitam “apoio humanitário e financeiro aos atletas paralímpicos da Ucrânia, imediatamente”.

    A Global Athletes também se pronunciou. Formada por esportistas de todo mundo, a entidade divulgou uma carta aberta no último domingo (27) direcionada ao IPC e também ao Comitê Olímpico Internacional (COI), em nome dos atletas ucranianos.

    “Atletas, compatriotas, familiares e amigos estão em grave perigo como resultado desse ataque agressivo de Rússia e Belarus em nosso país. Pedimos que se unam à comunidade internacional para sancioná-los. […] Se o COI e o IPC se recusarem a tomarem medidas, estarão claramente encorajando as violações de leis internacionais cometidas por Rússia e Belarus e enviando uma mensagem ao mundo de que colocaram os interesses deles à frente dos atletas. Seu legado será definido por suas ações”, diz a carta.

    Nesta segunda, o Conselho Executivo do COI recomendou que a participação de atletas e equipes russas e bielorrussas em competições esportivas não fosse liberada. Também manifestou que, nos casos em que isso seja inviável, as federações internacionais não permitissem a exibição de bandeiras ou tocassem os hinos dos países.

    Atualmente, os russos já cumprem uma punição, devido a escândalos de doping, na qual estão impedidos de competir sob a bandeira ou de ouvir o hino do país no pódio, representando somente o Comitê Paralímpico local (RPC, na sigla em inglês). Foi assim, por exemplo, na Paralimpíada de Tóquio. Na última edição dos Jogos de Inverno, em Pyeongchang (Coreia do Sul), há quatro anos, eles disputaram como “atletas neutros”.

  • Fifa impede participação da Rússia na Copa do Mundo

    Fifa impede participação da Rússia na Copa do Mundo

    A Fifa e a Uefa suspenderam, nesta segunda-feira (28), a seleção da Rússia e todos os clubes de futebol do país de participarem de qualquer competição organizada pelas entidades. Com isso, os russos não poderão participar das Eliminatórias para o Mundial do Catar e, consequentemente, da própria Copa do Mundo.

    A punição é por tempo indeterminado e vale para o esporte no campo, na praia ou no salão, seja masculino ou feminino.

    A decisão foi tomada em conjunto pela Fifa e pela Uefa e foi motivada pela ofensiva militar da Rússia sobre a Ucrânia. Em nota, os órgãos lembram que “o futebol está totalmente unido aqui e em total solidariedade com todas as pessoas afetadas na Ucrânia. Ambos os presidentes esperam que a situação na Ucrânia melhore significativa e rapidamente para que o futebol possa voltar a ser um vetor de unidade e paz entre os povos”.

    Pacote de sanções

    O anuncio é feito um dia após a entidade máxima do futebol apresentar um pacote de sanções à seleção da Rússia.

    No domingo (27), em decisão tomada por unanimidade pelo seu Bureau do Conselho, a Fifa afirmou que: “Nenhuma competição internacional será disputada no território da Rússia, com partidas ‘em casa’ sendo disputadas em território neutro e sem espectadores; A associação membro que representa a Rússia deve participar de qualquer competição sob o nome ‘União de Futebol da Rússia (RFU)’ e não ‘Rússia’; Nenhuma bandeira ou hino da Rússia será usado em partidas em que equipes da União de Futebol da Rússia participem”.

  • Jogadores conseguem deixar a Ucrânia e trio está de volta ao Brasil

    Jogadores conseguem deixar a Ucrânia e trio está de volta ao Brasil

    A saga dos atletas brasileiros que tentam deixar a Ucrânia em meio à invasão militar russa chegou ao fim (ou está perto disso) para alguns, mas ainda muito complicada para outros. Neste domingo (27), o lateral Busanello (ex-Chapecoense) e os atacantes Felipe Pires (ex-Palmeiras) e Bill (ex-Flamengo), todos jogadores do Dnipro-1, chegaram ao Brasil. Os dois primeiros desembarcaram em São Paulo e o terceiro no Rio de Janeiro.

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    O trio, que saiu da cidade de Dnipro (a 446 quilômetros de Kiev), iniciou a viagem de volta após cruzar a fronteira com a Romênia, no último sábado (26). Eles percorreram a maior parte do caminho de carro, mas tiveram de andar um trecho a pé. No Instagram, pela ferramenta stories, onde a postagem fica no ar por 24 horas, a esposa de Busanello, Isabella, publicou uma foto da filha Isis, sorridente, com a mensagem: “Feliz porque meu papai já está no Brasil”. Também nos stories, Bill escreveu, em inglês, que ama a Ucrânia e pediu orações ao país.

    “Graças a Deus, estou em casa com a minha família. Agora é ficar tranquilo, descansar mentalmente e fisicamente, porque foi muito desgastante. Uma coisa que será difícil de esquecer. Agora é torcer para as outras famílias saírem o mais rápido possível de lá e acabar esse pesadelo”, disse Felipe Pires pelo stories.

    O grupo com jogadores de futebol de Shakthar Donetsk e Dínamo de Kiev, e os respectivos familiares, que estava no bunker de um hotel de Kiev, deixou a Ucrânia neste domingo, após uma viagem de trem até a cidade de Chernivtsi (a 535 quilômetros da capital), iniciada no sábado. De lá eles seguiram até a fronteira com a Moldávia, onde uma parte ficou e a outra foi para a Romênia, para retornar ao Brasil.

    Entre os atletas estão nomes como o meia Pedrinho (ex-Corinthians), o zagueiro Marlon (ex-Fluminense) e os atacantes David Neres (ex-São Paulo) e Júnior Moraes (ex-Santos). Todos do Shakthar, que tem 13 jogadores brasileiros no elenco.

    Júnior Moraes tem nacionalidade ucraniana e já defendeu a seleção do país. À Agência Brasil, o pai do jogador, Aluísio Guerreiro, disse que a previsão é que o filho chegue ao Brasil na noite de segunda-feira (28).

    A esposa de Pedrinho, aliás, rechaçou que o grupo tenha deixado para trás os jogadores de futsal brasileiros Matheus Ramirez e Jonatan Moreno e o engenheiro eletricista David Abu-Gharbil, que também estavam no hotel. Eles devem conseguir deixar o local na segunda e têm relatado, nas redes sociais, o medo com as explosões registradas em Kiev.

    “Fomos avisados de que as coisas piorariam e que, se tivéssemos ainda meios para sair, que fôssemos o quanto antes. Rapidamente, todos que lá estavam começaram a fechar malas, guardar leite e fralda para as crianças, um desespero total. […] Tudo foi tão rápido que nem paramos para contar quantas pessoas tinham. […] A todo momento, quando alguém precisava ir ao banheiro, avisava. Coisa que eles não fizeram. […] Nunca, jamais, iríamos deixar alguém para trás. Não tem motivo nenhum. Para que faríamos isso?”, argumentou Layla Gabrielly Gomes em sequência de postagens nos stories do Instagram.

    Outros atletas também tentam deixar a Ucrânia. Casos do lateral Juninho (ex-Salgueiro-PE) e dos atacantes Cristian (ex-Brasil de Pelotas) e Guilherme Smith (ex-Botafogo). Eles defendem o Zorya, de Lugansk, que é uma das regiões separatistas da Ucrânia. Segundo o relato dos jogadores pelo Instagram, eles atravessaram o país, de Zaporizhzhya (leste) a Lviv (oeste), e caminharam 60 quilômetros em direção à fronteira com a Polônia, mas foram barrados cerca de quatro quilômetros antes do destino. O grupo passou a noite na estrada, no frio, esquentado por uma fogueira.

    “A melhor decisão foi voltarmos para Lviv, onde vamos ver o que fazer para tentarmos sair novamente. Estava muito difícil lá, muito frio. Não conseguiríamos ficar bem, a previsão era de nevar. Estamos em um hotel que a Embaixada [do Brasil] arrumou e aguardando para saber para onde vamos”, afirmou Juninho pelo stories do Instagram, onde também compartilhou um vídeo com o filho, que o acompanha na tentativa de fuga da Ucrânia, junto da esposa, Vitória.

    Segundo a Embaixada, cerca de 500 brasileiros moram na Ucrânia. Na quinta-feira (24), quando iniciou a invasão russa, a instituição informou que tem orientado os cidadãos por meio do site, da página de Facebook e em grupo do aplicativo de mensagens Telegram.

  • Fifa proíbe Rússia de jogar com hino, bandeira e até de sediar jogos

    Fifa proíbe Rússia de jogar com hino, bandeira e até de sediar jogos

    A Fifa (Federação Internacional de Futebol) anunciou neste domingo (27) um pacote de sanções contra a Rússia, que invadiu a Ucrânia nesta semana. Entre as punições estão a realização de jogos da seleção russa em território neutro e a não execução do hino ou uso da bandeira do país europeu.

    “A Fifa gostaria de reiterar sua condenação ao uso da força pela Rússia na invasão da Ucrânia. A violência nunca é uma solução e a Fifa expressa sua mais profunda solidariedade a todas as pessoas afetadas pelo que está acontecendo na Ucrânia”, diz a entidade.

    Além disso, a entidade máxima do futebol mundial fez um apelo pela “restauração urgente da paz e o início imediato do diálogo construtivo”.

    Segundo o comunicado, a decisão, que foi tomada por unanimidade pelo Bureau do Conselho da Fifa, é de que: “Nenhuma competição internacional será disputada no território da Rússia, com partidas ‘em casa’ sendo disputadas em território neutro e sem espectadores; A associação membro que representa a Rússia deve participar de qualquer competição sob o nome ‘União de Futebol da Rússia (RFU)’ e não ‘Rússia’; Nenhuma bandeira ou hino da Rússia será usado em partidas em que equipes da União de Futebol da Rússia participem”.

    Além disso, a Fifa afirmou que continuará avaliando a situação, considerando, inclusive, a possibilidade de uma sanção mais dura: “uma possível exclusão das competições, que serão aplicadas em um futuro próximo, caso a situação não esteja melhorando rapidamente”.

    A entidade máxima do futebol encerra o comunicado afirmando que “os pensamentos da Fifa permanecem com todos os afetados por essa situação chocante e preocupante”.

  • Mais de 5 mil manifestantes antiguerra já foram detidos na Rússia

    Mais de 5 mil manifestantes antiguerra já foram detidos na Rússia

    Manifestantes contrários à invasão militar da Ucrânia pela Rússia voltaram às ruas em várias cidades russas, hoje (28), para protestar contra a ação coordenada pelo presidente russo Vladimir Putin.

    Segundo a organização não-governamental OVD-Info, as forças policiais russas voltaram a reprimir os atos, “detendo cidadãos de forma arbitrária”. De acordo com a entidade, já passa de 5.000 o número de pessoas detidas em toda a Rússia, desde quinta-feira (24), por protestar contra a guerra.

    Até as 14 horas (horário de Brasília) a OVD-Info ainda não tinha concluído seu balanço das prisões efetuadas neste domingo, mas já contabilizava cerca de 900 detenções. A ONG vem divulgando, diariamente, em seu site, relações com os nomes dos manifestantes detidos por protestar contra a invasão da Ucrânia.

    Na quinta-feira, dia em que Putin declarou guerra à Ucrânia e as forças militares russas iniciaram o ataque ao país vizinho, o Ministério de Assuntos Internos da Rússia divulgou um comunicado informando que havia recebido informações sobre a realização de “eventos públicos não autorizados” em várias partes do país, e que tomaria todas as medidas necessárias para “manter a lei e a ordem”.

    “O Ministério de Assuntos Internos da Rússia declara que quaisquer ações provocativas, agressões contra policiais, descumprimento de seus requisitos legais serão imediatamente suprimidas. As pessoas que cometerem tais crimes serão detidas e processadas”, disse o ministério, pedindo que os cidadãos russos se abstivessem de participar dos protestos. “Não sucumba a pedidos de ações ilegais, avise seus parentes e amigos menores de idade contra a participação em eventos não autorizados e não comprometa sua segurança”.

  • Embaixada da Ucrânia diz que invasão põe em risco a ordem mundial

    Embaixada da Ucrânia diz que invasão põe em risco a ordem mundial

    Em comunicado divulgado hoje (24), a Embaixada da Ucrânia no Brasil afirma que a invasão russa no país é um ato de guerra e tem como objetivo destruir o estado ucraniano, tomar o território à força e estabelecer o controle da ocupação.

    A nota diz ainda que o conflito é um ataque à soberania e integridade territorial da Ucrânia, uma grave violação da Carta das Nações Unidas e das normas e princípios fundamentais do Direito Internacional.

    “A Ucrânia apela à comunidade internacional para que aja imediatamente. Somente passos unidos e decisivos podem parar a agressão de Vladimir Putin contra a Ucrânia. Nossos parceiros devem ativar imediatamente um pacote de novas sanções. Apelamos também às capitais amigas, para que continuem fortalecendo as capacidades de defesa de nosso Estado, fornecendo armas e equipamentos militares. A nossa resposta conjunta depende agora não só da segurança dos cidadãos ucranianos, mas também da segurança dos cidadãos em toda a Europa e do futuro da ordem mundial”, diz a nota.

    https://www.cenariomt.com.br/economia/analise-economica-e-politica-conflito-russia-x-ucrania/