Tag: Rússia

  • Lula diz que Putin e Zelensky “estão gostando da guerra”

    Lula diz que Putin e Zelensky “estão gostando da guerra”

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (13), que os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, “estão gostando da guerra” que começou em fevereiro de 2022 com a invasão dos russos ao território ucraniano. Lula reiterou a posição de neutralidade do Brasil e voltou a defender que os líderes encontrem uma solução negociada para a paz.

    “Eu não faço defesa do Putin, o Brasil foi o primeiro país a criticar a Rússia pela invasão do país. O que eu não faço é ter lado, o meu lado é a paz […]. O Brasil tem uma posição definida, nós estaremos dispostos a participar de qualquer reunião que discuta paz se tiver os dois conflitantes na mesa, se tiver Rússia e Ucrânia, porque senão não é discutir paz”, disse, em Genebra, na Suíça, após participação na conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

    Antes do evento, Lula esteve com a presidenta da Suíça, Viola Amherd, que convidou o líder brasileiro a participar de uma cúpula pela paz entre Rússia e Ucrânia, que será realizada entre os dias 15 e 16 de junho, no país europeu. Lula declinou do convite, reafirmando que o Brasil tem interesse viabilizar discussões caso as duas partes do conflito sentem-se à mesa.

    “Eu tinha mandado uma carta para a presidenta [da Suíça] de que o Brasil não vai participar de uma cúpula em que só tem um lado. A guerra é feita por duas nações, ou seja, se você quiser ir contra a paz, você tem que colocar os dois numa mesa de negociação. Mas [se] você coloca só um lado, você não quer paz”, disse, lembrando a sua conversa com Putin, na última segunda-feira (10).

    “Esta semana mesmo o Putin me ligou, eu mostrei para ele a necessidade de a gente encontrar uma solução, sentar numa mesa de negociação e parar de matar, para que as pessoas comecem a trabalhar e viver suas vidas”, afirmou Lula.

    “Acho que tem que ter um acordo, agora se o Zelensky diz que não tem conversa com o Putin e o Putin diz que não tem conversa com o Zelensky, ou seja, é porque eles estão gostando da guerra, porque senão já tinham sentado para conversar e tentar encontrar uma solução pacífica. Qualquer solução pacífica mata menos gente, destrói menos e é mais benéfica ao povo tanto da Ucrânia quanto da Rússia”, acrescentou o brasileiro.

    Desoneração da folha

    Lula também comentou decisão do Senado de devolver ao governo federal a medida provisória (MP) que restringe as compensações do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

    A MP foi proposta pela equipe econômica para compensar a perda de receitas com o acordo que manteve a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e para pequenos municípios este ano. A ideia era restringir o uso de créditos tributários do PIS/Cofins para o abatimento de outros impostos do contribuinte e colocar fim no ressarcimento em dinheiro do crédito presumido.

    Para o presidente, não há pressão contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já que a responsabilidade pela proposta de compensação é, desde o princípio, do Congresso Nacional.

    “Não sei qual é a pressão contra o Haddad. Todo ministro da Fazenda, desde que eu me conheço por gente, vira o centro do debate quando a coisa dá certo e quando a coisa não dá certo. O Haddad tentou ajudar os empresários construindo uma alternativa à desoneração feita para aqueles 17 grupos; que não deveria ter sido o Haddad a assumir a responsabilidade, mas o Haddad assumiu, fez uma proposta e os mesmos empresários não quiseram”, disse Lula.

    “Então, agora você tem uma decisão da Suprema Corte que vai acontecer. Se em 45 dias não houver um acordo sobre compensação, o que vai acontecer? Vai acabar a desoneração, que era o que eu queria, por isso eu vetei naquela época. Então, agora, a bola não está mais na mão do Haddad, a bola está na mão do Senado e na mão dos empresários: encontre uma solução. O Haddad tentou, não aceitaram, agora encontrem uma solução”, acrescentou o presidente.

    Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo e o Congresso têm prazo para encontrarem uma fonte de receita para compensar o prolongamento da desoneração.

    Criada em 2011 para estimular a geração de empregos, a desoneração da folha das empresas foi prorrogada diversas vezes. No fim do ano passado, os parlamentares aprovaram o projeto de lei da desoneração que prorroga, até 2027, a troca da contribuição previdenciária – correspondente a 20% da folha de pagamento – por uma alíquota entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta de empresas de 17 setores da economia.

    O projeto aprovado pelos parlamentares também cortou de 20% para 8% a alíquota das contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por parte dos municípios com até 156 mil habitantes. A continuidade da política de desoneração custará R$ 26,3 bilhões ao governo em 2024, segundo dados da Fazenda, sendo R$ 15,8 bilhões em relação às empresas e R$ 10,5 bilhões em relação aos municípios.

    O presidente Lula vetou o projeto de lei da desoneração. O Congresso derrubou o veto ainda em dezembro do ano passado, mantendo o benefício às empresas. O governo, então, editou uma medida provisória revogando a lei aprovada. Por falta de acordo no Congresso para aprovação, o governo concordou em transferir a discussão para outros textos.

    Após negociações, no mês passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciaram um acordo para superar o impasse. O benefício será mantido este ano, sendo reduzido gradualmente até 2028, quando os 17 setores da economia voltarão a pagar a alíquota de 20% da folha, como os demais segmentos. O acordo permitiu a extensão do benefício em troca de medidas para elevar a arrecadação e compensar a renúncia fiscal.

    Juscelino Filho

    Lula voltou a falar sobre o indiciamento, pela Polícia Federal, do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Ele é suspeito de uso indevido de recursos públicos para a pavimentação de estradas que dão acesso a propriedades de sua família na cidade de Vitorino Freire, no Maranhão.

    Mais cedo, o presidente afirmou que conversaria com o ministro ainda hoje sobre sua permanência ou não no governo, mas, agora, disse que a conversa ocorrerá após sua viagem à Europa.

    “Não tem essa pressa, quando eu voltar, depois do G7, eu vou sentar eu vou descobrir o que aconteceu de verdade, em uma conversa franca com ele. Porque eu digo para todo mundo, só você saber a verdade, se você cometeu o erro, reconheça que cometeu, se não cometeu, brigue pela sua inocência”, disse Lula.

    Depois da participação na conferência da OIT, ainda hoje, Lula segue para a Itália onde participa da Cúpula do G7, reunião de líderes de sete das maiores economias do mundo. O evento ocorre de 13 a 15 de junho em Borgo Egnazia, na região da Puglia, no Sul do país. Além das reuniões ampliadas de trabalho, a agenda do presidente prevê encontros bilaterais com autoridades.

    Trabalho digno

    Ainda em Genebra, o presidente também teve encontro bilateral com o diretor-geral da OIT, Gilbert Houngbo. Segundo comunicado da Presidência da República, Lula falou sobre as preocupações com as relações trabalhistas, citando a precariedade das novas formas de emprego, e frisou que superar desigualdades é tema central, pois as diversas formas de desigualdades, de gênero, social, racial, se refletem no mercado de trabalho.

    “Houngbo concordou com os pontos apresentados pelo presidente Lula. Falou também sobre o envelhecimento da força de trabalho em diversas regiões, e os consequentes déficits de formação profissional e aumento de gastos previdenciários. Lula citou preocupações sobre como os governos e os sistemas previdenciários devem lidar com a parcela cada vez maior de trabalhadores que preferem ser autônomos”, diz a nota.

    Antes de embarcar para a Itália, o presidente participa da cerimônia de lançamento do selo institucional dos Correios em homenagem aos 35 anos da obra O Alquimista, do escritor brasileiro Paulo Coelho. Coelho mora em Genebra.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Brasil será representado por 112 atletas nos Jogos do Brics 2024

    Brasil será representado por 112 atletas nos Jogos do Brics 2024

    Entre os dias 11 e 23 de junho, a cidade de Kazan, na Rússia, receberá a 7ª edição dos Jogos do Brics 2024, competição multiesportiva organizada anualmente pelos seus países-membros. O Brasil será representado por 112 atletas em 15 modalidades, por meio de termo de colaboração celebrado entre o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU). A edição promete ser um megaevento esportivo que, além dos países-membros do bloco, contará com aproximadamente 60 países convidados.

    O ministro do Esporte, André Fufuca, ressalta a oportunidade única de demonstrar ao mundo que o esporte é capaz de superar todas as diferenças, vencer barreiras antes intransponíveis e promover o verdadeiro espírito de união dos povos. “Nosso time Brasil, por certo, chega a Kazan em plenas condições de conquistar importantes vitórias, o que reafirmará a posição do Brasil entre as grandes potências mundiais do esporte. Mas, para além das vitórias, nossos atletas vestirão as cores da nossa bandeira em sinal de harmonia, como quem ostenta um símbolo inconfundível da paz entre as nações”, afirma.

    A edição de 2024 terá no total 27 modalidades: boxe, break, vôlei de praia, handball de praia, caiaque e canoagem, remo, judô, caratê, koresh, atletismo, tênis de mesa, natação, saltos ornamentais, sambo, nado sincronizado, skate, wrestling, ginástica artística, tênis, wushu, esgrima, baquete “phygital”, futebol “phygital”, ginástica rítmica, xadrez, levantamento de peso e badminton.

    Os Jogos do Brics

    Realizados anualmente, os Jogos do Brics são organizados pelos países-membros do bloco, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e pelos recentemente incorporados Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. A competição não possui modalidades pré-definidas, sendo determinadas pelos anfitriões. Por tradição, cabe ao país que ocupa a presidência realizar a organização do evento.

    Em 2025, será a vez de o Brasil assumir a presidência do Brics, e organizar a competição em território brasileiro.

    Por: Ministério do Esporte (MEsp)

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  • Desinformação nas Olimpíadas (04/06/2024): como IA será usada para semear a discórdia

    Desinformação nas Olimpíadas (04/06/2024): como IA será usada para semear a discórdia

    Conforme as olimpíadas se aproximam, um desconforto começa a crescer. A ameaça desta vez é a desinformação, e não um vírus.

    Em 52 dias as Olimpíadas de Paris terão início, e por mais que seja uma fonte de alegria e entretenimento, também vai acarretar muita controvérsia.

    As Olimpíadas, um símbolo global de união e celebração esportiva, estão sob a sombra de uma ameaça crescente: a desinformação orquestrada por atores de influência russos. Através de campanhas sofisticadas que exploram a inteligência artificial (IA), a Rússia busca minar a credibilidade dos Jogos, semear discórdia e alimentar o medo entre atletas e espectadores.

    As Olimpíadas de Paris 2024, uma celebração da proeza atlética global e da união internacional, estão enfrentando uma ameaça crescente: campanhas sofisticadas de desinformação orquestradas por atores de influência russos.

    Um relatório recente do Microsoft Threat Analysis Center (MTAC) revela uma tendência perturbadora – o uso de inteligência artificial (IA) para criar notícias falsas, vídeos e imagens altamente convincentes, destinadas a minar os Jogos e alimentar o medo entre atletas e espectadores.

    A desinformação se consolida como esporte nas olimpíadas

    Desinformação à espreita em Paris 2024: como a Rússia usou inteligência artificial para semear discórdia
    Créditos: Freepik

    Esta não é a primeira vez que a Rússia tem como alvo as Olimpíadas. As campanhas de desinformação são motivo de preocupação há anos. No entanto, o uso de IA marca uma escalada significativa. Um ator notório, conhecido como Storm-1679, tomou grandes medidas para enganar os espectadores.

    Eles criaram um documentário falso intitulado “Olimpíadas em Queda”, completo com áudio gerado por IA imitando a voz do ator de Hollywood Tom Cruise, criticando o Comitê Olímpico Internacional (COI). Esta produção, completa com uma introdução falsificada da Netflix e resenhas fabricadas, visava dar um ar de legitimidade à sua narrativa falsa.

    Além do documentário “Cruise”, Storm-1679 produziu uma série de conteúdo enganoso. Artigos de notícias falsas disfarçados de veículos de comunicação legítimos, como Euro News e France24, espalharam falsidades sobre questões de segurança pública em Paris.

    Vídeos fabricados que se dizem de agências de inteligência, incluindo a CIA e sua contraparte francesa, foram usados ​​para alertar os espectadores sobre um risco maior de terrorismo durante os Jogos.

    O conflito em curso entre Israel e Hamas também foi explorado. Imagens, geradas com IA de acordo com a Microsoft, retrataram pichações ameaçadoras direcionadas a israelenses que participarão das Olimpíadas.

    Essas imagens perturbadoras evocam a memória sombria das Olimpíadas de Munique de 1972, onde militantes palestinos mataram 11 atletas, treinadores e oficiais israelenses.

    Outro vídeo, supostamente criado por um grupo ultranacionalista turco e amplificado por bots pró-Rússia, amplia ainda mais essa tática. Ele faz referência à tragédia de Munique, sugerindo um ataque semelhante nos próximos Jogos. Embora a origem específica deste vídeo permaneça obscura, sua promoção por contas ligadas à Rússia sugere que faz parte de uma campanha de desinformação mais ampla.

    As ações da Rússia decorrem da decisão do Comitê Olímpico Internacional de proibir os atletas de competirem sob a bandeira russa devido à guerra na Ucrânia. Embora atletas individuais possam competir como neutros sob procedimentos rigorosos de verificação, a Rússia está claramente tentando atrapalhar os Jogos e lançar uma sombra sobre o evento.

    Essas táticas sofisticadas de desinformação baseadas em IA representam uma ameaça real ao espírito das Olimpíadas. É crucial que espectadores e meios de comunicação estejam vigilantes e avaliem criticamente todas as informações encontradas online. Recursos de checagem de fatos e uma dose saudável de ceticismo serão ferramentas vitais na luta contra a manipulação online.

    A comunidade internacional também deve trabalhar em conjunto para combater esses esforços. São necessários esforços colaborativos entre empresas de tecnologia, agências de inteligência e organizações de mídia para expor e desmantelar essas campanhas de desinformação.

    Trabalhando juntos, podemos garantir que as Olimpíadas de Paris 2024 permaneçam como uma verdadeira celebração do esporte e da união internacional, apesar das sombras lançadas por atores maliciosos.

    A desinformação russa representa uma grave ameaça às Olimpíadas de Paris 2024. É crucial que a comunidade internacional se mobilize para combater essa campanha maliciosa. Através da colaboração entre empresas de tecnologia, agências de inteligência, organizações de mídia e o público em geral, podemos expor as mentiras da Rússia e proteger a integridade dos Jogos.

    Desinformação à espreita em Paris 2024: como a Rússia usou inteligência artificial para semear discórdia
    Créditos: Divulgação / Olimpíadas de Paris

    Para garantir o sucesso das Olimpíadas, é necessário:

    • Combater a desinformação na fonte: Desativar as contas de bot e no mínimo marcar conteúdo falso das plataformas online.
    • Verificar fatos: Ampliar o acesso a recursos de checagem de fatos e promover a educação midiática.
    • Aumentar a transparência: Colaborar com as autoridades e compartilhar informações sobre as campanhas de desinformação.
    • Proteger a liberdade de expressão: Salvar o direito à livre expressão e evitar a censura indevida.

    Somente com um esforço conjunto e coordenado podemos garantir que as Olimpíadas de Paris 2024 sejam um verdadeiro símbolo de união, paz e celebração esportiva, livre da sombra da desinformação.

  • Brasil quer contribuir para paz justa e duradoura na Ucrânia, diz Lula

    Brasil quer contribuir para paz justa e duradoura na Ucrânia, diz Lula

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (23), em discurso na cúpula dos Brics, em Joanesbuergo, na África do Sul, que o Brasil quer contribuir com os esforços para um cessar-fogo imediato e uma paz duradoura na Ucrânia.

    Realizado na África do Sul, o encontro de chefes de Estado do bloco de cinco países, que também inclui China, Índia e Rússia, contou com a participação do presidente russo, Vladimir Putin, por videoconferência.

    Em seu discurso, Lula disse que o Brasil tem uma posição histórica de defesa da soberania e integridade territorial das nações e considerou positivo o fato de que há um número crescente de países engajado na tentativa de atingir um acordo para encerrar a guerra que se arrasta há um ano e meio.

    “Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz, tampouco podemos ficar indiferentes às mortes e à destruição que aumentam a cada dia. O Brasil não contempla fórmulas unilaterais para paz. Estamos prontos para nos juntar a um esforço que possa, efetivamente, contribuir para um pronto cessar-fogo e uma paz justa e duradoura”, afirmou Lula.

    Guerra na Ucrânia

    Ele acrescentou que a guerra na Ucrânia mostra as limitações do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e que os Brics têm um papel relevante na solução do conflito.

    “A busca pela paz é um coletivo e um imperativo para o desenvolvimento justo e sustentável. Os Brics devem atuar como uma força pelo entendimento e pela cooperação. Nossa disposição está expressa na contribuição da China, da África do Sul e do meu próprio país para os esforços de solução do conflito na Ucrânia”, enfatizou.

    Lula criticou ainda os gastos militares globais, que superam, segundo ele, US$ 2 trilhões em apenas um ano, enquanto existem 735 milhões de pessoas passando fome no mundo.

    Falando logo em seguida ao presidente brasileiro, Putin afirmou que o conflito na Ucrânia foi provocado por um “neocolonialismo” de países ocidentais e a tentativa dessas nações em manter sua hegemonia.

    Segundo ele, a Ucrânia passou por um golpe de Estado em 2014, referindo-se à Revolução de Maidan, que culminou na retirada do presidente Viktor Yanukovych, e as pessoas que não concordaram com o novo regime foram perseguidas, referindo-se à população etnicamente russa daquele país.

    “Uma guerra de atrito foi lançada contra eles e isso durou oito anos. A Rússia decidiu apoiar as pessoas que lutam por sua cultura, tradições, língua e seu futuro. Nossas ações na Ucrânia são guiadas por apenas um motivo: acabar com a guerra que foi lançada pelo Ocidente contra as pessoas em Donbass”.

    Putin também agradeceu aos “colegas do Brics” que estão buscando soluções para “acabar com essa situação”, por meios justos e pacíficos.

    Brics é o nome dado a um grupo de países que tem como objetivo a cooperação econômica e o desenvolvimento em conjunto. Esse grupo é formado por cinco nações: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Lula: Brasil quer se manter neutro sobre guerra entre Rússia e Ucrânia

    Lula: Brasil quer se manter neutro sobre guerra entre Rússia e Ucrânia

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (1º), que o Brasil faz parte de um grupo de países que quer “se manter neutro” para negociar o fim do conflito entre Ucrânia e Rússia.

    “Não acontecerá nada enquanto Ucrânia e Rússia não tomarem a decisão de que querem a paz. Portanto, o Brasil faz parte de um grupo de países que querem se manter neutros para construir a possibilidade do fim da guerra”, disse Lula, após encontro com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, no Palácio Itamaraty, em Brasília.

    “Estamos tentando formular a oportunidade, quando convier aos dois presidentes, da Rússia e da Ucrânia, de colocar uma proposta de paz na mesa que tem que ser combinada com os dois”, destacou.

    Lula reiterou a posição do Brasil de defesa da integridade territorial da Ucrânia e de condenação da invasão.

    O presidente finlandês disse que tem a mesma opinião sobre o conflito e que toda tentativa pela paz é muito valiosa.

    Niinistö chegou nesta quarta-feira (31) ao Brasil e, além de Brasília, manterá agenda em São Paulo, nesta sexta-feira (2), com foco na promoção comercial e de investimentos. Segundo ele, há várias possibilidade de cooperação econômica entre Brasil e Finlândia, citando comunicação cibernética e economia circular.

    Durante declaração à imprensa, Lula destacou que a cooperação em ciência, tecnologia e inovação é de particular relevância nessa agenda bilateral.

    “A Rede de Inovação Brasil-Finlândia reúne pesquisadores e especialistas e fortalece vínculos entre a pesquisa básica e aplicada dos dois países. Maior colaboração em áreas como comunicações, segurança cibernética, tecnologia militar e transição ecológica certamente trará benefícios concretos. Queremos retomar o dinamismo do relacionamento, inclusive utilizando os cientistas brasileiros na Finlândia, em áreas como 5G e 6G e bioeconomia”, disse.

    Lula citou ainda parcerias no setor de biocombustíveis, serviços aéreos e combate a mudanças climáticas. “Estou certo de que a delegação empresarial que acompanha o presidente Niinistö encontrará excelentes oportunidades de negócios e investimentos no Brasil”, disse. “Em 2022, alcançamos um intercâmbio comercial de US$ 1,8 bilhão. É possível ir ainda muito além disso”, acrescentou o presidente.

    Brasil e Finlândia estabeleceram relações diplomáticas em 1929. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a agenda bilateral é “marcadamente positiva” e existe interesse mútuo em expandir a cooperação em áreas estratégicas. Após a visita da presidenta Dilma Rousseff à Finlândia, em 2015, o presidente Niinistö esteve no Rio de Janeiro, nas Olimpíadas de 2016.

  • Lula recusa convite de Putin para ir a fórum econômico

    Lula recusa convite de Putin para ir a fórum econômico

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou, por telefone, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e reforçou a posição do Brasil para as negociações de um acordo de paz entre russos e ucranianos. Lula recusou o convite de Putin para ir ao Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, evento que ocorre desde 1997 na cidade russa. A edição de 2023 será entre 14 e 17 de julho.

    Desde o início do mandato, Lula articula com diversos países apoio para o fim do conflito na Ucrânia.

    “Agradeci a um convite para ir ao Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, e respondi que não posso ir à Rússia nesse momento, mas reiterei a disposição do Brasil, junto com a Índia, Indonésia e China, de conversar com ambos os lados do conflito em busca da paz”, escreveu o presidente em publicação nas redes sociais.

    No último fim de semana, Lula esteve no Japão para participar da Cúpula do G7, grupo formado por sete dos países mais industrializados do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). O brasileiro teve uma série de encontros bilaterais, e o conflito entre russos e ucranianos esteve na mesa de discussões.

    Nesta semana, Lula também tratou por telefone com o presidente da China, Xi Jinping, sobre a situação da guerra na Ucrânia.

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também esteve no Japão e participou de uma das sessões de debates do G7 sobre paz e prosperidade. Houve tentativa de reunião bilateral entre Lula e Zelensky, mas não foi possível por dificuldade na conciliação das agendas dos dois líderes.

    No G7, Lula manteve sua posição sobre a guerra na Ucrânia, condenando a invasão territorial do país pela Rússia. Segundo o presidente brasileiro, apesar dos esforços, neste momento, não há interesse das partes em falar sobre a paz.

    Para Lula, para que haja negociação, os dois lados terão que ceder em alguma medida. “O Celso Amorim [assessor internacional da Presidência] foi lá na Rússia e depois na Ucrânia. E o Amorim falou que, por enquanto, eles não querem conversar sobre paz. Se um tem uma proposta, é a rendição do outro, se o outro tem uma proposta, é a rendição do primeiro. E ninguém vai se render. Negociação não é rendimento e vai ter um momento que vão querer uma negociação”, disse em coletiva de imprensa, no Japão.

  • Lula relata nova conversa com Xi Jinping sobre Ucrânia

    Lula relata nova conversa com Xi Jinping sobre Ucrânia

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na noite desta quinta-feira (25), que conversou por telefone com o presidente da China, Xi Jinping. A conversa ocorreu no dia anterior e abrangeu diferentes temas, incluindo reunião dos Brics, bloco econômico integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e também sobre a situação da guerra na Ucrânia.

    “Ontem [24] conversei por telefone com o Presidente da China, Xi Jinping. Falamos sobre a conjuntura global, a necessidade da paz na Ucrânia, a participação dos nossos países na cúpula dos Brics em agosto. E sobre nossa parceria estratégica em âmbito bilateral”, escreveu Lula em rede social.

    A conversa ocorre pouco mais de um mês após o encontro bilateral entre os dois presidentes em Pequim, e dias após Lula retornar de viagem ao Japão, onde participou do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7, grupo formado pelos sete países mais industrializados do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).

    Em Hiroshima, entre os dias 19 e 21, Lula se reuniu com 11 chefes de governo e de entidades, quando tratou de assuntos bilaterais e de temas da agenda internacional. Além das questões ambientais e segurança alimentar, que foram centrais durante a cúpula, o assunto que dominou as mesas de debate foi o conflito entre a Rússia e Ucrânia.

    Edição: Marcelo Brandão

  • Brasil pode ajudar na busca pela paz na Ucrânia, diz premiê holandês

    Brasil pode ajudar na busca pela paz na Ucrânia, diz premiê holandês

    O primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, afirmou nesta terça-feira (9), em Brasília, após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que países como o Brasil podem ter um papel relevante nos esforços para pôr fim à guerra na Ucrânia, que já dura mais de um ano. O líder holandês está em visita oficial ao Brasil.

    “O presidente [Lula] explicou em detalhes os passos tomados pelo Brasil, que também são muito importantes para ajudar a encontrar soluções para a situação, para envidar esforços em busca pela paz. Acredito que tudo deve começar com a presidência da Ucrânia, sob liderança da Ucrânia”, afirmou o premiê em declaração à imprensa após a reunião no Palácio do Planalto.

    “É crucial que grandes países, economias como o Brasil, líderes como presidente do Brasil, que eu admiro, nos ajudem a encontrar essa solução”, acrescentou Mark Rutte.

    Por sua vez, Lula afirmou que o Brasil “está fazendo um esforço muito grande” para constituir um grupo de países, entre eles China e Índia, para negociar acordo de paz.

    “Acho que a hora é de diplomacia, não é hora de guerra. Todo mundo sabe que o Brasil condenou a invasão territorial da Ucrânia. Mas, ao mesmo tempo, a continuidade da guerra só vai levar à morte”, disse Lula.

    O presidente brasileiro destacou a visita do assessor especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, que está na Ucrânia, onde deverá se reunir pessoalmente com o presidente do país Volodymyr Zelensky. Há algumas semanas, Amorim também esteve na Rússia, onde se reuniu com Vladimir Putin, presidente do país.

    “Hoje [terça] o Celso Amorim chegou na Ucrânia. Ele já tinha ido à Rússia. Ele viajou 12 horas de trem para poder chegar à Ucrânia. Eu espero que o Celso me traga não a solução, que ele me traga indícios de soluções para que a gente possa começar a conversar sobre paz. Ele já sabe o que o Putin quer, ele agora vai saber o que quer o Zelensky. Vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de pararmos essa guerra”, afirmou Lula.

    Relação bilateral

    Após a reunião no Palácio do Planalto, o presidente Lula e a primeira-dama, Janja da Silva, oferecerão um jantar à delegação holandesa no Palácio do Itamaraty.

    Segundo o Palácio do Planalto, a última parte da visita de Rutte será em Fortaleza, onde o premiê vai conhecer o Terminal Portuário do Pecém, que tem uma parceria de 75 milhões de euros com o Porto de Roterdã, um dos principais da Europa.

    Tradicionais parceiros comerciais do Brasil, os Países Baixos estão entre os maiores investidores estrangeiros imediatos no mercado brasileiro, com estoque de cerca de US$ 126 bilhões em 2021, segundo o governo. Em 2022, foi o quarto país no mundo – e o primeiro da Europa – que mais importou produtos brasileiros, com fluxo de US$ 11,9 bilhões. O Reino dos Países Baixos está em 21º lugar no ranking de países que mais exportaram para o Brasil, com US$ 2,75 bilhões.

    O principal produto brasileiro de exportação para a Holanda foi o petróleo, com 18% do total, seguido por soja (9,5%) e ferro (5,9%). Os combustíveis refinados responderam por 42% dos produtos importados pelo Brasil, seguidos por adubos e fertilizantes (11%) e produtos industrializados (4,7%).

    Edição: Carolina Pimentel

  • Lula defende que Otan, UE e EUA trabalhem pela paz na Ucrânia

    Lula defende que Otan, UE e EUA trabalhem pela paz na Ucrânia

    Em entrevista à agência de rádio e televisão de Portugal ( RTP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que é fundamental que os países trabalhem em um plano de paz que consiga levar à mesa de negociação os líderes russos e ucranianos, com o apoio dos Estados Unidos, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia (UE).

    O presidente procurou esclarecer a posição brasileira em relação à guerra na Ucrânia afirmando que o Brasil não tem posição ambígua. “Eu não sei quem interpreta isso dessa forma. o Brasil tem uma posição clara: condena a Rússia por invadir o espaço territorial da Ucrânia, ponto”. Acrescentou que o país não quer “é se alinhar à guerra, o Brasil quer se aliar a um grupo de países que trabalhem para construir a paz”.

    “Se toda a gente se envolve diretamente na guerra, a pergunta que eu faço é a seguinte: quem é que vai conversar sobre paz? Quem é que vai conversar com os governos que estão em guerra para discutir a paz? Quem é que vai dar esse passo?”, questionou Lula, reafirmando a importância de formar um grupo de países que trabalhe para por fim ao conflito.

    “É preciso construir uma narrativa que convença Putin e Zelensky de que a guerra não é a melhor maneira para resolver os problemas. A Otan, os Estados Unidos e a União Europeia devem “começar a falar em paz e a discutir a questão”.

    Polêmica

    O tema da guerra e declarações recentes do presidente provocaram polêmica nos dias anteriores à visita de Lula a Portugal. Lula disse que as pessoas têm direito de opinião em uma democracia e que ele se limita a cumprir uma visita a um país-irmão com quem o Brasil tem relações privilegiadas.

    “Em Portugal, há também certa polarização com um lado mais extremista de direita com os outros partidos, mas eu não tenho nenhum problema, não vim aqui para entrar na polêmica com o Parlamento português. Vim para cumprir uma agenda e as pessoas não são obrigadas a gostar do Lula, não são obrigadas a gostar do presidente do Brasil”.

    Período de prisão

    Na entrevista à RTP, o presidente falou também sobre o período que passou na prisão após a condenação a nove anos e seis meses (mais tarde 12 anos e um mês) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação penal envolvendo um triplex no Guarujá, em São Paulo. Ele disse que foi um tempo de preparação para o regresso à vida política.

    “Fui vítima da mais grave mentira já contada na política brasileira, uma tentativa de me tirar da eleição [presidencial], conseguiram me tirar da eleição”, lamentou o presidente. referindo-se ao processo de corrupção que determinou a sua detenção por um período de 17 meses, acrescentando que nesse período aproveitou para fazer um exercício de paciência, de consciência. “Para me preparar porque tinha muita certeza de que ia voltar a ser presidente da República, e eu tinha essa vontade porque era preciso consertar o Brasil”.

    “O Brasil que tínhamos construído em três mandatos e meio do PT, com a maior inclusão social da história, tudo isso foi desmontado. Então, eu tinha de reconstruir isso e estou fazendo”, afirmou Lula.

    Maioria parlamentar

    O presidente admitiu a ausência de uma maioria parlamentar, mas destacou a importância da “arte de conversar” e da capacidade de extrair desse diálogo o que é melhor para o povo brasileiro. Para ele, o contrário dessa capacidade de negociar “é uma barbárie antidemocrática” em que se caminha para “um pensamento fascista e autoritário” típica dos negacionistas da política.

    “Nós não podemos negar a política” porque “a política é a arte do exercício da democracia e é importante sermos capazes de negociar com os que pensam o contrário”.

    Diálogo

    Sobre a situação no Brasil, ele apontou o caminho do diálogo que combata a polarização e possa “fazer do brasileiro aquele povo generoso que sempre foi, que gosta de música, que gosta de futebol, que gosta de ser alegre, que gosta de ser educado e que perdeu isso por causa de um presidente fascista que governou o país durante quatro anos”.

    Combate à fome

    Segundo o presidente, seu grande projeto político baseia-se numa ideia simples, ainda que difícil de realizar: que todos os brasileiros possam fazer três refeições por dia.

    Ao ser questionado sobre a forma como pretende acabar com a fome no Brasil, sendo que atualmente 33 milhões de pessoas se encontram nessa situação, ele disse que a questão é solucionar o problema do dinheiro – que é mal distribuído no orçamento. “Cuidar dos pobres é investimento, aumentar o salário mínimo é investimento”.

    Sobre o perigo de aumentar a dívida, Lula lembrou o seu passado, em que provou que era capaz de fazer as coisas sem criar problemas. “Responsabilidade nós temos e vamos colocar em prática”, assegurou.

    *Com informações da RTP – Rádio e Televisão de Portugal.

    Edição: Graça Adjuto

  • Lula defende G20 e quer mais países em governança global

    Lula defende G20 e quer mais países em governança global

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, em entrevista coletiva em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, o fortalecimento de uma governança global que amplie a representatividade de países em espaços de diálogo internacional. “Não quero criar movimento separado do G7. O G7 não depende do Brasil para existir”, declarou.

    Para o brasileiro, um bloco mais amplo de países, a exemplo do G20, deve ser responsável por discutir temas da ordem do dia, como paz entre as nações; meio ambiente; temas econômicos, como inflação e juros; violência; discurso de ódio nas redes digitais; e fortalecimento da democracia.

    “Quando criamos o G20, foi porque o G7 tinha entendido que ele já não tinha o tamanho necessário para discutir a crise de 2008”, pontuou. Lula disse ainda que o Brasil quer ser protagonista em temas globais. “Eu respeito todos os países, todas as reuniões que cada um quiser fazer, respeito a autodeterminação dos povos, mas o que quero dizer é que o Brasil tem pensamento próprio e quer voltar a ser ator protagonista de muita influência, sobretudo, nessa questão do clima. Poucas nações têm autoridade política e moral para discutir isso”, apontou.

    Lula, que retorna neste domingo (16) ao Brasil, destacou que a viagem à China representou acordos que somam R$ 50 bilhões. Nos Emirados Árabes, foram negociados investimentos da ordem de R$ 12,5 bilhões por meio de um memorando de entendimento entre o estado da Bahia e o fundo financeiro de Abu Dhabi Mubadala Capital, controlador da refinaria de Mataripe, privatizada em 2021.

    “Em maio, vamos discutir com governadores brasileiros as principais obras no país. E queremos apresentar essas obras a outros países para que empresários que quiserem investir no Brasil tenham opção certa de investimento. O Brasil é um país que tem estabilidade jurídica, estabilidade política e vai se transformar num país de estabilidade econômica. Somos um governo que tem credibilidade na sociedade e com outros países do mundo. Nós garantimos a estabilidade social no país e somos um governo de muita previsibilidade”, declarou.

    Negociação pela paz

    O presidente voltou a defender a negociação da paz entre Rússia e Ucrânia com a reunião de países neutros. “A decisão da guerra foi tomada por dois países. E agora o que estamos tentando construir é um grupo de países que não tem envolvimento com a guerra, que não quer a guerra, que desejam construir paz no mundo, para conversarmos tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia. Mas também temos que ter em conta que é preciso conversar com os Estados Unidos e com a União Europeia”, afirmou. Lula disse ainda que pretende envolver países da América Latina.

    Extradição

    Ao ser questionado, o presidente confirmou a extradição de Thiago Brennand, empresário brasileiro que é acusado de agressão contra mulheres, além de possuir armas ilegais. Lula afirmou que o tema não foi tratado oficialmente com o xeique Mohammed bin Zayed al-Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos.

    “Eu fiquei sabendo que os Emirados Árabes vão fazer a extradição. Quando ela vai acontecer é uma questão da Justiça. A única coisa que eu sei é que se no mundo existir um milhão de cidadãos como este todos merecem ser punidos. Não é aceitável que um brutamonte desses seja agressor de mulheres. Acho que ele tem que pagar”, defendeu.

    Edição: Camila Maciel