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  • Covid-19 já é endemia, diz secretário de Saúde do Rio

    Covid-19 já é endemia, diz secretário de Saúde do Rio

    O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse hoje (11) que a covid-19 já pode ser considerada uma endemia e que é improvável pensar que ela será erradicada. A cidade aboliu praticamente todas as medidas restritivas de prevenção à doença, inclusive o uso de máscaras em locais  fechados, e mantém apenas a exigência de passaporte vacinal para o acesso a ambientes fechados. 

    “A gente já pode considerar a pandemia de covid-19 como uma endemia, uma doença que vai estar presente ao longo do tempo”, disse Soranz, em entrevista à Agência Brasil e à Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

    O secretário esteve na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no Rio de Janeiro, para participar do telejornal Repórter Rio, da TV Brasil, e comentou a decisão tomada nesta semana que desobrigou o uso de máscaras em todos os locais fechados da cidade.

    “A pandemia, agora, já virou uma endemia. Ela se mantém ao longo de um tempo muito grande. Se não aparecer nenhuma nova variante, como aconteceu com a variante Ômicron, a gente vai ter um cenário de muito mais normalidade nos próximos dias”, disse ao Repórter Rio.

    A pandemia de covid-19 foi declarada pela Organização Mundial da Saúde há dois anos, em 11 março de 2020, e especialistas explicam que, apesar de governos locais poderem retirar as medidas restritivas, somente a organização pode declarar o fim da pandemia.

    Dose de reforço

    Apesar da expectativa positiva em relação ao cenário epidemiológico, o secretário fez um apelo para que os 670 mil cariocas que estão com a dose de reforço atrasada busquem os postos para completar o esquema vacinal.

    “O que a gente sabe hoje é que as pessoas vacinadas têm um risco muito pequeno de adoecer gravemente e ir a óbito, mas é importante que elas saibam que a proteção vacinal não dura para sempre, ela dura determinado tempo. Quem fez a sua segunda dose com ao menos quatro meses precisa fazer a dose de reforço, ela é essencial para essa proteção”, explicou. “A gente viu que a dose de reforço protege muito, tem uma capacidade de proteção muito superior à segunda dose. Fica nosso apelo aos cariocas”.

    Soranz afirmou, ainda, que o Rio chegou a uma taxa de positividade de apenas 1,4% nos testes de covid-19, o que significa que há uma média de menos de dois testes positivos em cada 100 realizados. Além disso, a cidade está com uma taxa de transmissão de 0,31, o que indica que 100 casos de covid-19 transmitem a doença para apenas 31, causando uma redução no número de infectados.

    Mesmo assim, a preocupação da prefeitura é com as pessoas que não completaram o esquema vacinal ou não se vacinaram. A exigência do passaporte vacinal só deve ser suspensa quando a cidade atingir 70% da população adulta com a dose de reforço. Atualmente, o percentual está em 55%.

    “[Algumas pessoas] estão adoecendo gravemente e muitas delas demandando serviços hospitalares. Então, a gente precisa muito que elas continuem a se vacinar, acreditem na vacina e continuem a proteger suas vidas e as vidas das pessoas que as cercam”, afirmou.

    Aglomerações no carnaval

    Como o cenário de queda nos casos se manteve mesmo com as aglomerações registradas no carnaval, o secretário de Saúde espera que os desfiles na Marquês de Sapucaí, marcados para abril, aconteçam sem problemas.

    “O carnaval não foi um problema na data original, mesmo com as aglomerações, e a gente espera que o carnaval na Sapucaí aconteça normalmente, que as pessoas possam voltar a ser felizes, estar juntas e voltar um pouco o jeito carioca de ser”, disse ele. “Com esse cenário epidemiológico favorável, a gente tem muita segurança de que dá para fazer [o carnaval], desde que os cariocas continuem a se vacinar e a tomar a dose de reforço”, acentuou.

    Apesar de praticamente todas as medidas restritivas terem sido suspensas na cidade, Daniel Soranz  pondera que elas podem voltar caso alguma nova variante mude o cenário epidemiológico. Ele destacou que ainda não há evidências de que um aumento de casos poderia ser causado pela variante Deltacron, detectada no exterior, e chamou a atenção dos pesquisadores porque ela combina características das variantes Delta e Ômicron.

    “Temos sempre que estar acompanhando qualquer mudança de cenário no Brasil e no mundo, e, se necessário, mudar as medidas restritivas. Mas, nesse momento, a gente tem um cenário muito positivo, de queda permanente”, finalizou.

  • Brasil perde nas duplas e busca virada para avançar na Copa Davis

    Brasil perde nas duplas e busca virada para avançar na Copa Davis

    O Brasil está novamente atrás da Alemanha no confronto pela fase classificatória do Grupo Mundial da Copa Davis, principal torneio por equipes no tênis masculino. Neste sábado (5), no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, o mineiro Bruno Soares e o paulista Felipe Meligeni foram superados pela parceria entre Kevin Krawietz e Tim Pütz por dois sets a um, com parciais de 4/6, 7/6 (7/4) e 6/4, em duas horas e 22 minutos de jogo.

    Os alemães abriram dois a um no duelo, disputado em uma melhor de cinco partidas (quatro de simples e uma de duplas) e estão a um triunfo da fase de grupos da competição, em setembro, que reunirá 16 países, com oito pré-classificados. Os brasileiros terão de vencer os próximos dois jogos para virar o confronto. A última vez que o Brasil avançou no Grupo Mundial foi em 2001, com Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni (tio de Felipe) na equipe.

    O próximo jogo do confronto reúne os atletas mais bem colocados de Brasil e Alemanha no ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP, sigla em inglês): o cearense Thiago Monteiro (114º) e Alexander Zverev (terceiro). Na sequência, o paranaense Thiago Wild (216º) encara Jan-Lennard Struff (60º) na partida que finaliza o duelo.

    A escalação de Felipe (92º do mundo nas duplas) para o confronto pelo capitão Jaime Oncins surpreendeu, pois, normalmente, o parceiro de Bruno (19º) na Davis é Marcelo Melo (43º). O paulista, no entanto, vive melhor momento, conquistando recentemente o título do ATP 250 de Santiago (Chile) junto do gaúcho Rafael Matos (440º). O favoritismo, de qualquer forma, estava do lado alemão, já que Pütz é o 12º do ranking e Krawietz é o 14º.

    O primeiro set começou equilibrado, com Felipe soltando o braço e ditando o ritmo da parceria brasileira. No nono game, uma devolução de Bruno, em cima da linha, quebrou o serviço alemão. A dupla europeia tentou reagir na sequência, liderada por Krawietz, mas não aproveitou os dois break points que teve. Melhor para anfitriões, que fecharam a parcial em 6/4, após 43 minutos.

    Os brasileiros tentaram manter o ritmo agressivo no segundo set, mas cometeram mais erros não forçados que no primeiro. No terceiro game, os alemães novamente tiveram break points a favor, mas falharam na recepção dos saques de Bruno, levantando a torcida. Foi a única chance real de quebra de saque na parcial, que teve 57 minutos e foi decidida no tie-break. Krawietz e Pütz conseguiram variar melhor os golpes e venceram por 7/4, empatando a partida.

    O terceiro set começou aberto, com as duplas oscilando e tendo que salvar break points. No quinto game, uma bola na rede de Felipe culminou na primeira quebra da parcial. Os brasileiros sentiram a maior consistência dos alemães e demoraram a reagir. Depois de 46 minutos, um belo voleio de Pütz definiu a parcial em 6/4 a favor dos europeus.

    Edição: Claudia Felczak

  • PIB de Petrópolis deve perder R$ 665 milhões por causa das chuvas

    PIB de Petrópolis deve perder R$ 665 milhões por causa das chuvas

    O Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos na cidade) de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, deve perder R$ 665 milhões em consequência dos efeitos da chuva intensa que caiu na cidade terça-feira (15). O cálculo, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), tem por base o impacto direto apontado na pesquisa junto a 286 empresas, entre os dias 16 e 18 deste mês.

    No total de entrevistados, 65% informaram que as empresas foram atingidas diretamente e o funcionamento não foi restabelecido em 85%. A expectativa de retorno total das atividades leves é, em média, de 13 dias, para os que estimam uma normalização. No entanto, um em cada três entrevistados não sabe dizer, por enquanto, quando esse retorno será possível.

    Ainda conforme a pesquisa, 11% dos entrevistados com as empresas prejudicadas informaram desaparecimento ou morte de funcionários.

    A pesquisa indicou também que nas atividades das empresas, a linha de produção sofreu impacto em 35%. Nas áreas administrativa e de vendas, a influência dos relatos chegou a 30% e 35% dos entrevistados, respectivamente. O alagamento no entorno, citado por 77% dos representantes das empresas impactadas, está entre as maiores dificuldades enfrentadas, como também a falta de energia elétrica e ou telefone, relatada por 60% deles. Dos pesquisados, 31% registraram alagamento no interior da empresa e 23% citaram danos na estrutura física, como quebra de equipamento, desabamento ou condenação de muros e paredes.

    A entidade está instalando hoje (21), na cidade imperial, o Centro de Atendimento ao Pequeno Empresário, na Firjan Serrana, na Rua Dom Pedro I, 579, na área central. A intenção é assessorar gratuitamente as pequenas e micro empresas atingidas pela tragédia que devastou o município. No local, haverá atendimento de instituições de crédito parceiras, como BNDES, AgeRio, Caixa Econômica, Sicoob e Sicredi. O funcionamento nesta segunda-feira será das 15h às 17h e, a partir de amanhã das 9h às 17h.

    Os empresários apontaram o restabelecimento da ordem na cidade e ações emergenciais que impulsionam mais diretamente a qualidade de vida e a recuperação econômica como as principais frentes para a atuação do poder público.

    O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio, ressaltou que a situação é dramática, e que os empresários de Petrópolis já estavam com um passivo provocado pela pandemia da covid-19. “Precisam de um alívio financeiro. As empresas precisam retomar suas atividades, porque as pessoas que sobreviveram precisarão trabalhar e ter renda. Estamos instalando uma agência onde os empreendedores poderão conversar com grandes bancos para atravessar essa turbulência. E o apoio financeiro é uma consequência. Entendemos que as instituições que reuniremos estarão flexíveis com relação aos passivos”, disse.

  • Mutirão retira mais de 100 quilos de lixo da orla do Rio de Janeiro

    Mutirão retira mais de 100 quilos de lixo da orla do Rio de Janeiro

    Um mutirão de limpeza nas praias do Leme, Copacabana, Ipanema e Leblon, na zona sul do Rio recolheu 106 quilos lixo, uma média de 15kg por ponto de apoio espalhados na orla. A ação, que começou às 10h deste sábado, além de manter as praias limpas para o verão, serve para educar e conscientizar frequentadores e turistas sobre o descarte correto dos resíduos. De acordo com a concessionária Orla Rio, que organizou a iniciativa, os objetos mais inusitados coletados serão expostos na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema.

    A limpeza de hoje faz parte do projeto de sustentabilidade e reciclagem de resíduos, o Recicla Orla. O presidente da Orla Rio, João Marcello Barreto, disse que o trabalho de conscientização é muito importante e o descarte correto do lixo já vem sendo feito. “Há dois anos, a Orla Rio criou o projeto Recicla Orla, que já conta com 56 pontos de entrega voluntárias espalhados pela orla. Temos o dever de cuidar das nossas praias, especialmente no verão, quando elas se tornam o principal point dos cariocas e turistas que visitam a cidade”, contou.

    O público foi convidado a participar e teve a oportunidade de saber mais sobre a importância do descarte correto de resíduos e como isso contribui para o ecossistema. A ação teve apoio da Secretaria Municipal de Esportes, e participação de escolinhas esportivas.

    “Conscientizar a população sobre o descarte correto de resíduos será sempre o melhor caminho. Nosso meio ambiente precisa de todo o cuidado possível para que a nossa e as próximas gerações vivam em um ambiente sustentável”, destacou o secretário municipal de esportes, Guilherme Schleder.

    A Orla Rio é responsável por administrar e revitalizar os 309 quiosques e 27 postos de salvamento da orla marítima da cidade. Em 2019, a concessionária passou a realizar programas de Environmental, Social and Corporate Governance (ESG). Um deles é o Recicla Orla, que é um projeto de sustentabilidade de coleta e reciclagem de resíduos sólidos, criado em parceria com a Polen, startup de sustentabilidade. Desde o início do projeto já foram reciclados mais de 609 toneladas de materiais como plásticos, papéis, vidros e metais.

  • Rio suspende visitas a pacientes para evitar contágio pela Ômicron

    Rio suspende visitas a pacientes para evitar contágio pela Ômicron

    A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro informou que visitas a pacientes internados nas unidades da rede estadual estão suspensas temporariamente. “A medida é necessária devido ao aumento dos casos de covid-19 no estado e ao elevado poder de transmissão da nova variante Ômicron”, diz a pasta.

    A secretaria ressaltou que a medida não atinge o direito a acompanhantes de pessoas protegidas por lei. “Ou seja, continua permitida a presença de acompanhantes para crianças, idosos, deficientes físicos e pacientes com transtornos mentais internados nas unidades. Todo acompanhante deve assinar declaração de assintomático no momento da entrada na unidade de saúde” afirma.

    Segundo a SES, em casos específicos, eventualmente definidos por necessidade avaliada pela gestão da unidade, pode ser autorizada a visita duas vezes por semana, como de pacientes com incapacidade psicológica, motora, intelectual ou em casos de extrema gravidade.

    A SES informou que determinou às unidades de saúde garantir ao paciente internado sem acompanhante a realização de visita virtual por familiar pelo menos duas vezes por semana.

    Os acompanhantes são avisados da determinação com antecedência.

    Capital fluminense

    Na cidade do Rio, devido ao alto risco de contágio da covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde suspendeu por 15 dias visitas a pacientes internados em hospitais da rede. A permanência de acompanhantes continua permitida para menores de idade, idosos e portadores de deficiência.

  • Rio tem aumento repentino nos testes positivos para covid-19

    Rio tem aumento repentino nos testes positivos para covid-19

    O estado do Rio de Janeiro registrou um aumento repentino na taxa de positividade dos testes de RT-PCR para detecção da covid-19 a partir de meados da 52ª semana epidemiológica (de 26 de dezembro a 01 de janeiro), segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES). A taxa passou de 1,4%, no fim de dezembro, para mais de 20% nos primeiros dias de janeiro. 

    Esse aumento ainda não se reflete nesta edição do Mapa de Risco da Covid-19, divulgado hoje (7) e que traz dados de semanas anteriores. Segundo o mapa, o estado se mantém em bandeira verde, com cinco regiões na bandeira verde e quatro na amarela. No estudo da secretaria, cada bandeira representa um nível de risco e um conjunto de recomendações de isolamento social, que variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo).

    Os indicadores utilizados para análise do mapa levam em consideração a capacidade instalada (leitos e taxa de ocupação) e o aumento no número de óbitos e internações, além da taxa de positividade. Até o momento, esses dados não apontam para uma piora da situação de risco da covid-19, sendo reflexo do avanço da vacinação em todo o estado.

    “Estamos diante da circulação de uma nova variante com alta capacidade de transmissão. Porém, até o momento, não estamos vendo um agravamento dos casos, que em geral se apresentam de forma leve e até sem sintoma. Parte disso se deve ao grande percentual da população imunizada. Por isso, é extremamente importante que o calendário vacinal seja observado com atenção. Quem ainda não tomou a segunda dose deve procurar um posto de saúde o mais rápido possível, assim como as pessoas que já podem receber a dose de reforço”, disse o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.

    Aumento da testagem

    Com a alta procura por diagnóstico da covid-19, a secretaria está ampliando a capacidade de realização de testes para detecção da doença no estado. Nesta sexta-feira, foram inaugurados seis centros de testagem para casos leves ou de pessoas que tiveram contato com alguém que testou positivo há quatro ou cinco dias.

    As estruturas foram montadas nas unidades de pronto atendimento (UPAs) da Tijuca, Marechal Hermes e Penha, na zona norte, e Bangu, Campo Grande II e Jacarepaguá, na zona oeste. O atendimento ocorre de segunda a domingo, das 8h às 18h, e a capacidade de testagem é de 200 exames por dia. A partir de segunda-feira (10), os testes deverão ser agendados pelo site da Secretaria de Saúde (www.sauderj.gov.br).

    Pacientes com sintomas moderados a graves, como febre acima de 37,5ºC e dificuldades respiratórias, deverão procurar diretamente uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou emergência hospitalar, onde realizarão o teste e passarão por atendimento médico para avaliação do quadro de saúde.

    Na próxima semana, serão abertos mais três postos com maior capacidade diária de realização de testes. Os centros serão instalados no Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e no posto do Iaserj do Maracanã e no Estádio de Atletismo Célio de Barros, também no Maracanã, zona norte do Rio.

    Edição: Fábio Massalli

  • IBGE faz teste do Censo 2022 em comunidade quilombola

    IBGE faz teste do Censo 2022 em comunidade quilombola

    Recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fazem hoje (24) um teste do Censo 2022 na comunidade quilombola Campinho da Independência, em Paraty, no sul fluminense. Neste censo, pela primeira vez, o IBGE fará um recorte específico sobre as características demográficas, sociais e econômicas dos quilombolas, de acordo com o instituto.

    As comunidades remanescentes de quilombos, agrupamentos formados por escravos que escapavam do cativeiro para se libertar dessa condição, são grupos reconhecidos pela Constituição de 1988 como portadores de direitos territoriais coletivos.

    Hoje, serão testados protocolos sanitários de segurança, normas de abordagem e o questionário específico para essas populações.

    Os testes para o Censo 2022, voltados para a população em geral, começaram em vários municípios brasileiros, nas 27 unidades da Federação, no dia 4 de novembro e se estenderão até meados de dezembro.

    O Censo 2022 começa em junho do ano que vem e visitará todos os domicílios do país.

  • Integrantes da CPI da Covid-19 pedem providências a MP e MPF no Rio

    Integrantes da CPI da Covid-19 pedem providências a MP e MPF no Rio

    Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia pediram providências ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e ao Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro. Os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE) estiveram com o procurador-geral de Justiça Luciano Mattos e com um grupo de procuradores federais, que receberam cópias do relatório final da CPI, na tarde desta quinta-feira (11).

    Entre os assuntos que fazem parte do interesse dos senadores, estão possíveis casos de corrupção em hospitais federais do Rio de Janeiro, durante o período da pandemia, com superfaturamento de insumos e compras irregulares.

    “Nós compartilhamos com o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro informações que foram colhidas durante a CPI. Era impossível nos aprofundarmos em investigações nos estados. Informações relacionadas aos hospitais federais do Rio serão compartilhadas ao MPF. Senti em relação aos membros do MPF uma boa vontade muito grande em aprofundar essas informações. Eu creio que seja possível saber quem é o ‘dono’ dos hospitais do Rio de Janeiro”, disse Aziz, que foi o presidente da CPI, sem citar quem seria essa pessoa com influência sobre a rede hospitalar federal do estado.

    Os senadores foram recebidos pelos procuradores-chefes do MPF na 2ª Região (RJES), Artur Gueiros, e do MPF no Rio de Janeiro, Sérgio Pinel. Também estiveram presentes a procuradora regional da República Marcia Morgado, coordenadora do Núcleo Criminal do MPF na 2ª Região, e o procurador da República Eduardo El-Hage, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

    O MPF na 2ª Região é a unidade de segunda instância do órgão, responsável por investigar fatos citados no relatório que estejam vinculados a pessoas que possuam foro por prerrogativa de função no Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Já ao MPF no RJ cabe apurar fatos relacionados àqueles envolvidos que não possuam essa prerrogativa.

    A CPI da Pandemia investigou ações e eventuais omissões do governo federal no combate à pandemia de covid-19 e, ao final, pediu 80 indiciamentos. Entre eles, foi imputado ao presidente Jair Bolsonaro nove crimes, que vão desde delitos comuns, previstos no Código Penal, a crimes de responsabilidade, conforme a Lei de Impeachment. Há também citação de crimes contra a humanidade, de acordo com o Estatuto de Roma, do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.

    Além de Bolsonaro, mais 77 pessoas, entre elas três filhos do presidente, ministros, ex-ministros, deputados federais, médicos e empresários estão na lista. Há ainda duas empresas: a Precisa Medicamentos e a VTCLog. Com isso, são 80 pedidos de indiciamento no relatório.

  • Covid-19: eficácia da AstraZeneca é comprovada contra variante Gama

    Covid-19: eficácia da AstraZeneca é comprovada contra variante Gama

    A aplicação de duas doses da vacina AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), confere alta proteção contra a variante Gama do vírus Sars-CoV-2, causador da covid-19, em pessoas acima dos 60 anos. É o que revela um estudo publicado hoje (28) na revista científica Nature Communications.

    A Gama surgiu em Manaus, no fim de 2020, e foi responsável pela segunda onda da doença no Brasil, de fevereiro até junho deste ano. Atualmente, a variante de prevalência no país é a Delta, surgida na Índia.

    O levantamento foi feito em São Paulo e mediu a proteção que a vacina oferece contra morte por covid-19. A pesquisa mostrou que a segunda dose eleva em cerca de 30% a proteção em relação à aplicação da primeira, com efetividade de 93,6%.

    O estudo envolveu 20 pesquisadores do Brasil, dos Estados Unidos e da Espanha e foi coordenado pelo médico infectologista Julio Croda, da Fiocruz Mato Grosso do Sul. Croda explica que a pesquisa buscou fornecer dados sobre a eficiência da vacina em pessoas mais velhas, já que o envelhecimento causa uma perda natural na imunidade.

    “Sabemos que os idosos têm a questão da imunossenescência [alterações do sistema imunológico provocadas pelo envelhecimento], mas essa análise nos maiores de 60 anos mostra que, mesmo no contexto da circulação da Gama, o esquema vacinal completo garante uma boa proteção. Daí a necessidade de buscar os faltosos, encontrar todo mundo que não completou o esquema vacinal e garantir que tomem as duas doses”.

    Ensaios clínicos

    O estudo foi feito após ensaios clínicos em outros países indicarem uma queda na efetividade da primeira dose das vacinas contra as novas variantes. A pesquisa foi feita com 61.164 pessoas e mostrou que 28 dias após a primeira dose, a efetividade contra a covid-19 sintomática era de 33,4%, sendo de 55,1% contra hospitalização e de 61,8% contra a morte entre idosos.

    A medição feita 14 dias após a segunda dose mostrou que a efetividade vai para 77,9% contra a doença sintomática, 87,6% contra a hospitalização e 93,6% contra o óbito. Na população em geral, a efetividade da vacina AstraZeneca/Fiocruz é de 76% com a primeira dose para prevenção de doença sintomática.

    Variante Delta

    Segundo Croda, para medir a efetividade da vacina contra a variante Delta, serão necessários mais “dois ou três meses de predomínio”. Mas, segundo ele, tudo indica que a proteção com as duas doses se mantém. “Se houvesse uma mudança, a gente ia verificar um aumento de casos e a aceleração dos óbitos. E não estamos observando isso até o momento. O Rio foi epicentro da Delta, e a tendência é redução de hospitalização e morte. Acredito que as vacinas continuam funcionando para a Gama e a Delta”, diz o pesquisador.

    *Título alterado às 13h35 para correção de informação. O estudo mostra que a aplicação de duas doses da AstraZeneca confere alta proteção contra a variante Gama, e não contra a Delta, como havia sido informado.

  • Pesquisadores confirmam presença de onça-parda na zona oeste do Rio

    Pesquisadores confirmam presença de onça-parda na zona oeste do Rio

     

    Vestígios reunidos desde 2007 por pesquisadores confirmaram a presença de onças pardas em áreas de preservação ambiental na zona oeste do Rio de Janeiro. A descoberta ganhou forma quando, no ano passado, câmeras de segurança do Sítio Burle Marx, em Barra de Guaratiba, flagraram o felino durante a madrugada.

    Assista ao vídeo

    Com base nesses achados, o grupo publicou umartigo científico neste mês na revista Check List, em que destaca que esse é o primeiro registro comprovado do animal na capital fluminense em cerca de 80 anos. A espécie chegou a ser considerada extinta na lista municipal de fauna e flora ameaçada.Também conhecida como suçuarana, a Puma concolor circula no Parque Estadual da Pedra Branca, no Parque Municipal do Mendanha e na Reserva Biológica de Guaratiba, segundo o biólogo e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Jorge Pontes, um dos responsáveis pelo artigo. Já havia registro desses animais em outras partes do Grande Rio, como em Magé, Tinguá e Itaboraí, e uma das possibilidades é que eles podem ter partido das bordas da região metropolitana para retornar aos resquícios de Mata Atlântica na capital.“A importância é que é um animal do topo de cadeia alimentar, e que é mais exigente. Se ele sobrevive no Rio, pode ser indício não só da adaptação dele a áreas periurbanas e urbanas, mas também de que tem lugar para ele se refugiar. Isso vai ter que fazer com que os órgãos públicos pensem em políticas para a fauna”, afirma o pesquisador, que destaca a importância de preservar corredores entre essas grandes áreas de preservação, como a Floresta do Camboatá, que fica entre os maciços do Mendanha e Pedra Branca.Pontes alerta que a divulgação da presença das onças-pardas também deve servir para que os órgãos públicos se preparem para combater a caça a esses animais. Ele destaca que o próximo passo necessário para entender melhor o retorno das onças ao Rio é um estudo para localizá-las e monitorá-las, porque os dados reunidos até agora não permitem concluir qual é o tamanho da população dos felinos na cidade.Vizinhos de áreas populosas, os parques onde a onça deixou vestígios são frequentados por cariocas e turistas em busca de trilhas e cachoeiras. O biólogo explica que essas onças não costumam atacar seres humanos e são curiosas.“Quando ela encontra alguém, geralmente é por acidente. O melhor é você ficar onde você está e deixar que ela siga o caminho dela. Esses encontros são muito rápidos. Ela dá de cara e foge”, diz Pontes, que acrescenta que, caso sejam avistados filhotes do animal, eles devem ser deixados na mata. “Ele pode parecer perdido, mas a mãe só saiu para buscar comida”.As onças-pardas são animais solitários, que só andam em pares na época do acasalamento, descreve o biólogo. Quando têm filhotes, as mães criam os mais novos até que eles possam ganhar autonomia e seguir seu caminho na mata. A espécie é considerada ameaçada por diferentes países e sua presença se estende por biomas de praticamente todo o continente americano, do Canadá à Patagônia da Argentina.Quando adultos, esses felinos podem ter até dois metros do focinho até a ponta da calda, mas têm um porte mais esguio do que a onça pintada. Entre suas presas estão animais como a cotia, o gambá e o porco do mato, que teve sua presença recentemente constatada no Parque Municipal do Mendanha. Pontes alerta que a preservação ambiental também é importante para que as onças encontrem comida na mata e não se sintam atraídas por animais de rua ou de estimação, o que pode fazer com que entrem no perímetro urbano.

    Edição: Denise Griesinger