Tag: Rio 2016

  • Rosane Santos pensa em Tóquio e projeta também aposentadoria

    Rosane Santos pensa em Tóquio e projeta também aposentadoria

    Dona do histórico quinto lugar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, na categoria até 53kg do halterofilismo, a carioca Rosane Santos, de 33 anos, está na reta final de preparação para o Open Adulto. Qualificatório para os Jogos de Tóquio, o evento vai ocorrer entre os dias 12 e 16 de março, em Cali, na Colômbia. “A classificação para Tóquio leva em conta o recorde mundial, que é 227kg, da chinesa Liao Qiuyun. Em 2019, ela fez 102kg no arranco e 125kg no arremesso. Minha meta principal é chegar nos 93kg no arranco e nos 110kg no arremesso. Acredito que com essa marca eu estarei entre as oito primeiras do ranking mundial e ficarei com a vaga”, disse a atleta.

    Outro torneio que vale para o índice será o Campeonato Pan-Americano Adulto, previsto para acontecer entre 18 e 25 de abril, em Santo Domingo, na República Dominicana. Outros torneios internacionais também estão marcados no calendário. Em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), que segue monitorada pela Federação Internacional da modalidade (IWF, sigla em inglês) e Confederação Brasileira de Levantamento de Peso (CBLP), as datas poderão sofrer modificações e, até mesmo, ocorrerem novos cancelamentos.

    Os meses do auge da pandemia da covid-19 foram de muita ansiedade para a atleta. Mas, no meio de tantas indefinições, ela buscou forças para seguir treinando e deu andamento também ao projeto de aposentadoria, a inauguração de um centro de treinamento da modalidade. O espaço deve ser inaugurado no final de fevereiro no bairro do Butantã, em São Paulo. “No meio do ano, tive crises de ansiedade. Me tratei e comecei a fazer cursos online na minha área (ela cursa o quinto período da faculdade de Fisioterapia, em São Paulo). Isso me ajudou bastante até voltar aos treinamentos. Em relação ao espaço do Butantã, por ser um local pequeno, quero começar com levantamento de peso. Depois, vou incluir outras modalidades. Quero oferecer aulas para jovens carentes da região”, comentou Rosane, que tem mais de 17 anos de dedicação ao levantamento de peso.

    Jogos Olímpicos de Tóquio

    O programa da Olimpíada prevê a classificação dos oito melhores do ranking. Além deles, outros cinco vagas serão destinadas aos melhores de cada continente que ainda não tenham garantido a classificação através de outros critérios. Serão 14 categorias em disputas, sete em cada naipe. De acordo com as alterações feitas recentemente pela IWF, as divisões de peso entre os homens são: 61kg, 67kg, 73kg, 81kg, 96kg, 109kg e acima de 109kg. As mulheres serão divididas entre as categorias 49kg, 55kg, 59kg, 64kg, 76kg, 87kg e acima de 87kg.

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  • Daniel Dias, multicampeão paralímpico, anuncia aposentadoria em Tóquio

    Daniel Dias, multicampeão paralímpico, anuncia aposentadoria em Tóquio

    O nadador brasileiro Daniel Dias revelou nesta terça-feira (12), pelo Instagram, que vai encerrar sua carreira de atleta profissional este ano, depois de participar da Paralimpíada de Tóquio (Japão), adiada para o período de 23 de julho a 8 de agosto. Considerado um expoente da natação e do esporte paralímpico, o atleta disse que planeja conquistar mais cinco medalhas na edição deste ano da Paralimpíada. 

    Estou muito feliz porque esta decisão já está tomada há um tempo, eu já venho traçando objetivos e já venho com plano de anunciar a aposentadoria. Eu sou muito grato a Deus pela natação, e pela natação.  Eu jamais imaginei que eu chegaria aonde cheguei. Se eu fosse escrever, lá quando eu comecei, há 16 anos atrás, tudo que eu conquistei, acho que eu jamais iria conseguir, escrever isso, jamais ia colocar nas palavras nessa carta, se eu fosse ler esta carta hoje, não seria tão perfeito como foi” disse Dias, visivelmente emocionado.

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    O brasileiro se tornou o maior nadador paralímpico do mundo, com 24 medalhas, na Olimpíada Rio 2016: na ocasião, Dias faturou quatro ouros, três pratas e dois bronzes, Mas a coleção de medalhas em grandes competições é bem maior: são ao todo 97 conquistas (33 ouros em Jogos Parapan-Americanos; e 40 medalhas em Mundiais, das quais 31 de ouro).

    Em 2016, Daniel Dias foi contemplado pela terceira com melhor atleta com deficiência do ano com o prêmio Laureus Sports Awards, popularmente chamado de “Oscar do Esporte”. O brasileiro já havia conquistado o título em 2009 e 2013.

    Sobre o futuro após a aposentadoria, o atleta adiantou que pretende continuar perto das piscinas, abraçando outras missões.

    “Hoje eu vejo que eu posso continuar na natação de outra maneira, fazendo outras coisas e ajudando ainda mais a fazer a natação a ser uma referência no país e no mundo. Eu sempre estarei perto do esporte, da natação. O esporte transformou a minha vida e eu quero contribuir dessa maneira, ajudando ainda mais”, concluiu.

     

  • Inspirado pela avó, ciclista retoma sonho paralímpico após quarentena

    Inspirado pela avó, ciclista retoma sonho paralímpico após quarentena

     

    A pandemia do novo coronavírus (covid-19) interrompeu treinos e competições pelo mundo. Estar longe dessa rotina, ainda mais em um ano que seria olímpico e que começou com medalhas internacionais, não é fácil para quem vive do esporte. Mas, para Lauro Chaman, a saudade de encarar as pistas e estradas só não é maior que a das visitas frequentes a dona Elvira, de 89 anos, avó do medalhista paralímpico do ciclismo. ebc

    “Ela é minha vida, é a minha inspiração. Além de ser minha madrinha, cuidou de mim quando minha mãe tinha que trabalhar. Morávamos em uma casa simples. Ela e meu avô sempre fizeram o máximo por mim. Tudo que faço hoje, com certeza, é por toda minha família, mas, em especial, pela minha avó e meu filho, que se chama Antônio, mesmo nome do meu avô, que faleceu quando eu tinha 16 anos”, conta Lauro à Agência Brasil. “No começo [da pandemia], era muita incerteza, então, a gente meio que se isolou. Dias atrás, pude ver minha avó com todos os cuidados, mas fiquei um bom tempo sem conseguir. Antes, as visitas eram diárias. Foi complicado. A gente pensa mais na família. O esporte ficava um pouco em segundo plano”, admite.

    Enquanto tenta retomar a rotina familiar, Lauro também volta gradualmente a treinar em Araraquara, cidade do interior paulista em que vive. As atividades externas reiniciaram há cerca de duas semanas, após a flexibilização da quarentena decretada pelo governo estadual, que é revista a cada 14 dias. Ele é acompanhado remotamente pelo técnico Cláudio Diegues, que fica em Santos, no litoral de São Paulo, onde fica a base da equipe de Chaman, a Memorial.

    “[Antes da pandemia] Ele tinha algumas lesãozinhas de tanto tempo em treinamento, em esforço, sem muito tempo [para cuidar delas] devido ao calendário. Então, a primeira coisa [após a paralisação] foi destreiná-lo e cuidar dessas lesões. Agora, ele alterna dia sim, dia não, saindo sozinho, com máscara. O trabalho de base é interno, ele tem rolo de treinamento e faz a parte de reforço muscular de casa”, conta o técnico à Agência Brasil. “Ele tem um personal da parte física [em Araraquara] e a gente faz contatos quinzenais [reuniões virtuais] entre a equipe. À medida que as provas são confirmadas, vamos estruturando o calendário de treinamento”, completa.