Tag: Ricardo Nunes

  • BNDES anuncia crédito de R$ 10,65 bi para obras de mobilidade em SP

    BNDES anuncia crédito de R$ 10,65 bi para obras de mobilidade em SP

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou, nesta sexta-feira (29), com o estado de São Paulo e com a prefeitura da capital paulista quatro contratos de financiamento para obras de infraestrutura e mobilidade, no total de R$ 10,65 bilhões. As ações integram o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e envolvem a expansão do metrô, compra de ônibus elétricos, execução de trecho do Rodoanel e as obras para o novo trem intercidades que vai conectar São Paulo a Campinas.

    De acordo com o presidente do BNDES, Aloysio Mercadante, nos últimos 10 anos, o banco financiou apenas R$ 23 bilhões para São Paulo. “É um esforço muito grande [a assinatura dos atuais contratos]. É praticamente metade do que tivemos em 10 anos recentes”, disse em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    “Isso só é possível porque o senhor [presidente Lula], além de ser uma grande democrata, e demonstrou isso ao longo de toda a sua vida, tem um profundo compromisso com o pacto republicano. Não é fácil um presidente e um vice-presidente, que foram ameaçados de morte, de um golpe de Estado e tudo que nós assistimos recentemente, manter a mesma atitude de compromisso e respeito ao voto popular, com quem é eleito, um PAC que trata com todos os prefeitos e governadores do Brasil. É assim que a gente vai melhorar esse país”, acrescentou Mercadante, em referência à parceria com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e com o prefeito Ricardo Nunes, que são de grupo político de oposição ao governo federal.

    Brasília (DF), 29/11/2024 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante cerimônia para assinatura de contratos de financiamento do BNDES para infraestrutura e mobilidade urbana de São Paulo. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Brasília (DF), 29/11/2024 – Presidente Lula e governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em cerimônia para assinatura de contratos de financiamento do BNDES para infraestrutura e mobilidade urbana de São Paulo – Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Com a Prefeitura de São Paulo, o BNDES assinou contrato de R$ 2,5 bilhões para a aquisição de 1,3 mil ônibus elétricos de fabricação nacional. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, destacou a importância da medida para as metas de combate às mudanças climáticas no país e os recursos da prefeitura que estarão disponíveis para investimentos em outras ações, já que a parceria com o BNDES prevê crédito com juros mais baixos.

    “Um dado importante: 64% de emissão do dióxido de carbono que é emitido na cidade de São Paulo é proveniente dos veículos que circulam em São Paulo: 7 milhões de carros e 1,3 milhão de motos. Mas metade de toda essa emissão de dióxido de carbono são provenientes basicamente dos ônibus, uma cidade com 12 mil ônibus, obviamente, o trabalho de se substituir essa frota de ônibus a diesel para ônibus não poluente. Então, a gente cuida da melhor qualidade do transporte, da questão do meio ambiente, de fazer a prevenção das doenças respiratórias e de cuidar do nosso planeta”, disse Nunes.

    Brasília (DF), 29/11/2024 - O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, durante cerimônia para assinatura de contratos de financiamento do BNDES para infraestrutura e mobilidade urbana de São Paulo. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Brasília (DF), 29/11/2024 – O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes em assinatura de contrato de mobilidade urbana Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Novas vias

    Com o estado de São Paulo, o BNDES assinou contrato para extensão da Linha 2 Verde do Metrô, que atualmente liga a Vila Madalena à Vila Prudente e será prolongada por 8,2 quilômetros. A linha ganhará oito novas estações até o bairro da Penha, onde haverá integrações com a Linha 3 (Vermelha) e a Linha 11 (Coral). A extensão vai exigir a necessidade de 44 novos trens.

    O investimento total é de R$ 6 bilhões, com R$ 3,6 bilhões para os trens e R$ 2,4 bilhões na obra civil. O financiamento do BNDES ao governo paulista refere-se aos trens e garante que sejam produzidos pela indústria nacional. O projeto tem previsão de conclusão até dezembro de 2028 e vai atender 1,2 milhão de pessoas diariamente.

    Para o governador Tarcísio de Freitas, a condicionante de que os trens sejam fabricados no Brasil é fundamental para a geração de emprego e indução da indústria do país. “Uma nova era está se abrindo no transporte ferroviário, no transporte metroferroviário, com a expansão do metrô, com expansão dos trens, ou seja, está se criando a demanda para que a gente possa ter aqui a indústria de material rodando sendo revigorada”, disse.

    Intercidades

    O contrato com o estado prevê, ainda, o trem intercidades, que vai conectar São Paulo a Campinas, numa intervenção que deve beneficiar 11 municípios e 15 milhões de pessoas. O investimento total é de R$ 14,5 bilhões, com R$ 6,4 bilhões de financiamento do BNDES para apoiar o aporte do governo de São Paulo no Eixo Norte da obra. O financiamento foi dividido em duas etapas, sendo a etapa atual, assinada hoje, no valor de R$ 3,2 bilhões. A segunda etapa, de mesmo valor, será assinada em 2025.

    O trem de média velocidade atinge até 140 quilômetros por hora. O serviço expresso entre as duas cidades terá 101 quilômetros de extensão, com serviços paradores entre Francisco Morato e Jundiaí e conexões com os trens intermetropolitanos e a linha 7-Rubi do metrô de São Paulo.

    “O tão sonhado trem intercidades Campinas-São Paulo […], com certeza, vai mudar muito aquele eixo de desenvolvimento. A gente vai poder fazer esse deslocamento em 64 minutos quando o trem estiver pronto”, disse o governador Tarcísio, contando que a previsão é que, em 2029, o serviço com os trens intermetropolitanos comece a operar. O serviço expresso deve funcionar em 2031.

    Já o Rodoanel Mário Covas interliga as 12 rodovias que cortam a Região Metropolitana de São Paulo, facilitando o tráfego, especialmente de caminhões, e melhorando o acesso ao porto de Santos. Em março de 2023 foi realizado o leilão da parceria público-privada do trecho norte do Rodoanel, que deverá desviar o tráfego de cerca de 30 mil caminhões e 54 mil automóveis da Marginal Tietê por dia. O investimento total é de R$ 3,4 bilhões, dos quais R$ 2 bilhões destinados à finalização. O financiamento do BNDES é de R$ 1,35 bilhão.

  • Ricardo Nunes agradece vitória após campanha polarizada

    Ricardo Nunes agradece vitória após campanha polarizada

    O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), subiu ao palanque cerca de meia hora após o resultado ser declarado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao lado de familiares e apoiadores, e discursou para agradecer o apoio do paulistano. O mandatário reeleito lembrou dos ataques dirigidos à sua esposa e o apoio do governador Tarcisio de Freitas, que estava ao seu lado no palco. “A campanha terminou, a hora das diferenças passou, e vamos governar para todos”, afirmou.

    Ao citar as críticas e posições de seus dois principais adversários, disse que “a democracia deixou uma grande lição”.

    “O equilíbrio venceu todos os extremismos. São Paulo falou e mandou recado para todo o país. O que o povo precisa é de emprego, segurança, melhorias e oportunidades”, disse.

    Ele lembrou do ex-prefeito Bruno Covas, quando dizia que não se faz política com ódio. Nunes foi eleito vice-prefeito de Covas há quatro anos, e cujo filho, Tomas, esteve presente na comemoração, em meio aos políticos.

    Ricardo Nunes falou das obras realizadas e do reconhecimento aos esforços de seu governo. “A política não pode ser feita com máscaras ao invés de realizações, com posições de extremos ideológicos, mas deve se preocupar com resultados concretos para a população”.

    Presença constante nos palanques de campanha, o governador Tarcísio de Freitas acompanhou Nunes no evento deste domingo, e atribuiu a vitória à frente ampla formada em torno da campanha. “Foi uma vitória do trabalho sobre a lacração, e vem muito mais por aí”, disse.

    Com maioria na Câmara Municipal em seu primeiro mandato, Nunes, que teve dois mandatos como vereador, teve em candidatos e parlamentares eleitos cabos eleitorais atuantes, com peso político na disputa em seus dois turnos, alguns dos quais participaram da gestão em secretarias e subprefeituras, principalmente nos dois últimos anos.

    Falas polêmicas

    Ricardo Nunes, que já se mostrava confiante durante entrevista concedida à imprensa após votar na zona sul da capital, pela manhã, se envolveu em polêmica durante o dia, quando o governador Tarcísio de Freitas, ao lhe acompanhar, comentou sobre factóide envolvendo suposto direcionamento da facção Primeiro Comando da Capital pelo voto de presos provisórios e familiares de presos contra candidatos de direita.

    O candidato Guilherme Boulos, em coletiva durante a tarde, considerou o comentário um crime eleitoral grave. Sua campanha ajuizou ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em resposta às declarações do governador.

    A declaração do governador ocorreu após falas de Nunes, que comentou a participação de Boulos em entrevista a podcast na sexta-feira (25) e reforçou as falas em que colocava o deputado federal do PSOL como um candidato “da desordem”, repetindo o tom usado durante toda a campanha.

    Em nota, a assessoria de Nunes declarou que “por ora, a campanha de Ricardo Nunes (MDB) não vai se manifestar sobre os recentes pedidos de Guilherme Boulos (PSOL) à Justiça”.

  • Combate ao aquecimento global está na pauta da reunião do U20

    Combate ao aquecimento global está na pauta da reunião do U20

    O papel de governos locais como líderes econômicos e políticos mundiais será discutido no encontro de dois dias, que começa nesta segunda-feira (17), no Instituto Tomie Ohtake, na capital paulista. Será o primeiroUrban20 (U20), grupo que concentra cidades do G20 formado pelas principais economias do mundo e co-presidido pelos municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo. Estarão presentes autoridades de 38 municípios e uma das principais pautas será o combate ao aquecimento global.

    “O encontro busca promover a diplomacia urbana, discutir as prioridades estabelecidas pela presidência do G20 sob a perspectiva urbana. Planejar ações e favorecer novos negócios e a cooperação internacional entre os municípios do U20”, informou a prefeitura do Rio em nota.

    Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, as ações de enfrentamento às mudanças climáticas estão nas cidades, que são os motores do crescimento econômico e representam mais de 80% do PIB mundial. Paes acrescentou que é preciso garantir financiamentos aos municípios.

    “São necessários mecanismos, dentro da governança global, que garantam acesso ao financiamento internacional às cidades. Os municípios dos países em desenvolvimento têm potencial para atrair cerca de US$ 30 bilhões em investimentos relacionados ao clima até 2030. O G20 é uma oportunidade única para mostrarmos às maiores lideranças mundiais a importância da reforma financeira global”, disse o prefeito, em nota divulgada pela prefeitura.

    Na visão do chefe do executivo da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, a cúpula é o principal evento do U20. “Uma grande oportunidade para debater ideias e elaborar políticas públicas comprometidas com o desenvolvimento urbano sustentável”, indicou também na nota.
    Nunes ainda deu boas-vindas aos participantes: “A cidade de São Paulo tem a honra de sediar tão importante encontro e, na nossa tradição em receber bem, deseja uma excelente participação e experiência a todos”.

    Segundo o coordenador de Relações Internacionais da capital fluminense, Antônio Mariano, a co-presidência com São Paulo é fundamental e demonstra a prioridade do a capital fluminense em reforçar o desenvolvimento urbano sustentável e a resiliência nas cidades no Brasil e no mundo.

    “São duas das maiores cidades do Sul Global levando a cabo um debate de alto nível com outros prefeitos do G20, prontos para reverter o atual quadro de desigualdade global e mitigar os impactos ambientais e sociais das mudanças climáticas. Esse esforço conjunto visa produzir um entendimento internacional comum sobre a importância das políticas públicas urbanas, de encontrar soluções inovadoras sustentáveis e meios de implementação delas, construindo um futuro mais justo e equitativo para todos”, apontou.

    A segunda reunião do U20, está prevista para novembro, no Rio, e, pela primeira vez, ocorrerá na véspera do encontro de chefes de Estado e de governo do G20. “Como a estrutura local lida mais diretamente com as crises, desde a desigualdade econômica até as catástrofes climáticas, a realização do encontro de prefeitos às vésperas da cúpula do G20 pode promover relevante influência nas discussões de chefes de Estados quanto à governança global e entre os diversos níveis da administração pública”, informa a prefeitura do Rio.

    Edição: Aécio Amado

    — news —