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  • Processo do Reurb da Comunidade Itambiquara conclui primeira etapa, diz Secretário de Planejamento

    Processo do Reurb da Comunidade Itambiquara conclui primeira etapa, diz Secretário de Planejamento

    Moradores da comunidade Itambiquara, zona rural de Lucas do Rio Verde, poderão contar com as propriedades regularizadas. A primeira etapa do processo está praticamente concluída. A informação é da Prefeitura do município e foi dada durante evento nesta quinta-feira (16), na inauguração da Unidade Básica de Saúde da comunidade.

    A localidade está sendo atendida graças à lei federal que instituiu o Reurb (Regularização Fundiária Urbana), procedimento por meio do qual se garante o direito à moradia daqueles que residem em assentamentos informais localizados nas áreas urbanas.

    O processo vem sendo coordenado pela Secretaria de Planejamento e Cidade. O secretário da pasta, Welligton Souto, participou do ato e explicou como está o andamento da aplicação do Reurb. “Nós já estamos com 50% destes processos dentro dos Cartórios pra fazer as novas matrículas. E agora a gente chegou na reta final dessa primeira etapa que compreende este 50%”, explicou.

    Conforme Souto, os demais processos são, em boa parte, de áreas que o município possui no Distrito.

    Notificações

    Ontem, a Secretaria procedeu a notificação de proprietários de imóveis para que as matrículas existentes sejam anuladas para a criação das novas matrículas definitivas. Segundo Welligton, é um procedimento padrão conforme os cartórios.

    “É um processo bastante intenso e de trabalho. Estamos empenhados nisso há quase um ano e meio e agora a gente pode dizer que estamos muito próximo de conseguir os títulos definitivos para estas famílias”, explicou.

    A partir da regularização, o município pode ofertar a infraestrutura necessária para atender os moradores locais, garantindo melhor qualidade de vida.

    Terrenos

    O prefeito Miguel Vaz informou que a área remanescente e que pertence ao poder público será fracionada e comercializada. “Pra que essa comunidade seja efetivamente ocupada, devidamente com projetos aprovados pelo município e a gente vai andar mais longe ainda”, destacou.

    Dentro do processo de garantir melhor qualidade de vida aos moradores, está a pavimentação de vias públicas. “Pavimentar, de preferencia todas as ruas, e tornar aqui uma minicidade, mas que tenha qualidade de vida neste local para que as pessoas possam morar aqui, trabalhar aqui na região, servir a indústria e comércio que tem na região”, assinalou Vaz, indicando que comércios sejam instalados nos terrenos que serão colocados à comercialização em breve.

    A área da comunidade regularizada é de 411.581,81 m² e foi dividida em 455 lotes. Foram beneficiadas 60 famílias, aproximadamente 190 moradores.

  • Presidente de associação comemora fim de impasse relacionado à ‘região dos Macucos’

    Presidente de associação comemora fim de impasse relacionado à ‘região dos Macucos’

    O presidente da Associação de Moradores Colina Verde participou nesta segunda-feira (27)  de coletiva a respeito do processo de reurbanização da localidade conhecida como Recanto dos Macucos. Roberto Pereira comemorou a futura criação do bairro Colina Verde, pondo fim a um impasse de cerca de 20 anos.

    Participaram da coletiva o advogado Leonardo Matos, a procuradora jurídica Derlise Marchiori, secretária de Assistência Social Janice Ribeiro, vice-prefeito Márcio Pandolfi e prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz.

    A localidade foi alvo de Ação Civil Pública por parte do Ministério Público Estadual em 2008 por questões ambientais. O processo foi suspenso após a apresentação do projeto Reurb. O projeto consiste no conjunto de medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais destinadas à incorporação dos núcleos urbanos informais ao ordenamento territorial urbano e à titulação de seus ocupantes.

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    A liminar foi suspensa após a apresentação de um laudo elaborado a pedido do município que assegurou que, após implantação do Reurb, cessarão as questões ligadas a degradação ambiental da localidade. “Esse laudo é bem robusto, demorou um tempo para ser realizado e concluiu que a implantação de infraestrutura e a reurbanização naquele local colocando aparelhos públicos lá, podendo fazer fiscalização e melhorias no local, pararia a degradação ambiental e melhoraria inclusive o meio ambiente, ainda que fosse uma área de preservação permanente”, explicou a procuradora.

    A Ação Civil Pública previa a desocupação total e isolamento da área, sem a possibilidade de utilização. Desde então, a associação de moradores da localidade vinha buscando solução para o impasse. Contudo, em razão da complexidade do processo, postergou uma definição.  A partir de 2017, com criação da Lei n° 13.465 pelo governo federal, que trata sobre regularização fundiária urbana. “A questão do Macuco sempre foi um problema latente, o município não poder atuar lá em questões sociais, questões de saúde, de atendimento às pessoas lá, preocupavam muito o município”, observou o advogado Leonardo Matos.

    Legalização

    O presidente da Associação de Moradores, Roberto Pereira, agradeceu o empenho das autoridades do município. Ele declarou que a região não era local de invasão e sim de pessoas que sonhavam em ter seu terreno para construir moradia e conseguir dar sequencia às suas vidas. “Como presidente não poderia deixar de lutar, como proprietário, e eu sempre cobrava dos prefeitos”, disse, citando que eles não davam sequencia ao pleito apresentado. Pereira destacou o empenho do prefeito Miguel Vaz e do advogado Leonardo, por encontrarem a solução para transformação do Macuco no bairro Colina Verde. “Agora estamos no início da legalização dessas terras. Isso é um sonho que começou 20 anos atrás, de pegar nossos títulos, nossas escrituras para que pudéssemos acabar de criar nossas famílias”.

    Para o prefeito Miguel Vaz algumas situações preocupavam. Ele citou o caso de crianças que tinham de caminhar cerca de mil metros para acessar o transporte escolar, pois não tinha como acessar a localidade por falta de recuperação de estradas. Além disso, o poder público não tinha como atender necessidades básicas das famílias que residem na localidade. “O Ministério Público foi muito presente neste movimento e a associação sempre acompanhando pra que a gente pudesse construir essa solução”, pontuou.

    Nos próximos dias o município encaminha o projeto de criação do bairro Colina Verde para análise da Câmara de Vereadores.

    “Vamos ter a permissão, logo em breve, de melhorar as estradas, de oferecer a infraestrutura pública para aquele local que ainda não sabemos exatamente o desenho, mas que tira esse impedimento que tinha até então e agora passa a ser possível”, concluiu o prefeito.