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  • Reunião define estratégias de prevenção para período proibitivo de queimadas

    Reunião define estratégias de prevenção para período proibitivo de queimadas

    Em uma reunião realizada nesta segunda-feira, representantes da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde, Ministério Público, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil se encontraram para discutir estratégias preventivas durante o período proibitivo de queimadas, especialmente considerando os riscos no período pós-colheita do milho, quando há uma grande quantidade de palhada seca nas propriedades rurais.

    O período proibitivo de uso do fogo em Mato Grosso, este ano, tem prazos diferentes para Amazônia, Cerrado e Pantanal. Para Amazônia e Cerrado o período proibitivo inicia em 1º de julho e vai até 30 de novembro. Já para a região do Pantanal, o período também inicia em 1º de julho, mas segue até 31 de dezembro. Durante esses meses, fica proibido o uso de fogo em áreas rurais para limpeza e manejo, levando em consideração o risco de incêndios florestais de grandes proporções. Já o uso do fogo em áreas urbanas é proibido o ano todo.

    Felipe Palis, secretário de Agricultura e Meio Ambiente, enfatizou a importância da união de esforços para abordar o tema das queimadas, que é crucial para a região e para todo o estado de Mato Grosso. “O período proibitivo já começou e se estende até dezembro devido à estiagem acentuada. Precisamos discutir as questões operacionais e legais, trazendo informações para o público interessado para melhorar o combate aos incêndios. O apoio da população e dos produtores rurais é fundamental, pois não conseguimos fazer nada sozinhos,” afirmou Palis.

    O promotor de justiça Leonardo Gonçalves ressaltou o papel do Ministério Público na orientação e fiscalização para prevenir queimadas ilegais. “Nossa função é orientar sobre as medidas necessárias para evitar incêndios e agir na fiscalização. Quando uma queimada ilegal é constatada, o Ministério Público atua para apurar responsabilidades e aplicar as medidas legais cabíveis. É crucial identificar os responsáveis e garantir que as providências sejam tomadas,” disse Gonçalves.

    Capitão Gleiber de Campos Bertolazo, do Corpo de Bombeiros, destacou a gravidade da situação e a antecipação do período proibitivo devido às queimadas já em andamento no Pantanal. “Recebemos a informação de que o governo do estado iniciará o período proibitivo a partir do dia 17 de junho. Estamos nos preparando para um ano severo em termos de queimadas e contamos com a colaboração do poder público e dos produtores para minimizar os danos ambientais. A maioria das queimadas são causadas por ação humana, e precisamos conscientizar os produtores sobre as medidas de prevenção durante a colheita,” explicou o oficial.

    bombeiro combate queimada secom mt
    Foto: Secom MT

    Edgar Savaris, coordenador da Defesa Civil Municipal, explicou como a instituição pretende auxiliar na prevenção e combate às queimadas. “A Secretaria de Segurança Pública já contratou brigadistas e providenciou o aparato logístico necessário. Este ano, a preocupação é que possamos enfrentar um número maior de incêndios. Estamos prontos para capacitar e treinar brigadistas, além de coordenar ações em caso de grandes incêndios que possam trazer prejuízos,” afirmou Savaris.

    A reunião faz parte da programação alusiva ao Dia Mundial do Meio Ambiente e visa preparar melhor a comunidade e os produtores rurais para um período crítico, onde a prevenção e a ação coordenada são essenciais para evitar danos ambientais significativos.

  • Reunião reparatória para o Mutirão do CAR Digital em Lucas do Rio Verde acontece quinta-feira (25)

    Reunião reparatória para o Mutirão do CAR Digital em Lucas do Rio Verde acontece quinta-feira (25)

    A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde convida proprietários rurais e técnicos ambientais para participar de uma importante reunião preparatória para o Mutirão do CAR Digital.

    O evento, que contará com a presença da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), técnicos ambientais da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (FAMATO) e demais autoridades, será realizado no dia 25 de abril (quinta-feira), às 19h, no Auditório do Sindicato Rural (Av. da Fé, 180-N, Tessele Júnior).

    O objetivo da reunião é apresentar os detalhes do Mutirão do CAR Digital, tirar dúvidas dos participantes e esclarecer como funcionará o processo de regularização ambiental das propriedades rurais no município.

    O CAR Digital é um novo sistema eletrônico que visa agilizar e simplificar o cadastro ambiental rural (CAR), tornando o processo mais acessível e eficiente para os produtores.

    A regularização ambiental é fundamental para garantir a legalidade da sua propriedade rural e evitar multas e sanções.

    Não perca essa oportunidade de regularizar seu CAR!

  • Professores de universidades e institutos federais entram em greve

    Professores de universidades e institutos federais entram em greve

    Os professores das universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica iniciaram uma greve nacional nesta segunda-feira (15). Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos na última Mesa Setorial Permanente de Negociação, ocorrida quinta-feira (11).

    De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta apresentada pelo governo federal foi de reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio alimentação, que passaria de R$ 658, para R$ 1000; no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90, além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementar.

    A proposta foi rejeitada em reunião com a participação de 34 seções sindicais do setor, que também votaram pelo movimento paredista resultando em 22 votos favoráveis, sete contrários e cinco abstenções.

    Na pauta nacional unificada, os docentes pedem reajuste de 22,71%, em três parcelas de 7,06%, a serem pagas em 2024, 2025 e 2026. Também estão na pauta a revogação da portaria do Ministério da Educação 983/20, que estabelece aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A revogação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum para a Formação de Professores (BNC-Formação) também estão em discussão.

    O Comando Nacional de Greve (CNG) será instalado hoje (15) às 14h30, em reunião na sede do Andes, em Brasília, e, às 16h, o movimento paredista participará também de uma audiência pública, na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, para debater as mobilizações e paralisações das servidoras e dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais.

    Na terça-feira (16), até o dia 18 de abril, o movimento dará início à Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Está prevista ainda a realização de uma semana de atividades locais nas instituições entre 22 e 26 de abril.

    Em nota, o Ministério da Gestão informou que, além de formalizar a proposta apresentada na última quinta-feira, também foi assumido o compromisso de abrir, até o mês de julho, todas as mesas de negociação específicas de carreiras solicitadas para dar tratamento às demandas e produzir acordos que sejam positivos aos servidores.

    De acordo com o órgão, já há dez mesas tratando de reajustes para a educação com acordos consensualizados e oito estão em andamento. Além disso, foi criado um grupo de trabalho para tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). “O relatório final do GT, entregue no dia 27/3 à ministra da Gestão, Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação.”

    A nota conclui que a pasta segue aberta ao diálogo com os servidores da área de educação e de todas as outras áreas, “mas não comenta processos de negociação dentro das Mesas Específicas e Temporárias.”

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Science 20 debate no Rio transformações em ciência e tecnologia

    Science 20 debate no Rio transformações em ciência e tecnologia

    O Rio de Janeiro recebe, nesta segunda (11) e terça-feira, no Hotel Windsor Barra, o Science 20 (S20), grupo de engajamento do G20 que trata de temas referentes à ciência e tecnologia. Como o Brasil é o anfitrião este ano do G20, cabe à Academia Brasileira de Ciências (ABC) organizar o encontro, do qual participam representantes das academias de Ciência de 19 países mais a União Europeia, incluindo ainda a União Africana. O tema definido pela ABC é Ciência para a Transformação Mundial.

    A presidente da ABC, Helena Nader, informou que o S20 vai discutir cinco temas: bioeconomia: impulsionando o mundo em direção a um planeta sustentável; desafios da saúde: qualidade, equidade e acesso; inteligência artificial (IA): ética, impacto social, regulamentação e compartilhamento de conhecimento; justiça social: promovendo a inclusão, acabando com a pobreza e reduzindo as desigualdades; e processo de transição energética: energias renováveis, considerações sociais e econômicas.

    Os cinco temas serão trabalhados pelos grupos posteriormente, no formato online e de maneira separada, visando a elaboração de um documento final com sugestões. Os grupos voltarão a se reunir em julho para definir o comunicado que deverá ser encaminhado ao G20, em novembro. Um documento enviado pela ABC para todas as academias participantes já está recebendo contribuições.

    Convergência

    Segundo Helena, a ideia do encontro agora é tentar fazer uma convergência entre as instituições participantes, “porque os temas que serão discutidos têm impacto global. Se a gente não começar a ter convergência, o mundo não anda”, afirmou. Disse também que é importante ter a rede africana no evento, porque ela vai dialogar com as demais academias de ciência do mundo.

    Este será o quinto ano em que Helena participa dos encontros do S20. Os anteriores foram na Arábia Saudita, Itália, Indonésia e Índia. Grupos de engajamento estarão presentes também na reunião, entre os quais aqueles ligados aos oceanos e aos think tanks (laboratórios de ideias). “A gente está tentando fazer convergência. Saúde, por exemplo, depende da ciência, da educação. Quanto mais grupos tiverem propostas que convergem, maior a chance de os governos colocarem isso no documento final”.

    Demografia

    A presidente da ABC destacou que sempre se discute um tema muito importante que é a saúde global. Nesta edição brasileira, ela disse que é preciso ir além disso. “Estamos trazendo, nesta edição, um aspecto extremamente relevante e que o mundo não está discutindo com a intensidade que deve, que são as diferenças demográficas. As demandas de alguns países são para ações de ciência, de educação e saúde voltadas para crianças e jovens”.

    Helena chamou a atenção para o fato de que na maioria dos países do G20, como Japão e China, e na América Latina, tem grande peso o envelhecimento demográfico, enquanto a índia e Indonésia são países de maioria de população jovem. “As demandas são distintas e você tem que ter esse olhar”. Por isso, defendeu que projetos de saúde têm que olhar o mundo como um todo. “Não adianta só olhar os ricos porque, se prestar atenção, várias crises de saúde graves, tirando a covid-19, aconteceram em países economicamente muito vulneráveis. Como acontece agora com a dengue”.

    Considerada doença de país tropical pobre, a dengue já está nos Estados Unidos e, este ano, vai pegar mais estados americanos e mais países, assinalou a presidente da ABC. Por isso, afirmou que mosquitos que transmitem doenças, vírus, bactérias “não têm que ter passaporte. Eles podem entrar em qualquer lugar. São esses aspectos que a gente está querendo colocar para o S20”.

    Conferências

    A Reunião de Iniciação (Inception Meeting), que será realizada hoje e amanhã, apresentará quatro conferências e um novo projeto da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) focado no aprendizado em ciências para a educação.

    As conferências serão feitas por Fernanda De Negri, economista e diretora de estudos setoriais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre Inteligência artificial: desafios para a democracia e a sociedade e Márcia Castro, demógrafa e chefe do Departamento de Saúde Global e População da Escola de Saúde Pública de Harvard, sobre Demografia e desafios da saúde no G20.

    Carlos Henrique de Brito Cruz, vice-presidente sênior da Elsevier Research Networks e professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) falará sobre Oportunidades e desafios para colaboração em pesquisa no G20, e Pedro Wongtschowski, presidente do Conselho Superior de Inovação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) abordará Inovação para inclusão social e sustentabilidade.

    Orientação

    No texto preliminar encaminhado às academias de Ciência do G20, a ABC destacou que “à medida que o mundo continua a enfrentar os impactos multifacetados da pandemia e ainda enfrenta conflitos em diferentes regiões do mundo, os líderes provavelmente deveriam utilizar esse relevante grupo para coordenar esforços na distribuição de vacinas, recuperação econômica, fortalecimento dos sistemas de saúde e a ciência e a tecnologia necessárias para realizá-la. As iniciativas colaborativas e as decisões políticas emergentes dessa reunião desempenharão papel central na orientação do rumo para uma situação mais resiliente e recuperação global inclusiva”, indicou.

    A respeito do G20, o documento lembra que a reunião no Brasil apresenta oportunidade vital para abordar questões ambientais urgentes e promover o desenvolvimento sustentável. “O Brasil, como país que cobre grande parte da Amazônia, um ecossistema global crítico, deverá apresentar discussões sobre conservação ambiental, biodiversidade, proteção e mitigação das alterações climáticas”. Segundo a ABC, à medida que o mundo enfrenta uma escalada de desafios ambientais, as decisões tomadas nessa reunião poderão definir o futuro da comunidade internacional.

    Helena Nader diz ainda no documento que a reunião do G20 tem o potencial de catalisar progressos significativos rumo a um futuro sustentável e resiliente para todo o planeta. O slogan Construindo um mundo justo e um planeta sustentável expressa a vontade do Brasil e seu compromisso de promover acordos justos que promovam desenvolvimento. Também destaca o lema brasileiro deste mandato – a redução da fome, da pobreza e da desigualdade em todo o mundo, bem como o desenvolvimento socioambiental que inclui vida justa e inclusiva, além da transição ecológica.

    Hoje à noite, durante jantar de boas-vindas, a parte cultural ficará a cargo da Orquestra Maré do Amanhã, criada em 2010, que ensina música clássica a crianças e adolescentes de uma das mais violentas favelas do Rio de Janeiro. O diferencial da orquestra é não ser apenas um projeto social, mas oferecer oportunidade real de mudança de vida para seus alunos, preparando cada um para o mercado de trabalho e evitando que sejam arregimentados pelo tráfico de drogas.

    O S20

    O Science 20 (S20) é o grupo de engajamento para a área de ciência e tecnologia do G20. Formado pelas academias nacionais de Ciências dos países do G20, o grupo promove o diálogo entre a comunidade científica e os formuladores de políticas. O grupo foi criado em 2017 e tem secretariado rotativo não permanente. O S20 opera como um fórum, sendo suas reuniões realizadas anualmente, antes da cúpula do G20.

    Ao longo do ciclo anual, os membros do S20 abordam tópicos relevantes e formulam documentos com recomendações específicas e ações implementáveis para o G20. Essas propostas formam a base do comunicado do S20, que é apresentado oficialmente aos líderes do G20 para consideração. As edições anteriores do S20 foram realizadas na Alemanha (2017), Argentina (2018), no Japão (2019), na Arábia Saudita (2020), Itália (2021), Indonésia (2022) e Índia (2023).

    Participam do S20 as academias de Ciências da África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, do Brasil, Canadá, da China, Coreia do Sul, dos Estados Unidos, da França, do Japão, da Índia, Indonésia, Itália, do México, Reino Unido, da Rússia, Turquia e a Academia Europaea, representando a União Europeia. Pela primeira vez, organizações científicas internacionais foram convidadas a participar do processo anual do S20. Foram confirmadas as presenças de representantes da Parceria InterAcademias, Conselho Internacional de Ciência, Academia Mundial de Ciências, Rede Interamericana de Academias de Ciências, Associação de Academias e Sociedades de Ciências da Ásia.

    O Science20 Brasil 2024 tem como Sherpa, nome dado a quem coordena os debates e atividades, a presidente da ABC, Helena Bonciani Nader. O encontro conta com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

    Edição: Graça Adjuto

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  • G20: Brasil quer promoção do trabalho decente para inclusão social

    G20: Brasil quer promoção do trabalho decente para inclusão social

    O Grupo de Trabalho (GT) sobre Emprego do G20 – que integra a Trilha de Sherpas do fórum – apresentou, nesta terça-feira (20) as pautas prioritárias a serem discutidas durante a presidência rotativa do G20 pelo Brasil, até novembro.

    Cerca de representantes de 50 países e organismos internacionais convidados ouviram, durante a primeira reunião do grupo que os temas em destaque são a geração de empregos formais e a promoção do trabalho decente; a equidade e igualdade de gênero; a criação de empregos de qualidade como forma de garantir inclusão social e combater a pobreza; a necessidade de uma transição justa diante das transformações digitais e energéticas; e o uso das tecnologias como meio de melhorar a qualidade de vida e de trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras.

    A partir da divulgação destas prioridades, os países vão debatê-las e também poderão apresentar políticas relacionadas ao tema. No decorrer do ano, uma declaração será construída pelas lideranças do GT e deverá marcar o compromisso dos ministros do Trabalho, Empregos e Seguridade Social do grupo do G20. Em seguida, essa declaração será apresentada aos chefes de estado, na cúpula final, em novembro.

    Após a reunião por videoconferência, a subchefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Maíra Lacerda, garantiu que o GT sobre Emprego do G20 vai priorizar o modelo de desenvolvimento sustentável que não deixe ninguém para trás. “Discutimos entregas concretas porque a nossa presidência do G20 tem a intenção de ser uma presidência que entregue propostas e realizações. Também falamos um pouco sobre a coleta de dados que a gente faz anualmente no âmbito desse grupo de trabalho. E a nossa intenção é construir, finalmente, depois de dois anos, uma declaração de ministros em torno de algumas questões de impasses geopolíticos, neste ano”.

    Em entrevista coletiva à imprensa, da sede do G20, em Brasília, Maíra Lacerda explicou as entregas concretas para este ano que o Brasil planeja. “Um repositório de políticas de proteção social dos trabalhadores; pedir que os membros e convidados apoiem a Coalizão Global da Organização Internacional do trabalho (OIT) pela Justiça Social, encorajar os países a aderirem à Coalizão Internacional pela Igualdade de Pagamento, iniciativa da OIT, da ONU Mulheres e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); efetivar e restaurar o subgrupo de trabalho do G20 sobre desigualdades e sobre o ganho do trabalho, o rendimento do trabalho”.

    Políticas brasileiras

    No balanço sobre a reunião, a técnica do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Maíra Lacerda adiantou que os temas foram bem recebidos pelos países e iniciativas do governo brasileiro em curso também foram destacadas aos participantes, como o combate ao trabalho análogo à escravidão, a erradicação do trabalho infantil e a promoção da equidade entre mulheres e homens no trabalho. “Temos uma rede de saúde e segurança do trabalho, que se encontra de maneira lateral ao nosso grupo de trabalho, que é formado pelos ministérios do trabalho do grupo. Eles estudam e elaboram estudos e apresentações relacionadas ao combate ao trabalho escravo, à inspeção do trabalho no geral, ao combate ao trabalho análogo ao escravo. Então, esse tema, especificamente, é quase uma unanimidade no grupo.”

    A representante do MTE ainda explicou que as políticas de trabalho, cada vez mais, têm impacto global. “A pobreza não fica mais isolada no país. A gente sabe que ela vai de um país para o outro. Então, até os países chamados de mais desenvolvidos estão interessados em debater esse tipo de coisa por causa das questões de migração”, esclareceu Maíra Lacerda.

    Encontro

    A primeira reunião presencial do sobre Emprego do G20 está agendada para 28 e 29 de março e será dedicada aos debates sobre igualdade de gênero e a promoção da diversidade no mundo do trabalho, em celebração ao Dia Internacional da Mulher, 8 de março.

    Na ocasião, o Ministério das Mulheres pretende lançar o primeiro relatório de transparência depois que a Lei da Igualdade Salarial sancionada em julho de 2023.

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Ministro Alexandre Padilha visita região afetada por chuvas em SC

    Ministro Alexandre Padilha visita região afetada por chuvas em SC

    O ministro das Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, se reuniu neste sábado (21) em Blumenau com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, prefeitos e coordenadores das defesas civis de 53 cidades do estado. Essas cidades compõem a Associação dos Municípios do Vale Europeu (AMVE), a Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (AMFRI) e a Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (AMAVI). Também participaram da reunião líderes da sociedade civil, moradores das regiões atingidas pelas fortes chuvas das últimas semanas, que provocaram enchentes em diversas localidades.

    De acordo com publicação do ministro na rede social X, a viagem serviu para alinhar as ações do governo federal.

    “Vamos fazer uma força-tarefa para agilizar a reconstrução das cidades e garantir os recursos federais para o estado. Foi um dia para ouvirmos todas as demandas e articular essa ajuda com os ministérios e o Congresso Nacional”, disse Padilha.

    O governador Jorginho Mello agradeceu a presença do ministro e disse que todos estão trabalhando juntos para ajudar as vítimas das enchentes.

    “Queremos deixar tudo claro para que os gestores possam desenvolver os planos de ação de forma correta e receber os recursos rapidamente. Somos um povo que não se entrega e tenho certeza que, em breve, vamos ter nossas cidades restabelecidas”, afirmou o governador.

    O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, reforçou a necessidade de uma resposta mais efetiva dos governos. “Estamos buscando soluções para minimizar a burocracia e agilizar os recursos. E, também abordando assuntos, como obras que possam evitar novas cheias. São necessárias obras estruturantes, e estamos trabalhando para isso”.

    O ministro das Relações Institucionais foi o terceiro a visitar Santa Catarina em meio à situação de emergência em decorrência das chuvas.

    De acordo com relatório da Defesa Civil do estado, ao todo 152 municípios decretaram situação de emergência.

    *Com informações da Agência Catarinense de Notícias, do governo de Santa Catarina

    Edição: Graça Adjuto
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  • Alckmin discute ajuda à população gaúcha afetada por ciclone

    Alckmin discute ajuda à população gaúcha afetada por ciclone

    O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, convocou, na manhã desta sexta-feira (8), reuniãono Palácio do Planaltopara tratar da situação do Rio Grande do Sulapós a passagem do ciclone extratropical. Representantes de dez ministérios participam do encontro.

    As tempestades já deixaram 41 mortos e atingiramos moradores de 82 municípios, sendo que 79 já têmsituação de calamidade pública reconhecida pelo governo federal. Neste momento, 25 pessoas continuamdesaparecidas em cidades gaúchas.

    Participam do encontro com o presidente em exercício, entre outros, os ministros Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação, José Múcio Monteiro,da Defesa, Nísia Trindade, daSaúde, Waldez Góes, daIntegração e Desenvolvimento Regional, Wellington Dias,do Desenvolvimento Social, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, além do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros.

    Ações

    O governo federal montou um grupo de crise para atender às necessidades das regiões atingidas. Os ministérios já estão mobilizados em caráter emergencial, para acompanhar e apontar medidas que contribuam para minimizar os impactos dos desastres naturais na região. A determinação foi dadapelopresidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viajou, nessa quinta-feira (7) à Índia para reunião do grupo econômico G20.

    Saúde

    O Ministério da Saúde enviou dezkits de medicamentos e insumos de assistência farmacêutica, como seringas esoro, para auxílio à população afetadapelo ciclone extratropical.Cada kit tem capacidade para assistir 1,5 mil pessoas durante um mês. Dessa forma, permitirão o atendimento a 15 mil pessoas no período. Além disso, estoques de vacinas estão sendo reforçados.

    Na quarta-feira (6), dois técnicos do Programa de Vigilância de Desastresdo Ministério da Saúde viajaram ao estado para apoiar ações que reduzam o risco da exposição da população e dos profissionais de saúde a doençasapós as enchentes, bem como danos à infraestrutura.

    O ministériotrabalha em cooperação com os profissionais do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, e enviou profissionais da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) a fim deapoiar o estado.

    Defesa

    O Ministério da Defesa mobilizou 642 militares, oitoaeronaves, dezembarcações e cerca de 50 veículos para apoiar a Defesa Civil gaúchana ajuda às comunidades atingidas pelos temporais.

    As ações são coordenadas pela pasta, a partir do Comando Conjunto Taquari, ativado na última quarta-feira (6).Os esforços conjuntos dos militares das Forças Armadas estão concentrados nos municípios do Vale do Taquari, uma das regiões mais atingidas.

    As tropas atuam em atividadescomo busca e resgate de vítimas, transporte de equipes e famílias, triagem e entrega de roupas e alimentos doados, distribuição de água potável e fornecimento de alimentação aos bombeiros e integrantes de outros órgãos que estãoem campo. Além disso, equipes da área de engenharia também se revezam para desobstruir vias e retirar entulhos.

    As Forças Armadas empregam oitoaeronaves, dezembarcações do tipo bote, 26 caminhões, doisveículos do tipo cisterna de água, duasambulâncias, retroescavadeiras, tratores e 18 viaturas diversas, além de materiais e equipamentos de engenharia, geradores e barracas de campanha.

    Em atendimento à solicitação da Secretaria Estadual de Saúde, o Ministério da Defesa enviou nove médicos militares para atuar na regulação pré-hospitalar de urgência, em coordenação com o governo estadual.

    As forças trabalhamtambémpara instalar dispositivos de acesso à internet nos municípios de Muçum e Roca Sales.

    Conectividade

    O Ministério das Comunicaçõese a Telebrasestão trabalhando para restabelecer a conectividade nos municípios. O ministériodisponibilizou para o estado antenas destinadas àconexão banda larga via satélite. A cidade de Roca Sales voltou a ter os serviços de internet e telefonia.

    De acordo com o ministério, são 13 terminais de satélite transportáveis que vão restabelecer as comunicações em locais afetados pelas intensas chuvas. Os equipamentos saíramde Brasíliana quarta-feira e chegaram a Canoas na madrugada de quinta (7), transportados em aviões daFAB.

    Edição: Graça Adjuto
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  • Copom inicia segunda reunião do ano em meio a receios sobre guerra

    Copom inicia segunda reunião do ano em meio a receios sobre guerra

    Sob receio dos impactos da guerra no Leste europeu sobre a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje (15) a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Amanhã (2), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão.

    Nas estimativas das instituições financeiras, o Copom deverá tirar o pé do acelerador, apesar das pressões atuais sobre a inflação. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a Selic deverá passar de 10,75% para 11,75% ao ano, com alta de 1 ponto percentual. Nas últimas três reuniões, o órgão elevou a taxa em 1,5 ponto a cada encontro.

    Na ata da última reunião, os membros do Copom tinham sinalizado que reduziriam o ritmo de alta da Selic porque as elevações mais recentes ainda estão sendo sentidas pelo mercado. No entanto, a guerra entre Rússia e Ucrânia passou a influenciar a inflação brasileira, por meio do aumento recente dos combustíveis.

    O mercado financeiro sentiu o impacto do conflito. A última edição do boletim Focus elevou a previsão de inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,65% para 6,45% em 2022, apenas por causa da alta dos combustíveis. As próximas projeções podem subir ainda mais, caso os aumentos se disseminem para outros produtos, como alimentos e fertilizantes.

    Para 2022, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior, 5%. Os analistas de mercado consideram que o teto da meta será estourado pelo segundo ano consecutivo.

    Aperto monetário

    Principal instrumento para controle da inflação, a Selic continua em ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018.

    Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até chegar ao menor nível da história em agosto de 2020, 2% ao ano. Começou a subir novamente em março do ano passado, tendo subido 8,75 pontos percentuais até agora.

    Taxa Selic

    A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. É o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

    Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

    Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

    O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.