Tag: #RemMT

  • Programa REM MT fortalece cadeia do pequi com estruturação de agroindústria no norte de Mato Grosso

    Programa REM MT fortalece cadeia do pequi com estruturação de agroindústria no norte de Mato Grosso

    O Programa REM MT está apoiando um projeto de fortalecimento da cadeia produtiva do pequi e frutas na região médio norte do estado, abrangendo os municípios de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, São José do Rio Claro, Santa Rita do Trivelato e Alto Paraguai. O projeto, que conta com a participação de famílias ligadas à cooperativa COPERREDE, visa organizar a produção, coleta e comercialização do pequi e outras frutas, gerando emprego e renda por meio da atividade extrativista sustentável.

    Segundo Nilfo Wandscheer, coordenador do projeto, o apoio do REM MT foi fundamental. “O apoio do REM veio em um momento muito oportuno. Era um sonho conseguir recursos pela cooperativa, considerando a demanda para o desenvolvimento da fruticultura e hortifruti. O apoio chegou no momento certo, beneficiando um assentamento com grande potencial na cadeia do pequi.”

    Os investimentos do Programa REM MT, no valor de R$1,6 milhões, estão sendo aplicados na estruturação de uma agroindústria, na cidade de Alto Paraguai, para a produção de polpas de diversas frutas e para o processamento do pequi. A indústria, em fase de finalização, estará situada em um assentamento que coleta entre 150 a 300 toneladas de pequi por safra. Espera-se que a agroindústria comece a funcionar ainda este ano, após a conclusão das últimas etapas da obra.

    Parte dos recursos foi destinada também para a aquisição de um caminhão para coleta e distribuição dos produtos, bem como câmaras frias para armazenamento adequado e todos os maquinários e equipamentos necessários para o funcionamento da unidade de produção. O projeto também viabiliza as reuniões do Comitê Gestor da cooperativa e apoia outras atividades como curso de formação em boas práticas de beneficiamento e aproveitamento total das frutas processadas.

    COPERREDE 1

    Agroindústria está em fase final de estruturação e deve atender famílias de cinco municípios da região médio norte de Mato Grosso – Foto: Programa REM MT

    Ademir Luiz Triches, presidente da COPERREDE, destacou a importância do projeto: “Esse recurso possibilita ajudar uma série de produtores e famílias que, sem esse apoio, provavelmente demorariam muito tempo para alcançar esses benefícios. Talvez nem conseguiríamos atingir.”

    Um dos beneficiados pelo projeto é o Sr. Eloir, mais conhecido como Gaúcho, e sua família. Eles residem próximo à agroindústria, o que, segundo ele, facilitará o acesso e a entrega dos produtos. “Não tinha lugar pra gente entregar, perdia tudo. E agora, abrindo a agroindústria, pra nós é uma grande vantagem. Fica perto e melhora a nossa situação.”

    O projeto beneficiará diretamente 90 associados e mais 50 produtores, que têm previsão de se juntarem à cooperativa. Ao todo, famílias de cinco municípios serão impactadas positivamente pela iniciativa, fortalecendo a cadeia produtiva do pequi e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região.

    Conheça o REM MT

    O Programa REM MT é uma premiação dos governos da Alemanha e do Reino Unido, por meio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), ao Estado de Mato Grosso pelos resultados na redução do desmatamento. O REM MT beneficia aqueles que contribuem para manter a floresta em pé, como os agricultores familiares, pequenos e médios produtores que praticam a agropecuária sustentável, povos e comunidades tradicionais e os povos indígenas. O REM MT também realiza o fomento de iniciativas que estimulam a economia de baixo carbono e a redução do desmatamento, a fim de reduzir as emissões de CO2 no planeta.

    O Programa REM MT é coordenado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), e tem como gestor financeiro o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO). Para sugestões, reclamações ou esclarecimentos, fale com a ouvidoria da SEMA pelo telefone: 0800 065 3838 ou (65) 9321-9997 (WhatsApp) .

  • 7ª Reunião de Governança vai discutir destinação de R$10,1 milhões para projetos socioambientais indígenas de MT

    7ª Reunião de Governança vai discutir destinação de R$10,1 milhões para projetos socioambientais indígenas de MT

    Com o objetivo de discutir conjuntamente o melhor uso dos recursos disponibilizados pelo REM-MT para os projetos socioambientais indígenas selecionados nos últimos editais de chamada de projetos, o Programa REM Mato Grosso e a Federação dos Povos e Organizações Indígenas (Fepoimt) realizam entre os dias 27 a 29 de julho, na Sala dos Conselhos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), a 7ª reunião de Governança do Subprograma Territórios Indígenas (STI/REM MT).

    Conforme explica o coordenador do Subprograma Territórios Indígenas do REM MT, Marcos Ferreira, ao todo, os editais prevêem investimentos de R$10,1 milhões, para apoiar 23 projetos voltados a diferentes comunidades indígenas do Estado.

    “Esses projetos objetivam apoiar ações com foco na geração de renda, melhoria da saúde e qualidade de vida dos indígenas, bem como no fortalecimento da medicina tradicional, da segurança e da soberania alimentar, além da gestão territorial de comunidades indígenas em todo Mato Grosso”, esclarece o coordenador.

    Pautas

    WhatsApp Image 2022 07 22 at 11.26.31
    Foto: Divulgação

    Para além da discussão sobre os recursos dos projetos aprovados, a reunião contará com, pelo menos, mais quatro pautas. São elas: a posse dos novos membros do Comitê Indígena, a segunda fase do REM MT e os relatos da última missão de monitoramento, promovida pelo Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW) e pelo Departamento para Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido (BEIS). As duas instituições são as responsáveis por financiar o REM MT.

    A Governança

    “As decisões tomadas pela Governança do Subprograma Territórios Indígenas são responsáveis por nortear toda a linha de atuação do REM MT para beneficiar os povos indígenas. Além desse caráter deliberativo, a Governança também pode acompanhar e fiscalizar a execução dos projetos. E, é por isso, que esses momentos de encontro são muito importantes para alinharmos os trabalhos”, destaca Ferreira.

    Ele também destaca que o evento contará com representantes de cada uma das sete Regionais da Fepoimt. A regional é uma subdivisão administrativa e estratégica do ponto de vista de localização das comunidades indígenas. Elas representam 43 povos de Mato Grosso. Em todas as regionais há projetos apoiados pelo REM MT com objetivo de fortalecer os territórios indígenas.

    WhatsApp Image 2022 07 22 at 11.26.29
    Foto: Divulgação

    A composição da Governança também conta com lideranças indígenas femininas, com a Coordenação do REM MT, da Estratégia PCI, da secretaria de Estado de Meio Ambiente, da Casa Civil, do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), além de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Cooperação Técnica Alemã (GIZ).

    Programa REM MT

    O REM MT é um mecanismo de pagamentos por resultados que visa o combate ao desmatamento e a preservação das florestas de Mato Grosso, bem como redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera do planeta. Nesse sentido, apoiar a autonomia dos territórios indígenas é fundamental, já que essas áreas possuem milhares de hectares de florestas preservadas.

    O programa é executado pelo Governo de Mato Grosso, por meio da Sema-MT. Já a gestão financeira do REM fica a cargo do Funbio.

  • Comunidade indígena apoiada pelo REM MT recebe visita de monitoramento dos financiadores do Programa

    Comunidade indígena apoiada pelo REM MT recebe visita de monitoramento dos financiadores do Programa

    No coração da floresta amazônica, entre os municípios de Apiacás (MT) e Jacareacanga (PA), encontra-se a aldeia Kururuzinho, do povo indígena Kayabi. Para chegar até lá, é preciso ir até a cidade de Alta Floresta (790 km de Cuiabá), seguir por mais 4 horas, passando pelas cidades de Paranaíta e Apiacás, atravessar um rio em uma balsa, seguir viagem por mais duas horas de barco pelo rio Teles Pires, até, finalmente, chegar à comunidade.

    A distância, entretanto, não foi empecilho para que a comitiva formada por representantes do Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW), do Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial (BEIS) do Reino Unido, do Programa REM MT, da GIZ e do Funbio realizassem uma visita de monitoramento na aldeia, entre os dias 17 e 18 de junho.

    O objetivo da visita foi conferir como os recursos destinados ao Programa REM Mato Grosso estão sendo aplicados na comunidade, bem como ouvir de perto as demandas dos indígenas locais. O KfW e o BEIS são os financiadores do REM MT.

    A visita de monitoramento teve uma recepção calorosa dos Kayabi. O presidente da Associação Indígena Kawaip Kayabi (AIKK), Diego Fernando Paleci, disse que gostou do fato do REM MT e os doadores terem vindo até a comunidade para ouvi-los e conhecer melhor a realidade em que vivem”.

    Diego destacou ainda que tanto os indígenas, quanto os financiadores e os coordenadores do REM MT, precisam “aprender um com o outro”. E que a troca de conhecimento e saberes se dá dessa maneira.

    A liderança Kayabi também ressaltou que é preciso a elaboração de projetos para o protagonismo das mulheres da comunidade. “Além disso, precisamos de investimentos na educação dos nossos jovens, porque eles trazem o conhecimento de volta para a aldeira”, comentou Diego.

    Klaus Koehnlein, gerente de portfólio do KfW, avaliou o encontro como “muito positivo”. Ouviu atentamente as demandas e destacou que é por meio do diálogo “que as coisas se resolvem”. “Para nós, é muito importante saber a realidade de cada aldeia. Nós confiamos nas instituições parceiras, que ajudam a desenvolver os projetos na comunidade, e, nesse sentido, buscamos aprovar os melhores”, acrescentou.

    Frentes de trabalho

    Ligia Vendramin, coordenadora do REM MT, destacou que foram realizadas oficinas junto aos povos indígenas de Mato Grosso, em 2018, justamente para definir quais seriam as frentes de trabalho juntos às aldeias. A partir desse trabalho, foram definidos 10 grandes temas, envolvendo as comunidades.

    Na oportunidade, ela propôs formas da Governança do Subprograma Territórios Indígenas (STI) do REM MT ser mais participativa e inclusiva. Algumas das medidas seriam encontros regionais e comunicação estabelecida por meio de grupos de Whatsapp.

    “São diálogos como esses, que dão condições para que os povos indígenas de Mato Grosso sejam protagonistas na mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Seja por meio do apoio a ações e projetos de redução de emissões do desmatamento e degradação florestal ou de conservação e recuperação dos estoques de carbono e pelos demais serviços ambientais”, contextualizou Marcos Ferreira, coordenador do STI do REM MT.

    Sobre a visita de monitoramento, Ferreira avaliou que o encontro com os Kayabi foi fundamental, tanto para ouvir as demandas, quanto para fazer ajustes futuros nas diretrizes do subprograma.

    Participantes

    Além de representantes do REM MT e KfW, a visita de monitoramento contou com a presença de Eliel Rondon Terena, da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso (Fepoimt), Sol Elizabeth Gonzalez Perez, coordenadora de projetos do Instituto Raoni, Svenja Katharina Miss Bunte, representante do BEIS, Claudia Levy, representante do KfW, João Melo, gerente de projetos do REM MT no Fundo Brasileiro para Biodiversidade (Funbio) e Gina Maria Timotheo, da GIZ, que é a cooperação técnica internacional da Alemanha.

  • Planos de gestão da sociobiodiversidade podem beneficiar cerca de 7 mil famílias agricultoras em MT

    Planos de gestão da sociobiodiversidade podem beneficiar cerca de 7 mil famílias agricultoras em MT

    De acordo com pesquisa realizada pelo SEBRAE, 50% das empresas brasileiras fecham as portas nos primeiros 2 anos, devido à falta de planejamento e gestão. E esta realidade não é diferente no campo. Pensando nisso, o Subprograma Agricultura Familiar e de Povos e Comunidades Tradicionais (AFPCTs), do Programa REM MT, está apoiando 53 organizações de Mato grosso, que trabalham com as cadeias produtivas da sociobiodiversidade e foram selecionadas pela segunda chamada pública, a construírem Planos de Gestão de Cadeias de Valor (PGCdV) da sociobiodiversidade, o que pode fortalecer a produção de 6.990 famílias do Estado.

    Para Marcos Balbino, coordenador do subprograma AFPCTs, os planos de gestão consideram todos os elos da cadeia de valor, começando pelos insumos necessários ao processo produtivo, passando pelas áreas de produção ou coleta, beneficiamento, logística e comercialização dos produtos, até chegarem ao consumidor final.

    “É importante lembrar que o apoio do REM MT é passageiro. E depois? Como as organizações locais vão seguir se desenvolvendo seus negócios rurais? Então, é aí que entra a sacada de contratarmos uma mentoria para a apoiar na elaboração dos planos, que serão pensados com ações de curto e médio prazo, com duração de cinco anos. O primeiro ano de implementação será com o apoio dos recursos do REM MT. Depois, as organizações locais terão mais quatro anos com ações estruturadas com PGCdV. A partir disso, novos recursos podem ser captados, por meio de bancos, fundos, parcerias, por exemplo”, detalha o gestor.

    Ao todo, os investimentos feitos pelo subprograma nestas organizações serão de R$ 23,5 milhões.

    A informação sobre a mentoria para construção dos planos de gestão foi divulgada na primeira reunião entre os coordenadores do AFPCTs e as organizações inseridas na segunda chamada de projetos. O encontro, que foi virtual, reuniu mais de 120 pessoas, no último dia 27 de junho.

    WhatsApp Image 2022 07 06 at 09.30.13
    Primeiro encontro das organizações envolvidas na segunda chamada pública do REM MT ocorreu de maneira virtual. (Foto: REM MT)

    Prazos

    Balbino explica ainda que as organizações terão o prazo de três meses para elaborar os planos de gestão em conjunto com a mentoria. Depois disso, os planos serão submetidos a um novo edital para serem analisados por um comitê técnico, que irá aprovar as iniciativas.

    Fazem parte desse comitê instituições, como: Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade de Brasília (UnB), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), entre outras instituições.

    Floresta em pé

    O coordenador do AFPCTs frisa ainda que o foco dos PGCdV consiste em fortalecer as cadeias da sociobiodiversidade, por entender que elas são cruciais na manutenção da floresta em pé e na redução das emissões de gases de efeito estufa (gee). No entanto, Balbino pondera que o edital também contempla “as cadeias não prioritárias”, que envolvem, por exemplo, a produção de leite, banana e mel.

    Edital mais inclusivo

    Ao todo, o REM MT recebeu 88 Manifestações de Interesse na segunda chamada pública do subprograma AFPCTs. Desse universo, 53 organizações foram selecionadas pelo Comitê Técnico. Das organizações selecionadas, 70% são de associações e 23% cooperativas de produtores rurais. Na primeira chamada pública de 2020, o maior número de inscrições foram de organizações já estruturadas, tanto financeiramente, quanto em suas condições jurídicas e administrativa.

    “Nesta segunda estratégia, conseguimos reverter essa lógica. Isso significa a chegada direta de mais recursos na ponta, para as menores organizações, que não tiveram participação muito efetiva na primeira chamada pública do subprograma”, destaca Balbino.

  • Apoio do REM MT aumenta em 600% a produtividade das DUDs no combate ao desmatamento

    Apoio do REM MT aumenta em 600% a produtividade das DUDs no combate ao desmatamento

    A reestruturação, por meio do apoio do Programa REM Mato Grosso com a aquisição de diárias e equipamentos, ajudou a aumentar em cerca de 600% a produtividade das Diretorias de Unidades Desconcentradas (DUDs) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), nos últimos três anos, especialmente na aplicação de multas aos infratores. Para além dos números, existe um componente social, que é a valorização dos servidores que estão lá na ponta, lidando diretamente com os infratores, para manter as florestas do Estado em pé.

    As DUDs são consideradas os “olhos” da Sema nos municípios, atendendo de perto os cidadãos com prestações de serviços que envolvem licenciamento, fiscalização e aplicação de multas relacionadas a diferentes ilícitos ambientais.

    Gabriel Conter atua como diretor da DUD de Sinop (a 500 km de Cuiabá). Segundo ele, o deslocamento em operações para o coração da floresta amazônica tem sido constante, principalmente nos últimos três anos, depois que houve um alinhamento maior de comunicação com a Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento (GPFCD) na Sema-MT, que emite os alertas de desmatamento do sistema de monitoramento via satélites, que foi adquirido pelo REM MT, em 2019.

    “Antes, sem a plataforma (de monitoramento via satélites), a gente chegava no local e o desmatamento já tinha acontecido há meses. Agora, com as emissões dos alertas em tempo real, a nossa equipe consegue efetuar os flagrantes, apreender maquinário no local, e notificar os infratores”, destaca Gabriel, que é diretor da DUD de Sinop desde 2018 e engenheiro agrônomo de formação. Trabalham na região com ele, mais seis servidores da Sema-MT, entre engenheiros florestais, civis e sanitaristas.

    Outro avanço “importantíssimo”, na avaliação de Gabriel, é o serviço de remoção de maquinário, também financiado pelo Programa REM MT. O servidor destaca que antes de 2018 não havia esse serviço, e a remoção de tratores ou pá carregadeiras, utilizados para derrubar a floresta ilegalmente, “ficava mais complicada”. “Depois da contração do serviço de remoção, é muito mais fácil removê-los do local de desmate ilegal”, enfatiza Gabriel.

    Para ele, esses fatores, como: a aperfeiçoamento do sistema de monitoramento, incremento de diárias para atuar em campo, e maior interlocução com a superintendência de fiscalização em Cuiabá, tende a valorizar os servidores que atuam nas DUDs.

    Vinícius Rezek é diretor da DUD Alta Floresta (a 789, km de Cuiabá), onde comanda nove servidores, entre geólogos, engenheiros agrônomos e florestais e advogado.

    Ele reforça que o atual sistema de monitoramento da Sema-MT tem sido fundamental para conter o avanço do desmatamento ilegal na região.

    “Já são quase dois anos (da plataforma de monitoramento por satélite) e é um divisor de águas. Antes da plataforma, tinha muitas dificuldades. Hoje, com os dados em tempo real, facilitou muito o trabalho das equipes de fiscalização”, afirma.

    Alcance

    As DUD’s estão espalhadas pelo território mato-grossense, em pontos estratégicos, juntamente onde ocorrem os ataques às florestas. Elas são nove ao todo e estão nas cidades de Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Confresa, Guarantã do Norte, Juína, Rondonópolis, Sinop e Tangará da Serra.

    Aumento da fiscalização

    Levantamento feito pela Coordenadoria de Desconcentração e Descentralização (CODD) da Sema-MT mostra que em 2018, antes do REM MT, as DUDs aplicaram R$ 31, 3 milhões em multas por ilícitos ambientais. Esse número foi aumentando gradativamente a partir da parceria com o REM MT.

    Em 2019, já foram R$ 119, 9 milhões de multas aplicadas aos infratores, um aumento de 283%, em relação ao ano anterior. Já em 2020, as multas subiram para R$ 123, 3 milhões, registrando aumento de 2,8%, em relação a 2019. E, em 2021, as sanções chegaram aos valores de R$ 217, 2 milhões: aumento de 76,1%, em relação a 2020.

    No total, ocorreu uma variação percentual do aumento de produtividade das DUDs no patamar de 593,9%, entre os anos de 2018 a 2021.

    Trabalho de base

    Coordenadora por Nilma Faria, o CODD é o setor na Sema-MT responsável pela coordenação das DUDs. Ele foi criado com o objetivo de sistematizar envios de recursos às diretorias regionais. Para ela, o setor está numa fase de aprimorar a alocação dos recursos, especialmente, aqueles que chegam através da parceria com o REM MT, por meio do seu Subprograma Fortalecimento Institucional (FIPPE).

    “Em 2022, estamos usando muito pouco desse recurso em diárias. Nós superamos essa fase, essa necessidade, e agora estamos destinando os recursos para melhoria da infraestrutura das DUD’s, com aquisição de equipamentos”, destaca a gestora.

    Franciele Nascimento, coordenadora do Subprograma Fortalecimento Institucional (REM MT/FIPPE), destaca que um dos principais objetivos do Programa é fortalecer os setores de combate ao desmatamento no Estado.

    “Muito gratificante constatar que o objetivo do REM MT – através do Subprograma Fortalecimento Institucional – está sendo atingido. O resultado alcançado pelas Diretorias de Unidades Desconcentradas da Sema é incrível. Resultante de uma soma de fatores, onde o REM atua como fonte de recurso complementar a do Estado”, ressalta a gestora.

  • Mulheres enfrentam desafios para fazer a diferença na luta pela preservação do meio ambiente

    Mulheres enfrentam desafios para fazer a diferença na luta pela preservação do meio ambiente

    No dia em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher (8 de março), o REM Mato Grosso (do inglês, REDD para Pioneiro) conversa com mulheres que estão em posições profissionais estratégicas na preservação do meio ambiente no estado. Cada uma a seu modo, elas contam suas histórias de superação para fazer a diferença na luta para manter a floresta em pé.

    Sensibilidade

    A advogada Mauren Lazzaretti está à frente da secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) – uma das pastas mais importantes do Governo de Mato Grosso. Por ser mulher, Mauren entende que o esforço é dobrado, pois ela tem que desenvolver um trabalho de excelência buscando, ao mesmo tempo, um equilíbrio com a vida pessoal.

    “Para nós mulheres, abdicar da família e da saúde é sempre muito sacrificante. Então, todos os dias nós temos que fazer um esforço enorme para tentar compatibilizar todas essas ações, continuar mantendo a serenidade, e nos mantermos também pessoas sensíveis. Porque isso é o diferencial das mulheres, a capacidade de ter empatia, sensibilidade, cuidado, dedicação e presteza naquelas ações que nós fazemos”, destaca a gestora.

    Ela ressalta ainda que, na maioria  das vezes, é muito respeitada pelos colegas de trabalho na Sema-MT. No entanto, pondera que o Meio Ambiente ainda é um espaço de predominância masculina.

    “ Então, é inevitável que em alguns locais eu ainda passe por situações de discriminação. Às vezes é aquele comportamento de dúvida sobre o seu papel ou da sua competência ou condição de estar fazendo um bom trabalho à frente de um órgão como a Sema, que tem um papel tão relevante para o Estado”, avalia Mauren.

    Resiliência e inteligência emocional

    A bióloga e coordenadora do Programa REM MT, Lígia Vendramin, também teve que passar por esses preconceitos do machismo estrutural. Por muitas vezes, conta que se chateou com os assédios no ambiente de trabalho, mas nem por isso deixou de seguir em frente.

    “Criei muita resiliência e desenvolvi inteligência emocional a partir dessas experiências ruins. Essa foi a maneira que eu encontrei de encarar o machismo”, destaca Lígia.

    Em Mato Grosso, o REM MT é uma das principais políticas de Estado no combate ao destamento ilegal, em especial na Amazônia. Por isso, ela destaca que estar a frente de um programa dessa magnitude é desafiador independente da questão de gênero, mas o fato de ser mulher lhe ajuda a lidar com situações muito diversas que o cargo exige.

    “Penso que as mulheres, via de regra, possuem uma sensibilidade muito apurada. E isso ajuda a enfrentar diferentes tipos de situações com pessoas de opiniões e ideologias diversas. E o REM MT tem justamente essa característica, pois dialogamos com diferentes públicos: do produtor de commodities a comunidades indígenas, por exemplo”, destaca.

    Referência

    Em Cotriguaçu, região Noroeste de Mato Grosso, temos a engenheira ambiental Silvana Inês Fuhr. O sucesso da atividade extrativista da região passa diretamente pelas mãos dela, que foi a autora do projeto Cutiando, apoiado pelo REM MT, que trouxe novas possibilidades de financiamento para Associação de Coletores(as) de Castanha do Brasil do PA Juruena (ACCPAJ).

    Atualmente, o projeto possibilita que a associação compre equipamentos para beneficiar suas castanhas e dessa forma valorizar ainda mais o produto que já é comercializado em nível nacional.

    Hoje Silvana está estabelecida como engenheira ambiental, em uma das regiões mais pressionadas pelo desmatamento no Estado. Mas, nem sempre foi assim. Ela lembra do seu primeiro trabalho importante, quando teve que enfrentar muito preconceito, inclusive de mulheres, e olhares masculinos de reprovação numa profissão ocupada majoritariamente por homens.

    “Quando falei na primeira reunião, as mulheres envolvidas no projeto comentaram: nossa! ela sabe falar… Como assim sabe falar?! Eu estudei muito para saber o que sei. Já alguns colegas homens faziam comentários maldosos sobre mim para a chefia, sempre que tinham oportunidade. Ainda bem que meu chefe, à época, sempre foi uma pessoa esclarecida e não se deixou levar por isso”, recorda.

    União para vencer o machismo

    O machismo também atravessa a trajetória profissional da professora Kaianaku Kamaiura. Ela sempre foi uma das poucas mulheres que participava das reuniões políticas na Terra Indígena do povo Kamaiura, no Alto Xingu-MT. Seu protagonismo acabou incomodando muita gente da própria comunidade.

    “As reuniões eram sempre lideradas pelos caciques e tinha muito pouca participação de mulheres. Naquela época o meu esposo também trabalhava na escola, era professor, mas a família dele não aceitava que eu estivesse num posto superior ao dele. Enfrentei muita dificuldade, como calúnias e acusações contra minha reputação. Era vista como uma mulher vulgar por estar no meio dos homens. Acabei me separando”, relata.

    Kaianaku sempre enfrentou os preconceitos de cabeça erguida e continuou tocando projetos para mudar a realidade social de seu povo. Tanto esforço valeu a pena. Nos últimos anos, ela foi convidada para ocupar uma série de cargos importantes, entre eles o da Superintendência de Assuntos Indígenas da Casa Civil de Mato Grosso, no ano de 2018. Atualmente ela é uma das principais lideranças da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), ocupando cargo de assessora técnica de gestão de equipes.

    “Minha trajetória é marcada pela discriminação, pelo simples fato deu ser mulher. Mas hoje me sinto muito mais forte, porque somos muitas e estamos conquistando espaços tradicionalmente ocupados só por homens. O machismo sempre vai existir. Por isso, nós mulheres, precisamos realmente estar compromissadas entre a gente. Para nos unirmos quando uma de nossas for atacada, porque as raízes do machismo são muito profundas na sociedade não indígena e é reproduzida por nós indígenas também”, argumenta a liderança Kamaiura.

  • De combate ao desmatamento a projetos socioambientais, veja como o REM MT transformou a lógica da preservação em 2021

    De combate ao desmatamento a projetos socioambientais, veja como o REM MT transformou a lógica da preservação em 2021

    Uma infinidade de projetos voltados à preservação ambiental foram desenvolvidos e apoiados pelo Programa REM Mato Grosso (do inglês, REDD para Pioneiros) ao longo de 2021. As ações foram tocadas por meio de quatro subprogramas que atuaram no combate ao desmatamento e no financiamento a projetos de sócio-sustentabilidade aos agricultores familiares, extrativistas, produtores rurais (soja e gado), povos indígenas e comunidades tradicionais, a exemplo dos ribeirinhos e quilombolas.

    “Foi um ano complicado, ainda marcado pelas limitações da pandemia de Covid-19. Nesse contexto,  foi um grande desafio executar os projetos na ponta. Mas, com muita vontade e superação da equipe, conseguimos beneficiar as pessoas que mais precisavam e manter a floresta em pé. Ao fim de 2021, a sensação é de dever cumprindo”, ressalta Lígia Vendramin, a coordenadora geral do Programa REM MT.

    Nesta retrospectiva, a reportagem separou em tópico algumas das principais ações e projetos do REM MT em 2021. Confira:

    Embaixadores europeus acompanharam de perto os resultados

    Em abril, a coordenação do REM MT recebeu a visita dos embaixadores dos países que financiam as ações do Programa.

    WhatsApp Image 2021 12 31 at 08.32.09

    Heiko Thoms (Alemanha) e Peter Wilson (Reino Unido) conheceram de perto como os recursos estão mudando a vida de agricultores e extrativistas familiares da região amazônica de Mato Grosso. Já em Cuiabá, eles se encontraram com o governador do Estado e visitaram a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) para conhecer a tecnologia da constelação de satélites, adquirido pelo REM MT, que monitora em tempo real toda a cobertura vegetal de Mato Grosso, no combate ao desmatamento das florestas.

    “Foi muito importante ver as coisas de perto, não apenas no papel”, resumiu Peter, o embaixador do Reino Unido, que foi até a cidade de Alta Floresta (cerca de 800 km de Cuiabá) conhecer o trabalho dos extrativistas para o beneficiamento da Castanha do Brasil, projeto que é apoiado pelo REM MT.

    A visita também contou com os embaixadores dos Estados Unidos, Todd C. Chapman e Ignácio Ybanez, da União Europeia.

    Presença marcante na COP 26

    Outro grande acontecimento em 2021 foi a participação do programa na Conferência das Nações Unidades sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), que ocorreu na cidade de Glasgow, na Escócia, entre 31 de outubro e 12 de novembro.

    WhatsApp Image 2021 12 31 at 08.32.07

    Lígia Vendramin, coordenadora geral do REM MT, destaca que a COP26 foi a oportunidade de mostrar ao mundo as transformações promovidas pelo REM em Mato Grosso, além de firmar futuras parcerias para a continuidade das ações estruturantes do Programa.

    Ela destaca que em muitas ocasiões durante a COP26, o REM MT foi citado como referência de preservação ambiental pelos governos de Mato Grosso, Federal e principalmente pelos atores internacionais, a exemplo de Maggie Charnley do Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido (BEIS), que é um dos financiadores do Programa REM MT.

    “Isso nos mostrou que, apesar de todas as dificuldades, estamos no caminho certo. Que o investidor tem essa consciência e percepção dos avanços para manter a floresta em pé. Que esses esforços estão sendo vistos e reconhecidos lá fora [do Brasil]”, disse a coordenadora do REM MT.

    Plantios em homenagem às vítimas de Covid

    Um dos momentos mais emocionantes do ano para a coordenação do Programa aconteceu a partir de uma série de plantio de árvores para homenagear as vítimas de Covid-19 em Mato Grosso.

    WhatsApp Image 2021 12 31 at 08.32.04

    A ação, ao todo, ocorreu em 75 municípios que, com o apoio do REM, plantaram cerca de 10 mil mudas em terrenos escolhidos pelas prefeituras dessas cidades. Terrenos que se tornaram verdadeiros memoriais para as famílias que perderam seus entes queridos.

    “Nós queremos homenagear as nossas vítimas plantando uma árvore com o nome de cada uma delas e estabelecendo um espaço onde os familiares possam fazer a visitação e  acompanhar o crescimento dessas mudas e ter um momento de reflexão também”, enfatizou Ivete Mallmann, secretária de Meio Ambiente de Sinop, a 500 km ao Norte de Cuiabá.

    Fortalecimento das instituições de combate ao desmatamento  Em  2021, o subprograma Fortalecimento Institucional do REM MT reforçou ainda mais o seu papel de estruturar os órgãos de fiscalização de combate ao desmatamento e aos incêndios florestais no Estado. Nesse sentido, os setores da fiscalização dobraram a atuação/produtividade após os investimentos realizados pelo setor.

    Um exemplo disso foram as Diretorias de Unidades Descentralizadas (DUDs) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT).

    As compras de equipamentos de escritório, locação de veículos, repasse de diárias, bem como aquisição de tablets e drones, fizeram as unidades aumentar a produtividade em mais de 280% na aplicação de multas por ilícitos ambientais.

    WhatsApp Image 2021 12 31 at 08.32.02

    Para Franciele Nascimento, coordenadora do subprograma, “o principal avanço em 2021 foi o trabalho cooperado entre os diversos órgãos/setores de fiscalização, articulado pela Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento/SU. Os trabalhos desta gerência são alimentados principalmente pelo Planet, sistema de monitoramento por satélite em tempo real do desmatamento no Estado, que é custeado pelo REM”.

    Investimento na agricultura familiar e comunidades tradicionais

    Foram 22 projetos e cerca de 8,5 mil famílias da agricultura familiar atendidas durante 2021. Mais de R$ 32 milhões em investimentos. Os números, por si só, mostram a relevância do subprograma Agricultura Familiar de Povos e Comunidades Tradicionais para produção sustentável e preservação das florestas de Mato Grosso.

    WhatsApp Image 2021 12 31 at 08.32.01

    “Mas, acima de tudo, as ações ajudaram a transformar a realidade social de quem realmente precisava”, destaca Marcos Balbino, coordenador do subprograma.

    Foi o que aconteceu com o pequeno produtor de banana José Borges, de 58 anos, da cidade de Carlinda, no extremo Norte de Mato Grosso, a 760 km de Cuiabá.

    Lá, a chegada do REM permitiu acesso aos insumos e técnicas de extensão rural para melhorar a terra sem a utilização de agrotóxicos. O resultado disso é que sua propriedade deve dobrar a produção de bananas para o ano que vem.

    “O fato do projeto ter arcado com as despesas iniciais, isso pra mim foi muito bom. Eu tenho esperança que esse plantio de banana vai me dar um bom salário, um sustento para minha família”, comemora o produtor.

    Suporte aos indígenas e seus territórios

    Mesmo enfrentando o segundo ano de pandemia de Covid-19, o subprograma Territórios Indígenas não deixou de fazer acontecer os projetos no chão da aldeia em 2021. Para se ter uma ideia, cerca de R$ 9 milhões foram investidos na saúde comunitária, no enfrentamento ao novo coronavírus, na segurança alimentar e no combate aos incêndios florestais nos territórios indígenas no estado.

    Essas ações chegaram, por exemplo, às 20 famílias da aldeia Divina Providência, na Terra Indígena Xavante de São Marcos, Nordeste de Mato Grosso. A comunidade recebeu diversas ferramentas e sementes para abrir as roças de toco, que são feitas nos quintais de cada família. Elas já começaram a plantar as sementes de arroz, feijão, milho, abóbora e melancia. Alimentos que irão garantir a segurança alimentar dessas pessoas.

    WhatsApp Image 2021 12 31 at 08.31.59

    “Elas vêm me dizer que agora não faltará comida na comunidade, e que a cada ano eles irão fortalecer mais e mais a produção pra sempre ter estoque grande e segurança alimentar”, disse Pio Xavante, ponto focal da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso (regional Xavante).

    Ainda dentro do eixo segurança alimentar, em abril deste ano, o subprograma distribuiu 3.397 cestas básicas, que atenderam 14 povos indígenas, mais de 3 mil famílias da região Norte e Médio Araguaia do estado.

    Marcos Ferreira, coordenador do Subprograma Territórios Indígenas (STI) avalia que a execução dos projetos em 2021 “transpassaram o caráter emergencial e se converteram em atividades estruturantes”.

    Alcançando uma produção mais sustentável

    Em 2021, o subprograma Produção, Inovação e Mercado Sustentáveis seguiu firme com o objetivo de colaborar com uma produção mais sustentável das principais commodities que movimentam a economia de Mato Grosso: pecuária de corte, soja e madeira tropical.

    WhatsApp Image 2021 12 31 at 08.31.56

    No eixo pecuária, 1300 pequenos e médios proprietários da região Noroeste foram beneficiados com projetos de Ater [Assistência Técnica e Extensão Rural] da Empaer-MT, financiados pelo REM MT.

    Além disso, através da contratação da empresa Agro-Ícone pelo subprograma, foi possível realizar o diagnóstico de oito URTs [Unidades de Referência Técnica], também na região Noroeste. O diagnóstico foi feito pelos técnicos da Empaer, com a possível restauração ecológica dessas unidades, prevista para o início de 2022.

    Já o destaque no eixo de Manejo Florestal Madeireiro foram os ajustes realizados no Sisflora 2.0 [Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais], com previsão de finalização para a segunda quinzena de janeiro do ano que vem. O Sisflora é um sistema que tem como objetivo auxiliar e controlar a comercialização e o transporte de produtos florestais no Estado.

  • REM MT percorre mais 2 mil quilômetros para homenagear às vítimas da Covid-19 no estado

    REM MT percorre mais 2 mil quilômetros para homenagear às vítimas da Covid-19 no estado

    A equipe do Programa REM Mato Grosso (do inglês, REED para Pioneiros) percorreu mais de 2 mil quilômetros para entregar em seis cidades as placas que fazem parte da ação de plantio em homenagem às vítimas de Covid-19 no estado. As quantidades de mudas de árvores que serão plantadas correspondem ao número de mortes por Covid-19 nos municípios que aderiram à homenagem. A iniciativa foi pensada pelo Programa REM em parceria com o setor de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema-MT).

    A equipe saiu de Cuiabá na última sexta-feira (26) para entregar as placas às prefeituras dos municípios de Sorriso, Santa Carmen, Feliz Natal, Sinop, Peixoto de Azevedo e Alta Floresta. As entregas terminaram na segunda (29) e as placas serão fixadas nos terrenos que cada prefeitura escolheu para ação do plantio. Elas contém os seguintes dizeres: “Para cada uma das vidas: Tributo às vítimas da Covid-19 em Mato Grosso – Recuperar a natureza é respeitar a vida humana e renovar a resperança”.

    Em Sorriso (cerca de 400 km de Cuiabá), na primeira parada da equipe do REM MT, a placa foi entregue ao diretor da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Juliano Mezzalira. Lá, a ação de plantio ocorrerá no início deste mês. Ele explicou que a prefeitura já separou a área do memorial às vítimas de covid na cidade. No espaço serão plantadas cerca de 230 mudas: “Vai ser uma árvore por pessoa falecida”, acrescentou.

    Especial de natal

    Já em Peixoto de Azevedo (a 670 km de Cuiabá) a ação de plantio ocorreu no último final de semana. Ela foi registrada em vídeo e será exibida em um telão instalado no centro da cidade no final de dezembro, durante o especial de Natal que será promovido pela prefeitura.

    No dia do plantio, a equipe do REM se deparou com a participação de muitas famílias que se vestiram de branco para homenagear os entes queridos. As placas com as mudas estão no parque ecológico da cidade que passa por um processo de reflorestamento.

    A secretária de Meio Ambiente de Peixoto, Anni Karini Reina, destacou que foram plantadas 130 mudas no parque que correspondem ao número de vítimas de covid na cidade: “Mas posteriormente nós vamos continuar o plantio nesse local, que foi escolhido porque se trata de uma área degradada do município que nós queremos recuperar”, acrescentou Karini.

    Em Sinop (a 500 km de Cuiabá), a secretária de Meio Ambiente, Ivete Mallmann Franke, ressaltou que o memorial às vítimas de covid, para além de uma homenagem, é uma forma de reflexão sobre a pandemia, que ceifou muitas vidas no país. Uma memória, que no entendimento dela, não deve jamais ser esquecida.

    “Nós queremos homenagear as nossas vítimas plantando uma árvore com o nome de cada uma delas e estabelecendo um espaço onde os familiares possam fazer a visitação e acompanhar o crescimento dessas mudas e ter um momento de reflexão também”, enfatizou a gestora.

  • Projetos fortalecem segurança alimentar em territórios indígena de Mato Grosso

    Projetos fortalecem segurança alimentar em territórios indígena de Mato Grosso

    Indígenas Xavantes e do Médio Araguaia estão se organizando para fortalecer a segurança alimentar nas aldeias de Mato Grosso. Esse trabalho é desenvolvido por meio de seminários de gestão territorial e depois a entrega de kits de roçados para as comunidades produzirem seus próprios alimentos de maneira autônoma e sustentável.

    Entre os materiais estão sementes e o kit de árvores (mudas) frutíferas do Cerrado como o Caju, Mangaba, o Pequi, Baru e Goiaba. Além disso, também serão disponibilizados recursos para o aluguel de tratores e a compra de sacos de adubos e calcário para o fortalecimento da terra que receberá o plantio.

    Só do povo Xavante, as ações de segurança alimentar irão atingir diversas aldeias que estão distribuídas em nove territórios indígenas na região Nordeste do estado. Já no Médio Araguaia, os projetos alcançarão seis territórios de povos como os Kanela e os Tapirapé Karajá.

    Saúde e Proteção contra incêndios

    Para o presidente da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso (Fepoimt), Crisanto Rudzö Tseremey’wá, do povo Xavante, o plano emergencial tem ajudando na segurança alimentar e também na saúde e na proteção contra os incêndios florestais nos territórios.

    “Tem sido importante porque ajuda que os indígenas fiquem dentro de suas comunidades, e dessa forma menos expostos à pandemia de Covid-19”, ressalta a liderança. A Fepoimt é a principal articuladora dos projetos emergências que contam com o apoio da Organização Não Governamental TNC [The Nature Conservancy], que possui ações de sustentabilidade espalhadas ao redor do mundo.

    WhatsApp Image 2021 11 26 at 11.00.08
    (Foto: REM MT)

    O coordenador do Subprograma Territórios Indígenas do REM Mato Grosso (STI), Marcos Ferreira, reforça ainda que os projetos junto aos povos Xavante e do Médio Araguaia vão no sentido de construir uma segurança alimentar aos indígenas. “São políticas públicas que extrapolam o assistencialismo ao pensar em ações de médio e longo prazo que visam o fortalecimento e a autonomia desses territórios, para que eles se tornem auto-sustentáveis”, detalha o gestor.

    O REM Mato Grosso (do inglês, REED para Pioneiros) é o mecanismo responsável pelo financiamento desses projetos, e de outros que visem a produção sustentável e a preservação das florestas no estado.

    Ferreira detalha ainda que foram às comunidades envolvidas nos projetos que aprovaram as ações de segurança alimentar por meio da Comissão de Governança Indígena. Essa comissão é um órgão deliberativo que faz parte da estrutura do subprograma STI do REM MT, e que tem como protagonista a Fepoimt, a federação que representa 43 povos indígenas em Mato Grosso.