Tag: Região Sul

  • Maio começa com frio no Centro-Sul e chuvas no Norte

    Maio começa com frio no Centro-Sul e chuvas no Norte

    O mês de maio de 2025 começou sob influência de um ar frio de origem polar, que reduziu a temperatura e deixou o tempo firme, com poucas chuvas nas regiões Sul e Sudeste. De acordo com o portal Climatempo, temperaturas abaixo de 10°C estão sendo observadas do Paraná ao Rio Grande do Sul, e geadas são esperadas nas áreas mais elevadas da serra gaúcha e catarinense. Nesta quarta-feira (30), por exemplo, último dia de abril, a cidade de São Joaquim, em Santa Catarina, registrou -3,2ºC.

    Na região Sudeste, não há previsão de geada para os primeiros dias de maio, temperaturas próximas dos 10°C poderão ser observadas nas áreas mais elevadas da serra da Mantiqueira. A cidade de São Paulo, por exemplo, terá mínima média mensal de 14,7ºC neste mês, bem inferior ao observado em abril.

    De acordo com o Metsul Meteorologia, o mês também terá aumento no número de dias com nevoeiro e neblina, entre a madrugada e o início das manhãs.

    No caso do Centro-Oeste, o sol predomina neste feriado em Mato Grosso do Sul, no sul de Goiás e de Mato Grosso, informa o Climatempo. Os dias serão mais frios ao amanhecer, com a temperatura aumentando, especialmente a tarde, em maior amplitude térmica. Pancadas de chuva ainda ocorrem na região central de Goiás, no Distrito Federal e no centro-norte de Mato Grosso. Cuiabá e Campo Grande deverão registrar alguns dias frios ao longo do mês.

    Alerta no litoral baiano

    A influência do mesmo ar polar que esfriou o centro-sul do país se expressa na forma de fortes chuvas no litoral da Bahia. O alerta é de temporal em quase toda a faixa litorânea do estado.

    O sol vai predominar nas demais áreas do Nordeste, com eventuais pancadas de chuva no oeste do Piauí e litoral do Maranhão.

    O Climatempo prevê pancadas de chuva moderadas a fortes em quase todo o Norte do país, com alerta de temporais em Roraima, no norte do Amapá, no noroeste do Pará, no extremo norte do Amazonas e nas áreas de fronteira com a Venezuela, Colômbia e Peru.

    Neutralidade climática

    Com a aproximação do inverno, que começa em junho, o mês de maio deve reduzir a temperatura média em grande parte do país. A previsão meteorológica indica que o mês vai transcorrer em situação de neutralidade térmica no oceano Pacífico equatorial, na costa do Peru. Isto significa que a temperatura na região central do Pacífico Equatorial estará próxima da normalidade, sem as influências de fenômenos como El Niño e nem La Niña.

    Quando esses fenômenos atuam, o que não ocorrerá desta vez, eles oscilam de forma acentuada a temperatura média oceânica no Pacífico Equatorial para mais (El Niño) ou para menos (La Niña), resultado na ocorrência de clima extremo na América do Sul e no Brasil, como chuvas intensas ou seca severa, de forma inversa entre o Norte e Sul do país.

  • Eleições: capitais do Sul devem enfrentar questões raciais e de gênero

    Eleições: capitais do Sul devem enfrentar questões raciais e de gênero

    Na Região Sul, as capitais do Paraná, Curitiba, e do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, terão segundo turno nas eleições municipais para definir quem será o prefeito nos próximos quatro anos. Nas duas cidades, os negros vivem em média dez anos a menos do que os brancos. Em ambas as capitais, a diferença salarial entre homens e mulheres passa de 20%.

    Esses são alguns dos temas avaliados pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) no levantamento Grandes Desafios das Capitais Brasileiras, que reúne dados e indicadores com foco nas eleições municipais de 2024.

    Em Curitiba, a idade média ao morrer para brancos e amarelos é de 71,5 anos. Para pretos, pardos e indígenas, a idade cai para 61,8 anos, ou seja, 9,7 anos de diferença. Já na capital gaúcha, as idades são 73,8 anos (brancos e amarelos) e 64,3 anos (pretos, pardos e indígenas) – diferença de 9,5 anos. Os dados são do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde, com referência em 2022.

    “É uma diferença bastante elevada para estar dentro de uma mesma cidade, então isso mostra que temos uma vulnerabilidade acentuada da população negra e que isso é uma questão que merece um olhar de programas, políticas públicas e investimentos em relação a esse tema na cidade”, explica o coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis, Jorge Abrahão.

    Segundo ele, os governos não têm tido sensibilidade em relação ao tema. “Esse item integra muitos outros. A baixa idade média ao morrer reúne uma questão de homicídios maiores, mortalidade infantil maior, habitação precária, as questões de educação e saúde. Então, isso denota uma infraestrutura mais precária para a população negra.”

    Curitiba-03/10/2024 Imagens da cidade de Curitiba. Fotos Pixabay

    Curitiba, capital do Paraná – Fotos Pixabay

    Diferenças salariais

    Outro ponto crítico nas duas capitais apontado pelo estudo do Instituto Cidades Sustentáveis é a diferença entre os rendimentos de homens e mulheres, levando em conta dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Curitiba, as mulheres recebem em média 27,28% a menos do que os homens e, em Porto Alegre, a diferença é de 23,73%.

    “Isso denota uma estruturação do machismo nessas cidades e que precisa de alguma maneira ser enfrentada”, diz Abrahão.

    Segundo o coordenador do ICS, apesar de não ter a atribuição de interferir na política salarial das empresas, o poder público pode fazer campanhas para diminuir essas desigualdades. “Ele tem o poder, dentro do seu escopo, de trabalhar campanhas e avançar em um processo em que ele estimule essa redução de valores, valorizando essa aproximação e a redução dessa desigualdade entre o salário de homens e mulheres”, diz.

    Educação

    Na educação, Porto Alegre apresenta o segundo valor mais baixo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na rede municipal nos anos iniciais do ensino fundamental. Com nota 4,7 em uma escala de 0 a 10, nos anos iniciais do ensino fundamental, a cidade só fica atrás da capital do Rio Grande do Norte, Natal (4,5). No outro extremo, Curitiba está em quarto lugar entre as capitais, com nota de 6,3.

    “A gente consegue perceber aí um descaso com a qualidade da educação. Como é que é uma uma cidade rica como Porto Alegre, com com uma boa base de infraestrutura em relação a outras cidades, tem um nível de educação que é um dos piores do país?”, questiona Abrahão.

    O Ideb é o principal instrumento de monitoramento da qualidade da educação básica do país. Ao reunir dados sobre o índice de aprovação e de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática, o indicador averigua desempenho e indicadores de fluxo e trajetória escolar.

    Gestão de Riscos

    Em maio deste ano, Porto Alegre enfrentou uma das maiores enchentes de sua história, afetando mais de 157 mil pessoas e deixando mais de mil desabrigados. Segundo a professora Silvana Krause, do Programa de Pós-Graduação de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a tragédia ocorrida na cidade, com suas causas e consequências, está sendo o principal tema de debate na eleição da capital gaúcha.

    “A questão da tragédia de maio centralizou todo o debate dos candidatos. A expectativa era de que o candidato a prefeito que está concorrendo à reeleição fosse o mais prejudicado diante da tragédia, e não é o que está aparecendo nas pesquisas de intenção de voto”, diz a professora.

    Porto Alegre (RS), 19/06/2024 - Casas destruídas na ilha da Picada após chuvas e novos alagamentos. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

    Casas destruídas após chuvas e enchentes em Porto Alegre – Bruno Peres/Agência Brasil

    Em um ranking elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis, que mede as estratégias de gestão de riscos das 26 capitais, Porto Alegre aparece em 22º lugar. Segundo o levantamento, a capital gaúcha tem verificadas 44% das 25 estratégias contra enchentes, inundações e deslizamentos de encostas. O desafio para a gestão que assumirá a prefeitura de 2025 a 2028 é chegar a 81% das estratégias cumpridas. Para 2030, a meta é chegar a 100%.

    Entre as estratégias avaliadas estão a elaboração de leis que contemplem a prevenção de enchentes ou inundações graduais, enxurradas ou inundações bruscas; legislação sobre o uso e ocupação do solo e mecanismos de controle e fiscalização para evitar ocupação em áreas suscetíveis aos desastres; além de plano de contingência.

    Jorge Abrahão alerta que, apesar de a questão do clima ser um tema global, as cidades devem se preparar para as consequências das mudanças climáticas. “A consequência das enchentes não está nas mãos de um governo municipal resolver, mas o que está nas mãos de um governo municipal resolver é a redução de riscos em relação a isso e os processos de adaptação que a gente pode ter, de mitigação dessas questões. E esse índice mostrou que Porto Alegre não estava preparada mesmo.”

    Segurança e transporte

    Em Curitiba, outra questão em debate nas eleições municipais é a segurança pública, especialmente na região central da cidade. “Estamos com um problema grave no centro de Curitiba, de segurança e de saúde pública, com muitos usuários e muito tráfico de drogas. E é preciso que o prefeito tome uma atitude quanto a isso na região central da cidade, que está bastante grave”, avalia o professor de ciência política da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Bruno Bolognesi.

    Segundo estudo do ICS, Curitiba tem índice de homicídio juvenil masculino de 9,68 a cada 100 mil habitantes no caso de brancos e amarelos e de 8,84 para pretos, pardos e indígenas.

    O transporte público da capital paranaense, que já foi referência de qualidade para todo o país, também tem sido questionado na eleição municipal deste ano. “Curitiba já foi referência no Brasil em transporte público e hoje perdeu um pouco desse embalo, ficou um pouco estagnada no que foi feito nos anos 1990. Então faz 30 anos que não tem uma inovação”, diz Bolognesi.

    Em Porto Alegre, o debate sobre o transporte público envolve os impactos da desestatização da companhia de ônibus Carris, realizada no ano passado. “Isso atinge principalmente as regiões mais periféricas, os setores que mais necessitam”, diz a professora Silvana Krause.

    eleicoes curitiba e porto alegre

    Disputa

    Os candidatos Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB) disputarão o segundo turno das eleições para a prefeitura de Curitiba no próximo dia 27 de outubro. No primeiro turno, Pimentel, que é o atual vice-prefeito, teve 313.347 votos, o que corresponde a 33,51% dos votos válidos. Cristina Graeml ficou com 291.523 votos, totalizando 31,17%.

    Em Porto Alegre, o segundo turno será disputado pelo atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), que conquistou 345.420 votos (49,72%) no primeiro turno, e Maria do Rosário (PT), com a preferência de 182.553 eleitores (26,28%).

  • Cidades do Sul registram temperaturas negativas neste domingo

    Cidades do Sul registram temperaturas negativas neste domingo

    Cidades do sul do país registraram temperaturas baixas e geada no início da manhã deste domingo (30). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma forte e ampla massa de ar polar derrubou a temperatura no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

    Em Urupema, na região da Serra Catarinense, a temperatura negativa chegou a -7,2 graus Celsius (°C), a mais baixa do ano no estado.

    As cidades de São Joaquim (-6,7°C), Urubici (-5,7°C), Painel (-4°C) e Bocaina do Sul (-3,2°C) também registraram temperatura negativa.

    Em São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, os termômetros registraram -4°C. Em Gramado, cidade turística da Serra Gaúcha, a temperatura foi de 0°. Em Porto Alegre, os termômetros registraram 5°C.

    Em Curitiba, a temperatura foi de 2°C. Em Foz do Iguaçu, localizada na região da Tríplice Fronteira, os termômetros chegaram a 5°C.

    Os dados são da Epagri/Ciram, órgão do governo do estado de Santa Catarina, e do Inmet.

    De acordo com o instituto, a intensificação e a mudança de direção do vento ainda devem acentuar o frio nos próximos dias na Região Sul.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Ciclone extratropical começa a se formar na Argentina

    Ciclone extratropical começa a se formar na Argentina

    Um ciclone extratropical está se formando na Argentina. A expectativa é de que ele ganhe força nesta segunda-feira (15), com o aprofundamento de uma área de baixa pressão. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o ciclone se juntará à frente fria que atinge o sul do Brasil, entre terça e quarta-feira (dias 16 e 17), podendo avançar pela Região Sudeste no próximo fim de semana.

    “O padrão é comum para esta época do ano”, informou o instituto, ao ressaltar que, devido à quantidade de dias à frente para a configuração deste cenário, “é possível e bastante provável que ocorram mudanças na previsão, especialmente no que se refere a intensidade e data de formação do possível ciclone e frente fria”.

    Ainda segundo o Inmet, há também “diferenças significativas” no que se refere aos volumes de chuva que poderão ocorrer, motivo pelo qual é preciso cautela sobre grandes volumes.

    Santa Catarina

    A frente fria já resultou, durante o último fim de semana, em “intenso volume de chuvas” em algumas localidades de Santa Catarina, com destaque para Florianópolis.

    De acordo com relatório divulgado pela Defesa Civil do estado no início da noite de domingo (14), em pelo menos sete municípios da Grande Florianópolis houve chuvas. “Ao todo, 50 pessoas estão desalojadas. Famílias foram resgatadas e transferidas para locais seguros”, informou a Defesa Civil.

    Entre as principais ocorrências relatadas pelos municípios, destaca-se a obstrução de um trecho da BR-101 próximo ao município de Palhoça (altura do Morro dos Cavalos).

    Houve registros de desabamento de muro e deslizamento de terra no bairro Costeira, em Florianópolis. “Até o momento, houve seis deslizamentos em encostas de morros e alagamentos crônicos em vias públicas no centro da cidade”, detalhou a Defesa Civil estadual.

    Em Garopaba, houve vários pontos de alagamento, o que resultou no bloqueio de duas ruas principais. Alagamentos atingiram também a cidade de Paulo Lopes, o que acabou por dificultar a mobilidade. Quatro pontes ficaram submersas na área urbana, com três quedas de barreira em via pública. Todos os acessos já foram desbloqueados.

    Edição: Kleber Sampaio

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  • Ciclone extratropical atinge Região Sul entre hoje e amanhã

    Ciclone extratropical atinge Região Sul entre hoje e amanhã

    Um ciclone extratropical deve atingir o estado do Rio Grande do Sul, com início entre o fim deste domingo (24) e a madrugada de segunda-feira (25), informou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária. Ao longo do dia 25, o ciclone se intensifica sobre o Oceano Atlântico, na costa gaúcha.

    Ainda na segunda-feira, a convergência de umidade associada ao processo de formação do ciclone e os encontros de ventos quentes e úmidos de norte e mais frios de sul dão origem a áreas de instabilidade sobre grande parte da Região Sul, com previsão de chuvas intensas, rajadas de vento e queda de granizo, informou o Inmet.

    A previsão é que ventos diretamente associados ao ciclone e à variação de pressão atmosférica intensifiquem as rajadas de vento, que podem ficar entre 80 km/h a 100 km/h, na faixa leste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, entre a noite de segunda-feira e a manhã de terça-feira (26).

    Durante a terça-feira, o ciclone ganhará ainda mais força, no entanto, em alto-mar. Com isso, o Inmet aponta que o tempo deve ficar ventoso na faixa leste de toda a Região Sul e também nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

    “Enquanto o ciclone se desloca sobre o oceano, um sistema de alta pressão, com ar frio e seco, favorece a queda nas temperaturas, enquanto o sol volta a predominar em toda a Região Sul. Também neste dia, as temperaturas entram em declínio nos três estados do Sul, em Mato Grosso do Sul e leste da Região Sudeste”, informa o órgão.

    Edição: Fernando Fraga
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  • Frente fria e ciclone extratropical elevam risco de tempestades no Sul

    Frente fria e ciclone extratropical elevam risco de tempestades no Sul

    O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho para áreas do norte do Rio Grande do Sul, centro-oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná, devido à previsão de chuva superior a 100 milímetros (mm) em 24 horas. Até a noite deste sábado (4), a previsão é que as chuvas passem de 200 mm nessas áreas.

    O alerta vermelho é o grau de risco mais elevado e revela grande perigo de ocorrências, como danos em edificações, corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, alagamentos e transtornos no transporte rodoviário.

    Desde a quinta-feira (2), com a intensificação da pressão atmosférica (alta pressão no oceano e baixa pressão se aprofundando no continente), os ventos aumentaram de intensidade na parte leste do estado e, principalmente, no litoral do Rio Grande do Sul.

    O alerta do Inmet é que as rajadas de vento podem ficar acima de 80 quilômetros horários (km/h), eventualmente passando de 100 km/h no litoral sul do estado entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado. E há possibilidade de queda de granizo.

    A meteorologista do Inmet, Dayse Moraes, fez a previsão do tempo. “A frente fria vai se formar no decorrer dessa sexta-feira, ainda causando bastante estabilidade provocando bastante chuva, com volume ainda acima de 100 mm pontualmente, podendo ocorrer entre norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Essa frente fria avançará rapidamente, mas, ainda, poderá provocar bastante chuvas, com pancadas de chuva, podendo vir acompanhada de raios e rajadas de vento. E não se descarta que, pontualmente, também ocorra a queda de granizo.”

    Temperaturas

    O novo ciclone extratropical, que avança rapidamente pelo sul do país, está associado a uma frente fria no litoral entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul. Com isso, uma massa de ar frio derrubará de forma acentuada as temperaturas entre a sexta-feira e a madrugada de domingo (5).

    A previsão indica temperaturas mínimas em torno de 5°C a 8°C nas áreas mais frias do sul do Rio Grande do Sul e de 2°C a 5°C nas áreas mais altas do planalto gaúcho e catarinense e no extremo sul do Paraná, regiões com chance de geada fraca, durante o amanhecer de domingo.

    Orientações

    Nos momentos de tempestade, a orientação é desligar os aparelhos elétricos e o quadro geral de energia. As variações e curtos na rede elétrica, sejam causados por raios ou outros fatores, podem danificar aparelhos que estejam ligados à tomada. Os dispositivos desconectados ficarão protegidos de danos e queimas.

    Em caso de enxurrada ou enchentes, documentos importantes e objetos de valor devem ser colocados em sacos plásticos. Em situação de grande perigo confirmada, os indivíduos devem procurar abrigo e evitar permanecer ao ar livre. As pessoas também precisam ficar alertas sobre os riscos de queda de árvores e de galhos, como também de raios.

    Para identificar uma área de risco, leva-se em consideração diversas características presentes em uma localidade, como o relevo e a vegetação. É importante observar alterações nas encostas e terrenos, a exemplo de inclinação anormal de árvores, postes, água minando da base do barranco ou muros estufados.

    Sobre possibilidades de desabamento de imóveis, os moradores precisam ficar atentos a sinais como trincas nas paredes; paredes estufadas com ou sem infiltrações, queda de reboco das paredes, estalos, portas e janelas emperrando, rachaduras no solo, água empoçada no quintal.

    Informações

    Para receber alertas de desastre por WhatsApp, é necessário se cadastrar pelo telefone (61) 2034-4611 e, em seguida, interagir com o chatbot (robô de atendimento), enviando um “Oi”. Após a primeira interação, o usuário poderá compartilhar a localização atual ou escolher qualquer outra de seu interesse e passará a receber mensagens encaminhadas pelos órgãos de defesa civil locais. Outros modos são enviar o CEP (código de endereçamento postal) ou digitar o nome do município e enviar ao número acima.

    Para mais informações e orientações quando se percebem sinais de perigo, estão disponíveis os telefones da Defesa Civil (199) e do Corpo de Bombeiros (193). Também é possível consultar as redes sociais do Instituto Nacional de Meteorologia.

    Edição: Nádia Franco
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  • Juristas pedem expropriação de terras de quem explora trabalho escravo

    Juristas pedem expropriação de terras de quem explora trabalho escravo

    Após o resgate de mais de 200 trabalhadores em situação semelhante à escravidão em vinícolas do Sul do país, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia quer a expropriação dessas terras e o confisco dos bens das empresas, como prevê o Artigo 243 da Constituição Federal. O entendimento é o de que, além de sofrer no bolso, os responsáveis – diretos ou indiretos – devem responder criminalmente por isso.

    Um manifesto público foi divulgado e conta, até o momento, com centenas de assinaturas. Para Ney Strozake, da Associação de Juristas pela Democracia, é preciso que a Salton, a Aurora e a Garibaldi assumam a responsabilidade por terem contratado uma empresa terceirizada para a colheita das uvas.

    “Não dá para dizer que a empresa que contratava a empresa terceirizada não sabia. Como não sabia? Quem controla a sua propriedade, quem determina como será feita a colheita são as empresas Santon, Garibaldi e Aurora. Como assim não sabia? Afinal de contas estava prestando serviço para você.”

    A ideia é levar as assinaturas para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O Ministério Público do Trabalho propôs um acordo, que deve ser assinado nos próximos dias. A três empresas disseram que estão colaborando com as autoridades. Mesmo assim, para Ney Strozake, o debate precisa ser ampliado para toda a sociedade.

    “A terceirização só aumenta a possibilidade de existência de várias situações de trabalho análogo à escravidão. E o caso de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, é apenas a ponta do iceberg“, avaliou.

    O assunto também foi parar no Congresso Nacional. Pelo menos sete projetos foram protocolados na Câmara desde o final de fevereiro, quando o caso veio à tona. Um deles pede, justamente, a expropriação dessas terras e o confisco dos bens e a destinação deles para associações não governamentais de combate ao trabalho escravo. Mas existem propostas também pedindo a proibição de concessão de empréstimos para as empresas que contratarem trabalhadores em condições análogas às de escravo e até o que pede o compartilhamento de responsabilidade no caso de contratação de empresas terceirizadas.

    Mas, essa é uma discussão que pode se arrastar no Congresso. Para se ter uma ideia, algumas propostas sobre o assunto tramitam na casa há mais de 20 anos. Uma das mais antigas, de 2003, tramita em conjunto com outras propostas semelhantes e aguarda andamento na Câmara dos Deputados.

    Edição: Juliana Andrade

  • Inmet prevê geada, neve e avanço do frio no país

    Inmet prevê geada, neve e avanço do frio no país

    A semana começará com geada na Campanha Gaúcha; neve em Santa Catarina e na Serra Gaúcha; frio adentrando na Região Centro-Oeste; e ventos cada vez mais forte no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. É o que prevê o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

    Tudo em decorrência da formação e deslocamento de uma frente fria pelo país, que deverá causar também chuvas fortes em áreas do Mato Grosso do Sul, no sul do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais e em áreas de São Paulo e Rio de Janeiro.

    Ciclone subtropical

    Preocupados com a possibilidade de alguns efeitos mais extremos causados pela mudança no clima, o Inmet e a Marinha divulgaram uma nota conjunta na qual informam haver “condições favoráveis para a formação de um ciclone subtropical em alto-mar, na posição 36°S 042°W, aproximadamente 530 milhas náuticas (980 km) ao sul da costa do estado do Rio Grande do Sul, com rápido deslocamento para sudoeste e posterior deslocamento para oeste/noroeste, a partir da manhã do dia 16 de maio”.

    Ainda de acordo com a nota, caso as condições atmosféricas persistam, o sistema deverá ser classificado como “tempestade subtropical”. “A atuação deste sistema meteorológico poderá causar ventos de até 55 nós (100 km/h) no entorno do ciclone, principalmente nos setores leste e sudeste desse sistema, até a noite do dia 16 de maio”, complementa a nota.

    Na internet, a Marinha mantém atualizados os alertas de mau tempo. Informações meteorológicas podem ser visualizadas também por meio do aplicativo Boletim ao Mar, disponível para download para os sistemas Android e iOS.

    Terça-feira

    De acordo com o Inmet, a madrugada de terça-feira (17) é de formação de geada no norte de Santa Catarina e em grande parte do Paraná e no sul e sudoeste do Mato Grosso do Sul, podendo ser forte no centro e sul do Paraná.

    O instituto prevê queda mais acentuada nas temperaturas de áreas das regiões Centro-Oeste e Sudeste, bem como no sul da região Amazônica.

    “No decorrer do dia, um ciclone extratropical avança próximo ao litoral do Rio Grande do Sul intensificando ainda mais os ventos no sul e leste do estado. As rajadas de vento poderão ultrapassar os 100 km/h em algumas localidades do extremo sul do Rio Grande do Sul”, complementa o Inmet.

    Ainda segundo o instituto, a massa de ar frio continuará atuando em grande parte do Brasil até o final da semana.