Tag: Reeducandos

  • Número de reeducandos com emprego em Mato Grosso salta 513% em mais de cinco anos

    Número de reeducandos com emprego em Mato Grosso salta 513% em mais de cinco anos

    Em mais de cinco anos, o Governo do Estado ampliou em 513% o número de vagas de trabalho ofertadas para reeducandos do Sistema Penitenciário de Mato Grosso, de acordo com dados da Fundação Nova Chance (Funac), entidade responsável pela inserção e capacitação de pessoas privadas de liberdade e vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

    Em dezembro de 2018, o Sistema Penitenciário tinha 814 presos com ocupação de mão de obra. Em novembro deste ano de  2024, o número chegou a 4.991, sendo que 913 vagas são preenchidas por mulheres, o equivalente a 18,3%.

    O balanço da Funac mostrou ainda que, do total da mão-de-obra intermediada neste ano, 3.659 (73%) é ocupada por reeducandos do regime fechado, ou seja, aqueles que trabalham dentro dos presídios.

    As outras 1.332 (27%) vagas são preenchidas por egressos, pré-egressos e do regime semiaberto, ou seja, presos que têm autorização judicial para trabalhar fora da unidade prisional, estão prestes a ganhar a liberdade e aqueles já estão livres sob acompanhamento da Justiça.

    Do total de reeducandos trabalhando, 427 foram contratados por meio de parcerias da Funac com os municípios para desempenhar serviços como limpeza e manutenção de ruas, além de reformas e reparos em prédios públicos, graças a parcerias com 29 prefeituras em todo o Estado.

    Nos últimos dois anos, a mão-de-obra de pessoas privadas de liberdade foi fundamental para a construção de cinco escolas, sendo quatro em Cuiabá e uma em Várzea Grande. Cada escola entregue está dotada de 25 salas de aula. Na prática, esse número representa o atendimento de 8,4 mil novos estudantes.

    Ainda em 2024, a parceria da Funac com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) também mobilizou homens e mulheres do regime fechado das unidades prisionais de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças na confecção de 50 mil uniformes para alunos das Escolas Estaduais Militares Tiradentes da Polícia Militar, e Dom Pedro II do Corpo de Bombeiros.

    O Governo do Estado também utilizou esse trabalho para ampliar o número de vagas no Sistema Penitenciário de Mato Grosso. A nova Penitenciária Central do Estado (PCE) foi demolida e reconstruída com 95% de mão-de-obra de reeducando, ampliando o número de vagas da unidade de 793 para 3.134 vagas.

    No interior, também houve aumento significativo da quantidade de vagas do sistema penitenciário, utilizando a força dos recuperandos em regime fechado na construção de dois raios na Penitenciária Major Eldo de Sá, em Rondonópolis, com 864 vagas, e um raio na penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite, em Sinop, com 432 vagas.

    Funac 

    A partir de 2020, a Fundação Nova Chance ganhou um novo aliado, o Escritório Social, que se tornou o braço direito da Funac em nove municípios do interior.

    As instituições são responsáveis por oferecer orientação jurídica, assistência social, atendimento psicológico, cursos de qualificação e capacitação para enquadramento em vagas de trabalho, tanto para as pessoas que cumprem pena, quanto para seus familiares.

    O presidente da Funac, Winkler Freitas, considerou que o aumento da contratação foi impulsionado pelo empenho do Governo do Estado e do Poder Judiciário em ampliar o número de empresas parceiras que agora contratam mão-de-obra de reeducandos.

    “Para se ter uma ideia, em 2018 nós fizemos apenas 35 termos de cooperação para utilizar mão-de-obra de reeducandos. Até agora, conseguimos ampliar para o interior do estado e  chegamos a 266 parcerias, entre instituições públicas e privadas”, detalhou.

    Winkler Freitas também atribuiu esse esforço ao Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Penitenciário (GMF) que, desde de 2020 e juntamente com a Funac, percorreram diversos municípios do interior incentivando a contratação de reeducandos.

    O presidente da Funac explicou que, além de intermediar a mão-de-obra, a Fundação e os Escritórios Sociais dão suporte necessário aos recuperando que deixam a prisão para a reintegração social e diminuir a reincidência no crime.

     “O objetivo é que o reeducando garanta a própria saúde financeira e de sua família, evitando que ele entre para organização criminosa nos presídios, e, quando ganham liberdade, tenham condições, conhecimento e experiência para ingressar no mercado de trabalho, deixando de depender do crime para sobreviver”, destacou.

    O secretário de Estado Segurança Pública, coronel PM César Augusto Roveri, destacou que esses resultados mostram a preocupação e o empenho do Governo do Estado não apenas com a ampliação do número de vagas e modernização da infraestrutura nas unidades prisionais, mas em dar oportunidade de acesso à educação, formação profissional e emprego.

    “Não chegamos a esses resultados sozinhos, trabalhamos de forma integradas. Juntamos forças com o Poder Judiciário e outras instituições públicas. Também temos muitas prefeituras, empresas privadas e os próprios órgãos do Governo garantindo emprego e rendas aos reeducandos e suas famílias”, apontou Roveri.

  • Operação ‘Regresso’ prende três reeducandos por descumprimento de medidas judiciais em Lucas do Rio Verde

    Operação ‘Regresso’ prende três reeducandos por descumprimento de medidas judiciais em Lucas do Rio Verde

    A Polícia Judiciária Civil de Lucas do Rio Verde, em ação conjunta com a Polícia Penal, deflagrou nesta quarta-feira (16) a operação ‘Regresso’, que resultou na prisão de três reeducandos.

    Os presos estavam respondendo em liberdade a processos relacionados ao tráfico de drogas, mas violaram as condições impostas pela Justiça, como o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica e o respeito aos horários de recolhida.

    As prisões ocorreram nos bairros Veneza e Alvorada, onde os mandados foram cumpridos sem resistência. A operação reforça o monitoramento sobre os investigados que violam suas medidas judiciais.

  • Forças de segurança de Mato Grosso utilizam mão de obra de reeducandos para remover pichações

    Forças de segurança de Mato Grosso utilizam mão de obra de reeducandos para remover pichações

    As forças de segurança da Polícia Penal, Civil e Militar realizaram, nesta terça-feira (06.08), a operação Cidade Limpa com o objetivo de remover pichações que fazem alusão a uma facção criminosa em Colniza- Mato Grosso. No trabalho de limpeza, foi utilizada a mão de obra de seis reeducandos da Cadeia Pública da cidade.

    A iniciativa para uso de mão de obra dos privados de liberdade partiu do diretor da unidade prisional, Heitor Nogueira. Conforme ele, as forças de segurança fizeram o planejamento e deram início à operação com o aval do Poder Judiciário.

    “Graças à integração da Polícia Penal, Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Poder Judiciário e Defensoria Pública, conseguimos realizar este trabalho para garantir uma cidade ordeira e pacífica. Quando pessoas mal-intencionadas chegam ao município, logo percebem que o braço da lei as alcançará, sendo presas ou desistindo de praticar ilícitos em nossa cidade. Além disso, a Cadeia Pública desempenha um importante papel na ressocialização, que está fluindo muito bem. Atualmente, mais de 90% dos nossos presos definitivos estão inseridos em atividades de trabalho ou estudo”, enfatizou o diretor.

    O delegado Lucas Pereira explicou que a Polícia Civil realizou um trabalho para identificar os bairros com pichações e destacou a união de esforços das instituições públicas no combate às facções criminosas em Colniza.

    “Identificamos todos os muros com pichações alusivas às organizações criminosas e utilizamos os reeducandos da cidade para pintá-los. Todo o estado está empenhado no combate às ações das facções criminosas em nosso município. Visando o bem-estar da população, estamos realizando esta operação para colocar nosso projeto em prática. Vamos entregar uma cidade com um novo visual, mais pacífica, proporcionando à sociedade um pouco mais de qualidade de vida”, disse.

  • Motim no CRS de Sorriso mobiliza BOPE, ROTAM e Força Tática

    Motim no CRS de Sorriso mobiliza BOPE, ROTAM e Força Tática

    Um princípio de motim no Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS) na manhã desta terça-feira (20) mobilizou a Polícia Militar e a Polícia Penal para conter a rebelião dos reeducandos.

    A situação foi controlada com a ação conjunta do BOPE, ROTAM e Força Tática, com apoio de um helicóptero.

    “A Polícia Militar foi acionada para apoiar e conter esse motim. A Polícia Penal já tinha controlado a situação. Estamos aqui para fazer os procedimentos e dar apoio a Polícia Penal, tendo em vista o contingente deles. Não teve nenhuma fuga, mas teve alguns presos machucados pelo motim que eles fizeram”, destacou o Tenente Coronel Jorge Almeida, comandante da Polícia Militar.

    O motim causou tumulto na unidade prisional. Os motivos da rebelião ainda não foram divulgados, mas a Polícia Penal está realizando uma revista minuciosa no CRS para identificar os responsáveis e apurar o que motivou o motim.

    Há informações de que alguns presos poderiam ter ficado feridos durante a rebelião. A área externa do CRS foi isolada pela Polícia Militar para garantir a segurança da população e evitar fugas.

    As autoridades estão investigando as causas do motim e apurando se houve falhas na segurança da unidade prisional. A Polícia Civil também está acompanhando o caso e irá abrir um inquérito para investigar o crime de motim.