Tag: REDES SOCIAIS

  • Cãozinho encanta a web ao pedir mais carinho da “titia” 

    Cãozinho encanta a web ao pedir mais carinho da “titia” 

    Um cãozinho cheio de carisma está conquistando corações nas redes sociais! O pet viralizou depois de aparecer em um vídeo recebendo carinho da irmã de sua tutora. O detalhe mais fofo? Seu olhar irresistível de “quero mais”, que fez todo mundo se derreter.

    No vídeo, o cãozinho se deixa levar pelos afagos da “titia” e, quando ela para, ele lança aquele olhar pidão que ninguém resiste. Resultado? Mais carinho, mais amor e, claro, milhares de curtidas e comentários na internet.

    Pet faz sucesso na web com olhar irresistível de “quero mais”

    O poder dos pets na internet 

    Não é de hoje que os animais de estimação dominam as redes sociais. Vídeos como esse mostram o quanto os cães são verdadeiros especialistas em cativar seus humanos com gestos simples, mas cheios de ternura. E, convenhamos, quem resiste a um olhar tão pidão?

    Nos comentários, os internautas se divertiram e se identificaram com o cãozinho:

    “Eu sou exatamente assim quando alguém faz carinho na minha cabeça ”

    “Esse doguinho sabe como conquistar um humano! Fofo demais! ”

    “Titia, nunca pare de fazer carinho nesse bebê! Ele merece!”

    Com tamanha fofura, o cãozinho não só garantiu os carinhos da “titia”, mas também conquistou um espaço especial no coração dos internautas. E você, já deu um carinho extra no seu pet hoje?

  • Elefantinho esparramado em bebedouro viraliza e encanta as redes sociais 

    Elefantinho esparramado em bebedouro viraliza e encanta as redes sociais 

    Um filhote de elefante está roubando a cena nas redes sociais após ser flagrado em um momento simplesmente adorável. No vídeo, que rapidamente viralizou, o pequeno elefante aparece totalmente esparramado dentro de um bebedouro, aproveitando ao máximo a água fresca para se refrescar.

    Enquanto isso, sua mãe, paciente e atenta, observa a bagunça do filhote, que parece ter encontrado o melhor spa da selva.

    Pequeno gigante! Filhote de elefante se esparrama em bebedouro e encanta a internet 

     

    Ver essa foto no Instagram

     

    Uma publicação compartilhada por Nature (@nature)

    O gigante brincalhão 

    Os elefantes são conhecidos por sua inteligência, sociabilidade e, claro, por seu amor pela água. Desde filhotes, esses animais adoram se banhar e brincar em rios, poças e até bebedouros improvisados, como o do vídeo que conquistou a internet. Esse comportamento não é apenas uma brincadeira, mas também uma forma de regular a temperatura corporal e manter a pele saudável.

    Os filhotes de elefante, nascem com cerca de 100 quilos e já demonstram uma enorme curiosidade pelo mundo ao redor. Eles dependem da mãe e do rebanho para aprenderem a encontrar alimento, se protegerem e, claro, descobrirem os prazeres simples da vida selvagem – como um bom mergulho refrescante.

    O elefante-africano é encontrado em 37 países diferentes na África.
    O elefante-africano é encontrado em 37 países diferentes na África.

    A fofura que conquistou a web 

    Não é surpresa que a cena tenha viralizado. Os elefantes são um dos animais mais carismáticos do planeta, e seu comportamento brincalhão encanta pessoas de todas as idades. Com seu jeito desengonçado, o pequeno protagonista do vídeo mostrou que, quando se trata de diversão, até mesmo os maiores mamíferos terrestres sabem aproveitar cada momento.

    E você, já viu algo mais fofo do que um elefantinho curtindo um banho gelado?

  • Gato perde presa e faz “cara de paisagem”: a decepção felina que viralizou

    Gato perde presa e faz “cara de paisagem”: a decepção felina que viralizou

    Um vídeo que se espalhou pelas redes sociais mostra um gato em uma situação inusitada: após capturar um pássaro, o felino vê sua refeição escapar por entre suas patas, resultando em uma expressão de pura decepção. Do sucesso ao fracasso em segundos.

    Azar do felino: gato perde refeição e vira meme na internet

    O gato, caçador frustrado

    Gatos são exímios caçadores, com reflexos rápidos e instintos aguçados. No vídeo, o gato demonstra suas habilidades ao capturar o pássaro com precisão. No entanto, a presa, em um momento de sorte, consegue se libertar e alçar voo, deixando o felino a ver navios.

    O momento mais engraçado do vídeo é o close-up na face do gato, que exibe uma expressão de pura incredulidade e frustração. A “cara de paisagem” do felino conquistou a internet, gerando memes e comentários divertidos.

    Descubra os segredos para ter um gato siamês feliz em casa

    O vídeo, além de engraçado, nos lembra que nem sempre o caçador leva a melhor. A natureza é imprevisível e a presa, mesmo em desvantagem, pode surpreender com sua astúcia e capacidade de sobrevivência.

  • Caramelo e capivara conquistam a web com brincadeiras em parque

    Caramelo e capivara conquistam a web com brincadeiras em parque

    Um vídeo encantador que viralizou nas redes sociais capturou a inusitada amizade entre o cãozinho Caramelo, já um conhecido “queridinho do Brasil”, e uma capivara. Os dois animais foram flagrados em um parque, interagindo de forma lúdica e afetuosa, como se compartilhassem laços de parentesco.

    Caramelo e capivara: dupla inusitada diverte a web com amizade pra lá de especial

    Pega-pega interespécies

    As imagens mostram a capivara correndo atrás de Caramelo, que, por sua vez, se diverte com a perseguição. A dupla brinca de pega-pega em meio à natureza, demonstrando alegria e descontração. A cena enterneceu os internautas e levantou a questão sobre a possibilidade de amizades genuínas entre animais de espécies distintas.

    Interações interespécies no reino animal

    Embora as interações sociais mais comuns ocorram dentro da mesma espécie, o reino animal reserva exemplos fascinantes de relações interespécies. Essas interações podem variar desde o mutualismo, onde ambas as espécies se beneficiam, até o comensalismo, onde apenas uma espécie se beneficia sem prejudicar a outra. Em alguns casos raros, como o flagrado entre Caramelo e a capivara, observa-se um comportamento que se assemelha à amizade.

    Fatores que influenciam a interação

    Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento de interações positivas entre espécies diferentes. A ausência de ameaça percebida, a disponibilidade de recursos, a idade dos indivíduos envolvidos (animais jovens tendem a ser mais curiosos e menos receosos) e até mesmo experiências passadas podem influenciar a formação desses laços.

    Em ambientes controlados ou em situações onde animais selvagens se habituam à presença humana e de outros animais domésticos, essas interações surpreendentes podem se tornar mais evidentes.

    Reflexões sobre a natureza

    A amizade entre Caramelo e a capivara nos convida a refletir sobre a complexidade do comportamento animal e a capacidade de formar laços afetivos que vão além das barreiras da espécie. Essa cena inspiradora nos lembra da beleza da natureza e da importância de observarmos o mundo animal com mente aberta e coração receptivo.

  • Mulher fica pendurada em carro ao tentar impedir fuga do ex-companheiro com filha em Lucas do Rio Verde 

    Mulher fica pendurada em carro ao tentar impedir fuga do ex-companheiro com filha em Lucas do Rio Verde 

    Uma ocorrência de violência doméstica foi registrada no bairro Vida Nova, em Lucas do Rio Verde, após uma mulher ser vista pendurada em um veículo enquanto tentava impedir o ex-companheiro de fugir com a filha do casal. O caso ocorreu na noite dessa segunda-feira (10) e mobilizou a Polícia Militar, que foi acionada por testemunhas.

    Nas imagens que circularam rapidamente nas redes sociais, a mulher aparece sobre o carro, tentando impedir a fuga. O homem, no entanto, volta para o veículo e arranca, mantendo a vítima pendurada e colocando sua vida em risco.

    Diante da gravidade da situação, a Polícia Judiciária Civil abriu uma investigação para esclarecer os fatos. O vídeo gerou ampla repercussão, com internautas expressando indignação e cobrando providências.

    A identidade dos envolvidos não foi divulgada, e o caso segue sob apuração para determinar eventuais crimes cometidos.

  • Itamaraty rebate Estados Unidos por críticas a decisões do STF

    Itamaraty rebate Estados Unidos por críticas a decisões do STF

    O governo brasileiro divulgou nota nesta quarta-feira (26) em que critica posicionamento dos Estados Unidos contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu redes sociais norte-americanos no Brasil.

    Mais cedo, o Departamento de Estado norte-americano divulgou mensagem alertando que “bloquear acesso à informação” ou impor multas a empresas dos EUA é “incompatível com liberdade de expressão”.

    Na nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil diz que o governo recebeu “com surpresa” a manifestação e rejeita, “com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais e ressalta a importância do respeito ao princípio republicano da independência dos poderes, contemplado na Constituição Federal brasileira de 1988”.

    “A manifestação do Departamento de Estado distorce o sentido das decisões do Supremo Tribunal Federal, cujos efeitos destinam-se a assegurar a aplicação, no território nacional, da legislação brasileira pertinente, inclusive a exigência da constituição de representantes legais a todas as empresas que atuam no Brasil. A liberdade de expressão, direito fundamental consagrado no sistema jurídico brasileiro, deve ser exercida, no Brasil, em consonância com os demais preceitos legais vigentes, sobretudo os de natureza criminal”, diz a nota do Itamaraty.

    O ministério ainda cita que o “Estado brasileiro e suas instituições republicanas foram alvo de uma orquestração antidemocrática baseada na desinformação em massa, divulgada em mídias sociais”.

    “Os fatos envolvendo a tentativa de golpe contra a soberania popular, após as eleições presidenciais de 2022, são objeto de ação em curso no Poder Judiciário brasileiro”, completa.

    Entenda

    Em postagem na rede social X, o Departamento de Estado dos EUA argumenta que bloquear o acesso à informação ou impor multas a empresas norte-americanas é “incompatível” com liberdade de expressão.

    “O respeito à soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil. Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos que lá vivem é incompatível com os valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão”, diz a mensagem, reproduzida pelo perfil da Embaixada dos EUA no Brasil.

    No último dia 21, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão da rede social norte-americana Rumble no Brasil. A decisão foi tomada após o ministro constatar que a empresa está sem representante no país.

    A suspensão foi feita no processo no qual foi determinada a prisão e a extradição do blogueiro Allan dos Santos, acusado de disseminar ataques aos ministros da Corte. Atualmente, ele mora nos Estados Unidos.

    Segundo Moraes, apesar da determinação da suspensão dos perfis nas redes sociais, Allan continua criando novas páginas para continuar o “cometimento de crimes”.

    A Rumble e a empresa Trump Media entraram com recurso em uma tribunal da Flórida em que acusaram Moraes de “censurar” as plataformas e suspender contas de usuários. A Justiça dos Estados Unidos negou a liminar.

    A Comissão Judiciária da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos (EUA) aprovou, nesta quarta-feira (26), um projeto de lei para proibir a entrada no país, além de permitir a deportação, de autoridades estrangeiras que supostamente violem a primeira emenda da Constituição norte-americana, que proíbe limitar a liberdade de expressão.

    Entre os motivos para justificar a aprovação da medida, estão a atuação da União Europeia (UE) contra a desinformação nas redes socais, e o trabalho do ministro Alexandre de Moraes, por determinar a suspensão de contas investigadas por crimes nas redes sociais.

    Na prática, a lei pode barrar a entrada de Moraes nos EUA e, inclusive, deportá-lo.

  • Gato “olímpico” rouba presa de cobra cipó em salto espetacular

    Gato “olímpico” rouba presa de cobra cipó em salto espetacular

    Um vídeo impressionante que se tornou viral nas redes sociais mostra um gato demonstrando sua agilidade e esperteza ao roubar a presa de uma cobra cipó.

    O felino, com um salto digno de um atleta olímpico, surpreende a serpente e garante seu almoço.

    A cobra cipó, pendurada em uma árvore, segura um pequeno pássaro em sua boca. De repente, o gato surge em um salto espetacular, capturando o pássaro e deixando a cobra sem sua refeição. A rapidez e precisão do felino impressionam pela sua agilidade e oportunismo.

    Felino surpreende cobra cipó e abocanha presa em salto incrível

    A cobra cipó, que parece ter sido pega de surpresa, salta da árvore e foge rapidamente, demonstrando que não quer se tornar a próxima presa do gato. A cena, além de engraçada, mostra a inteligência e adaptabilidade dos animais selvagens.

    Curiosidades sobre gatos

    Visão aguçada: Gatos possuem uma visão noturna excelente, o que os torna ótimos caçadores.

    Audição apurada: A audição dos gatos é extremamente sensível, permitindo que ouçam sons que humanos não conseguem.

    Bigodes sensíveis: Os bigodes dos gatos são extremamente sensíveis e ajudam na percepção do ambiente.

    Focinho de gato gato tigrado cabeça de gato olhando olhos de gato grande gato jovem - Fotos do Canva
    Focinho de gato gato tigrado cabeça de gato olhando olhos de gato grande gato jovem – Fotos do Canva

    Corpo flexível: A coluna vertebral dos gatos é extremamente flexível, permitindo que eles se contorçam e passem por espaços apertados.

    Instinto de caça: Gatos possuem um forte instinto de caça, mesmo quando são alimentados regularmente.

    Ronronar misterioso: O ronronar dos gatos é um mistério para a ciência, mas acredita-se que seja uma forma de comunicação e auto- успокоение.

  • Proibição de celular na escola é bem-vinda, mas não é suficiente

    Proibição de celular na escola é bem-vinda, mas não é suficiente

    A vida escolar de cerca de 47 milhões de estudantes do ensino fundamental e do ensino médio mudou radicalmente no ano letivo que acabou de iniciar. Conforme a Lei nº 15.100/2025, eles estão proibidos de usar “aparelhos eletrônicos portáteis pessoais durante a aula, o recreio ou intervalos entre as aulas, para todas as etapas da educação básica”.

    Para Danilo Cabral, 16 anos, estudante do 2º ano do ensino médio do Colégio Galois em Brasília, a medida exige mudança de comportamento. Vai alterar, por exemplo, a comunicação com a mãe ou com o pai. “Às vezes, no meio da manhã, eu decido que vou almoçar na escola, e fica um pouco mais difícil avisar aos meus pais.”

    Apesar do empecilho, Danilo acha que “é só uma questão de adaptação mesmo” e que vai ser “muito benéfico”, porque “para prestar atenção nas aulas, a gente não pode mexer no celular”, admite cerca de dez dias depois da volta às aulas.

    Joana Chiaretto, da mesma turma que Danilo e também com 16 anos, percebe “mudanças muito positivas” no pátio da escola. “Antes, a gente via todo mundo no próprio celular. Sem conversar, nem nada, os grupinhos separados. Agora a gente vê um grupão de meninas jogando carta. A gente vê as pessoas conversando mais. Aqui na escola todo mundo está trazendo jogos”, conta com entusiasmo.

    Para ela, “as pessoas são muito viciadas no celular.” E, entre os mais jovens, “é muito difícil. Chega a dar aquela angústia, de querer pegar o celular, de ligar pra alguém ou mandar uma mensagem.”

    Sem fotos do quadro

    A visão crítica dos dois adolescentes sobre o uso de celular no colégio e os benefícios da proibição são compartilhados por seus professores. “Melhorou muito no quesito entrosamento dos alunos. Eles têm que conviver juntos de novo”, ressalta Victor Maciel, professor de biologia do ensino médio.

    O professor observa que, sem o celular, “os alunos não tiram mais fotos do quadro” e, mais atentos, perguntam mais, tiram dúvidas e aprendem mais. “Eles têm que estar mais focados agora. A aula fica mais interessante para eles. Porque sabem que não vão ter tanta facilidade depois para conseguir aquele conteúdo.”

    Patrícia Belezia, coordenadora do ensino médio no Galois, também apoia a decisão. Ela se recorda de que, em ano anterior, a escola flagrou alunos jogando no celular inclusive em plataforma de apostas, “muitos viciados no jogo do tigrinho e em pôquer eletrônico. Eles faziam apostas entre eles.” Como o exemplo é uma forma de educar, a coordenadora destaca que a restrição aos celulares na escola é para todos. Se estende aos funcionários e aos professores.

    Dulcineia Marques, sócia fundadora do colégio, acha que “ganhou um presentão” com a lei aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República. Para ela, o aparelho celular pode ser um marcador de desigualdades sociais em função do modelo e do pacote de dados.

    Ao seu ver, essas distinções distorcem o espírito das escolas que exigem o uso de uniforme igual para todos, que tem um propósito. “É o jeito de educar esses meninos. É assim para igualar as crianças e adolescentes. Para não trazer para dentro da escola o poder aquisitivo que os diferenciam pelos tênis e marcas de roupa.”

    Projeto pedagógico

    A escola de Dulcineia Marques, no Plano Piloto, atende a 1.198 meninos e meninas das quatro séries finais do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio. A 32 quilômetros dali, em Ceilândia, no Centro Educacional n° 11, o diretor Francisco Gadelha atende a 1.512 estudantes dessas séries e também homens e mulheres de 18 a 60 anos do ensino de jovens e adultos (EJA). O diretor também faz elogios à proibição dos celulares.

    “No começo, eu era contrário à lei, por entender que o celular é uma ferramenta tecnológica. Mas agora estou observando em poucos dias como está sendo benéfico inclusive no comportamento. A gente está tendo menos brigas, menos situações de bullying.”

    Gadelha está aproveitando a entrada em vigor da Lei nº 15.100/2025 para provocar a reflexão dos alunos e dos professores. Na preparação do ano letivo, a escola adotou o livro “A geração ansiosa: como a infância hiperconectada está causando uma epidemia de transtornos mentais”, do psicólogo social Jonathan Haidt, como referência para a criação de um projeto pedagógico em andamento.

    Segundo ele, os três primeiros dias de aula no período diurno foram “cansativos” porque teve de guardar na escola 15 celulares que os alunos trouxeram de casa. Os aparelhos foram devolvidos aos responsáveis pelos estudantes. Apesar da escola retirar o telefone dos alunos, apenas um pai reclamou. “Em regra, os pais estão gostando muito”, avalia o diretor.

    Além da direção da escola durante o dia, Francisco Gadelha ainda leciona para adultos no período noturno. De acordo com ele, a proibição do celular “é mais difícil no EJA, porque os adultos estão mais viciados do que as crianças.” Com eles, a escola propõe um termo colaborativo para manter os aparelhos longe das salas de aula.”

    Uso consciente

    Para Luiz Fernando Dimarzio, analista pedagógico da Ctrl+Play, uma escola de tecnologia para crianças e adolescentes em cidades do Estado de São Paulo, a lei que proíbe celulares é “polêmica”, pois “a questão do permitir ou proibir é acabar indo muito nos extremos.”

    Dimarzio opina que é preciso buscar “como que a gente pode utilizar isso de forma saudável, e ensinar o uso consciente da coisa. Eu fico pensando, será que, de repente, definir momentos específicos para uso? Para uma pesquisa, tem inúmeros aplicativos educacionais, né? Será que, de repente, definir momentos específicos para o uso não seria mais interessante?”,

    Em suas indagações, o analista pedagógico lembra que a lei faculta o uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula “para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação dos profissionais de educação”.

    Victor Freitas Vicente, coordenador de educação do Instituto Felipe Neto, avalia que havia um clamor no país pela adoção da lei contra os celulares nas escolas “e que a proibição pode ser um passo importante no contexto de ambientes digitais cada vez mais tóxicos.”

    Ele, no entanto, pondera que “a escola não é um jardim murado. Ela é um polo conectado com os desafios da sociedade” e, nesse sentido, “precisa preparar as novas gerações para os desafios que as tecnologias digitais estão colocando, não só em relação ao comportamento, mas em relação a uma nova ordem econômica, a inteligência artificial.”

    O coordenador também defende os resultados da proibição do celular sejam avaliados em pesquisas sobre aprendizagem, e que seja implantada a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas comunidades escolares, que ainda não têm regulamentação definindo as regras práticas para adoção nos diferentes sistemas de educação brasileiros. Além disso, ele é a favor de que o Congresso Nacional retome a elaboração da lei sobre funcionamento das redes sociais.

    Redes sociais

    Thessa Guimarães, presidenta do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP-DF) considera “fundamental tirar da gaveta projetos de lei que contribuam para a regulação das redes sociais, compreendendo que hoje a nossa vida atravessa as redes sociais”. Ela ressalta que, por causa das redes sociais, “um dispositivo eletrônico é uma porta aberta a toda a produção humana que existe, inclusive a produção de discursos de ódio, a produção de difusão de métodos de auto-lesão e de suicídio.”

    Raquel Guzzo, pesquisadora e professora titular de Psicologia na PUC de Campinas, considera que as redes sociais, acessadas principalmente por meio de celulares, “têm um impacto significativo na autoestima e na percepção de si mesmos entre adolescentes, que podem se sentir pressionados a corresponder a padrões irreais de comportamento e estética.”

    Ela lembra que as redes sociais “são projetadas para maximizar o tempo que os usuários passam nelas, utilizando algoritmos que promovem o engajamento contínuo.” No entanto, “outros recursos do celular, como jogos e aplicativos, também podem contribuir para a dependência, especialmente quando usados excessivamente.”

    arte_celular_saude_mental

    Linguagem comprometida

    A psicopedagoga Gabriela de Martin, especialista em saúde mental pela UFRJ, avalia que a linguagem utilizada pelos mais jovens e os recursos para a escrita nos celulares também são comprometedores da linguagem e podem gerar barreiras quando forem buscar trabalho.

    Gabriela de Martin tem experiência com a colocação profissional de jovens aprendizes (14 a 18 anos) no mercado de trabalho, mas enfrenta, no entanto, “imensa dificuldade, porque os meninos nessa faixa etária estão analfabetos.”

    “Temos uma linguagem usada nos aplicativos de mensagem que não têm palavras por inteiro, cheia de erros de pontuação. Muitas vezes é o próprio teclado que vai criando o texto. Eu já vi muita gente que chega com 16, 17 anos sem capacidade de formular uma resposta”, lamenta Gabriela.

    Totalmente favorável à proibição dos celulares nas escolas, a presidenta do CRP-DF, Thessa Guimarães, alerta para os riscos de crise de abstinência pela ausência do celular, com efeitos físicos e psíquicos, que pode acontecer “na ausência de qualquer droga, lícita ou ilícita, na ausência de um companheiro amado a partir de uma separação, ou na ausência de um dispositivo que se tornou a centralidade da vida daquela criança e daquele adolescente.”

    Em caso de síndrome, Thessa Guimarães recomenda apoio familiar e busca de profissional qualificado para atendimento psicológico e “naturalmente, a substituição progressiva da centralidade daquele dispositivo por mais comunhão familiar e participação em atividades paradidáticas, extracurriculares.”

    “É preciso povoar a vida dessa criança e desse adolescente de novos interesses e de novas aberturas, para que ela possa se recuperar do vício e explorar outras potencialidades.”

  • Regulamentar redes é complexo mas necessário, diz secretário do OIJ

    Regulamentar redes é complexo mas necessário, diz secretário do OIJ

    Recém-eleito para ocupar o cargo de secretário-geral do Organismo Internacional de Juventude para Ibero-América (OIJ), o advogado Alexandre Pupo defende a regulamentação das plataformas e das redes sociais como um mecanismo importante no combate ao extremismo. Em entrevista à Agência Brasil nesta quarta-feira (12), após ter participado de um painel que discutiu a radicalização e o extremismo online entre os jovens, no Dia da Internet Segura, Pupo ressaltou que a discussão sobre a regulamentação é complexa, mas necessária.

    “O ambiente digital é um ambiente onde as juventudes, inclusive as crianças e adolescentes, já passam grande parte da sua vida. Só que o ambiente digital é muito menos regulado do que a vida na sociedade. E tem um princípio básico que já é utilizado por muitos juristas de que o que é crime na vida normal, também tem que ser crime na internet. E isso tem que ser ampliado para outros elementos não só criminosos, mas elementos também de prevenção a determinados tipos de conteúdo como determinadas expressões de ódio, por exemplo, na internet”, diz Pupo, que também trabalhou na assessoria especial da presidência da República.

    Pupo defende que o Brasil precisa entrar nessa discussão, a exemplo do que já vem ocorrendo na Europa. “A gente tem que encontrar caminhos para regulamentar o modo como essas plataformas funcionam e o modo como elas lucram também. Porque o mercado e a lógica do negócio da internet é o tempo do usuário gasto naquele lugar. Então, este é um debate a ser enfrentado ainda. Há diversos modelos de regulamentação. A União Europeia tem avançado muito nesse tema”.

    Ele defendeu que essa regulamentação precisa ser feita com ampla participação da sociedade. “Essa regulação não pode ser feita só entre as empresas e, por exemplo, só o Congresso. Ela tem que envolver também os diferentes entes do Estado que estão envolvidos com isso, como as escolas, que sofrem as consequências imediatas do cyberbullying, por exemplo. E também os serviços de saúde que têm sofrido a consequência da discussão de saúde mental. E ainda os movimentos de juventude, por exemplo, que eu acredito que são a principal população que utiliza essas redes”.

    “Há uma impressão de que esses espaços são públicos porque você não paga para utilizá-los, mas eles não são: são espaços privados. Então a gente tem que pensar em regulamentações para tornar esse esses ambientes saudáveis e impedir que os riscos que estão colocados pela questão digital, como golpes, desinformação, conteúdos extremistas e pornografia infantil, sigam normas mínimas, assim como nós temos normas mínimas de convivência nossa cidade”, defendeu.

  • Redes da Meta facilitam aplicação de golpes financeiros, aponta estudo

    Redes da Meta facilitam aplicação de golpes financeiros, aponta estudo

    O Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab), vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicou nesta quarta-feira (5) os resultados de um estudo sobre a presença de anúncios maliciosos nas redes sociais administradas pela Meta, como Facebook, Instagram e WhatsApp. O objetivo foi ampliar o conhecimento sobre a publicidade enganosa, por meio da qual são aplicados golpes aos cidadãos brasileiros. Os resultados indicam que as plataformas da Meta estão sendo vistas por golpistas como um terreno fértil para a prática de fraudes.

    O estudo envolveu um intenso monitoramento entre 10 e 21 de janeiro deste ano. Esse período coincide com os desdobramentos da edição da Instrução Normativa 2.219/2024 pela Receita Federal. O texto fixou a obrigatoriedade de operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento apresentarem semestralmente determinadas informações sobre operações financeiras de contribuintes. A medida, que passou a valer a partir de 1º de janeiro de 2025, desencadeou uma onda de notícias falsas, segundo as quais as transações por Pix passariam a ser taxadas. Pressionado pela disseminação das fake news, o governo federal acabou decidindo revogar a nova regra no dia 15 de janeiro.

    De acordo com a pesquisa, a onda de notícias falsas fomentou dúvidas na população, e estelionatários aproveitaram o momento para aplicar golpes. Ao todo, foram identificados 151 anunciantes que compartilharam 1.770 anúncios com conteúdo malicioso. Também foram mapeados 87 sites fraudulentos para os quais os usuários eram redirecionados. Ao anunciar a revogação, o governo se justificou afirmando que o recuo buscava, entre outras coisas, frear a circulação da desinformação. A análise do NetLab indica que, em relação aos anúncios fraudulentos, o objetivo não foi atingido. Ao contrário, nas plataformas da Meta, esses conteúdos cresceram 35% após o recuo.

    Em muitos casos, os anúncios recorreram à simulação de páginas de instituições públicas e privadas. Em 40,5%, eles foram veiculados por anunciantes que se passavam pelo governo federal. Os pesquisadores do NetLab observam que os anúncios exploram a desinformação em torno das políticas públicas voltadas à inclusão financeira. Chamou a atenção deles que, entre as peças publicitárias fraudulentas, aparecem promessas de acesso tanto a programas governamentais reais como também a outros fictícios. Resgata Brasil, Benefício Cidadão, Brasil Beneficiado e Compensação da Virada são alguns nomes utilizados.

    “O fato de estas páginas terem obtido a permissão para veicular anúncios em nome do governo evidencia as fragilidades dos processos de verificação de anunciantes da Meta”, registra o estudo. Os golpistas ofereciam serviços para identificar valores que os usuários teriam direito a receber ou anunciavam a possibilidade de resgate de dinheiro de determinado benefício. Os usuários eram eventualmente levados a crer que precisavam pagar taxas antecipadas para ter acesso a estes serviços. Alguns desses anúncios também promoviam guias fraudulentos que instruíam consumidores a “driblarem a taxação do Pix.”

    Para os pesquisadores, o alcance das fraudes tem sido maximizado pela utilização das ferramentas de marketing disponibilizadas pela Meta, que permitem o impulsionamento de anúncios maliciosos e seu direcionamento para públicos segmentados de acordo com critérios demográficos, geográficos e interesses dos usuários. Eles criticam a falta de transparência no tratamento dos dados pessoais e veem uma falta de controle e de segurança contra a publicidade enganosa, o que favorece a aplicação de crimes digitais no Facebook, no Instagram e no WhatsApp.

    De acordo com o NetLab, ao permitir o direcionamento de anúncios fraudulentos para públicos específicos, as ferramentas da Meta dão aos golpistas a capacidade de atingir as vítimas ideais. “Há no país uma vasta população ávida por oportunidades de ascensão social, que precisa de suporte e políticas públicas do Estado para mudar de vida, o que faz com que os mais necessitados se tornem um alvo prioritário de golpes online”, registra o estudo.

    Procurada pela Agência Brasil, a Meta afirmou em nota que anúncios que tenham como objetivo enganar, fraudar ou explorar terceiros não são permitidos em suas plataformas. “Estamos sempre aprimorando a nossa tecnologia para combater atividades suspeitas. Também recomendamos que as pessoas denunciem quaisquer conteúdos que acreditem ir contra os Padrões da Comunidade do Facebook, as Diretrizes da Comunidade do Instagram e os Padrões de Publicidade da Meta através dos próprios aplicativos”, acrescenta o texto.

    Inteligência artificial

    O estudo revelou que em 1.244 dos anúncios fraudulentos, 70,3% do total, houve uso de ferramentas de inteligência artificial. Foram encontrados vídeos que podem ser enquadrados como deepfakes (falsificação profunda, em tradução livre). As ferramentas foram largamente utilizadas para manipular a imagem do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), protagonista da campanha pela revogação da Instrução Normativa 2.219/2024. Ao todo, adulterações envolvendo o parlamentar aparecem em 561 anúncios, sendo 70% destes veiculados após o recuo do governo federal.

    Um deles faz uso de uma publicação original compartilhada por Nikolas em suas redes sociais, na qual comemorava a revogação das novas regras e alegava que o trabalhador brasileiro poderia se tranquilizar por poder “usar o Pix sem a lupa do governo”. O anúncio, porém, manipula o trecho final do vídeo e mostra o parlamentar anunciando o lançamento de uma medida que garantiria o reembolso parcial de gastos realizados com cartão de crédito nos últimos meses.

    Embora tenha sido o principal alvo das manipulações, Nikolas não foi a única personalidade pública que teve sua imagem explorada nos anúncios fraudulentos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é outro que aparece em diferentes vídeos adulterados. Também há conteúdos que utilizam as imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ex-presidente Jair Bolsonaro, dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL) e Fred Linhares (Republicanos) e do jornalista William Bonner, entre outros.

    Moderação de conteúdo

    Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha no ano passado aponta que fraudes baseadas em Pix e em boletos bancários são os tipos de crimes digitais que mais geram receitas no Brasil, causando um prejuízo de R$ 25,5 bilhões por ano aos consumidores. Também em 2024, identificar a origem dos golpes financeiros no país foi o foco de um levantamento realizado pela Silverguard, uma empresa de tecnologia que oferece serviços de proteção financeira digital.

    O trabalho revelou que 79,3% dos casos denunciados por vítimas por meio  da plataforma SOS Golpe se iniciaram em alguma das três plataformas da Meta, sendo 39% no WhatsApp, 22,6% no Instagram e 17,7% no Facebook. Os resultados apontaram também que 7,3% dos golpes tiveram origem no Telegram e 5% em uma das duas plataformas do Google: o sistema de busca ou o YouTube. O restante foi associado a aplicativos de jogos, TikTok, e-mail e outros.

    Para os pesquisadores do NetLab, diferentes estudos têm apontado as fragilidades no controle de conteúdo publicitário pelas plataformas da Meta. Eles apontam que uma das consequências é a perda de credibilidade das instituições governamentais e públicas. Isso porque, com o alto volume de anúncios fraudulentos, se reduz a capacidade dos usuários de identificar os anúncios autênticos.

    Há também preocupações envolvendo as alterações nas regras das redes sociais Facebook e Instagram que foram anunciadas recentemente por Mark Zuckerberg, presidente executivo da Meta. Entre elas está o fim do programa de checagem de fatos e outras mudanças envolvendo moderação de conteúdo, como a redução na utilização de filtros que buscam por publicações que violam os termos de uso.

    De acordo com o NetLab, há incertezas sobre o alcance dessas medidas. “A ausência de menção específica à moderação de conteúdo publicitário por Zuckerberg em sua fala não deixa claro se as mudanças impactam a circulação de anúncios fraudulentos”, registra o estudo.