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  • ‘Maio Laranja’ marca ações de prevenção e combate à exploração sexual infantojuvenil

    ‘Maio Laranja’ marca ações de prevenção e combate à exploração sexual infantojuvenil

    18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. A data ficou marcada há 50 anos pelo assassinato de uma criança que na época tinha apenas 8 anos. Ela foi drogada, estuprada e morta em Vitória (ES). O caso Araceli, apesar de sua natureza hedionda, até hoje permanece impune. Por isso, assa data foi instituída em 2000 pelo projeto de lei 9970/00.

    Em Lucas do Rio Verde, profissionais que atuam nos órgãos que formam a rede de proteção a criança e adolescente participam de uma capacitação. As atividades iniciaram com as presenças do Promotor Público, Daniel Mariano, e secretária de Assistência Social, Janice Ribeiro.

    A secretária ressaltou a iniciativa do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que liderou a realização da capacitação. Janice disse que a data é importante para conscientizar sobre a prevenção de casos de abuso e exploração. Ela observou que toda a comunidade tem que estar atenta e denunciar eventuais casos.

    “Se eu faço parte de uma sociedade, eu tenho que tentar ajudar os problemas que nós encontramos nela. Esse é o papel do Conselho, papel nosso, da Secretaria de Assistência Social”, ressaltou.

    A criação de um protocolo estabelece a conduta de cada órgão que forma a rede de proteção. Assim, fica mais claro que encaminhamentos tomar quando surgirem as notificações. “Nós sabemos que a violência ela está muito próximo da gente, porque os casos que a gente tem conhecimento são praticadas por pessoas, por amigos, por parentes, por pessoas que nós levamos para dentro das nossas casas. Então, um momento muito importante de conscientização, de falar para a sociedade que cuide melhor das nossas crianças”, conclama.

    Celeridade

    Mariano destacou a importância da capacitação e da definição de como melhor fazer a notificação dos casos que forem identificados. Segundo ele, a ideia é transformar esse protocolo em algo mais fluido, dando celeridade às informações. “Para que a rede consiga ‘conversar’ até mais rápido, de maneira mais fácil, sem nenhum local que fique parado, sem nenhum gargalo”, pontuou.

    Conforme o promotor, é necessário agir com tolerância zero em relação aos casos de abuso e exploração infantojuvenis. Daniel Mariano observa que as vítimas demonstram no comportamento que algo não está correto, por isso familiares ou profissionais que lidam com elas podem notar essas mudanças.

    “Tem que trazer todas as denúncias, seja para a professora da escola, para a unidade de saúde, conselho tutelar, que é o nosso principal canal, no Disque 100, o Ministério público tem o WhatsApp, tem pessoalmente aqui é garantido sigilo absoluto da pessoa que for fazer a denúncia”, ressaltou.

    Daniel Mariano estimulou as pessoas a fazerem a notificação de casos suspeitos, pois permite aos órgãos competentes fazer a devida apuração. E, os casos comprovados, os culpados sejam punidos conforme a legislação.

  • Representantes das instituições que formam a rede de proteção de crianças e adolescentes participam de capacitação

    Representantes das instituições que formam a rede de proteção de crianças e adolescentes participam de capacitação

    Começou nesta quarta-feira (29) pela manhã e prossegue até amanhã (30) uma capacitação voltada a representantes de instituições que formam a rede de proteção de crianças e adolescentes em Lucas do Rio Verde. Nestes dois dias o palestrante Luciano Betiate vai abordar pontos da legislação brasileira. As atividades acontecem no auditório da Unilasalle.

    Na abertura estiveram presentes a juíza Alethea Assunção, da Vara da Infância e Adolescência, delegada Ana Terra, o prefeito em exercício, Márcio Pandolfi, a vereadora Sandra Barzotto, a presidente do CMDCA, Débora Carneiro, além de representantes de forças policiais, entidades, gestores escolares e integrantes da Secretaria de Assistência Social.

    Ao dar boas vindas aos participantes, Márcio Pandolfi destacou a importância do envolvimento das instituições que formam a rede de proteção. O prefeito em exercício destacou que Lucas do Rio Verde é uma cidade que cresce continuamente e, por isso, atrai a atenção de pessoas mal intencionadas. Ele disse que atividades como essa capacitação ajudam a fortalecer a rede de proteção. “Com o conhecimento, esses ‘alarmes’ são facilmente detectados por quem conhece, seja em residência, numa escola, na rua, no bairro, seja num grupo de amigos. A pessoa que tem esse conhecimento ela detecta os sinais”, pontuou.

    Confiança e fortalecimento da rede

    A presidente da Câmara, Sandra Barzotto, destacou a boa presença de gestores escolares e profissionais que atuam na educação. Professora aposentada, Sandra citou que as escolas têm papel importante na identificação de possíveis vítimas de violência. “É na escola que boa parte desses abusos são denunciados, porque a maioria das crianças e adolescentes são vítimas dentro da própria casa e não sente segurança em relatar para alguém naquele contexto. Ele sente mais seguro num ambiente em que é muito bem acolhido, que é a escola”, ressaltou.

    A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Débora Carneiro, disse que o objetivo é fortalecer a rede de proteção já existente. A expectativa é que a comunidade aproveite esse período, tendo em vista que o palestrante vem desenvolvendo bons trabalhos por onde passa. “A nossa expectativa é muito grande porque ele vem tratar de um assunto que é a proteção das nossas crianças e adolescentes, numa perspectiva de rede”, disse.

    A rede de proteção busca fortalecer a oferta de serviços em várias áreas, como esporte, educação, saúde, cultura e assistência social. “Mas, além de reforçar o trabalho que já existe, é fazer o trabalho de uma forma correta. Às vezes um detalhe pode fazer toda a diferença na condução de um caso. Então, a nossa proposta maior é essa, além de articular, trazer instrumentos para melhorar, para aperfeiçoar, para capacitar ainda mais aquilo que já temos no nosso município”, ressaltou Débora,

    Nesse contexto, a juíza Alethea Assunção observa que eventos como esse ajudam a ajustar os elos que formam a rede. Com isso, a intenção é dar celeridade aos atendimentos. “Cada órgão, cada instituição (da rede de proteção) tem um papel. E o diálogo entre esses elos é o diferencial nesse atendimento à criança e ao adolescente, que se encontra em situação de risco. Então, quanto mais capacitada, preparada e quanto melhor for o diálogo entre todos os integrantes dessa rede, mais rápido mais eficaz vai ser esse atendimento a essa criança, esse adolescente”, observou.

    Lei Henry Borel

    Nestes dois dias, o palestrante e consultor Luciano Betiate deve abordar pontos da legislação brasileira sobre a defesa dos direitos da criança e do adolescente. Ele disse que a formação é necessária para fortalecer o trabalho em rede e garantir que os seus direitos fundamentais e humanos sejam garantidos. “E ajudar o município a avançar nas políticas públicas ligadas à infância e juventude”.

    Betiate deve dar um enfoque especial numa atualização do Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei Henry Borel. Foram incluídos artigos semelhantes aos existentes na Lei Maria da Penha, com o objetivo de proteger crianças e adolescentes vítimas de violência. “Os conselheiros tutelares, por exemplo, podem pedir medidas protetivas para as crianças vítimas das mais variadas formas de violência, que acontece dentro da residência. É importante que os conselheiros tutelares compreendam como usar esse mecanismo para proteger imediatamente a criança onde o suposto violentador é afastado do lar”, explica.

    Esse e outros mecanismos são recentes, tendo entrado em vigor agora em junho do ano passado.