Tag: recuperação fiscal

  • STF valida realização de concursos nos estados em recuperação fiscal

    STF valida realização de concursos nos estados em recuperação fiscal

    A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, nesta sexta-feira (30), para manter a decisão que autorizou estados que estão em recuperação fiscal a realizarem concursos públicos.

    Pelo entendimento, os ministros referendam uma liminar na qual o ministro Luís Roberto Barroso, relator o caso, liberou, em novembro de 2021, os certames para ocupação de cargos vagos. O ministro citou que a falta de preenchimento das vagas pode prejudicar a prestação dos serviços públicos.

    “A proibição de reposição de vacâncias em cargos públicos, em alguns casos, compromete a prestação de serviços públicos essenciais à coletividade”, votou o ministro.

    O entendimento de Barroso foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Edson Fachin e Luiz Fux.

    Pela legislação, estados que estão em recuperação fiscal não podem repor cargos vagos para evitar gastos com pessoal.

    O caso é julgado no plenário virtual, modalidade na qual os ministros inserem os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. A votação terminará às 23h59.

    O pedido de liberação de concursos foi feito pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp).

    Edição: Marcelo Brandão

  • Cláudio Castro pede a Haddad revisão de recuperação fiscal do Rio

    Cláudio Castro pede a Haddad revisão de recuperação fiscal do Rio

    O Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse nessa terça-feira (7) que a desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre vários produtos resultou numa perda de arrecadação de R$5 bilhões para o estado. Por cerca de duas horas, ele se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a fim de pedir a revisão do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do estado.

    Segundo Castro, Haddad prometeu rever as bases do acordo assinado em junho do ano passado, mas disse que só começará a discutir o assunto após resolver as negociações da medida provisória que reonera a gasolina e o etanol. O governador destacou que o estado não pensa em sair do RRF, mas defendeu a revisão do acordo para evitar o desequilíbrio das contas locais e problemas no serviço público.

    No ano passado, as leis complementares 194 e 192 estabeleceram a alíquota máxima de 18% de ICMS sobre combustíveis, telecomunicações, energia e transporte coletivo. Antes da lei, o estado cobrava até 32% de ICMS. Segundo Castro, a queda na arrecadação estadual, provocada pela desoneração, tornou impossível para o governo do Rio honrar as parcelas da dívida com a União previstas para este ano.

    “O Regime [de Recuperação Fiscal] do Rio foi assinado uma semana antes da sanção das leis 194 e 192. Naquele momento, nossa realidade de arrecadação era uma, por isso o plano foi aprovado. Assim que entram em vigor a 194 e a 192, elas mudam nossa base de arrecadação, o que muda toda perspectiva do plano de pagamento”, disse Castro à saída do encontro com Haddad.

    Apenas com o ICMS dos combustíveis, diz Castro, a perda de arrecadação chegou a R$ 3 bilhões no ano passado. Para este ano, ele estima impacto ainda maior, de R$ 10 bilhões, considerando todos os itens desonerados, não apenas os combustíveis.

    Compensação

    As próprias leis que desoneraram o ICMS, tributo administrado pelos estados e o que mais arrecada no país, preveem a compensação das perdas de arrecadação, que está sendo negociada com o governo federal desde o início do ano. Segundo Castro, Haddad prometeu resolver a compensação em até dez dias e, só depois, discutir uma possível revisão do RRF do Rio de Janeiro.

    O governo federal quer parcelar a compensação ao longo dos quatro anos de mandato, mas há discordância em relação aos valores. Os estados e os municípios pedem R$ 45 bilhões. O Tesouro Nacional prometeu a metade: R$ 22,5 bilhões. No último dia 28, Haddad reuniu-se com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do acordo da dívida dos estados na corte, para discutir o tema.

    Em relação à cobrança de ICMS sobre a gasolina e o etanol, Castro disse ter sugerido ao Fórum dos Governadores uma alíquota de 22% ou de 23%, válida para todo o país. “[Essa alíquota] reporia perdas e não chegaria ao valor absurdo que estava antes”, declarou o governador.

    Edição: Graça Adjuto

  • Recuperação fiscal reúne ministro e governador do Rio

    Recuperação fiscal reúne ministro e governador do Rio

    O governador Cláudio Castro se reuniu, em Brasília, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou acordo entre o governo fluminense e a União sobre os pontos finais que permitem ao estado ingressar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

    O momento é importante para que o Rio possa voltar a crescer e a se desenvolver, disse o governador. “Eram mais de 100 pontos de discussão que caíram para 30, 20, sete e, agora, fechamos o acordo. É o sinal de um novo tempo para o estado se recuperar. Em breve, vamos assinar o ingresso definitivo no Regime de Recuperação Fiscal”, acrescentou. O encontro foi ontem (21).

    O ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou que o Rio de Janeiro tem um governador preocupado com responsabilidade fiscal. “Negociamos longamente. Queremos ajudar o estado dentro das regras que garantam um futuro melhor e conseguimos um acordo. É um dia importante e um tempo novo. O Rio vai voltar com força”, afirmou.

    O governador lembrou ainda que, após oito anos de contas rejeitadas, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) aprovou – por unanimidade – os dados relativos à prestação de contas do ano passado, o que projeta uma perspectiva positiva de futuro para o Rio.

    Negociações

    Durante as negociações com a União, o Estado do Rio demonstrou que a lei estadual e a lei federal eram compatíveis em relação a alguns pontos do Regime de Recuperação Fiscal. A lei estadual recomendava, por exemplo, o cumprimento do teto de gastos do Regime de Recuperação Fiscal com algumas exceções, em relação aos triênios e despesas de capital.

    A Procuradoria-Geral do Estado (PGE ) demonstrou aos técnicos da União que, em relação aos triênios, o estado fará o pagamento da remuneração do adicional de serviço apenas para os servidores atuais, eliminando a inclusão de servidores que ingressarem no serviço público estadual depois da lei.

    Em maio de 2021, o governo do Rio de Janeiro solicitou a entrada no novo regime, cuja adesão foi confirmada em 4 de junho do ano passado. O total da dívida com a União é de R$ 148,1 bilhões.