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A gigante chinesa de tecnologia, ByteDance, acaba de lançar um novo desafio ao domínio da Meta no mercado de realidade virtual. O Pico 4 Ultra, a mais recente adição à linha de headsets da empresa, promete superar em diversos aspectos o recém-lançado Meta Quest 3.

O novo dispositivo da ByteDance é, essencialmente, uma versão aprimorada do Pico 4. O upgrade inclui componentes chave como o chipset, memória RAM, câmeras passthrough, conjunto de sensores, bateria, Wi-Fi e controles. Embora a estética geral e as lentes tenham sido mantidas, a empresa afirma que o brilho da tela foi aumentado em 25%.

Quais as vantagens do Pico 4 Ultra?

Sob o capô, o Pico 4 Ultra compartilha o mesmo processador Snapdragon XR2 Gen 2 do Meta Quest 3. No entanto, a vantagem fica por conta dos 12 GB de RAM, contra os 8 GB do concorrente. Essa diferença pode resultar em um desempenho superior em tarefas multitarefa e permitir aos desenvolvedores de jogos utilizar texturas de maior resolução e detalhes mais ricos.

O sistema de câmeras passthrough também recebeu uma atualização significativa. O único sensor do Pico 4 original foi substituído por duas câmeras de 32 megapixels, que a ByteDance afirma proporcionar uma experiência de realidade aumentada com perspectiva correta e baixa distorção. Embora o sistema utilize apenas 8 megapixels para capturar imagens, a técnica de pixel binning garante qualidade. A empresa alega que a resolução angular do passthrough do Pico 4 Ultra é de 20,6 pixels por grau (PPD), contra 18 PPD do Meta Quest 3.

Além disso, as câmeras coloridas são capazes de capturar vídeos 3D em resolução de até 2048×1536 a 60 quadros por segundo. O Pico 4 Ultra também é capaz de decodificar nativamente vídeos espaciais da Apple capturados por iPhones e Vision Pro.

Para complementar o sistema de câmeras, a ByteDance incluiu um sensor de tempo de voo entre as duas câmeras coloridas. Esse componente é responsável por criar um mapa 3D do ambiente, função semelhante ao projetor de profundidade do Meta Quest 3.

A bateria do Pico 4 Ultra, localizada na parte traseira da alça, é ligeiramente maior que a do modelo anterior, embora a empresa não tenha prometido uma duração de bateria estendida. A principal novidade nesse aspecto é o suporte a carregamento rápido de até 45W, mais do dobro da potência dos modelos anteriores. Isso permite carregar a bateria de 0% a 100% em menos de uma hora.

Outro destaque é a compatibilidade com o novo padrão Wi-Fi 7, que promete streaming de PC para VR mais estável para usuários com roteadores compatíveis.

Os controles também foram redesenhados. Os distintivos controles em arco do Pico 4 foram substituídos por um modelo mais leve e sem anéis, semelhante aos controles Touch Plus do Quest 3.

A empresa promete updates constantes

No que diz respeito ao software, o Pico OS receberá atualizações significativas para melhorar suas capacidades como plataforma de computação geral e integrar outros dispositivos. A resolução de renderização padrão para aplicativos imersivos foi aumentada para 1920×1920 pixels. A ByteDance também lançará um aplicativo de edição de vídeo integrado que suporta a edição de vídeos espaciais 3D e publicação no TikTok. Além disso, o sistema operacional permitirá posicionar livremente janelas em um espaço virtual, similar ao que a Apple oferece com o visionOS e a Meta com o Horizon OS.

A empresa chinesa também está lançando sua própria loja de aplicativos Android 2D para o Pico, pelo menos na China, que incluirá alguns dos aplicativos mais populares do país, como o Douyin (TikTok) e o iQIYI, equivalente local da Netflix.

Uma das promessas mais ousadas é a capacidade de espelhar sem fio dispositivos PC, Mac, iOS ou Android em janelas virtuais no Pico OS. Essa funcionalidade é especialmente relevante considerando que a Meta enfrentou dificuldades para obter permissão da Apple para realizar o mesmo recurso sem fio.

O Pico 4 Ultra está disponível para pré-venda na China por ¥4300, aproximadamente R$ 3.200,00. O envio está programado para começar em 2 de setembro. A ByteDance ainda não confirmou o lançamento do dispositivo em outros países, embora tenha obtido certificação na Coreia do Sul.