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  • Em Paris, Raí atua para fortalecer relação entre Brasil e França

    Em Paris, Raí atua para fortalecer relação entre Brasil e França

    O Brasil tem vários personagens de destaque nos Jogos Olímpicos de Paris. Alguns estão brilhando nas arenas esportivas, mas também há aqueles que se destacam em outros espaços. Um deles é o ex-jogador de futebol Raí. Com passagens marcantes por clubes como São Paulo e PSG (França), o campeão mundial de futebol com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1994 agora se considera uma espécie de embaixador informal que atua para fortalecer as relações entre Brasil e França.

    Em entrevista à Agência Brasil concedida em evento realizado na Casa Brasil (ponto de encontro em Paris de torcedores, autoridades e atletas durante os 17 dias de Jogos Olímpicos) no último sábado (27), Raí também falou da expectativa para Copa do Mundo de futebol feminino que será disputada em 2027 no Brasil e comentou o legado da Gol de Letra, projeto social criado por ele há 25 anos.

    Agência Brasil: Qual a importância de um espaço como esse, da Casa Brasil, falando do Brasil e de esporte na capital francesa durante os Jogos Olímpicos?
    Raí: Acho que é o poder de mobilização do esporte. Quando vemos o mundo inteiro aqui é super importante um espaço como esse para o Brasil marcar presença. E o Brasil, junto de outros três ou quatro países, é um dos mais aplaudidos aqui, como visto na Cerimônia de Abertura. O Brasil tem que saber aproveitar isso, esses momentos, para mostrar suas belezas, suas riquezas, tudo que temos de riqueza cultural e que mostra o que somos. Estamos dando um passo a mais para que as pessoas conheçam tudo que temos de bom, que não fique apenas no imaginário. As Olimpíadas, a França, que estão se aproximando do Brasil, são parcerias estratégicas que serão importantes para o mundo e para o nosso desenvolvimento.

    Agencia Brasil: Você é um ídolo no Brasil e na França. Aqui, nos Jogos, podemos falar que você tem atuado como uma espécie de embaixador entre os dois países, em especial no esporte?
    Raí: Eu me considero um embaixador informal. Tenho muito orgulho disso, de ser esse símbolo entre os dois países. É algo que pode fazer bem para o mundo. A França é o país dos Direitos Humanos, da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Já o Brasil tem um jeito humano, o nosso jeito espontâneo, que todos adoram, além de todas as nossas belezas. Entendo que o francês, ao conhecer o Brasil, volta com a mesma impressão ao conhecer o Brasil: que o país é maravilhoso, é lindo, mas o que tem de mais rico são as pessoas, as relações humanas. Creio que o Brasil tem muito a espalhar pelo mundo, tem muito também a aprender com os outros países.

    Agência Brasil: Em três anos o Brasil sediará uma Copa do Mundo de futebol feminino. Agora temos a seleção brasileira disputando os Jogos Olímpicos com a Marta. Será que a nossa Rainha chega ao Mundial em solo brasileiro dentro das quatro linhas?
    Raí: Acredito muito nas meninas [da seleção], não apenas como potencial técnico, de fazer um bom papel aqui, mas também representando uma causa. Uma causa que vai muito além do esporte. Mas estamos torcendo muito para o Brasil ter uma grande performance aqui. Sobre a Marta, ela é um dos maiores símbolos do Brasil, não apenas pelo futebol, mas pela postura, força, como mulher, como nordestina. Uma mistura de tudo isso. É muita potência, como diz a própria Marta, e temos que celebrá-la enquanto pudermos, tanto dentro como fora de campo.

    Agência Brasil: No Brasil, você tem um projeto social chamado Gol de Letra. Qual o legado desta iniciativa?
    Raí: A Gol de Letra festeja 25 anos de trabalho. Mais de 30 mil crianças já passaram pelos nossos centros. Faz diferença na vida das pessoas atendidas, das suas famílias e também dos bairros nos quais atua. Hoje temos resultados muito bons. Começamos a disseminar a nossa metodologia há mais de 10 anos. Em outras quinze regiões do Brasil, e até em Guiné-Bissau, formamos pessoas para fazer o mesmo que fazemos nas periferias de São Paulo e do Rio, nas periferias. Quando lancei a Gol de Letra, há mais de 25 anos, o objetivo era criar um movimento para promover um país mais justo. Meu grande sonho é transformar a Gol de Letra em sinônimo de cidadania, sinônimo de justiça social, sinônimo de Educação de qualidade para que as novas gerações possam se desenvolver o máximo possível para sejam os grandes transformadores da nossa realidade, transformadores sociais.

    Edição: Fábio Lisboa

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  • São Paulo demite técnico Fernando Diniz

    São Paulo demite técnico Fernando Diniz

    Fernando Diniz não é mais técnico do São Paulo. Em nota oficial, o Tricolor anunciou a demissão do treinador nesta segunda-feira (1), um dia após a derrota por 2 a 1 para o Atlético-GO, no estádio Antônio Accioly, em Goiânia, pela 33ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O ex-jogador e ídolo Raí, que ocuparia o cargo de executivo de futebol até o fim da competição, também deixou o clube.

    Depois de liderar o Brasileiro com sete pontos de vantagem para o segundo colocado, o São Paulo entrou em uma sequência de resultados negativos, com sete partidas sem vitórias. A equipe despencou para o quarto lugar na classificação e está atualmente sete pontos atrás do atual líder, o Internacional. O clube não conquista um título desde a Copa Sul-Americana de 2012.

    Diniz assumiu o comando tricolor em setembro de 2019 e dirigiu a equipe por 74 partidas desde então, com 34 vitórias, 20 empates, 20 derrotas e 54,95% de aproveitamento. Apesar da classificação à Libertadores pelo Brasileiro, o técnico caiu na fase de grupos do torneio continental (atrás de River Plate, da Argentina, e LDU de Quito, do Equador), na segunda fase da Sul-Americana (para o Lanus, da Argentina) e nas quartas de final do Campeonato Paulista (superado pelo Mirassol). Esta última foi a eliminação que mais rendeu críticas, já que o time do interior paulista, finalista da Série D, havia perdido 18 jogadores durante os quatro meses de paralisação do Estadual, em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

    A eliminação determinante para a saída do treinador, porém, foi a da Copa do Brasil, para o Grêmio, nas semifinais. O próprio Diniz reconheceu, na última entrevista coletiva, concedida no domingo (31), que o nível de futebol apresentado caiu após o confronto contra os gaúchos, no fim do ano passado. Em 2021, o Tricolor ainda não venceu um jogo sequer. Foram dois empates (contra o Coritiba, no Morumbi, e o Athletico-PR, na Arena da Baixada) e cinco derrotas. Uma delas por 5 a 1 para o Inter, há duas rodadas, em casa, que tirou a equipe paulista da liderança do Brasileiro, ultrapassada justamente pelo Colorado.

    Além de Diniz e Raí, também deixaram o São Paulo o preparador físico Wagner Bertelli e os auxiliares Marcio Araújo e Eduardo Zuma, que haviam sido contratados com o treinador há 16 meses. Para o posto de executivo de futebol, o Tricolor já havia acertado com Rui Costa, ex-dirigente de Grêmio, Chapecoense e Atlético-MG. Ele assumiria o cargo, na prática, após o Brasileirão.