Tag: queimaduras

  • Lucas do Rio Verde: Mulher atingida por explosão de botijão de gás, morre em hospital de Cuiabá

    Lucas do Rio Verde: Mulher atingida por explosão de botijão de gás, morre em hospital de Cuiabá

    Daiane Inocêncio dos Santos, de 27 anos, mãe da criança de um ano e dois meses que perdeu vida após uma explosão de botijão de gás em sua residência, também morreu devido aos graves ferimentos.

    A explosão aconteceu na quinta-feira, 25 de julho, na casa da família, em uma propriedade rural de Lucas do Rio Verde.

    As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde receberam atendimento no Centro de Tratamento para Queimados (CTQ). A criança morreu na tarde de terça-feira (30). Já Daiane, faleceu na tarde dessa quinta-feira.

    Mãe e filho tiveram queimaduras de segundo e terceiro graus. O marido de Daiane, chegou a ser atingido, mas não teve ferimentos graves.

    A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionada para investigar o caso e liberar o corpo de Daiane. As causas da explosão ainda estão sendo apuradas, mas a hipótese de vazamento de gás é a principal linha de investigação.

    A morte de mãe e filho causou grande comoção na comunidade de Lucas do Rio Verde. Amigos e familiares prestaram suas condolências e lamentaram a perda precoce de duas vidas.

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  • Queimadura causa 14 mil internações no SUS de crianças e adolescentes

    Queimadura causa 14 mil internações no SUS de crianças e adolescentes

    Pesquisa da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) revela que nos últimos dois anos, foram registradas em torno de 14 mil hospitalizações no Sistema Único de Saúde (SUS) de crianças e adolescentes devido a acidentes com queimaduras. Em 2022, foram 6.924 casos e, em 2023, 6.981. Em média, o SUS registra cerca de 20 hospitalizações diárias por queimaduras na faixa etária de zero a 19 anos. O levantamento abrangeu somente os casos graves, com indicação de acompanhamento hospitalar.

    A sondagem aponta que crianças de 1 a 4 anos de idade são as maiores vítimas, totalizando 6,4 mil internações, em 2022 e 2023. Em seguida, aparecem as faixas de cinco a nove anos (2.735 casos); de 15 a 19 anos (1.893); de dez a 14 anos (1.825); e os menores de um ano (1.051).

    De acordo com a SBP, o ranking de internações por queimaduras nos estados é liderado pelo Paraná, com 1.730 registros, seguido por São Paulo (1.709), Bahia (1.572), Rio de Janeiro (1.126) e Minas Gerais (1.006). Por regiões, houve aumento de hospitalizações no Norte, que evoluíram de 570, em 2022, para 575, em 2023; no Nordeste (de 1.899 para 2.038), no Sudeste (de 2.093 para 2.124) e no Sul (de 1.573 para 1.607). Somente na Região Centro-Oeste registrou queda nas internações no período pesquisado, de 789 para 637.

    Em relação a óbitos por queimaduras, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde aponta que no período mais recente disponível, correspondente aos anos de 2022 e 2021, cerca de 700 crianças e adolescentes foram vítimas desse tipo de acidente.

    Descuido

    As queimaduras costumam acontecer em crianças pequenas, na maioria dos casos, como consequência do descuido dos adultos, destacou o presidente da SBP, Clóvis Francisco Constantino. Segundo ele, a vigilância constante dos pais e responsáveis é indispensável diante de várias situações no dia a dia que podem representar risco. Mas, “se houver prevenção, é completamente possível evitar esses acidentes”, manifestou.

    Embora o perigo das queimaduras em crianças e adolescentes ocorra durante todo o ano, a presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Infância e Adolescência da SBP, Luci Pfeiffer, destacou que a atenção deve ser redobrada durante os festejos juninos que se estendem de junho até agosto, em muitos municípios.

    Ela ressaltou, entretanto, em entrevista à Agência Brasil, que “o cuidado com a criança deve ser sempre. A gente fala que até o quarto ano de vida, 80% das queimaduras acontecem dentro da cozinha. Por isso, os cuidados da criança pequena são passivos, ou seja, mesmo que eu não esteja cuidando, a criança não vai chegar ao risco”.

    Segundo a médica, uma precaução é colocar um portão na cozinha. Crianças não podem entrar na cozinha quando estão sendo preparadas comidas no fogão ou no forno. “A queimadura no forno de palma de mão é horrorosa, porque dá sequelas para toda a vida, porque a criança não tem desenvolvimento motor para tirar a mão, primeiro porque ela gruda e, depois, ainda não tem atividade motora para ficar de pé e sair correndo. Ela fica ali, queimando a mão”, destacou.

    Fogos e fogueiras

    Luci Pfeiffer alertou que durante os festejos juninos, sob a desculpa das comemorações, ocorre uma desproteção ainda maior com crianças e adolescentes. Lembrou que em várias cidades ainda são vendidos fogos de artifício em ruas e estradas para pessoas de qualquer idade. “O dano do fogo de artifício não é só a queimadura que pode acontecer, mas é algo terrível quando foguetes, também chamados rojões em algumas localidades, são acesos e podem estourar para trás, provocando a perda da mão. Não é só a queimadura. A explosão leva à perda da mão da criança e de adultos também. Isso acontece muito nessa época do ano”.

    A pediatra deixou claro que fogos de artifício não são brinquedos e não devem ser manuseados por crianças e adolescentes. E quem for manusear deve acender os fogos à distância e com todas as medidas de proteção. “Por isso, o nosso alerta: uma queimadura é uma dor para a vida inteira, porque é a dor do momento, depois a dor da cicatriz e, muitas vezes, a incapacidade que ela provoca”.

    Outra coisa é a fogueira. As músicas falam em pular a fogueira. Luci advertiu, porém, que fogo queima a roupa, queima a pele, deixa cicatrizes. Fogueiras têm de ser cercadas, para que nenhuma criatura chegue perto. Destacou que na atualidade, com o uso de celulares, pode ocorrer que alguém venha correndo, tropece e caia na fogueira. “São danos irreparáveis”. Sublinhou também que nessa época festiva de São João, soltar balões é uma atividade proibida no Brasil, pelos incêndios que pode provocar e pelas queimaduras que podem causar em quem manuseia esses artefatos.

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  • Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras: Saiba como prevenir acidentes no ambiente de trabalho

    Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras: Saiba como prevenir acidentes no ambiente de trabalho

    O Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras, celebrado nesta quinta-feira (06.06), foi instituído em 2009 com a finalidade de divulgar as medidas preventivas necessárias à redução de acidentes envolvendo fogo, eletricidade e produtos químicos. A queimadura é reconhecida mundialmente como um dos traumas mais graves em razão do seu impacto socioeconômico. Combater este tipo de ocorrência no ambiente de trabalho é uma das premissas da indústria que preza pela saúde e bem-estar do colaborador.

    Segundo o Observatório da Indústria do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (SFiemt), o Brasil registrou em 2022 o total de 14.985 acidentes de trabalho envolvendo queimaduras. Desse total de casos, 295 ocorreram em Mato Grosso. Entre os fatores de risco estão calor excessivo, energia elétrica mal distribuída, radiação e produtos químicos manuseados de forma incorreta.

    Para o médico do Trabalho do Serviço Social da Indústria (Sesi MT), Ediney Espínola, as medidas de prevenção são as melhores estratégias para evitar os acidentes. Ele destaca o cumprimento das Normas Regulamentadoras (NRs) como fator determinante na segurança dos colaboradores.

    “É imprescindível compreender e implementar as diretrizes das NRs, como por exemplo a NR 14, que estabelece requisitos mínimos para utilização de fornos industriais, a NR 26, responsável pelas orientações de manipulação de produtos químicos perigosos e não perigosos, entre outras Normas necessárias para saúde e bem-estar do trabalhador”, menciona.

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    Entre os fatores de risco estão energia elétrica mal
    distribuída. Foto: divulgação

    Segundo o médico, campanhas de conscientização e de atividades educativas também são ferramentas que contribuem para mitigação das ocorrências. “Palestra, vídeos ou cartazes de conscientização fortalecem as ações que as empresas já executam no cotidiano. Essas ferramentas auxiliam na fixação das informações na mente do trabalhador, que vai laborar ciente das atitudes ideais em um espaço de iminente perigo”, afirma.

    Com foco em manter as indústrias produtivas com seus trabalhadores saudáveis e seguros, o Sesi MT dispõe em seu portfólio serviços com palestra elucidativa ao Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras. Nos encontros, os profissionais da instituição abordam temas sobre noções de prevenção de acidentes no trabalho.

    A programação diversificada ao longo do mês aborda outros temas essenciais para a qualidade de vida dos colaboradores. Em comemoração ao Dia Mundial da Segurança dos Alimentos (07), a palestra disponível é sobre Boas Práticas de Manipulação de Alimentos. Finalizando o mês, em comemoração ao Dia Nacional do Diabetes (26), o Sesi MT oferta a palestra sobre prevenção e cuidados necessários com a doença.

  • MPF apura caso de paciente que sofreu queimaduras durante banho no Hospital Universitário Júlio Müller no MT

    MPF apura caso de paciente que sofreu queimaduras durante banho no Hospital Universitário Júlio Müller no MT

    O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito para apurar a responsabilidade de profissionais do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), vinculado à Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), por queimaduras de segundo grau ocorridas no corpo de um paciente internado com neuropatia. Também serão investigadas as condutas adotadas pelas equipes de saúde para atendimento aos demais pacientes.

    O caso ocorreu em julho de 2023, durante banho realizado pela equipe hospitalar. Até o momento, as investigações internas conduzidas pelo Setor de Gestão de Qualidade do hospital não foram concluídas, necessitando o aprofundamento da apuração pelo MPF.

    De acordo com a procuradora da República Denise Slhessarenko, que investiga o caso, para além do direito individual do paciente que sofreu as queimaduras, a situação aponta para a necessidade de atuação do MPF na defesa do direito coletivo à saúde de todos os pacientes e usuários dos serviços do HUJM. A apuração buscar identificar possíveis riscos relativos à integridade física e psíquica e à segurança dos pacientes do hospital.

    Um dos pontos a serem esclarecidos pelo inquérito é se o caso da paciente foi isolado ou se outros pacientes já sofreram o mesmo tipo de lesão enquanto estavam sob a tutela do hospital. Para tanto, o MPF deve apurar se há algum tipo de comprometimento na estrutura física do HUJM ou no procedimento de suas equipes de profissionais de saúde.

  • Pesquisadores da UFMT desenvolvem curativo de queimadura com babosa e própolis

    Pesquisadores da UFMT desenvolvem curativo de queimadura com babosa e própolis

    Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estão desenvolvendo curativo para queimaduras à base de borracha natural, babosa e própolis. O projeto receberá financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat). Ele encontra-se em fase de desenvolvimento experimental, mas tem potencial de melhorar e diminuir os custos do tratamento.

    Queimaduras que precisam de acompanhamento médico são, geralmente, ferimentos com uma extensão e profundidade considerável, o que as torna vulneráveis a infecções e exige uma manutenção mais trabalhosa que um corte, por exemplo, que tem a vantagem de poder ser ponteado para auxiliar na recuperação.

    Assim, o tratamento desses ferimentos deve incluir três funções: controlar o crescimento bacteriano, remover o tecido necrosado e estimular o crescimento do novo tecido. Atualmente isso é feito em etapas separadas, o que, de acordo com uma das responsáveis pelo projeto, a pesquisadora de pós-doutorado Loyane Almeida, limita a eficácia do tratamento.

    “Ao produzir as membranas de borracha natural que estudamos podemos acrescentar diferentes compostos medicinais, como os presentes na babosa e no própolis, que irão tratar dos ferimentos de forma mais ampla, contribuindo para diminuir a frequência na troca de curativos do paciente”, explicou.

    Componentes bem conhecidos

    Pode parecer receita caseira, mas a babosa (também conhecida como aloe vera) e o própolis são panaceias com um forte lastro científico e de saberes populares.

    A pesquisadora explica que na casa de familiares, que fica de frente para um posto de saúde, tem uma babosa bem à vista no jardim. Não são poucos os pacientes que passam e pedem um pedaço para tratar a queimadura de um parente ou vizinho. Isso acontece porque a babosa é um fitoterápico com ação anti-inflamatória, imunomoduladora, que favorece o crescimento de vasos sanguíneos e restauração da pele.

    “A própolis, por sua vez, tem capacidade antioxidante, anti-inflamatória, analgésica, antibacteriana e antifúngica. Além disso, no processo de cicatrização, ela tem se indicado promissora devido à capacidade de aumentar a proliferação, ativação e crescimento das células da pele e estimular a expressão de colágeno”, afirmou, com base em uma pesquisa anterior realizada pelo grupo.

    Além disso, a própria borracha natural é capaz de estimular células e fatores específicos envolvidos na cicatrização, como a angiogênese, processo de formação de novos vasos sanguíneos para nutrição e reparo da região da queimadura.

    Câmpus do Araguaia

    O projeto está em fase de desenvolvimento experimental na UFMT, Câmpus do Araguaia. “A proposta visa unir o melhor dos três, borracha natural, própolis e babosa. Primeiramente integrando conhecimentos físico-químicos e, então, entendendo quais os efeitos imunológicos e fisiopatológicos da membrana desenvolvida”, disse a pesquisadora, e completou: “Mais estudos ainda são necessários para determinar eficácia e segurança, antes da aplicação clínica em humanos  e é por isso que a aprovação e fomento pela FAPEMAT será tão importante”.

    A pesquisa é supervisionada pela professora Paula Cristina Souza Souto, da UFMT Câmpus do Araguaia, que também é responsável pelo projeto.