Tag: QUEIMADAS

  • Mato Grosso lidera focos de queimadas no Brasil, com mais de 21 mil registros

    Mato Grosso lidera focos de queimadas no Brasil, com mais de 21 mil registros

    Mato Grosso está no topo da lista de queimadas no Brasil em 2024, com impressionantes 21 mil focos registrados até agora.

    O estado é seguido por Pará, Amazonas e Mato Grosso do Sul.

    As queimadas no país cresceram 80% este ano, totalizando mais de 112 mil focos, um aumento de 50 mil em relação ao mesmo período de 2023.

    A grave situação é agravada pela pior seca dos últimos 44 anos, que intensificou a propagação dos incêndios.

    Em Cuiabá, a fumaça tem afetado a população por mais de 20 dias.

    O fogo tem atingido também áreas de conservação estadual como a Área de Proteção Ambiental (APA) Cabeceiras do Rio Cuiabá, a Reserva de Exploração Extrativista Guariba-Roosevelt e a APA Chapada dos Guimarães, além unidades de conservação federais como a Meandros do Rio Araguaia, Serra das Araras e Parque Nacional do Juruena.

    Em Sinop, Um incêndio no fim da tarde destruiu parte da vegetação e atingiu árvores no parque florestal, na região central, próximo à Avenida das Palmeiras. O Corpo de Bombeiros agiu rapidamente para conter as chamas, que se espalharam devido ao vento. Dois caminhões de bombeiro e um caminhão-pipa foram utilizados para controlar o fogo. O principal foco do incêndio estava entre a Avenida das Palmeiras e a Rua das Orquídeas. Uma grande nuvem de fumaça se espalhou pela cidade, afetando a visibilidade e a qualidade do ar. O parque abriga diversos animais, como macacos e pássaros.

  • Sobe para dez número de presos por queimadas em São Paulo

    Sobe para dez número de presos por queimadas em São Paulo

    A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que prendeu, nessa quinta-feira (29), o décimo suspeito de envolvimento em incêndio no estado desde o último dia 21.

    O homem, de 39 anos, ateou fogo em diversos pontos de uma plantação de cana na cidade de Pindorama, próxima de São José do Rio Preto. O fogo se alastrou por área extensa da lavoura, cenário que tem sido comum devido ao tempo excepcionalmente seco das últimas semanas. A prisão foi em flagrante após os vigilantes de uma empresa perto do local chamarem a polícia.

    Com o homem, foram apreendidos uma bicicleta, um isqueiro, uma caixa de fósforos e R$ 158. Em depoimento à polícia, ele disse ter usado drogas antes do crime. O homem foi encaminhado à Cadeia Pública de Catanduva.

    Esse caso e os outros nove que resultaram em prisões recentes por incêndio não possuem relação entre si, segundo a SSP-SP.

    A onda de queimadas no estado já tem prejuízo estimado de mais de R$ 1 bilhão, segundo o governo estadual. Mais de 7 mil agentes públicos trabalharam no combate às chamas na última semana. Duas pessoas morreram no combate às queimadas.

    Edição: Carolina Pimentel

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  • Queimadas diminuem a qualidade do solo e aumentam os custos da produção

    Queimadas diminuem a qualidade do solo e aumentam os custos da produção

    Na última semana, vários focos de incêndio foram registrados no estado de São Paulo. Muitas queimadas atingiram grandes consequências, causando morte de animais, perda de culturas agrícolas e prejuízos com infraestruturas rurais e urbanas.

    Além do impacto econômico, social e ambiental, das queimadas, das propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos. Grandes quantidades de carbono, nitrogênio, potássio e enxofre são perdidas para a atmosfera por volatilização durante a combustão.

    De acordo com o pesquisador Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste, especialista em solos, em longo prazo, essa alteração no solo causada pelo fogo tem consequências na biodiversidade e na manutenção de processos ecossistêmicos. 

    Pesquisas indicam que o fogo compromete a qualidade do solo e a produtividade no decorrer do tempo. “A queima da cobertura vegetal deixa a área descoberta, levando a maior absorção da radiação solar, com ampliação da temperatura e do ressecamento ao longo do dia. Porém, à noite, ocorre uma perda de calor pela exposição, elevando assim a amplitude das variações térmicas diárias. Essas oscilações prejudicam a absorção de nutrientes e a biologia do solo. Outro problema é a erosão, pela ação do vento e pelo impacto da chuva, que leva à compactação ou selamento superficial. O resultado é menor infiltração de água e aumento do escoamento superficial”, explica Bernardi. 

    A recuperação do solo pode levar cerca de três anos, com custos elevados para os produtores, que precisam investir no fornecimento de nutrientes para restaurar a área afetada.

    A renovação do crescimento logo após a queimada pode deixar uma impressão positiva, no entanto o efeito é apenas temporário. Essa brotação de novas plantas ocorre porque as cinzas são compostas por grande quantidade de nutrientes (Cálcio, Magnésio, e Potássio, principalmente) estocados na fitomassa e liberados na superfície do solo com o fogo.

    As cinzas são alcalinas, ou seja, neutralizam a acidez superficial, favorecendo o crescimento das plantas. Mas a parte das cinzas será levada para fora do local de queima, seja pela ação do vento ou pelo escoamento superficial pela chuva. Já, no longo prazo, o estoque de carbono do solo está perdido, porque a baixa disponibilidade de nutrientes fornece uma maior mineralização da matéria orgânica armazenada.

    “Então, vários processos são prejudicados pela perda dessa matéria orgânica, entre eles a capacidade de troca catiônica (CTC), estabilidade dos agregados, porosidade, infiltração de água, atividade e diversidade de micro, meso e macrofauna do solo”, conta o especialista .

    Para o pesquisador, um solo de qualidade, exercendo todas as suas funções, auxilia no alcance de vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como os relacionados à redução da fome (ODS 2) e à pobreza extrema (ODS 1 e 3), melhoria da proteção do meio ambiente (ODS 6, 11, 12, 14 e 15) e do combate às mudanças climáticas (ODS 13).

    Incêndio em área da Embrapa Pecuária Sudeste

    Mais uma vez, uma área da Embrapa Pecuária Sudeste foi queimada pelo fogo. No sábado, 24 de agosto, um incêndio foi iniciado na mata do centro de pesquisa, localizado em São Carlos (SP), às margens da rodovia Guilherme Scatena.

    Com pouco tempo, os brigadistas conseguiram conter as chamas, trabalhando para que o cenário de 2021 não se repetisse. O fogo chegou a atingir uma pastagem onde estavam vacas de corte da raça Nelore. Elas foram retiradas e levadas para outro local de pasto, seguro.

    Desta vez, segundo Cesar Cordeiro, presidente da Brigada de Incêndio da Embrapa, foram queimados cerca de 10 hectares de pastagem e 11 hectares de mata. Também houve prejuízos com perda de infraestrutura, como cercas e mourões. Nenhuma pesquisa foi afetada.

  • Prejuízos com queimadas em SP passam de R$ 1 bilhão, diz governo

    Prejuízos com queimadas em SP passam de R$ 1 bilhão, diz governo

    A pecuária, a cana-de-açúcar, a fruticultura, a heveicultura (cultivo de seringueiras) e a apicultura foram os setores da agropecuária paulista que mais tiveram perdas com as queimadas registradas na última semana no estado de São Paulo. Os dados, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do estado, mostram que os prejuízos de toda a agropecuária paulista ultrapassam R$ 1 bilhão.

    “As queimadas provocaram prejuízos de mais de R$ 1 bilhão ao agro paulista, com a queima de lavouras, pastagens e até morte de animais, conforme levantamento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo”, destacou a pasta em comunicado.

    A secretaria destacou que a Defesa Civil do estado manteve 22 áreas do estado em alerta para queimadas mesmo com a chegada de uma frente fria que trouxe chuva e derrubou as temperaturas na Região Sudeste.

    Permanecem em alerta as regiões dos municípios de Andradina, Araçatuba, Assis, Barretos, Bauru, Campinas, Campos do Jordão, Franca, Guaratinguetá, Iperó, Itapeva, Jales, Jaú, Jundiaí, Marília, Ourinhos, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba, e Votuporanga.

    A SAA informou ainda que disponibilizou R$110 milhões para os produtores rurais paulistas afetados pelo fogo por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP). Para ter acesso ao crédito, o produtor deverá procurar a Casa da Agricultura de seu município.

    Edição: Carolina Pimentel

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  • Saúde pede que população evite exposição à fumaça e atividades físicas

    Saúde pede que população evite exposição à fumaça e atividades físicas

    Em meio ao segundo dia consecutivo de forte nevoeiro em diversas regiões brasileiras, proveniente da fumaça de incêndios registrados no Norte e no Sudeste do país, o Ministério da Saúde orientou que a população evite, ao máximo, a exposição ao ar livre e a prática de atividades físicas.

    A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, Agnes Soares, alertou que o risco é maior para crianças e idosos, além de pessoas com doenças prévias, como hipertensos e diabéticos. Outro grupo que deve se manter vigilante é o de pessoas com alergias e problemas respiratórios, como asma e bronquite crônica.

    Segundo Agnes, essas populações reagem de forma mais rápida e intensa à contaminação por fumaça. Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (26), ela destacou que, caso haja extrema necessidade de circular em ambientes abertos, que as pessoas utilizem alguma forma de proteção, como máscaras e bandanas de tecido.

    Os possíveis sintomas da exposição à fumaça, de acordo com a secretária, incluem ardência nos olhos, irritação na garganta e sensação de fechamento da laringe, além de manifestações mais sérias e que podem sinalizar que o pulmão foi afetado, como o chiado característico da bronquite. Pessoas mais sensíveis podem fazer uso de máscaras que permitem a filtração de partículas finas do ar.

    Alerta

    Segundo Agnes, a maioria dos episódios em saúde associados à exposição à fumaça envolvem doenças e queixas respiratórias. Entretanto, pessoas com problemas cardíacos e hipertensão, por exemplo, apresentam risco aumentado de infarto e acidente vascular cerebral (AVC) nos dias que se seguem após o início dos incêndios.

    “Se o episódio [de dispersão da fumaça] dura de três a quatro dias, pode ser mais sério para a população”, alertou.

    Aulas

    Questionada sobre a manutenção das aulas em regiões atingidas pela fumaça, a secretária destacou que não há um marco legal sobre o tema. A recomendação é que os municípios, ao tomarem suas decisões, levem em consideração o risco aumentado para doenças respiratórias, sobretudo em meio a episódios prolongados.

    Agnes lembrou que cenários de umidade relativa do ar muito baixa, por si só, já prejudicam o desempenho dos estudantes e causam desconforto geral. O recomendável, segundo ela, é avaliar caso a caso, determinando desde a redução de atividades físicas até o fechamento das escolas.

    Cuidados

    De acordo com a secretária, não há monitoramento em tempo real de casos de doenças respiratórias e outros quadros advindos da exposição à fumaça registrados em unidades de pronto atendimento (UPAs) e serviços de emergência. Mas já há, segundo ela, relatos de aumento desse tipo de atendimento – sobretudo nas alas de pediatria.

    Os cuidados com crianças incluem evitar ao máximo a exposição prolongada à fumaça e, sempre que possível, garantir o estoque de medicações controladas, além de promover hidratação abundante, de forma a garantir que as mucosas se mantenham úmidas.

    “Não é hora de brincar, de andar de bicicleta, de pular corda. Para os idosos, a mesma questão: não é o momento de sair pra fazer atividades que não sejam estritamente necessárias. Se precisar sair, use proteção, como máscaras e bandanas, para reduzir o contato com partículas nas vias respiratórias.”

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  • Confira orientações do Ministério da Saúde para evitar exposição a fumaça e neblina

    Confira orientações do Ministério da Saúde para evitar exposição a fumaça e neblina

    Semanalmente, o Ministério da Saúde envia aos estados e DF o Informe Queimadas, com orientações e recomendações para evitar a exposição da população à fumaça intensa e neblina, causadas por queimadas.

    O monitoramento de áreas sob influência de queima de biomassa é um dos campos de atuação da Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar (Vigiar) e da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, coordenado pelo Ministério da Saúde.

    Além dos esforços de combate ao fogo, é fundamental que a população seja orientada sobre como se proteger, evitando, dentro do possível, a exposição aos poluentes.

    Polícia Federal apura responsabilidade por incêndios em todo o país

    O Ministério da Saúde recomenda as seguintes orientações para a população:

    • Aumentar a ingestão de água e líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas;

    • Reduzir ao máximo o tempo de exposição, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar;

    • As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa;

    • Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12h e 16h, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas;

    • Uso de máscaras do tipo “cirúrgica”, pano, lenços ou bandanas podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. Enquanto o uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população;

    • Crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima para a população em geral. Além disso, devem estar atentas a sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível.

    Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros, devem:

    • Buscar atendimento médico para atualizar seu plano de tratamento;

    • Manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o caso de crises agudas;

    • Buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises;

    • Avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela sazonalidade das queimadas.

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  • Polícia Federal apura responsabilidade por incêndios em todo o país

    Polícia Federal apura responsabilidade por incêndios em todo o país

    A Polícia Federal instaurou neste domingo (25/8) dois inquéritos policiais para apurar as causas dos incêndios ocorridos no estado de São Paulo nos últimos dias.

    Atualmente, a PF está conduzindo investigações em várias regiões do Brasil para identificar os responsáveis por incêndios que afetam diversas áreas do país. Outras investigações podem ser abertas nos próximos dias.

    As Delegacias de Meio Ambiente (DMA) e delegacias descentralizadas da Polícia Federal estão ativamente mobilizadas, monitorando de perto a situação dos incêndios nas suas respectivas jurisdições. A coordenação dessas ações é realizada pela Diretoria de Amazônia e Meio Ambiente, sediada em Brasília.

    A PF tem atribuição de atuar em casos de incêndios provocados por ação criminosa, especialmente em áreas de especial proteção, territórios indígenas ou em situações de interesse da União, como nos casos em que haja prejuízo ao funcionamento de aeroportos.

    A investigação dos incêndios conta com o suporte de imagens de satélites, disponibilizadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, possibilitando a identificação dos focos e a determinação das causas dos incêndios.

    A PF trabalha de forma integrada com outras agências federais, como o IBAMA e o ICMBio, e com as polícias estaduais, para garantir a eficiência das investigações.

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  • Confira as orientações para amenizar efeitos da fumaça na saúde

    Confira as orientações para amenizar efeitos da fumaça na saúde

    Além das ações de combate aos incêndios que vêm ocorrendo em diversas regiões do país, é preciso que a população esteja orientada sobre como se proteger e evitar, sempre que possível, a exposição aos poluentes e à fumaça intensa e à neblina, causadas pelo fogo.

    Entre as recomendações do Ministério da Saúde estão o aumento da ingestão de água e de líquidos, como medida para manter as membranas respiratórias úmidas e, dessa forma, ficarem mais protegidas. O tempo de exposição deve ser reduzido ao máximo, devendo manter a permanência em local ventilado dentro de casa, se possível com ar condicionado ou purificadores de ar. Para reduzir a entrada da poluição externa, durante os horários com elevadas concentrações de partículas, as portas e as janelas devem ser mantidas fechadas. As atividades físicas devem ser evitadas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre o meio dia e as 16h, quando as concentrações de ozônio são mais intensas.

    É recomendável ainda a utilização de máscaras do tipo cirúrgica, pano, lenços ou bandanas para diminuir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas às áreas de focos de queimadas. A medida reduz o desconforto das vias aéreas superiores. Já máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas.

    As recomendações devem ser seguidas por toda a população e a atenção deve ser redobrada em crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes.

    Ao sinal de sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde a pasta indica a busca imediata de atendimento médico. “Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros, devem buscar atendimento médico para atualizar seu plano de tratamento, manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o caso de crises agudas, buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises e avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela sazonalidade das queimadas”, completou.

    Sob a coordenação do Ministério da Saúde, o monitoramento de áreas que sofrem a influência da queima de biomassa é um dos campos de atuação da Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar (VIGIAR) e da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde.

    Os dados desse monitoramento são enviados, semanalmente, pelo Ministério da Saúde aos estados e ao Distrito Federal no Informe Queimadas, com orientações para evitar a exposição da população às condições adversas.

    Edição: Aline Leal

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  • Mato Grosso sofre com a pior seca em décadas e incêndios se alastram pelo estado

    Mato Grosso sofre com a pior seca em décadas e incêndios se alastram pelo estado

    Mato Grosso enfrenta uma grave crise ambiental e humanitária devido à seca extrema e aos incêndios que assolam o estado. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado concentra o maior número de focos de calor do país em agosto, com mais de 7 mil registros. A capital, Cuiabá, completa 128 dias sem chuva e a previsão é que as chuvas retornem apenas em setembro.

    A estiagem severa tem contribuído para a proliferação de incêndios em diversas regiões do estado. Nas últimas semanas, foram registrados incêndios em áreas urbanas, rurais e em unidades de conservação, causando prejuízos incalculáveis ao meio ambiente e à população.

    Em Cuiabá, um incêndio na região da Estrada da Guia destruiu um condomínio de chácaras e cerca de 80 árvores frutíferas. Na Grande Cuiabá, outros focos de incêndio foram registrados nos bairros Chapéu do Sol, em Várzea Grande, e na Rodovia Palmiro Paes de Barros, sentido Cuiabá-Santo Antônio do Leverger.

    Em Nossa Senhora do Livramento, um vídeo registrado por moradores mostra a comunidade quilombola Mata Cavalo em desespero diante das chamas. Já em Itiquira, um grande incêndio atingiu às margens da BR-163, causando susto aos motoristas.

    Diante da gravidade da situação, o município de Tangará da Serra decretou estado de emergência, o que permitirá a agilização de recursos para o combate aos incêndios.

    Impactos da seca e dos incêndios em Mato Grosso

    cenario

    A seca extrema e os incêndios têm causado diversos impactos negativos para o estado, como:

    • Degradação ambiental: Destruição da vegetação nativa, perda da biodiversidade e aumento da emissão de gases do efeito estufa.
    • Prejuízos econômicos: Perdas na agricultura, pecuária e turismo.
    • Problemas de saúde: Aumento de doenças respiratórias e alergias causadas pela fumaça.
    • Risco de desabastecimento: Redução dos níveis dos reservatórios de água, o que pode levar à falta de água para consumo humano e atividades econômicas.

    É fundamental que todos contribuam para combater os incêndios:

    • Não realizar queimadas: As queimadas são a principal causa dos incêndios florestais.
    • Denunciar focos de incêndio: Ao identificar um foco de incêndio, ligue para o Corpo de Bombeiros.
    • Economizar água: A água é um recurso essencial e cada gota conta.
  • Incêndios: governo vai concentrar ações em 21 municípios da Amazônia

    Incêndios: governo vai concentrar ações em 21 municípios da Amazônia

    O governo federal, em articulação com os governos dos estados da Amazônia Legal, vai montar frentes de atuação em três regiões que registram a maior das queimadas e incêndios florestais no bioma neste momento. A medida foi anunciada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), após reunião, no Palácio do Planalto, em Brasília, que contou com a presença de governadores e representantes do nove estados da Amazônia Legal, além do Mato Grosso do Sul.

    “Nós temos 21 municípios que concentram 50% de todos os focos de incêndios na Amazônia. E nós estamos separando em três regiões onde a gente quer instalar frentes multiagências interfederativas, ou seja, com órgãos federais e estaduais, e vamos chamar também órgãos municipais, para gente atuar sobre essas novas ignições de incêndio”, afirmou André Lima, secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial no MMA.

    Segundo Lima, as três áreas prioritárias são as regiões entre Porto Velho, em Rondônia, e Humaitá, no Amazonas, na abrangência da BR-319; a região de Apuí, no Amazonas, por onde passa a BR-230, que é a Rodovia Transamazônica; além da região de Novo Progresso, no oeste do Pará, abrangida pela BR-163. Nessas localidades, serão instaladas bases multiagências, envolvendo órgãos federais, entre eles o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), além da Polícia Federal, polícias estaduais e outras agências estaduais.

    Segundo o governo, já existem cerca de 360 frentes de incêndios em atuação no Norte do país, com mais de 1,4 mil brigadistas. De janeiro até agora, foram registrados mais de 59 mil focos de incêndio na Amazônia, o pior número desde 2010. O resultado disso é que a fumaça das queimadas atinge cidades de dez estados, que registraram o céu cinza e a diminuição na qualidade do ar.

    Imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai. Na última semana, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um alerta sobre os cuidados necessários para a saúde nesses casos.

    De acordo com o MMA, a organização dessas frentes, que deve ocorrer ao longo das próximas semanas, será conduzida pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman), cuja competência é buscar soluções conjuntas para o combate aos incêndios florestais.

    Atuação conjunta e incêndios ilegais

    Após a reunião com os governadores, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que a maior parte dos focos de incêndio estão sendo combatidos em áreas sob responsabilidade do governo federal, mas que o auxílio se estende para outras áreas sob responsabilidade dos estados.

    “O governo federal tem responsabilidade sobre as unidades de conservação, terras indígenas e assentamentos. E temos ali algo em torno de 60% dos processos de combate aos focos de incêndio [na Amazônia], sob a nossa responsabilidade. A outra parte, cerca de 40%, é de responsabilidade dos estados. Mesmo assim, o governo federal, na lógica de que o fogo não é estadual nem municipal, que nosso foco comum é combater os incêndios, estamos com presença em 74% das frentes de incêndio. Ou seja, o governo federal tem um esforço para além daquilo que são suas responsabilidades obrigatórias”, afirmou.

    Um das das novidades das novas frentes de combate aos incêndios, destacou a ministra, é a atuação da polícia para punir a prática de incêndios ilegais na região. “Com esse esforço, esperamos que essas frentes que estão sendo agora organizadas nesse formato nos ajudem a aumentar nossa capacidade de dissuadir, porque haverá investigação da Polícia Federal”, afirmou.

    Como não tem havido novas autorizações de manejo do fogo na Amazônia, os novos focos de incêndio no bioma são ilegais. “Não tem havido novas autorizações de fogo. A maioria dos estados proibiu e os que não proibiram, estamos demandando que proíbam. Novas ignições são ilegais, algumas criminosas e outras, são irregularidades”, apontou o secretário André Lima, do MMA.

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