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  • Mato Grosso lidera ranking nacional de queimadas em 2024

    Mato Grosso lidera ranking nacional de queimadas em 2024

    Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais revelam um cenário alarmante de queimadas em Mato Grosso. O estado, que já vinha registrando um aumento significativo nos focos de incêndio, viu a situação se agravar em 2024, com setembro sendo o mês mais crítico dos últimos anos.

    De acordo com o Inpe, Mato Grosso concentra o maior número de focos de queimada do país neste ano, superando até mesmo o Pará. O aumento em relação ao ano passado foi de 217%, com mais de 45 mil focos registrados apenas em setembro.

    O Centro-Oeste como um todo tem sofrido com a intensificação das queimadas. Além de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal também registraram um aumento expressivo no número de focos de incêndio.

    As consequências das queimadas são devastadoras para o meio ambiente, a saúde da população e a economia. A perda da biodiversidade, a poluição do ar e a intensificação do efeito estufa são apenas algumas das consequências desse problema.

    Diante da gravidade da situação, as autoridades estaduais e municipais estão mobilizando equipes para combater as queimadas. Em São Paulo, por exemplo, onde também houve um aumento significativo nos focos de incêndio, a Defesa Civil e os bombeiros estão trabalhando incansavelmente para controlar as chamas.

    As causas das queimadas são diversas e complexas, incluindo fatores climáticos, como a seca prolongada, e atividades humanas, como o desmatamento e as queimadas agrícolas. Para combater esse problema, é necessário adotar medidas como a fiscalização mais rigorosa, a conscientização da população e o investimento em tecnologias para prevenção e combate às queimadas.

  • Pantanal: Moradores registram chuva nas áreas afetadas pelo fogo

    Pantanal: Moradores registram chuva nas áreas afetadas pelo fogo

    No Pantanal, em Poconé, a 104 km de Cuiabá, os moradores observaram a chegada de chuva e temperaturas mais amenas entre a noite de sábado (14) e a madrugada de domingo (15). Esta área, que sofreu com incêndios nas últimas semanas, teve alívio temporário com as precipitações recentes.

    Dados do BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram uma redução significativa nos focos de incêndio na região, que passaram de 303 ativos na quinta-feira (12) para 72 no sábado (14).

    Segundo o portal G1, na cidade de Porto Jofre, localizado no final da estrada Transpantaneira, o comerciante local Deni Geloni registrou em vídeo a chegada da chuva na área. No vídeo, é possível ver a melhoria nas condições do ar após a precipitação.

    “A chuva de ontem durou menos de uma hora, mas já fez uma grande diferença. O ar está muito mais respirável hoje! Ontem, mal conseguíamos ver o outro lado do rio”, relatou.

    Com a intensificação das queimadas, Mato Grosso enfrentou, apenas em agosto, a destruição de mais de 1,6 milhão de hectares pelo fogo, conforme análise do Instituto Centro de Vida (ICV), com base em dados da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA).

    Queimadas em Mato Grosso

    ⚠️ De acordo com o BDQueimadas, Mato Grosso foi o estado mais afetado pelo fogo no Brasil entre quinta-feira (12) e sexta-feira (13), com 56,34% de seu território atingido pelas chamas. Entre janeiro e agosto deste ano, o estado acumulou 21% da área queimada no Brasil, totalizando 2,3 milhões de hectares devastados, deixando um cenário de destruição ambiental e morte de fauna.

    Veja o vídeo da chuva no Pantanal abaixo

    Tocador de vídeo

  • Incêndios Florestais: 225 Bombeiros combatem 39 focos em Mato Grosso

    Incêndios Florestais: 225 Bombeiros combatem 39 focos em Mato Grosso

    Nesta sexta-feira (30.08), 225 militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso estão atuando no combate a 39 incêndios florestais em todo o estado. A operação envolve cinco aviões, um helicóptero, 55 viaturas, 11 máquinas e quatro barcos.

    Em Sinop, o incêndio no Parque Florestal foi controlado, mas nove bombeiros continuam no local com apoio de caminhões e caminhonetes. Em Chapada dos Guimarães, 26 bombeiros e 21 brigadistas do ICMBio estão concentrados em várias regiões, incluindo o Parque Nacional.

    No Pantanal, 79 bombeiros enfrentam as chamas em áreas como a RPPN Sesc Pantanal e a Fazenda Cambarazinho, com suporte de aviões, viaturas e máquinas. Outras regiões, como Rosário Oeste, Nobres e Juína, também contam com a presença de 112 bombeiros em ações de combate.

    O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) monitora incêndios em diversas fazendas e terras indígenas, utilizando satélites para orientar as equipes de campo. A severa estiagem e a baixa umidade têm intensificado a propagação das chamas, e o Corpo de Bombeiros pede colaboração da população para evitar novos focos.

    Incêndios Extintos: Desde o início do período proibitivo, mais de 70 incêndios foram controlados em municípios como Cuiabá, Chapada dos Guimarães e Rondonópolis.

    Focos de Calor: Nas últimas 24 horas, foram registrados 1.688 focos de calor em Mato Grosso, com maior concentração na Amazônia.

    Veja também:

  • “Mato Grosso fez o dever de casa e se preparou para enfrentar os incêndios florestais”, afirma Mauren Lazzaretti

    “Mato Grosso fez o dever de casa e se preparou para enfrentar os incêndios florestais”, afirma Mauren Lazzaretti

    A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, pontua na entrevista as ações que o Governo de Mato Grosso executa desde o final do ano passado para evitar que os incêndios florestais ocorram como em 2020, principalmente, na região do Pantanal mato-grossense.

    Entre as principais ações, investimentos maiores, na ordem de R$ 73 milhões, para aquisição de helicóptero, capacitação de profissionais, contratação de brigadistas e uso da tecnologia para suporte da linha de frente de combate ao fogo.

    “O Estado se preparou para custear diárias, hospedagens, alimentação e kits de fardamento e equipamentos importantes para proteção individual para os civis e todo o efetivo da Segurança Pública que irá atuar no combate ao fogo”, destaca Mauren.

    Comissão externa ouve setores afetados por queimadas no Pantanal 2020 10 07 11:15:14
    Mayke Toscano/Secom-MT

    Confira a entrevista na íntegra.

    Secretária, ano passado boa parte do Pantanal mato-grossense foi atingido por incêndios florestais. O que foi feito de lá para cá para evitar que os incêndios se repitam, não apenas no Pantanal, mas em todo o Estado?

    Mauren Lazzaretti – O Estado de Mato Grosso colocou como prioridade o combate ao desmatamento ilegal e incêndios florestais. Temos neste ano o plano de investimentos de R$ 73 milhões, que serão distribuídos em diversas frentes de trabalho, para que apesar dos apontamentos de que o período de estiagem será severo, estejamos totalmente preparados para a emergência ambiental, em condições de prevenir e combater o fogo.

    O Estado fez o dever de casa e está preparado para o enfrentamento aos incêndios florestais. Ainda neste ano, vamos ter um helicóptero exclusivo para o combate aos crimes ambientais, a contratação de brigadistas para auxiliar as forças de Segurança no combate ao fogo, a ampla capacitação tanto dos bombeiros, quanto de pantaneiros e indígenas, para saberem como atuar em caso de fogo na sua propriedade.

    A tecnologia também será usada a nosso favor. Temos imagens de satélite que vão auxiliar no monitoramento de focos de calor em Mato Grosso, tudo isso para dar suporte aos que estarão na linha de frente.

    Para termos maior adesão da população e respeito ao período proibitivo, o Estado tem se empenhado desde o início do ano em ações para conscientizar e capacitar pantaneiros. Os bombeiros capacitaram cerca de mil soldados do Exército para apoiar o combate ao fogo, e também irão intensificar os aceiros preventivos e levar informações para comunidades tradicionais e quilombolas.

    O Estado se preparou para custear diárias, hospedagens, alimentação e kits de fardamento e equipamentos importantes para proteção individual para os civis e todo o efetivo da Segurança Pública que irá atuar no combate ao fogo.

    Uma das medidas que o governo está tomando é de antecipar o período proibitivo de uso do fogo. Na prática, de que forma essa iniciativa pode auxiliar para a redução dos incêndios florestais no Estado esse ano?

    Mauren Lazzaretti – A antecipação em 15 dias da proibição das queimadas serve para o enfrentamento da crise climática que já vem sendo anunciada pelos órgãos de controle desde o início do ano. Foi uma decisão muito importante do governador, que ouviu o argumento dos técnicos, e que auxiliará Mato Grosso no enfrentamento aos incêndios.

    Importante ressaltar que entre o dia 1º de julho e 30 de outubro nenhum tipo de uso do fogo para atividades rurais poderá ser feito, sempre com o objetivo de garantir a preservação do meio ambiente e a segurança da população, que sofre muito não só com as questões climáticas, mas com a própria fumaça que não se dissipa.

    O decreto também declara situação de emergência em Mato Grosso entre maio e novembro, o que significa que poderemos fazer as aquisições e contratações necessárias de forma imediata e emergencial. Uma delas é a contratação de 100 brigadistas estaduais para auxiliarem bombeiros no enfrentamento ao fogo.

    De que forma a fiscalização está atuando e ainda vai atuar durante o ano de 2021 para evitar os incêndios florestais?

    Mauren Lazzaretti – A Sema vai continuar com tolerância zero às ilicitudes ambientais. A atuação da Sema e dos órgãos parceiros nas operações continuará sendo firme para que possamos promover uma mudança de comportamento, e que possamos continuar reduzindo o desmatamento ilegal em Mato Grosso.

    Entendemos que as nossas medidas prioritariamente servem para prevenir o desmatamento ilegal, impedir que ele aconteça, ou então quando detectamos o desmatamento no início, para impedirmos que o dano ambiental avance.

    Uma medida importante que tem surtido bons resultados é a apreensão dos maquinários flagrados sendo usados no crime ambiental, e a remoção desse trator ou caminhão, para que não possa mais ser utilizado para continuar um desmate ilegal. Estamos amparados por uma recomendação do Ministério Público Estadual e pelo mais recente entendimento do Superior Tribunal de Justiça.

    O Estado também permitiu que os produtores rurais se preparem para os incêndios, com um decreto que permite a limpeza de áreas, com autorização ambiental (decreto 785/2021).

    Apenas nos primeiros quatro meses deste ano, nossas equipes de fiscalização já aplicaram mais de R$ 400 milhões em multas e apreenderam cerca de 170 máquinas entre tratores e caminhões, que estavam sendo usados em crimes ambientais.

    Toda essa ação rápida das equipes de fiscalização se deve ao monitoramento em tempo real, por satélite, que alerta a localização exata de onde está ocorrendo uma mudança na vegetação. É feito o cruzamento de dados e já sabemos se é um desmate com ou sem autorização, o que possibilita uma ação precisa de embargo da área, aplicação de multa, e muitas vezes no flagrante.

    Que resultados Mato Grosso têm tido com essas ações de fiscalização e a política de tolerância zero?

    Mauren Lazzaretti – Os resultados de redução de alertas de desmatamento de Mato Grosso são expressivos e impactam positivamente nos resultados de todo o Bioma Amazônia. Acumulamos uma redução de alertas de desmatamento de 29% nos últimos nove meses. Só no mês de abril, fechamos com 18% de redução em comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto a Amazônia fechou com aumento de 43%.

    O desmatamento ilegal em Mato Grosso caiu drasticamente. Temos 25% do desmatamento com autorização ambiental em Mato Grosso, enquanto a média da Amazônia é de 5%. Isso mostra que ainda temos um longo caminho para zerar o desmatamento ilegal, mas que estamos no caminho certo.

    Secretária, quais as próximas medidas a serem tomadas na busca de prevenir e combater os incêndios e evitar que eles ocorram no Estado como foi em 2020?

    Mauren Lazzaretti – As medidas de prevenção continuam durante todo o ano, assim como o combate ao fogo, que começa agora. Estamos preparando uma queima controlada na Unidade de Conservação Parque das Águas, em Poconé, para evitar que incêndios florestais de grande porte venham a atingir a unidade de conservação. Também está previsto um seminário de combate aos incêndios com aviões agrícolas para capacitar pilotos para apoio às operações aéreas de combate aos incêndios.

    Especificamente no Pantanal, o que já está sendo feito na região? E quais estratégias serão utilizadas lá?

    Mauren Lazzaretti – A Sema está notificando moradores próximos da Estrada Parque da Transpantaneira para que façam a limpeza e aceiros preventivos nas margens da rodovia. Sabemos que uma prevenção efetiva aos incêndios é o melhor cenário para podermos ter resultados positivos no enfrentamento do fogo.

    Uma sede nova do Corpo de Bombeiros Militar já foi entregue em Poconé, uma das cidades mais atingidas pelos incêndios no ano passado. Já foram capacitados pelo Corpo de Bombeiros mais de 300 pantaneiros, para que além da conscientização de não provocarem incêndios, eles possam agir como grandes guardiões do Pantanal.

    Outro projeto que está em fase final é a confecção para a distribuição de abafadores sustentáveis aos moradores da região, que possibilitará uma resposta rápida a pequenos focos de incêndio. Os equipamentos serão fabricados com auxílio de reeducandos, e terá o patrocínio de empresas parceiras.

    A Secretaria de Infraestrutura e Logística também atuou na região e já construiu cinco pontes de concreto na Transpantaneira para substituir as de madeira que foram atingidas pelo fogo no ano passado. Também começou a fazer a limpeza de estradas, e irá nos apoiar em uma ação de limpeza das margens da Transpantaneira.

    A Sema vai manter, reformar e ampliar, em parceria com a Sinfra, o Posto de Atendimento aos Animais Silvestres no Pantanal, que foi uma estrutura de socorro para a fauna atingida pelo fogo. Também será construído em Cáceres um Centro de Triagem de animais silvestres, que irá atender o interior do estado.

  • 8 aeronaves ajudam combater as queimadas em Mato Grosso

    8 aeronaves ajudam combater as queimadas em Mato Grosso

    O governo de Mato Grosso, informou na manhã deste domingo, 20, que oito aeronaves passarão a ser utilizadas para o combate aos incêndios florestais, principalmente no Pantanal.

    Segundo informações, hoje está sendo utilizado 6 aeronaves, e agora passar ter um acréscimo de mais duas aeronaves que serão contratadas – e vão se unir às outras seis já utilizadas – para reforçar a estrutura contra o fogo em todo Estado.

    Estado contar%C3%A1 com 8 aeronaves para combate aos inc%C3%AAndios florestais2020 09 20 13:37:38

     

    Uma delas terá capacidade de armazenagem de três mil litros de água e outra de dois mil litros.

    As duas aeronaves já devem entrar em operação amanhã, segunda-feira (21.09). Uma terceira aeronave será contratada para uso na semana seguinte.

    Queimadas no Pantanal

  • Origens dos incêndios no Pantanal estão sendo investigadas

    Origens dos incêndios no Pantanal estão sendo investigadas

    A Polícia Federal (PF) e órgãos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão investigando as origens dos incêndios que, até a última quarta-feira (16), já tinham destruído cerca de 2,8 milhões de hectares do Pantanal, sendo 1.732 milhões no Mato Grosso e 1.110 milhões no Mato Grosso do Sul.

    Cada hectare corresponde, aproximadamente, ao tamanho de um campo de futebol oficial. O que significa que a área do bioma destruída pelo fogo chega a quase 30 mil km², segundo os dados recentemente divulgados pelos dois estados. O que representa um território maior que todo o estado de Alagoas.

    Queimadas no Pantanal

    Vídeo: Wellington Fagundes: comissão poderá propor Estatuto do Pantanal
    Governo libera R$ 10,1 milhões para combate a incêndio no Pantanal
    Senado instala comissão para fiscalizar ações contra fogo no Pantanal
    Senado instala comissão para fiscalizar ações contra fogo no Pantanal
    Deputados e senadores farão diligência in loco no Pantanal
    Delegacia de Meio Ambiente busca responsáveis pelos incêndios no Pantanal
    Cinco tratores usados para desmatamento no Pantanal são apreendidos
    Luciano Huck pede socorro pelo Pantanal ao Governo Federal
    Silvio Fávero pede reforço do Exército no combate às queimadas em MT

    A Superintendência da PF em Mato Grosso do Sul centrou esforços na região de Campo Grande e Corumbá, cidades distantes cerca de 400 quilômetros uma da outra. Por meio da análise de imagens de satélites e do sobrevoo em algumas áreas, agentes federais tentam traçar o percurso percorrido pelas chamas desde o ponto onde o fogo começou. O objetivo é apurar eventual responsáveis e responsabilizá-los por crimes ambientais.

    Na última segunda-feira (14), 31 policiais federais sul-mato-grossenses cumpriram dez mandados de busca e apreensão autorizados pela 1ª Vara Federal de Corumbá. Os agentes também periciaram áreas incineradas e colheram os depoimentos de algumas pessoas. A ação fez parte da chamada Operação Matáa.
    Operação Focus
    Órgãos estaduais sul-mato-grossense também estão realizando uma apuração conjunta com o propósito de identificar a origem dos incêndios.

    Nesta quarta-feira (16), servidores do Instituto de Meio Ambiente (Imasul), bombeiros, policiais militares e civis e peritos da secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública foram a campo a fim de começar a cumprir o plano de inspecionar 35 propriedades rurais apenas nesta primeira fase da apelidada Operação Focus.

    “Com auxílio de imagens de satélite, levantamos os prováveis inícios de alguns focos de incêndios na região do Pantanal”, disse, na ocasião, o diretor-presidente do Imasul, André Borges, explicando que a expectativa é produzir um balanço parcial da inspeção até amanhã (19).

    De acordo com o secretário estadual do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, além de identificar a origem do fogo, vão ser apurados “os motivos desses incêndios terem saído do controle”.

    Entre as hipóteses investigadas está a de que proprietários rurais autorizados a queimar parte da vegetação para limpar suas terras tenham perdido o controle das chamas, que avançou pela vegetação seca devido a mais severa estiagem das últimas décadas. Outra hipótese é a de que as queimadas tenham sido intencionais.

    Em 16 de julho, o governo federal proibiu as queimadas em todo o país por 120 dias.

    A medida visa reduzir o número de focos de incêndio em florestas durante o período de seca, que se agrava entre os meses de agosto e outubro. A mesma medida já havia sido adotada em 2019, mas no fim de agosto e com validade de apenas 60 dias. Na última segunda-feira, a situação levou o governo de Mato Grosso do Sul a decretar situação de emergência que foi no mesmo dia pelo governo federal.
    Mato Grosso
    Na semana em que decretou estado de calamidade devido ao descontrole dos incêndios florestais, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, afirmou que quem incorrer em crimes ambientais será identificado e responsabilizado.

    “Não vamos amaciar para ninguém que cometeu crime ambiental no nosso estado”, disse Mendes ao conceder entrevista à CNN Brasil.

    Segundo o governo estadual, peritos da Delegacia de Meio Ambiente (Dema) já atestaram que vários focos de incêndio registrados no Pantanal mato-grossense começaram de forma criminosa. Até o momento, no entanto, as autoridades locais não apontaram quaisquer suspeitos.

    A Polícia Judiciária Civil já instaurou inquéritos para apurar aos incêndios em cinco pontos do Pantanal mato-grossense. Na Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal, na região de Barão de Melgaço, peritos apontaram que o incêndio foi causado pela queima intencional de vegetação desmatada para criação de área de pasto para gado.

    Nas imediações da Fazenda Espírito Santo, próximo ao Sesc Pantanal, o fogo se espalhou pela vegetação depois que uma máquina agrícola usada para limpar a área pegou fogo.

    Faíscas na fiação elétrica de alta tensão foram apontadas como possível causa do incêndio registrado próximo a um condomínio de luxo próximo à Rodovia Helder Cândia, o Brasil Beach, em Cuiabá. Outro acidente, este automobilístico, causou a destruição de cerca de 6 mil hectares de vegetação nativa ao longo da Rodovia Transpantaneira.

    De acordo com a Polícia Civil, o veículo caiu em um barranco e pegou fogo após o motorista ter perdido o controle, e as chamas logo se espalharam pela mata.

    O quinto resultado da perícia sugere que outro foco de incêndio tenha sido precipitado pela prática de uso de fogo na retirada de mel de abelhas silvestres, por produtores de uma região de mata fechada conhecida como Moitão.

    De acordo com a Polícia Judiciária Civil, quem é responsabilizado em casos como estes pode ser condenado a penas de reclusão de dois a quatro anos, além de ter que pagar multas cujos valores podem variar entre R$ 1 mil e R$ 7,5 mil por hectare de vegetação afetada.