Tag: queimada

  • Brasil tem 1 milhão de focos de queimada registrados em 5 anos

    Brasil tem 1 milhão de focos de queimada registrados em 5 anos

    Dados da plataforma Terrabrasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que concentra informações de satélite sobre cobertura vegetal, desmatamento e queimadas, indicam que o país teve 1 milhão de focos de queimada entre os anos de 2020 e 2024. Nesse intervalo, o ano com maior quantidade de registros foi justamente o de 2024, o que ocorreu, segundo o Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima (MMA), em razão de seca excepcional – segundo a pasta a pior nos últimos 74 anos.

    A maior parte dos focos está concentrada em cinco estados. Foram 628.365 focos em cinco anos, no Pará (200.685), em Mato Grosso (171.534), Amazonas (97.885), Maranhão (97.124) e Tocantins (61.137). Seu desenho, uma estrada de fogo que corta o meio do país, coincide com áreas de expansão agrícola, principalmente para soja e pasto, e com regiões marcadas pela grilagem e pelo garimpo. Todos esses estados tiveram aumento de focos de incêndio na comparação entre 2024 e 2023, com destaque para Mato Grosso, com aumento de 130%, e para o Tocantins, com alta de 78%.

    A novidade, em 2024, está no aumento de incêndios em áreas classificadas como sem Cadastro Ambiental Rural (CAR), ou seja, áreas que não são propriedades rurais. Entre 2020 e 2023, esse tipo de registro esteve no patamar de 20% do total nos cinco estados com mais registros, nos meses críticos (agosto e setembro), mas em 2024 o percentual saltou para 29,2%. Também houve aumento da participação de grandes propriedades, de uma média de 35% para o patamar de 40% dos registros.

    O aumento acelerou a resposta dos governos. No âmbito federal, foi concluída a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que inicia 2025 em funcionamento, o que, segundo o MMA, garantirá o fortalecimento da articulação junto a estados e municípios, fator considerado crucial para alcançar respostas mais céleres em relação aos incêndios. A política foi criada em meio à crise, em julho de 2024, após a seca atingir duramente a região do Pantanal, e coordena a ação de União, estados e municípios, além de sociedade civil e organizações privadas.

    A pasta informou que haverá a destinação de R$ 280 milhões do Fundo Amazônia para o combate a incêndios nos estados, e que se somam a cerca de R$ 650 milhões do Orçamento federal. O objetivo é evitar outro “pior ano”, pois desde 2010 não houve registro de tantos focos quanto em 2024.

    O registro de maior número de focos não significa necessariamente maior área queimada. Em São Paulo, estado com maior crescimento de focos (422%, com 8.712 focos registrados em 2024), o aumento de área queimada esteve abaixo de 2% nas áreas de conservação, e os focos se concentraram em propriedades rurais, especialmente nas lavouras de cana-de-açúcar.

    Diretor executivo da Fundação Florestal, Rodrigo Levkovicz faz a gestão das áreas de conservação no estado. Ele acompanha todo o ciclo de preparação e combate aos incêndios, inclusive em campo, e concorda com o motivo apontado pelo MMA: os incêndios aumentaram pois as condições climáticas são mais severas do que nos últimos anos. Para ele, que acompanhou as últimas rodadas de Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COPs), a expectativa é de efeitos mais severos, o que demanda melhoria no planejamento.

    “Não adianta termos tido uma boa resposta esse ano e acharmos que será a mesma coisa em 2030. Teremos de planejar ano a ano, aumentar a [qualidade e velocidade] das respostas e a ação com municípios, governo federal e organizações civis”, defendeu. “Estamos em um momento de reavaliar a forma como ocupamos a terra, repensando as lavouras adequadas para os diferentes ambientes”, completou o ex-procurador do estado.

    A reportagem também entrou em contato com os governos do Pará, de Mato Grosso, do Amazonas e do Maranhão. Amazonas e Pará não responderam. A reportagem será atualizada em caso de manifestação.

    O governo do Maranhão informou ter consolidado Plano de Ação para os anos de 2024 a 2027, além de ter “reforçado o monitoramento de áreas degradadas, intensificado as fiscalizações ambientais e implementado a apuração de infrações”. “Outro destaque é o Programa Floresta Viva-MA, voltado à preservação florestal, recuperação de áreas degradadas e valorização dos serviços ecossistêmicos. Com seis eixos principais, o programa incentiva práticas sustentáveis por produtores rurais, comunidades tradicionais e outras populações estratégicas, promovendo a conservação para as atuais e futuras gerações”, informou, em nota. O estado teve 97 mil focos registrados desde 2020, porém não tem aumento considerável desde 2022, quando chegou ao patamar de 20 mil focos.

    O governo de Mato Grosso informou, também por meio de nota, que aplicou “R$ 205,6 milhões em multas por uso irregular do fogo”. “Nesse período, mais de 20 pessoas foram presas e 112 indiciadas pela Polícia Civil por provocar incêndios.” Segundo a nota, o estado passou pela “pior seca enfrentada nos últimos 44 anos. Com isso, o material orgânico seco se acumulou, o que facilitou a combustão”. Mato Grosso teve mais de 170 mil focos registrados no período, dos quais 50 mil somente em 2024.

  • Mato Grosso concentra 21% da área queimada do Brasil, revela o Monitor do Fogo

    Mato Grosso concentra 21% da área queimada do Brasil, revela o Monitor do Fogo

    Mato Grosso se transformou em uma grande e destrutiva fogueira ativa. Queima o Pantanal, o Cerrado, morrem os animais que correm desesperados por causa das chamas e calor que ultrapassa 47°.

    A chuva atrasou, o estado secou e lá se vai a fauna e a flora. E o plantio da soja? Está aí outro grande problema que pode impactar na vida de milhares de pessoas que dependem do sucesso da colheita.

    Sim, Mato Grosso concentra 21% da área queimada do Brasil. O fogo destruiu sem dó nem piedade cerca de 2,3 milhões de hectares (ha), sendo que do total citado anteriormente, 1.716.922 ha, foram queimados somente em agosto de 2024.

    Informações do Monitor do Fogo, mostram também um retrato pernicioso no que diz respeito ao tema em relação ao Brasil, pois no país, 5,65 milhões de hectares foram dizimados pelos incêndios. Bem, os focos não aparecem sozinhos como em um truque de mágica, pois a maior causa é proveniente da ação humana.

    O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade está trabalhando constantemente para prevenir ações humanas inapropriadas em Mato Grosso. Além disso, o Corpo de Bombeiros faz um trabalho diário para sanar o problema em todo o estado.

    Incêndios criminosos em Mato Grosso

    Mato Grosso se transformou em uma grande e destruitiva fogueira ativa.
    FOTO: @CenarioMT

    A Polícia Federal aprofundou as investigações sobre os incêndios florestais em Mato Grosso, suspeitando de uma organização criminosa por trás das queimadas.

    Atualmente, 52 inquéritos buscam identificar os responsáveis por incêndios intencionais, que se alastraram por diversos pontos do país. Através de imagens de satélite, a PF rastreia a origem do fogo e os possíveis autores.

    Essas ações criminosas causam danos irreversíveis ao meio ambiente, à biodiversidade e à saúde da população, além de serem consideradas crime ambiental, sujeito a penas de prisão.

  • Situação de emergência por incêndio florestal cresceu 354% em agosto

    Situação de emergência por incêndio florestal cresceu 354% em agosto

    O número de municípios que decretaram situação de emergência por incêndios florestais em agosto cresceu 354% em relação ao mesmo mês do ano de 2023, aponta levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios.ebcebc

    Somente neste mês, 118 gestores municipais registraram a condição no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

    Este ano, até o dia 26 de agosto, 167 municípios declararam situação de emergência. No mesmo período de 2023 apenas 57 enfrentavam o problema.

    De acordo com o levantamento, 4,4 milhões de pessoas já foram afetadas pelos incêndios florestais este ano, sendo que a maioria, 4 milhões, foram alcançados pelos efeitos como poluição do ar e perda da biodiversidade.

    O maior número de decretos foi registrado em São Paulo, por 51 municípios, seguido por Mato Grosso do Sul, com 35 registros; Acre, com 22; Espírito Santo e Rondônia, dois municípios, e Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Santa Catarina, apenas um município cada.

    Até o momento, o sistema aponta que já foram reconhecidos pelo governo federal a situação de emergência por incêndio florestal em 12 municípios em Mato Grosso do Sul. Os demais processos ainda estão em andamento para que os gestores possam ter acesso aos recursos públicos federais para medidas emergenciais.

    A instituição estima um prejuízo de R$ 10 milhões em assistência médica emergencial para a saúde pública, que ainda pode crescer com impactos causados pela exposição da população à fumaça.

  • Queimada em trecho da MT 338 mobiliza bombeiros e população

    Queimada em trecho da MT 338 mobiliza bombeiros e população

    Neste domingo (25) uma queimada em propriedades rurais às margens da MT 338, conhecida Estrada da Baiana e que liga Lucas do Rio Verde a Tapurah, mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e da comunidade. O vereador Gilson Fermino Urso destacou, durante a sessão da Câmara desta segunda-feira, a importância da união entre produtores rurais e entidades públicas no combate à queimada. O trecho em que ocorreu a queimada.

    Durante seu pronunciamento, Urso reconheceu o esforço coletivo dos bombeiros e produtores rurais na luta contra as chamas. “Foi um incêndio de grandes proporções, algo que nunca tinha visto antes. As chamas estavam muito altas e o clima seco contribuiu para que o fogo se espalhasse rapidamente”, disse Urso, enfatizando a gravidade da situação. Ele agradeceu aos produtores que prontamente disponibilizaram aeronaves para auxiliar no combate ao incêndio, com o objetivo de proteger as reservas ambientais da região.

    O vereador ressaltou a importância da preservação das áreas verdes, especialmente em tempos de seca intensa. “Nossa área de reserva é muito valiosa, e precisamos protegê-la a todo custo”, afirmou. Urso também elogiou o trabalho da Secretaria de Obras e dos servidores públicos, destacando a prontidão e o comprometimento em atender às demandas emergenciais.

    “Foi um dia perigoso para o nosso município, com vários focos de incêndio, mas graças à parceria entre os agricultores e o poder público, conseguimos controlar a situação a tempo”, acrescentou Urso, destacando a importância da colaboração entre todos os envolvidos.

    O pronunciamento do vereador Gilson Fermino Urso reflete a necessidade de um trabalho conjunto para a prevenção e o combate aos incêndios, especialmente em regiões onde a vegetação é densa e o clima favorece a propagação do fogo.

  • Queimada devasta vegetação nativa em região de chácaras de Lucas do Rio Verde

    Queimada devasta vegetação nativa em região de chácaras de Lucas do Rio Verde

    Um incêndio de grandes proporções está devastando uma área de vegetação nativa na região de chácaras, localizada próximo a divisa entre Lucas do Rio Verde e Sorriso, nos fundos da Prainha. A queimada, que teve início no final da manhã desta terça-feira (13), está destruindo importantes espécies da flora local, incluindo Buritis, uma palmeira nativa que é símbolo do cerrado. O cenário é de devastação e preocupa autoridades e moradores.

    As equipes de combate ao fogo, compostas por bombeiros e brigadistas, estão atuando incessantemente para controlar as chamas. No entanto, o tempo seco, típico desta época do ano, e com bastante vento, está dificultando os trabalhos, permitindo que o incêndio se alastre rapidamente por novas áreas.

    Conforme relatos de moradores próximos à região afetada, o fogo já consumiu uma grande área e ameaçou residências no setor de chácaras, e seguiu avançando em direção a outras propriedades e ameaçando a biodiversidade local.

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    Tempo seco facilita propagação dos focos de incêndio (Foto: CenárioMT)

    Além da preocupação com a preservação dos Buritis, que desempenham um papel vital no equilíbrio ecológico da região, principalmente em áreas de veredas, onde a água superficial é abundante, há preocupação com a saúde de moradores do entorno. A queimada provocou várias nuvens de fumaça que foram levadas a vários bairros de Lucas do Rio Verde.

    Apesar dos esforços das equipes de combate, as previsões meteorológicas não indicam chuvas para os próximos dias. As autoridades reforçam a importância do uso consciente do fogo e a necessidade de denunciar possíveis queimadas ilegais.

    A comunidade local, bastante afetada pelo incidente, também se mobiliza para ajudar no que for possível. “Estamos todos tentando fazer nossa parte, seja avisando as autoridades ou ajudando a controlar o fogo com o que temos”, disse um morador da área.

    O combate às chamas continua, mas as equipes enfrentam grandes desafios para conter o incêndio, que já se tornou um dos maiores registrados na região nos últimos anos. As autoridades seguem monitorando a situação e tomando medidas para evitar que o fogo alcance áreas ainda maiores, enquanto buscam soluções para minimizar os impactos ambientais causados pela queimada.

  • Governo de Mato Grosso pede apoio da população para evitar queimadas no Pantanal

    Governo de Mato Grosso pede apoio da população para evitar queimadas no Pantanal

    O Governo de Mato Grosso está intensificando as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais no Estado. No entanto, diante do cenário de alerta com previsão de altas temperaturas e seca severa para o Pantanal, as autoridades pedem a colaboração da população para evitar queimadas.

    “Precisamos do apoio de todos para evitarmos grandes incêndios. Já estamos com uma declaração de escassez hídrica por parte da Agência Nacional de Águas para a Bacia do Alto Paraguai e emitimos alertas para os municípios afetados pela seca severa. Esse cenário, além de contribuir para os incêndios, pode dificultar o combate aos mesmos. Por isso, é fundamental que a população se conscientize e tome os cuidados necessários”, ressalta a secretária de Estado de Meio Ambiente (Sema), Mauren Lazzaretti.

    Queimadas proibidas no Pantanal até 31 de dezembro

    A secretária alerta que, neste período de calor intenso, qualquer atividade que possa gerar fagulhas tem o potencial de provocar um incêndio acidental. Por isso, a queima de vegetação deve ser evitada, principalmente nos horários mais quentes do dia.

    “É fundamental que as pessoas acionem as equipes responsáveis imediatamente se identificarem qualquer indício de fogo em qualquer local. Isso permitirá que as medidas iniciais sejam tomadas rapidamente, evitando que o incidente se transforme em um incêndio de grandes proporções”, acrescenta Lazzaretti.

    Vale ressaltar que, desde o dia 17 de junho, o uso do fogo no Pantanal mato-grossense está proibido. A medida, que visa proteger o bioma durante o período mais seco do ano, segue em vigor até 31 de dezembro. Já em áreas urbanas, as queimadas são proibidas durante todo o ano.

    Ações do Governo de Mato Grosso para prevenir e combater incêndios florestais

    As secretarias estaduais de Mato Grosso estão trabalhando de forma integrada desde o início do ano na prevenção e preparação para os incêndios florestais, com o objetivo de garantir uma resposta mais eficiente em caso de necessidade. Entre as ações já realizadas estão:

    Decretos: Emissão de decretos antecipando e estendendo o período proibitivo do uso do fogo no Pantanal;

    Orientação: Elaboração de nota técnica orientativa para os produtores rurais, com as estruturas mínimas que devem ser mantidas para evitar o alastramento do fogo na região;

    Reuniões: Reuniões para orientar sobre ações de prevenção e preparação com proprietários de hotéis e pousadas, além da comunidade em geral;

    Combate: Contratação de quatro aviões agrícolas para auxiliar no combate direto às chamas;

    Capacitação: Capacitação de 1.400 brigadistas para reforçar o efetivo de combate aos incêndios;

    Treinamento: Treinamento de bombeiros militares para a realização da queima prescrita (técnica para criar uma barreira natural e evitar o espalhamento do fogo);

    Logística: Mapeamento de pistas de pouso e pontos de captação de água para auxiliar nas ações de combate aos incêndios;

    Infraestrutura: Melhoria das condições de tráfego nas rodovias do Pantanal, com patrolamento e encascalhamento, para facilitar o apoio logístico às equipes de combate ao fogo;

    Prevenção: Construção de aceiros em pontos estratégicos;

    Animais: Construção de açudes que servem como bebedouros e abrigos para animais silvestres afetados pelos incêndios;

    Água: Perfuração de poços artesianos para garantir o abastecimento de água nas áreas afetadas;

    Infraestrutura: Substituição de pontes de madeira por aduelas e concreto para melhorar a trafegabilidade nas regiões atingidas;

    Monitoramento: Monitoramento em tempo real da situação dos incêndios em todo o Estado, via satélites, na Sala de Situação do Batalhão de Emergências Ambientais, em Cuiabá, para auxiliar as equipes em campo.

  • Com início do período proibitivo do fogo, Acrimat orienta pecuaristas e sociedade

    Com início do período proibitivo do fogo, Acrimat orienta pecuaristas e sociedade

    Antecipado pelo Governo Estadual, o período proibitivo do fogo em Mato Grosso começou nesta segunda-feira (17), na região do pantanal. Com isso, todas as atividades de limpeza de pastagem com o uso do fogo nas áreas rurais não serão permitidas.

    De acordo com os decretos nº 827 e 927 de 2024, do Governo de Mato Grosso, o prazo da proibição foi ampliado. Nas regiões da Amazônia e Cerrado, o uso do fogo fica proibido de 1º de julho até 30 de novembro. Já no pantanal, o início foi antecipado para 17 de junho e finaliza no dia 31 de dezembro. Nas regiões urbanas, a prática é proibida o ano todo.

    A medida levou em consideração as mudanças climáticas previstas para este ano e estabeleceu rigor no combate aos incêndios florestais.

    O Presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Ribeiro Jr, destacou que os produtores, bem como toda a sociedade se atentem a proibição, uma vez que no período de estiagem os índices de chuvas em todo o Estado são baixos.

    Por isso, é fundamental a suspensão do uso do fogo, para combater e evitar que se transformem em incêndios.

    “Neste período de seca, as chuvas reduzem muito e aumenta a probabilidade da ocorrência de incêndios florestais que podem se tornar incontroláveis. É preciso a conscientização do cidadão sobre prevenção e combate aos incêndios florestais para evitar estragos e tragédias como já vimos ocorrer no pantanal e outras regiões”, disse o presidente da Acrimat.

    Nos anos anteriores, algumas regiões o Pantanal e o cerrado mato-grossense sofreram com incêndios de grandes proporções, que afetaram o meio ambiente e destruíram parte de propriedades rurais, causando enormes prejuízos financeiros para produtores da região. Nesta semana, o Governo Estadual já vem combatendo alguns incêndios na região de Cáceres e Poconé.

    A Acrimat disponibiliza no site uma cartilha informando quais os cuidados que o produtor precisa tomar para evitar incêndios neste período.

    O material explica como agir em casos de incêndios acidentais, as regras para a queima controlada e o que a legislação prevê.

  • Reunião define estratégias de prevenção para período proibitivo de queimadas

    Reunião define estratégias de prevenção para período proibitivo de queimadas

    Em uma reunião realizada nesta segunda-feira, representantes da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde, Ministério Público, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil se encontraram para discutir estratégias preventivas durante o período proibitivo de queimadas, especialmente considerando os riscos no período pós-colheita do milho, quando há uma grande quantidade de palhada seca nas propriedades rurais.

    O período proibitivo de uso do fogo em Mato Grosso, este ano, tem prazos diferentes para Amazônia, Cerrado e Pantanal. Para Amazônia e Cerrado o período proibitivo inicia em 1º de julho e vai até 30 de novembro. Já para a região do Pantanal, o período também inicia em 1º de julho, mas segue até 31 de dezembro. Durante esses meses, fica proibido o uso de fogo em áreas rurais para limpeza e manejo, levando em consideração o risco de incêndios florestais de grandes proporções. Já o uso do fogo em áreas urbanas é proibido o ano todo.

    Felipe Palis, secretário de Agricultura e Meio Ambiente, enfatizou a importância da união de esforços para abordar o tema das queimadas, que é crucial para a região e para todo o estado de Mato Grosso. “O período proibitivo já começou e se estende até dezembro devido à estiagem acentuada. Precisamos discutir as questões operacionais e legais, trazendo informações para o público interessado para melhorar o combate aos incêndios. O apoio da população e dos produtores rurais é fundamental, pois não conseguimos fazer nada sozinhos,” afirmou Palis.

    O promotor de justiça Leonardo Gonçalves ressaltou o papel do Ministério Público na orientação e fiscalização para prevenir queimadas ilegais. “Nossa função é orientar sobre as medidas necessárias para evitar incêndios e agir na fiscalização. Quando uma queimada ilegal é constatada, o Ministério Público atua para apurar responsabilidades e aplicar as medidas legais cabíveis. É crucial identificar os responsáveis e garantir que as providências sejam tomadas,” disse Gonçalves.

    Capitão Gleiber de Campos Bertolazo, do Corpo de Bombeiros, destacou a gravidade da situação e a antecipação do período proibitivo devido às queimadas já em andamento no Pantanal. “Recebemos a informação de que o governo do estado iniciará o período proibitivo a partir do dia 17 de junho. Estamos nos preparando para um ano severo em termos de queimadas e contamos com a colaboração do poder público e dos produtores para minimizar os danos ambientais. A maioria das queimadas são causadas por ação humana, e precisamos conscientizar os produtores sobre as medidas de prevenção durante a colheita,” explicou o oficial.

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    Foto: Secom MT

    Edgar Savaris, coordenador da Defesa Civil Municipal, explicou como a instituição pretende auxiliar na prevenção e combate às queimadas. “A Secretaria de Segurança Pública já contratou brigadistas e providenciou o aparato logístico necessário. Este ano, a preocupação é que possamos enfrentar um número maior de incêndios. Estamos prontos para capacitar e treinar brigadistas, além de coordenar ações em caso de grandes incêndios que possam trazer prejuízos,” afirmou Savaris.

    A reunião faz parte da programação alusiva ao Dia Mundial do Meio Ambiente e visa preparar melhor a comunidade e os produtores rurais para um período crítico, onde a prevenção e a ação coordenada são essenciais para evitar danos ambientais significativos.

  • Celular pega fogo durante carregamento e provoca incêndio em residência em Nova Monte Verde (MT)

    Celular pega fogo durante carregamento e provoca incêndio em residência em Nova Monte Verde (MT)

    Na tarde desta segunda-feira (29), um incêndio consumiu completamente uma residência de madeira na Rua Maria do Carmo, em Nova Monte Verde, Mato Grosso. O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) da cidade de Alta Floresta foi acionado por volta das 13h10min, após a Polícia Judiciária Civil informar sobre o incidente.

    Ao chegarem ao local, os bombeiros já encontraram a casa completamente tomada pelas chamas. Segundo a proprietária da residência, o fogo teria começado em uma extensão que estava sendo utilizada para carregar um aparelho celular.

    Ao pegar o celular em suas mãos, o aparelho teria começado a pegar fogo e, em um momento de susto, a moradora jogou o celular na cama. As chamas se alastraram rapidamente para o colchão, quarto e, posteriormente, para o restante da casa.

    A vítima não conseguiu listar todos os pertences que estavam na casa, mas relatou que conseguiu salvar apenas a roupa do corpo dela e da filha. Os bombeiros realizaram uma vistoria no local e constataram que não havia mais risco de reignição do incêndio.

    Prevenção

    Incêndios em residências podem ser evitados com algumas medidas simples, como:

    Manter instalações elétricas em bom estado: Fios danificados e tomadas sobrecarregadas podem ser pontos de partida para um incêndio.

    Ter um extintor de incêndio em casa: Saber usar o extintor de incêndio corretamente pode ser fundamental para conter um fogo no início.

    Não fumar dentro de casa: O cigarro é uma das principais causas de incêndios domésticos.

    Evitar acúmulo de materiais inflamáveis: Materiais como gasolina, álcool e solventes devem ser armazenados em locais seguros e longe de fontes de calor.

    Ensinar as crianças sobre os perigos do fogo: É importante que as crianças saibam como se comportar em caso de incêndio.

    Em caso de incêndio

    Ligue para o Corpo de Bombeiros imediatamente: O número do Corpo de Bombeiros é 193.

    Evacue a residência o mais rápido possível: Se possível, leve consigo documentos importantes e objetos de valor.

    Não tente conter o fogo sozinho: Se o fogo estiver muito grande ou se você não tiver certeza do que fazer, saia da casa e aguarde a chegada dos bombeiros.

    Não entre novamente na residência em chamas: O fogo pode ser traiçoeiro e as chamas podem voltar a surgir a qualquer momento.

  • Roraima tem 22% dos focos de queimada de todo o país

    Roraima tem 22% dos focos de queimada de todo o país

    Com 2.295 focos de calor, o estado de Roraima ocupa o primeiro lugar no ranking de todo o país, respondendo sozinho por mais de 22% dos focos registrados no país. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro até a última quinta-feira (22), o país apresentou 7.957 focos de calor. Somente em fevereiro, foram registrados pelos satélites do programa de queimadas do Inpe 1.691 focos ativos em Roraima. Desse total, mais de 1.000 foram registrados apenas esta semana.

    Os focos de calor são locais com altas temperaturas, passíveis de serem atingidos por incêndios. Atualmente, Roraima tem 8 dos 10 municípios do Brasil com o maior número de focos de calor, segundo o Inpe. A cidade de Mucajaí é a com o maior número de focos, 277; seguida por Caracaraí (264), Amajari (224), Rorainópolis (180), Iracema (114), Boa Vista (107), Alto Alegre (106) e Bonfim (97).

    O estado passa por um período de forte estiagem, agravado pela influência do fenômeno do El Niño. Três municípios já decretaram situação de emergência: Amajari, Uiramutã e Normandia.

    Queimadas controladas

    O Corpo de Bombeiros de Roraima aponta a prática local de atear fogo para “limpar” a terra como uma dos fatores que agravam a situação, uma vez que o fogo pode sair de controle. Na quarta-feira, o comandante-geral da corporação, Coronel Anderson Carvalho, visitou o município de Amajari, na região que abrange as localidades de Vila Nova e Vila do Trairão. O objetivo foi orientar os moradores sobre medidas de prevenção e segurança diante dos incêndios florestais na região.

    “Hoje, nós temos seis equipes distribuídas em quatro pontos, combatendo os incêndios. Orientamos a população para que não façam queimadas, porque neste momento, com ventos fortes, vegetação seca e altas temperaturas é muito difícil controlar. Então, é melhor evitar”, disse o comandante em uma rede social.

    Calamidade

    A situação fez com que a Assembleia Legislativa enviasse ao governo de Roraima uma indicação para ser decretado estado de calamidade pública e situação de emergência devido ao avanço das queimadas. Segundo o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cabral (Cidadania), a iniciativa tem por objetivo buscar apoio das instituições estaduais para mitigar os danos causados pelos incêndios.

    “Diante deste cenário alarmante, de seca extrema e estiagem duradoura, Roraima encontra-se em estado de emergência ambiental, sendo, portanto, nas atribuições que compete a este parlamentar, requisitar informações sobre possível plano de fortalecimento ao combate às queimadas e os dados de sua execução inicial, com referência a recursos humanos e materiais já em campo”, disse Cabral.

    A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com o governo de Roraima para saber quais medidas para combater os focos de calor estão sendo adotadas, mas até o momento não obteve retorno

    No dia 6 de fevereiro, o Ministério do Meio Ambiente declarou estado de emergência ambiental para riscos de incêndios florestais em Roraima entre os meses de setembro de 2024 a abril de 2025. O estado já está sob alerta do ministério para incêndios florestais até abril de 2024.

    Edição: Marcelo Brandão

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