Estudantes do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Câmpus de Cuiabá, produziram três peças publicitárias sobre o descarte correto de lixo e a importância de cuidar dos espaços internos da Universidade. O material, que faz parte de uma atividade prática das disciplinas de Redação para Mídias Dinâmicas e Direção de Arte para Mídias Dinâmicas, está disponível no YouTube.
A campanha, composta por três vídeos de até um minuto, busca conscientizar diferentes públicos que frequentam a UFMT, incluindo estudantes, servidores e visitantes externos. Segundo Guilherme Augusto Minzon Alves, estudante envolvido no projeto, o objetivo é promover a reflexão sobre o descarte adequado de resíduos e incentivar o cuidado com o espaço comum.
“Apesar de décadas de campanhas e esforços em educação ambiental, o problema do descarte incorreto de lixo persiste em escala global e local. Muitas pessoas ainda desconhecem o impacto desse comportamento e o consideram um detalhe pequeno. Queremos mostrar que cada gesto individual conta e que cuidar do ambiente é uma responsabilidade compartilhada”, destacou o estudante.
A escolha do tema reflete a necessidade de manter viva a discussão sobre sustentabilidade e responsabilidade ambiental. Segundo Guilherme, a campanha pretende criar uma cultura de respeito ao espaço comum e fomentar práticas sustentáveis que beneficiem as gerações atuais e futuras.
A produção das propagandas foi realizada em um esforço interdisciplinar, integrando teoria e prática. As disciplinas de Redação para Mídias Dinâmicas e Direção de Arte para Mídias Dinâmicas, ministradas pelos professores Aclyse de Mattos e Javier Eduardo López Diaz, foram essenciais para o planejamento da campanha, a elaboração de roteiros e a execução do projeto. Além disso, a parceria com a “We Agência” e a “Mago Records” permitiu o acesso a equipamentos e suporte técnico para a captação e edição dos vídeos.
“A atividade prática é fundamental para consolidar os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Além disso, a pesquisa sobre o problema nos envolve ainda mais com a causa, que muitas vezes parece distante dentro do ambiente acadêmico. A produção desses materiais também contribui para a formação de um portfólio de qualidade, aumentando nossas chances de inserção no mercado como profissionais qualificados”, afirmou Guilherme.
Disponível para acesso público, o material reforça o compromisso da UFMT com a formação de profissionais conscientes e com o impacto positivo na sociedade.
Também participaram da concepção e produção dos materiais as estudantes Alinny Vitória Carvalho Teixeira, Sofia Caires da Cruz, Isabeli Lima do Nascimento, Wanessa Fernanda da Silva Melo e Mariana Gonçalves Ferreira.
Os quatro grandes clubes de futebol do Rio de Janeiro – Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama – não responderam dentro do prazo à solicitação da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) sobre o pedido de retirar a publicidade de casas virtuais de apostas, as chamadas bets, estampada em produtos oficiais destinados ao público infantil.
A solicitação foi encaminhada aos clubes no último dia 1º, estabelecendo o prazo de 15 dias para resposta, que terminou na quarta-feira (16). Na manha desta quinta-feira (17), a Defensoria Pública informou à Agência Brasil que não houve retorno e que a instituição vai reiterar a solicitação.
A solicitação foi feita pela Coordenação de Infância e Juventude (CoInfância) e o Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da DPRJ.
Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama têm bets como patrocínio master (principal exposição no uniforme, na parte da frente da camisa) segmento que está sob grande escrutínio no país, devido ao montante de recursos que estão drenando na economia e impactos comportamentais nos apostadores.
O documento assinado pelos defensores Rodrigo Azambuja Martins e Thiago Henrique Cunha Basílio cita as leis 8.069/90 e 8.078/90 e a resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que regulamentam a publicidade de artigos destinados ao consumo e utilização por crianças e adolescentes.
Além disso, apresenta a Portaria 1.231, de 31 de julho de 2024, da Secretaria de Prêmios e Apostas, órgão do Ministério da Fazenda. O artigo 17 assinala que “na hipótese de patrocínio por agente operador de apostas, sua logomarca não deverá ser incluída em artigos e bens cuja comercialização seja destinada a menores de 18 anos”.
Segundo a Defensoria, a iniciativa de oficiar os clubes surgiu após a instituição receber reclamações de que nomes de casas de apostas patrocinadoras dos clubes estavam estampadas em camisetas e artigos infantis.
No ofício a Defensoria “solicita e recomenda” que os clubes se abstenham de comercializar os produtos com nome da casa de aposta e que não haja esse tipo de publicidade em competições de equipes de base que incluam atletas menores de 18 anos.
Bets
Nos últimos meses, a atuação das bets têm enfrentado escrutínio público por causa de efeitos na economia e em famílias.
Levantamento do Instituto Locomotiva calculou que 25 milhões de pessoas passaram a fazer apostas esportivas em plataformas eletrônicas nos sete meses iniciais de 2024. Em cinco anos, o número chegou a 52 milhões.
Outro estudo, ligado à multinacional de auditoria e assessoria PricewaterhouseCoopers, apontou que apostas esportivas comprometem orçamento familiar das classes D e E, impactando negativamente o consumo de mercadorias e serviços.
O governo tomou medidas para regulamentar o setor, por exemplo, retirando do ar sites de apostas ilegais. O Ministério da Fazenda estabeleceu a proibição do uso de cartão de crédito para pagar apostas.
A Agência Brasil procurou os clubes a respeito da solicitação da Defensoria Pública. O Botafogo de Futebol e Regatas informou que a questão deve ser esclarecida com a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) Botafogo, gestora do futebol do clube. Os demais clubes não enviaram comentários.
A Defensoria informou à Agência Brasil que os ofícios foram enviados aos clubes e que “cabe a eles, quando for o caso, fazer chegar à SAF”. O Vasco da Gama é outro clube que tem o futebol gerido por uma empresa SAF.
O Google deu um novo passo na integração da inteligência artificial (IA) à sua plataforma de buscas, com o lançamento dos anúncios em “Visão Geral da IA”. Essa nova modalidade de publicidade, que já está sendo exibida para usuários de dispositivos móveis nos Estados Unidos, coloca anúncios diretamente abaixo das respostas geradas por IA, oferecendo uma experiência mais integrada para os usuários.
A ideia é que, ao pesquisar por algo como “como tirar uma mancha da minha jaqueta” além de receber uma resposta completa da IA, o usuário também veja sugestões de produtos para remoção de manchas, como sabões específicos ou removedores.
Mas será que essa novidade é positiva para os anunciantes? A resposta não é tão simples. Por um lado, a visibilidade dos anúncios dentro das respostas da IA pode aumentar o número de cliques e, consequentemente, as vendas. Por outro lado, a posição dos anúncios abaixo da resposta da IA pode diminuir sua visibilidade em comparação com os anúncios tradicionais, que aparecem acima dos resultados de busca orgânicos.
Além disso, o Google ainda não oferece métricas específicas para acompanhar o desempenho desses novos anúncios, o que dificulta a avaliação do retorno sobre o investimento. Os anunciantes terão que se contentar com os dados do relatório de termos de pesquisa, que não são tão detalhados.
Outro ponto que gera discussão é a falta de opção para os anunciantes desabilitarem essa nova modalidade de publicidade. O Google afirma que está ouvindo os feedbacks dos anunciantes e dos usuários para melhorar a experiência com os anúncios em “Visão Geral da IA”, mas por enquanto, não há como os anunciantes se retirarem dessa ferramenta.
O que isso significa para o futuro da publicidade online? A integração da IA aos mecanismos de busca está mudando rapidamente a forma como as pessoas encontram informações e produtos. Os anúncios em “Visão Geral da IA” são apenas um exemplo de como a publicidade online está se adaptando a essa nova realidade.
É importante acompanhar de perto o desenvolvimento dessa nova ferramenta e seus impactos no mercado. Afinal, a forma como os anúncios são exibidos e consumidos está em constante evolução, e os anunciantes precisam estar preparados para se adaptar a essas mudanças.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ser urgente uma tomada de decisão por parte do poder público, no sentido de adotar providências que evitem o assédio publicitário promovido pelas bets, os sites de apostas esportivas, nos meios de comunicação. Segundo ele, medidas como limites para apostas online serão adotadas, a fim de proteger as famílias.
“Tudo está sendo discutido para proteger as famílias [desse tipo de assédio]”, disse o ministro ao informar que terá, ainda nesta terça-feira (1º), uma reunião com o Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária (Conar) e com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) para tratar de diversos assuntos, entre eles a questão da publicidade das bets.
O ministro lembrou que ainda nesta terça-feira deve ser publicada uma lista de sites de apostas que, nos próximos dias, serão retirados do ar, caso não peçam autorização para operar no país.
“Terá [um prazo de] 10 dias, [que servem] mais para quem é apostador do que para a casa de aposta. Isso porque tem muita gente que tem recurso financeiro depositado na casa de aposta. Os 10 dias são para a pessoa verificar se tem saldo e pedir a restituição”, avisou.
Fernando Haddad explicou que as bets credenciadas poderão permanecer em operação. “Mas caso não venham a ser credenciadas até o final do ano ou não paguem é outorga, sairão do ar”, afirmou.
Ainda segundo o ministro, estuda-se a possibilidade de se estabelecer limite para o pagamento de apostas online via PIX. “Vamos discutir isso com a própria Febraban [Federação Brasileira de Bancos]. Inclusive já falei com o presidente da Febraban [Isaac Sidney] por telefone. Agora vou falar pessoalmente, para a gente tomar uma decisão”.
O gigante da tecnologia Google se encontra em um momento crucial, enfrentando múltiplos processos antitruste que desafiam seu domínio no mercado de publicidade online. Duas ações judiciais de grande porte, movidas pela Gannett, maior editora de jornais dos Estados Unidos, e pela Ad Tech Collective Action, um grupo de editores e empresas de tecnologia de publicidade, colocam em xeque as práticas da empresa e seus impactos na indústria.
Gannett e AdTech contra Google: Acusações de monopólio e impacto no jornalismo
Foto: O Googleplex
Em junho de 2023, a Gannett deu início a um processo histórico contra o Google, alegando que a empresa abusou de sua posição dominante no mercado de publicidade online, causando danos significativos à editora e à indústria do jornalismo como um todo. A ação judicial centra-se em três principais acusações:
Controle excessivo do mercado: A Gannett argumenta que o Google controla cerca de 90% do mercado de publicidade online para publishers, limitando drasticamente as opções e o poder de negociação dos editores.
Práticas anticompetitivas: A empresa acusa o Google de utilizar sua posição dominante para favorecer seus próprios produtos e serviços de publicidade, prejudicando injustamente seus concorrentes e diminuindo a receita dos publishers.
Impacto no jornalismo de qualidade: A Gannett alega que a diminuição da receita publicitária causada pelas práticas do Google impede os publishers de investir em jornalismo de qualidade, ameaçando a diversidade de vozes e o acesso à informação confiável.
As consequências do processo da Gannett podem ser significativas para o Google. Caso a empresa seja considerada culpada de práticas anticompetitivas, pode enfrentar multas bilionárias, ser obrigada a mudar suas práticas de negócios e até mesmo ter que se desfazer de parte de sua operação de publicidade online.
Ad Tech Collective Action: Unindo forças contra o gigante
Em paralelo ao processo da Gannett, a Ad Tech Collective Action, um grupo de editores e empresas de tecnologia de publicidade, também moveu uma ação judicial contra o Google. A ação, iniciada em 2021, alega que o Google viola leis antitruste ao se envolver em diversos aspectos da cadeia de fornecimento de publicidade digital, criando conflitos de interesse e prejudicando a concorrência.
As principais acusações da Ad Tech Collective Action incluem:
Controle da Ad Tech: O grupo acusa o Google de controlar os principais softwares e ferramentas de tecnologia de publicidade (ad tech) utilizados pelos publishers, limitando suas opções e aumentando seus custos.
Algoritmos opacos: A Ad Tech Collective Action alega que os algoritmos do Google que decidem quais anúncios são exibidos e quanto custam são opacos e discriminatórios, favorecendo os anúncios do próprio Google e prejudicando seus concorrentes.
Taxas excessivas: O grupo argumenta que o Google cobra taxas excessivas pelos seus serviços de ad tech, diminuindo ainda mais a receita dos publishers.
As consequências do processo da Ad Tech Collective Action também podem ser significativas para o Google. Se a empresa for considerada culpada de práticas anticompetitivas, pode ser obrigada a mudar seus algoritmos, reduzir suas taxas e até mesmo se desfazer de algumas partes de seu negócio de ad tech.
Impacto na indústria de publicidade online e no jornalismo
Os processos da Gannett e da Ad Tech Collective Action representam um desafio significativo para o domínio do Google no mercado de publicidade online. Se as empresas forem bem-sucedidas em suas ações judiciais, isso poderá levar a:
Maior concorrência: Aumento da concorrência no mercado de ad tech, beneficiando publishers e anunciantes com mais opções e melhores preços.
Maior transparência: Maior transparência nos algoritmos e práticas do Google, permitindo que publishers e anunciantes entendam melhor como seus anúncios são exibidos e quanto custam.
Mais recursos para o jornalismo: Aumento da receita publicitária para publishers, permitindo que invistam mais em jornalismo de qualidade, diversidade de vozes e acesso à informação confiável.
No entanto, é importante ressaltar que os processos ainda estão em andamento e o resultado final ainda é incerto. O Google se defende das acusações, alegando que suas práticas são justas e que beneficiam publishers e anunciantes. A empresa também argumenta que a fragmentação de seu negócio de publicidade prejudicaria a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias.
O processo por parte da AdTech:
Um processo judicial de £ 13,6 bilhões (cerca de R$ 87 bilhões) no Reino Unido, acusado de exercer poder monopolista prejudicial no mercado de publicidade online.
A ação, movida pelo grupo Ad Tech Collective Action LLP, levanta sérias preocupações sobre as práticas anticompetitivas do Google e seu impacto significativo na indústria editorial.
Um sistema complexo que determina quais anúncios online os usuários visualizam e quanto os editores de sites recebem por sua exibição. O Google, detentor de uma posição dominante na pesquisa na web, também é um dos principais players no mercado de adtech, controlando ferramentas cruciais como o Ad Exchange e o AdMob.
Eis o que foi escrito no site AdTechClaim:
Se você vende espaço para anúncios em um site ou aplicativo móvel, ou publica conteúdo online em um site ou aplicativo móvel que contenha blocos de anúncios, é possível que tenha sofrido perdas financeiras devido à conduta do Google.
Em 2021, a gigante tecnológica Google foi multada pela Autoridade de Concorrência Francesa por abusar de sua posição dominante em relação aos serviços de tecnologia de publicidade (ad tech). Esse caso levanta preocupações para publishers (empresas que publicam conteúdo online) sediados no Reino Unido, pois sugere a possibilidade de que eles também tenham sofrido perdas financeiras devido às práticas do Google.
A Ad Tech Collective Action alega abuso da posição dominante da Google:
Autopromoção: O Google é acusado de favorecer seus próprios produtos e serviços de publicidade em detrimento dos de seus concorrentes. Isso significa que os anúncios da empresa têm maior visibilidade e probabilidade de serem clicados, o que reduz a receita dos editores que dependem de plataformas alternativas.
Algoritmos opacos: Os algoritmos do Google que decidem quais anúncios são exibidos e quanto custam são considerados opacos e não transparentes. Isso torna difícil para os editores entender como seus sites estão sendo classificados e quais fatores influenciam seus ganhos.
Taxas altas: O Google cobra taxas altas aos editores que utilizam suas ferramentas de adtech. Essas taxas, consideradas excessivas, diminuem ainda mais a lucratividade dos editores, especialmente para pequenos sites e empresas de mídia independentes.
As consequências das práticas do Google, segundo a Ad Tech Collective Action, são graves:
Perda de receita para editores: A autopromoção e os algoritmos opacos do Google reduzem significativamente a receita dos editores com publicidade online, impactando sua viabilidade e capacidade de investir em conteúdo de qualidade.
Menos concorrência: O domínio do Google no mercado de adtech limita as opções disponíveis para editores e anunciantes, reduzindo a concorrência e a inovação.
Controle centralizado: O poder concentrado do Google na adtech concede à empresa um controle desproporcional sobre o fluxo de informações e a monetização de conteúdo online, gerando preocupações com a liberdade de expressão e a diversidade de vozes.
O processo representa um passo crucial para combater o poder excessivo do Google e manter o mercado digital saudável:
Julgamento iminente: A decisão do Competition Appeal Tribunal de permitir que o processo siga em frente é um marco significativo. Um julgamento completo permitirá que as acusações sejam examinadas em detalhes e que a empresa responda às alegações.
Potencial para indenizações: Se o Google for considerado culpado, poderá ser obrigado a pagar indenizações significativas aos editores que sofreram perdas financeiras devido às suas práticas anticompetitivas.
Precedente para futuras ações: O resultado do processo pode ter implicações mais amplas para outras empresas de tecnologia que operam em mercados digitais dominantes, servindo como um precedente para futuras ações antitruste.
O caso do Google e da Ad Tech Collective Action é um lembrete crucial da importância de garantir um ambiente online justo e competitivo:
Regulamentação necessária: Governos e autoridades regulatórias em todo o mundo precisam implementar medidas mais rigorosas para prevenir abusos de poder por parte de grandes empresas de tecnologia, garantindo que a concorrência e a inovação prosperem no mercado digital.
Proteção da diversidade de vozes: É essencial proteger a diversidade de vozes e perspectivas online, evitando que o controle concentrado de informações por parte de uma única empresa limite o acesso a conteúdos relevantes e de qualidade.
Empoderamento dos usuários: Os usuários também têm um papel fundamental a desempenhar. Ao se conscientizarem sobre as práticas anticompetitivas e apoiarem plataformas e editores independentes, podem contribuir para um ambiente online mais plural e democrático.
Os processos da Gannett e da Ad Tech Collective Action são apenas a ponta do iceberg na luta contra o poder dominante do Google no mercado de publicidade online. Autoridades regulatórias em todo o mundo, incluindo a União Europeia e o Departamento de Justiça dos EUA, também estão investigando a empresa por práticas anticompetitivas.
O futuro do Google no mercado de publicidade online dependerá do resultado desses processos e investigações. Se as autoridades decidirem que o Google violou leis antitruste, a empresa pode ser forçada a fazer mudanças significativas em seu modelo de negócios. Isso poderia incluir:
Desinvestimentos: Venda de partes de seu negócio de ad tech para promover a concorrência.
Mudança de algoritmos: Alteração dos algoritmos usados para exibir anúncios, garantindo maior transparência e justiça para editores e anunciantes.
Redução de taxas: Redução das taxas cobradas dos publishers pelos serviços de ad tech, aumentando sua receita e lucratividade.
Essas mudanças teriam um impacto significativo em todo o ecossistema de publicidade online. Editores e anunciantes teriam mais opções e maior poder de negociação. A indústria de notícias poderia se beneficiar com o aumento da receita publicitária, permitindo um maior investimento em jornalismo de qualidade.
No entanto, a regulação excessiva também pode ter consequências negativas. Alguns argumentam que a fragmentação do negócio do Google poderia prejudicar a eficiência e a inovação no mercado de publicidade online. É importante encontrar um equilíbrio entre promover a concorrência e permitir que o Google continue a desenvolver novas tecnologias e soluções publicitárias.
A batalha legal contra o Google representa um momento crucial para o futuro da internet. O resultado desses processos pode definir as regras do jogo para o mercado de publicidade online e influenciar a forma como a informação é distribuída e monetizada na internet. O que está em jogo é a capacidade de garantir um ambiente online justo e competitivo, que beneficie editores, anunciantes, consumidores e a sociedade como um todo.
Entram em vigor nesta segunda-feira (11) as novas regras da publicidade médica estabelecidas na Resolução 2.336/2023 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que foram aprovadas depois de três anos de estudos. O presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), o advogado Raul Canal, alerta que, ao mesmo tempo que garante segurança jurídica aos médicos, o novo texto cria também pontos de atenção para suas condutas publicitárias nas esferas cível e criminal.
Em entrevista à Agência Brasil, ele disse que a principal inovação foi a autorização para os médicos e, sobretudo, aqueles que trabalham na área estética, como cirurgia plástica e dermatologia, exibirem imagens e fotografias com os resultados antes e depois. “Isso até agora era proibido. O médico, mesmo com consentimento do paciente, não poderia fazer isso. Agora, ele pode fazer”.
Canal advertiu que, nesse caso, o médico não pode “tratar ou maquiar” a fotografia, nem fazer um ‘photoshop’ (edição) na imagem. “Tem que ser a fotografia natural; mas, com consentimento do paciente, ele pode publicar isso na sua propaganda, nas suas mídias sociais. Esse foi o maior avanço”, indicou. Outro avanço foi a divulgação de preços de cirurgias, procedimentos e tratamentos. Antes, o médico não podia divulgar isso porque era considerado mercantilização da medicina. “A partir de agora, isso está autorizado a ser feito”.
Cuidado
Para evitar processos na Justiça, o presidente da Anadem destacou que o profissional da saúde deve prestar atenção para não tratar uma fotografia e prometer um resultado fantástico que poderá não ser alcançado. O profissional deve deixar claro na propaganda e nas mídias sociais que nem todo paciente vai atingir o mesmo resultado porque isso depende de predisposições orgânicas e até de questões comportamentais do paciente e de reações inflamatórias.
“Cada organismo reage de uma forma diferente. Se não, ele estaria prometendo um resultado e, se o paciente não atingir aquele resultado, poderá processá-lo por ter sido enganado. Ou seja, induziu o consumidor, e não mais o paciente, a um erro. Tem que deixar claro que aquele é um resultado específico e que nem todas as cirurgias atingirão o mesmo resultado. Esse é o principal cuidado que o médico deve ter. E sempre ele deve obter por escrito a autorização do uso da imagem do paciente. Porque não se trata apenas do Código de Ética Médica. Ele tem a Lei Geral de Proteção de Dados”, explica Canal.
Por isso, para divulgar um dado do paciente, inclusive um dado biométrico ou uma imagem, deve haver o consentimento, ou autorização, por escrito. “Esse é um cuidado fundamental”, sustentou.
Clínicas e hospitais
As mesmas regras valem para clínicas ou hospitais. As novas normas permitem que um médico ou clínica divulgue a aquisição de um aparelho importado que não tem similar no Brasil. Antes, isso não era permitido porque gerava concorrência desleal em relação aos demais. “Hoje pode -se divulgar uma técnica, um equipamento, que só o médico possui, que é de última geração”.
O médico, em sua propaganda, deve preservar o caráter informativo e educativo da informação. Na publicidade feita, os médicos deverão incluir o nome; o número do Conselho Regional de Medicina (CRM); e, se for especialista, informar também o Registro de Qualificação de Especialista (RQE). Caso o profissional seja pós-graduado, poderá indicar o aperfeiçoamento profissional, desde que inclua a inscrição “não especialista”.
Já para clínicas e hospitais, serão exigidos o nome do diretor técnico médico, responsável pelo estabelecimento, com o respectivo CRM e do diretor técnico com o RQE, caso haja oferta de especialidades médicas. “Mesmo que seja uma pessoa jurídica, tem que ter uma pessoa física com CRM que responda tecnicamente por aquele Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), concluiu Raul Canal.