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  • Tilápia produzida em Mato Grosso é apresentada no Salão Internacional de Proteína Animal

    Tilápia produzida em Mato Grosso é apresentada no Salão Internacional de Proteína Animal

    Empresa produtora e beneficiadora de peixe 100% mato-grossense, a Saciatta marca presença no maior evento de cadeias produtivas realizado no Brasil, o Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS 2024). Com a expectativa da participação de mais de 200 empresas brasileiras e estrangeiras, o evento tem como tema ‘Proteínas sustentáveis: aliando competitividade e segurança alimentar’. O encontro, que segue até 8 de agosto, em São Paulo, vai reunir representantes dos setores produtivos de peixes, suínos, bovinos, aves e outros fornecedores da agroindústria associados à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

    Para a mato-grossense Saciatta, a oportunidade permite demonstrar toda tecnologia usada pela empresa, desde a produção eficiente e segura, que vai da ração e sanidade da criação até a industrialização, com o cuidado no manuseio, embalagem e envio do produto final ao consumidor. Com áreas de piscicultura nos municípios de Campo Verde, Juscimeira e Canarana, a empresa ampliou e reinaugurou recentemente, um frigorífico de peixes em Campo Verde. Durante o SIAVS 2024, pretende estreitar laços com o mercado internacional, principalmente para a venda da produção de tilápia.

    “Nossa participação na SIAVS tem o objetivo de compartilhar a nossa nova marca e conectar com fornecedores e clientes. Através da parceria com a Peixe BR, Associação Brasileira de Piscicultura, enxergamos a oportunidade de compartilhar do nosso filé de tilápia e promover nossos futuros produtos, já que estamos focados em abrir para a exportação ainda este ano”, comenta o diretor de piscicultura da Natter , que está presente no evento, Herbert Junior.

    De acordo com dados da associação Peixe BR, a tilápia foi o peixe mais exportado pelo Brasil no segundo trimestre de 2024, com 92% do total exportado, gerando um faturamento de mais de US$13,7 milhões, o que representa um aumento de 65% em relação ao trimestre anterior.

    Um olho no peixe e outro na sustentabilidade

    Na produção de peixes de cultivo, Mato Grosso se destaca entre os 10 maiores produtores nacionais, ficando em sétima posição com aproximadamente 45 mil toneladas por ano (2023).

    Com processos centrados em sustentabilidade, a Saciatta – empresa do grupo Natter – tem em sua estrutura uma planta industrial moderna e inovadora, desenvolvendo atividades com uma visão ampla e voltada para práticas de sustentabilidade ambiental, social e econômica. Atualmente, a empresa gera em torno de 300 empregos diretos e indiretos e está com vagas abertas para a contratação de outros 50 colaboradores. A produção de pescado atinge 4.150 toneladas por ano e no beneficiamento, a indústria projeta abater e distribuir ao mercado consumidor, cerca de 30 toneladas de carne de peixe por dia.

    “A Saciatta detém a cadeia produtiva e a produção verticalizada garantindo qualidade e sustentabilidade em todo o processo produtivo. Além disso, com o co-produto da produção de tilápia colabora com a produção de fertilizantes orgânicos, os quais retornam para a adubação da lavoura de grãos. Esses mesmos grãos voltarão para os tanques de peixes, por meio da ração”, finaliza Hebert.

  • Carne suína tem queda no preço no mercado paulista

    Carne suína tem queda no preço no mercado paulista

    Neste mês, observa-se uma tendência de queda nos preços médios da carne suína, da bovina e de frango no atacado da Grande São Paulo, em comparação com o mês anterior. No entanto, os valores da carne suína registram uma leve diminuição em relação às suas concorrentes, o que resultou na perda de competitividade dessa proteína.

    Segundo especialistas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, essa pressão sobre os preços da carne suína está principalmente ligada à menor liquidez interna, especialmente na primeira quinzena do mês.

    Em relação à carne bovina, a maior oferta de animais para abate pode estar contribuindo para um aumento na disponibilidade de carne no mercado atacadista. Já no caso da carne de frango, os preços também apresentaram recuos mais expressivos, influenciados pela lentidão das vendas, especialmente na segunda quinzena do mês.

    Além disso, agentes consultados pelo Cepea destacam que esse enfraquecimento do mercado está relacionado ao período da Quaresma, quando há uma demanda crescente por carne de peixe em detrimento da carne de frango.

  • Lucas: Produtores de proteína animal têm encontrado dificuldades em negociações com indústria

    Lucas: Produtores de proteína animal têm encontrado dificuldades em negociações com indústria

    Representantes dos produtores de proteína animal de Lucas do Rio Verde e da indústria alimentícia estão num impasse quanto ao custo de produção. Por meio de uma comissão, as partes se reúnem para tratar do preço pago pela indústria aos produtores. No entanto, mesmo em meio a pandemia, a empresa tem sinalizado pagar menos que o valor negociado em 2020.

    Conforme Pablo Artifon, coordenador dos produtores na Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadec), o impasse vem se arrastando há pelo menos 4 meses.  A Cadec é uma comissão que reúne representantes da indústria e dos produtores de proteína animal. Nos encontros da comissão ocorrem as negociações dos detalhes da produção e demais assuntos relacionados.

    “Normalmente entre estes ajustes está a condição da renda paga ao produtor baseado no contrato que se tem com a BRF. Isso vale para toda a cadeia de produtores de frango, ovos e suínos que entrega sua produção para a indústria”, explicou Pablo em entrevista a imprensa.

    Oferta de menor preço

    Ele acrescenta que esse é um procedimento que acontece há mais de 10 anos. “Em alguns anos isso acontece com mais facilidade e outros, devido a economia, com mais dificuldade. Esse ano, temos tido uma dificuldade enorme na representação com associados e infelizmente estamos trabalhando com todos os preços e remunerações de 2020”, detalhou. “Estamos com dificuldades na negociação, onde estamos desde 25 de novembro de 2020 tentando resolver a questão. Mas a proposta da BRF para esse ano, é simplesmente reduzir a renda produtores com relação a 2020”, explicou.

    Artifon afirmou que os produtores não podem assumir prejuízos com a atividade e que, se preciso for, outras medidas serão tomadas. “A questão da judicialização é um último estágio. Mas sim, a gente numa situação como a que acontece atualmente, pode estar buscando isso e olhar para essa possibilidade um pouco mais de perto”, ressalta.

    Aumento de custos

    De acordo com a Embrapa, os custos de produção de frango de corte e de suínos continuam subindo. Apenas em fevereiro, os custos para os frangos de corte aumentaram 6,89%, enquanto que para suínos a alta foi de 3,74% em relação a janeiro. O ICP Frango chegou a um novo recorde nominal no segundo mês do ano ao marcar 378,56 pontos (em dezembro de 2020 estava em 336,88 pontos). No ano, a alta acumulada é de 12,02% e chega a 48,30% nos últimos 12 meses. Os custos com a alimentação das aves subiram 13,26% somente em 2021. Assim, o custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, passou dos R$ 4,58 em janeiro para R$ 4,89 em fevereiro

    Já o ICP Suíno alcançou os 393,48 pontos, também novo recorde nominal, em fevereiro. O acumulado no ano é de 4,84% e, nos últimos 12 meses, o aumento já é de 48,74%. A nutrição dos suínos, item que compõe 82,16% dos custos de produção, aumentou 4,53% em fevereiro. Assim, o custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina subiu R$ 0,25 entre janeiro e fevereiro, passando de R$ 6,63 para R$ 6,88.

    Os estados de Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente.