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  • Áreas produtivas regularizadas mostram menor incidência de focos de calor, aponta Inpe

    Áreas produtivas regularizadas mostram menor incidência de focos de calor, aponta Inpe

    Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, adaptados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), indicam que as áreas produtivas regularizadas têm demonstrado menor incidência de focos de calor no estado de Mato Grosso durante o período proibitivo de queimadas.

    De acordo com os números, enquanto as propriedades produtivas regularizadas, que representam 53,6% do território monitorado, registraram apenas 0,9 foco de calor por 100 km², as áreas não produtivas e propriedades irregulares, que ocupam 23,4% do território, tiveram uma taxa de 10,6 focos de calor por 100 km², ou seja, mais de 10 vezes a quantidade registrada nas áreas regularizadas. Ainda mais alarmante é o dado que aponta para as áreas de projetos de assentamento, que representam apenas 0,3% do território monitorado, mas apresentam uma taxa de 7,47 focos de calor por 100 km².

    Esses números refletem o comprometimento dos produtores rurais com a preservação ambiental e a sustentabilidade, demonstrando que, onde há gestão e regularização, o controle do fogo é mais eficaz. O uso de boas práticas de manejo, como a implementação de sistemas de prevenção ao fogo e o respeito às normas ambientais, tem sido fundamental para minimizar os impactos das queimadas em Mato Grosso.

    Além disso, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) tem desempenhado um papel essencial nessa mobilização. Anualmente, a entidade promove ações de informação e orientação aos produtores rurais sobre legislação ambiental e prevenção ao fogo, reforçando a importância do cumprimento das normas. O núcleo técnico da Famato também acompanha de perto as ações do Governo de Mato Grosso, contribuindo com conhecimento técnico e suporte estratégico para fortalecer as práticas de prevenção e combate a incêndios.

    “Os dados apresentados são uma clara demonstração do compromisso dos produtores rurais com a preservação ambiental e a prevenção de incêndios. Nas áreas produtivas regularizadas, que correspondem a mais da metade do território monitorado, o número de focos de calor é significativamente menor, refletindo o cuidado e a responsabilidade no manejo da terra e o cumprimento das normas ambientais. Enquanto isso, as áreas improdutivas, como as Unidades de Conservação, terras indígenas e projetos de assentamento, que ainda representam uma parcela considerável do território, continuam sendo as que mais registram focos de incêndio”, destacou o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

    De acordo com a estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), publicada na Nota Técnica Nº 18/2024, os custos para os produtores rurais vão além das despesas com controle. As perdas causadas por incêndios somaram, de junho a agosto de 2024, um prejuízo estimado de R$ 14,7 bilhões em 2,8 milhões de hectares de propriedades rurais no Brasil, considerando apenas as atividades de bovinocultura de corte e cultivo de cana-de-açúcar.

    Os estados com maiores perdas, considerando essas atividades, foram São Paulo (R$ 2,8 bilhões), Mato Grosso (R$ 2,3 bilhões), Pará (R$ 2,0 bilhões) e Mato Grosso do Sul (R$ 1,4 bilhão). Os prejuízos mais significativos foram relacionados à perda da matéria orgânica do solo, seguidos por danos às cercas das pastagens, perdas na produção de cana-de-açúcar e redução na produtividade do gado.

    “Diante dos prejuízos econômicos bilionários ao setor, bem como dos retrocessos na sustentabilidade econômica das atividades, não resta dúvida de que os produtores rurais, assim como toda a sociedade e o meio ambiente, são vítimas das práticas criminosas vivenciadas nos últimos meses”, afirma trecho da Nota Técnica.

  • Pequenas propriedades representam 70% das propriedades produtoras de soja no Brasil

    Pequenas propriedades representam 70% das propriedades produtoras de soja no Brasil

    Pesquisa realizada pela Embrapa com base em dados do último Censo Agropecuário Brasileiro (2017) constatou que mais de 73% dos estabelecimentos agrícolas produtores de soja no Brasil possuem menos de 50 hectares e podem ser caracterizados como pequenas propriedades de acordo com a legislação local. “Portanto, os pequenos agricultores familiares têm grande parte de sua renda proveniente do cultivo da soja”, explica Alexandre Nepomuceno, responsável pela Embrapa Soja. “Os dados mostram que o cultivo da soja é democrático, dado o tamanho das propriedades onde o grão é semeado. Portanto, desmistifica a visão de que a soja só é cultivada por grandes proprietários”, afirma Nepomuceno.

    O documento Características principais dos estabelecimentos agropecuários produtores de soja no Brasil segundo estratos de área colhida , de autoria do pesquisador da Embrapa Soja André Steffens Moraes, está sendo lançado no Setor de Soja Encontro de Pesquisa , promovido pela Embrapa Soja, de 26 a 27 de junho em Londrina, Paraná, Brasil.

    Moraes revela que dos 236 mil estabelecimentos agrícolas produtores de soja brasileiros, 83% (196 mil estabelecimentos) estão localizados no Sul do Brasil. Nessa região, no Rio Grande do Sul, 81% dessas propriedades têm menos de 50 hectares (77 mil propriedades); no Paraná, 79% dos estabelecimentos produtores de soja são pequenos produtores (cerca de 65 mil propriedades); e em Santa Catarina 87% dos estabelecimentos possuem menos de 50 hectares (cerca de 15 mil propriedades). As regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil respondem por aproximadamente 4% do total de pequenas propriedades produtoras de soja (cerca de 6 mil estabelecimentos cada), e o Norte e Nordeste, com menos de 1% cada.

    As regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil concentram aproximadamente 98% do total de propriedades produtoras de soja. Antes das enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimava a safra 2023/2024 de soja no Rio Grande do Sul e no Paraná em 22 milhões de toneladas e 18 milhões de toneladas, respectivamente. Os dois estados do Sul juntos (segundo e terceiro maiores produtores) normalmente produzem cerca de 30% da soja produzida no Brasil “A maioria dos brasileiros não sabe que grande parte da produção nacional de soja vem de pequenas propriedades rurais, localizadas principalmente no Sul, ”, observa Moraes.

    O levantamento elaborado por Moraes revela ainda que o uso intensivo de alta tecnologia em grandes propriedades de soja também está presente em pequenos estabelecimentos produtores de soja. “As variáveis ​​tecnológicas adotadas nas fazendas de soja no Brasil incluem o uso de insumos de alta qualidade como sementes transgênicas, fertilizantes e corretivos, bem como o uso de maquinário e armazéns de grãos, entre outros”, relata Moraes.

    Segundo o pesquisador, vários fatores podem moldar a distribuição do tamanho dos estabelecimentos rurais de uma região: fatores históricos e culturais, disponibilidade e acesso a crédito e financiamento, clima e condições climáticas, acesso a tecnologia e maquinários agrícolas, topografia e solo qualidade, entre outros. “Uma análise do tamanho dos estabelecimentos rurais pode ter implicações no desenvolvimento de políticas públicas, na alocação de recursos e nos programas de ajuda destinados às pequenas propriedades, e contribuir para identificar potenciais intervenções ou estratégias que possam ajudar esses agricultores a enfrentar desafios na produção”.

    Soja

    Segundo dados da Conab, na safra 2022/2023 o Brasil produziu mais de 150 milhões de toneladas de soja, o que mantém o país na liderança na produção mundial do grão, seguido pelos Estados Unidos e Argentina. Atualmente a soja é cultivada em 20 estados e no Distrito Federal, sendo que os principais estados produtores são: Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. “O cultivo da soja é responsável direto por cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) e por cerca de 25% do PIB do agronegócio, além de gerar mais de 2,2 milhões de empregos”, afirma Nepomuceno.

  • Produtores rurais de Lucas conhecem sistema da PRF para comunicação de roubos e furtos

    Produtores rurais de Lucas conhecem sistema da PRF para comunicação de roubos e furtos

    Os produtores rurais de Lucas do Rio Verde contam desde o final de agosto com um sistema para denunciar furtos e roubos ocorridos em suas propriedades rurais. O serviço Sinal AGRO foi apresentado pela Polícia Rodoviária Federal em reunião na sede do Sindicato Rural do município na sexta-feira (15).

    Lançado em agosto, por ocasião dos 93 da PRF, o serviço tem como objetivo agilizar a comunicação de abigeato – furto de animais como bovinos e equinos, e também o roubo e furto de maquinários e defensivos agrícolas.

    A vítima de roubo ou furto acessa o serviço, e incluis as informações sobre os bens subtraídos das propriedades no sistema. Após validação do registro, o sistema dispara um alerta para todos os policiais em serviço, num raio de 200 quilômetros, com os dados do bem furtado/roubado. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

    “Isso traz celeridade, rapidez na resposta, aumenta as chances desses produtos, animais e sementes, serem recuperados pelas equipes policiais de plantão na região”, disse na apresentação do sistema o chefe da 6ª Delegacia da PRF, Leonardo Ramos.

    O registro também pode ser feito por telefone. Basta ligar para o número de emergência da Polícia Rodoviária Federal, o 191.

    IMPORTANTE

    O registro no sistema SINAL-AGRO da PRF não substitui a confecção do Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. Comunicar a uma autoridade fato criminoso que não existiu é crime previsto no artigo 340 do Código Penal com pena de detenção, de um a seis meses, ou multa.