Tag: Programa Desenrola Brasil

  • Programa Desenrola Rural entra em vigor nesta segunda-feira

    Programa Desenrola Rural entra em vigor nesta segunda-feira

    A partir desta segunda-feira (24), produtores da agricultura familiar com dívidas em instituições bancárias ou com a União podem renegociar seus débitos e voltar a acessar o crédito rural via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, os descontos, por meio do Desenrola Rural, são de até 96% no valor das dívidas.

    Em nota, a pasta informou que, com o início do prazo, os produtores já podem procurar uma agência bancária para consultar sua situação junto a instituições com as quais têm dívidas. Aqueles com débitos inscritos na Dívida Ativa da União têm até o dia 30 de maio para se inscrever no Desenrola Rural. Já para os que têm dívidas junto ao Pronaf, o prazo vai até 31 de dezembro.

    O objetivo, segundo o ministério, é auxiliar um total de mais de 1,35 milhão de agricultores com dívidas em atraso há mais de um ano – mais de 250 mil apenas ao longo de 2025. A proposta é envolver, sobretudo, inscritos na Dívida Ativa da União – por esse motivo, a pasta destaca que não haverá prejuízo para o Tesouro. “A ideia é fazer com que os agricultores possam voltar a poder financiar suas produções”.

    “A medida dará a oportunidade aos agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais de renegociarem créditos em situação de inadimplência. Dessa forma, os beneficiários poderão voltar a acessar o crédito rural e aumentar a oferta da produção de alimentos saudáveis para a mesa do povo brasileiro.”

    Entenda

    O Desenrola Rural foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva este mês e tem como meta incluir mais agricultores no crédito rural. Parte dos produtores com dívidas, segundo a pasta, não deve mais ao banco, mas permanece em cadastros negativos, os chamados scores negativos. São pessoas que repactuaram suas dívidas, mas o bancos as mantiveram numa espécie de lista negativa.

    Dados do ministério indicam que, dos cerca de 1,35 milhão de produtores da agricultura familiar que possuem dívidas em atraso há mais de um ano, 70% estão com restrições nos bancos e 30%, com restrições nos serviços de proteção ao crédito – muitos por atrasos nas contas de água, luz e telefone. O número equivale a 25% dos 5,43 milhões de produtores, assentados e membros de comunidades tradicionais elegíveis para o Pronaf.

    O levantamento feito pela pasta mostra ainda que 69% das dívidas financeiras tinham valores de até R$10 mil; cerca de 22%, de R$10 mil a R$50 mil; e 9% eram dívidas acima de R$50 mil. Entre as dívidas não financeiras, ou seja, as que não correspondem a empréstimos, 47% dos agricultores familiares têm dívidas inferiores a R$ 1 mil, débitos menores que um salário mínimo.

    “Não haverá impedimentos para a obtenção de novos créditos para o agricultor familiar que tiver pendências relacionadas a pequenas dívidas, como, por exemplo, débitos em contas de água, luz ou telefone”, reforçou o ministério.

    Como vai funcionar

    – Quem estiver inscrito na Dívida Ativa da União pode acessar, a partir de hoje, o site do Regularize com seu CPF e selecionar “Consultar Dívida” para selecionar suas opções de pagamento.

    – Se a dívida for do Pronaf, ou outras adquiridas junto aos bancos, o interessado deve procurar sua instituição financeira para regularizar sua situação.

    – Se a dívida for de Crédito de Instalação, o interessado pode ir direto ao Incra para quitar os débitos com desconto ou acessar a Sala da Cidadania.

    – Interessados em aderir ao programa também podem procurar sindicatos, associações e entidades representativas para obter auxílio.

  • Desenrola Brasil: 14,7 milhões já limparam nome

    Desenrola Brasil: 14,7 milhões já limparam nome

    Quitar as dívidas e limpar o nome na praça. O Desenrola Brasil, programa do Governo Federal que possibilita a renegociação de débitos com cartão de crédito e contas atrasadas de água, luz ou telefone com descontos de até 96%, por exemplo, está na reta final. As negociações seguem até a próxima segunda-feira (20/5).

    Esta fase do programa é para quem ganha até dois salários mínimos por mês (R$ 2.824) ou está inscrito no Cadastro Único (CadÚnico). Os pagamentos podem ser a vista ou parcelados, sem entrada e com até 60 meses para pagar.

    Outros critérios são: dívidas que tenham sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022, e que não ultrapassem o valor atualizado de R$ 20 mil cada (valor de cada dívida antes dos descontos do Desenrola)

    Como acessar

    As dívidas podem ser renegociadas na plataforma do Desenrola Brasil. O programa também pode ser acessado por meio dos sites e aplicativos da Serasa Limpa Nome, do Itaú Unibanco, do Santander e da Caixa Econômica Federal.

    Com essa integração das plataformas parceiras à do Desenrola, os clientes dos parceiros que se enquadram nos critérios do programa conseguem ver se existem ofertas pelo âmbito do programa. Eles podem ser redirecionados para o site do programa, onde é possível consultar as dívidas e fazer os pagamentos, sem necessidade de outro login.

    Para ter acesso ao Desenrola diretamente pela plataforma do programa, é necessário ter uma conta GOV.BR. Usuários de todos os tipos de contas (bronze, prata e ouro) podem visualizar as ofertas de negociação e até parcelar o pagamento. Caso a pessoa opte pelos canais parceiros, não existe necessidade de uso da conta GOV.BR.

    Beneficiados

    Segundo último balanço divulgado pelo Ministério da Fazenda, mais de 14,7 milhões de brasileiros já foram beneficiados com a negociação de R$ 51,7 bilhões em dívidas.

    Foi o caso da Naiane de Santana, moradora de Brasília. Ela possuía uma dívida de R$ 10 mil em uma instituição financeira. Ao acessar plataforma do programa, conseguiu limpar o nome com uma proposta de R$ 600 para quitar o débito, com possibilidade de parcelar o valor e pagar a primeira parcela em 60 dias.

    “Para mim foi muito bom ter essa possibilidade porque essa dívida estava me preocupando muito, ela deixava meu nome negativado. Agora com o Desenrola eu consegui realmente desenrolar”, afirmou Naiane

    Na média, os inadimplentes têm acesso a descontos de 83% sobre o valor das dívidas. De acordo com o diretor da secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Alexandre Ferreira, moradores de todos os municípios do país acessaram a plataforma do Desenrola e renegociaram dívidas pelo programa. Outro dado: 55% das negociações foram feitas por mulheres.

    “Segunda-feira a gente encerra essa faixa da plataforma que já ajudou muitos brasileiros, muitas brasileiras a se desenrolarem e a voltarem a conseguir se organizar financeiramente e consumir com responsabilidade. Era muito dinheiro que estava preso em dívida, o que gera um problema para a vida das pessoas que ficam com o nome negativado. Quem está ou esteve com o nome sujo, sabe como é. Você fica com restrição para fazer um novo parcelamento, muitas vezes de um eletrodoméstico que precisa, para um pequeno negócio, ou precisa fazer um contrato de aluguel novo, então fica ali com o nome pendurado”, disse Ferreira

    O que pode ser renegociado

    Além das dívidas bancárias, como cartão de crédito, também estão incluídas as contas atrasadas de outros setores, como escolas, colégios, energia, água, telefonia e comércio. A plataforma do Desenrola permite parcelar a negociação dessas dívidas até mesmo com bancos nos quais a pessoa não tenha conta, podendo escolher aquele que oferecer a melhor taxa na opção de pagamento parcelado.

    Outra vantagem do programa para quem tem duas ou mais dívidas (mesmo que com diferentes credores) disponíveis para negociação na plataforma do Desenrola é poder juntar todos os débitos e fazer uma só negociação, pagando à vista em um único boleto ou PIX, ou financiando, a prazo, o valor total no banco de preferência.

    Fake news

    Nesta reta final, o Ministério da Fazenda também desmente duas fake news que têm circulado sobre o programa: ao negociar as dívidas pelo Desenrola Brasil, o cidadão não perde nenhum benefício social e também não fica com o nome sujo nos sistemas do Banco Central.

    O Relatório de Empréstimos e Financiamentos do sistema Registrato do Banco Central não é um cadastro restritivo. Ele exibe o “extrato consolidado” das dívidas bancárias, empréstimos e financiamentos, tanto do que está em dia quanto do que está em atraso. Isso permite que o cidadão acompanhe, em um só lugar, todo o seu histórico financeiro e se previna contra golpes.

    Assim, as dívidas que forem negociadas no Desenrola para pagamento parcelado vão aparecer no extrato emitido pelo Banco Central, assim como outras dívidas bancárias, para que possam ser acompanhadas somente pelo cidadão. Os bancos não acessam os relatórios das pessoas; eles conseguem ver apenas as informações consolidadas, quando o cidadão autoriza esse acesso.

    Outros Desenrola

    O alcance e resultados do Desenrola Brasil, que teve início em julho do ano passado, serviram de referência para o Governo Federal idealizar outros programas de negociação de dívidas.

    Um deles é o chamado Desenrola do Fies. Desde seu lançamento, em novembro de 2023, a iniciativa já beneficiou mais de 283 mil pessoas com débitos junto ao Fundo de Financiamento Estudantil. A iniciativa, que oferece descontos de até 99% nas dívidas e de até 100% nos juros, já renegociou mais de R$ 12 bilhões. O Desenrola do Fies segue até o próximo dia 31 maio.

    E na última segunda-feira (15/5) teve início o Programa Desenrola Pequenos Negócios. Microempreendedores Individuais (MEIs), Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões têm a oportunidade de renegociar dívidas em atraso com instituições financeiras. O Desenrola Pequenos Negócios faz parte do Acredita Brasil, programa do Governo Federal que visa fortalecer o ambiente de negócios e impulsionar o crescimento econômico do país.

    Para participar, as dívidas devem estar em atraso há mais de 90 dias, contados a partir do dia 22 de abril, data de lançamento do programa. Não há limite para o valor da dívida ou tempo máximo de atraso. Isso significa que empresas com débitos antigos e de valores elevados também poderão se beneficiar da iniciativa, negociando condições mais favoráveis para a quitação de suas obrigações. A negociação deve ser realizada diretamente com os canais de atendimento das instituições financeiras.

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  • Desenrola Brasil anuncia parceria com plataformas de finanças

    Desenrola Brasil anuncia parceria com plataformas de finanças

    A partir de agora, as pessoas que possuem dívidas vão poder negociar seus débitos pelo programa Desenrola Brasil por meio de parceiros da iniciativa do Governo Federal. Um desses parceiros é a Serasa, plataforma que conta com mais de 88 milhões de pessoas cadastradas e cerca de 26 milhões de acessos mensal. O serviço está disponível desde a última sexta-feira (9/2).

    Para renegociar a dívida, o devedor deve entrar no site da Serasa (serasa.com.br) ou baixar o aplicativo (iOS e Android). Caso a pessoa não tenha cadastro, é possível criar na hora. Em seguida, clicar em Negociar dívidas e na aba Minhas dívidas, na qual terá todas as ofertas disponíveis na Serasa (que podem ou não estar relacionadas ao Desenrola Brasil). Caso existam ofertas do Desenrola Brasil, o usuário irá encontrar uma mensagem indicando a plataforma oficial. Basta clicar em Ver Detalhes, em seguida em Detalhes da Dívida e abrir o link da plataforma oficial do programa.

    “A plataforma vai funcionar com um hub em que ela pode ser acessada por meio de parceiros. O intuito é facilitar o acesso, facilitar o login de quem já é cliente de outros parceiros”, destacou o coordenador-geral de Economia e Legislação da Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Alexandre Ferreira.

    Segundo o Ministério da Fazenda, o governo deve fazer parceria com outras instituições para aumentar o alcance do programa.

    O Desenrola Brasil é o Programa de Renegociação de Créditos Inadimplidos, criado pelo Governo Federal, com o objetivo de recuperar as condições de crédito de devedores que possuam dívidas negativadas. Lançado em outubro do ano passado, o programa já renegociou R$ 35 bilhões em dívidas, beneficiando 12 milhões de brasileiros. Os descontos médios em renegociações passam de 85%.

    Podem ser renegociadas as dívidas que tenham sido negativadas de 2019 a 2022, e cujo valor atualizado seja inferior a R$ 20 mil. O programa está previsto para funcionar até 31 de março deste ano.

    A Plataforma do Desenrola Brasil disponibiliza a lista de dívidas que poderão ser negociadas no Programa, o desconto ofertado pelo Credor e a respectiva situação de cada uma delas.

    As negociações são feitas totalmente por meio digital, com uma navegação intuitiva e rápida, garantindo agilidade, comodidade e conveniência para a regularização dos seus débitos. A plataforma pode ser acessada por meio da conta do gov.br.

    Desde 29 de janeiro, os suário com conta GOV.BR bronze passaram a poder fazer renegociação parceladas e já respondem por cerca de 40% das renegociações;

    A conta gov.br tem três níveis de segurança: bronze, primeira conta criada pelo usuário com o preenchimento do cadastro via formulário online e destinada para acessar serviços digitais menos sensíveis; prata, para acessar muitos serviços digitais; e ouro para qualquer serviço digital, sem restrição de acesso.

    Por: Agência Gov

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  • Plataforma do Desenrola Brasil renegocia dívidas de até R$ 5 mil

    Plataforma do Desenrola Brasil renegocia dívidas de até R$ 5 mil

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (9), ao lançar a plataforma do Programa Desenrola Brasil, que cerca de 42% das pessoas têm certificação ouro ou prata no Gov.br e podem entrar hoje mesmo na ferramenta para fazer o financiamento ou pagamento de dívidas. Mais 44% que têm certificação bronze precisarão voltar ao Gov.br para fazer uma atualização e assim poder acessar o programa. Apenas 13% não têm nenhum tipo de certificação.

    Após refinanciar quase R$ 16 bilhões na primeira fase e leiloar R$ 126 bilhões em descontos na segunda, o Desenrola, programa especial de renegociação de dívidas de consumidores, inicia a terceira etapa. Hoje foi lançada plataforma online para o refinanciamento de dívidas bancárias e de consumo de até R$ 5 mil para devedores que ganham até dois salários mínimos.

    Desenvolvida pela B3, a bolsa de valores brasileira, a plataforma está disponível no site www.desenrola.gov.br. Para acessá-la, o consumidor precisa ter cadastro no Portal Gov.br, com conta nível prata ou ouro e estar com os dados cadastrais atualizados. Em seguida, o devedor terá que escolher uma instituição financeira ou empresa inscrita no programa para fazer a renegociação. Depois, basta selecionar o número de parcelas e fazer o pagamento.

    A página listará os credores que ofereceram os descontos por ordem de juros, do mais baixo para o mais alto. Na etapa de leilões, 654 empresas apresentaram propostas, com o desconto médio ficando em 83% do valor original da dívida. No entanto, em alguns casos, o abatimento superou esse valor, dependendo da atividade econômica.

    Os consumidores precisam ficar atentos. A portaria do Ministério da Fazenda que regulamentou o Desenrola dá 20 dias, a partir da abertura do programa, para que as pessoas peçam a renegociação de suas dívidas. Caso o devedor não renegocie nesse intervalo, a fila anda, e a oportunidade passa a outras pessoas.

    Só pode consultar se o débito foi contemplado no programa e verificar o desconto oferecido quem tiver conta nível ouro ou prata no Portal Gov.br, o portal único de serviços públicos do governo federal. O login único também é necessário para formalizar a renegociação.

    As dívidas podem ser pagas à vista, ou em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês. Os consumidores com débitos não selecionados no leilão podem conseguir o desconto oferecido pelo credor, desde que paguem à vista.

    “Nosso objetivo é fazer com que essas pessoas saibam como proceder para limpar seu nome e poder voltar normalmente ao mercado de consumo, ao mercado de crédito. Então, todas as plataformas, inclusive a da B3, das empresas de proteção de crédito, as plataformas, todos vão tentar entrar em contato com essas pessoas. Vamos fazer um esforço para que todo mundo possa se valer do programa, e não é por causa de um cadastro que a pessoa será impedida disso”, afirmou Haddad.

    O ministro reforçou que a plataforma é amigável, já que pelo menos 86% já estão inseridos nesse sistema e disse que a preocupação agora é dar acesso às 13% restantes. “Justamente pelo fato de que são pessoas que podem ser as mais vulneráveis, as que mais precisam. Todo esforço será muito válido para atingir 100% das pessoas, sobretudo agora, no quarto trimestre do ano, pela possibilidade de termos um final de ano um pouquinho mais folgado, com esse passivo resolvido.”

    Edição: Nádia Franco
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  • Haddad diz que Programa Desenrola Brasil é um sucesso

    Haddad diz que Programa Desenrola Brasil é um sucesso

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta sexta-feira (29), que o Programa Desenrola Brasil pode ser considerado um enorme sucesso até o momento em que se encerra a primeira etapa, quando os credores se habilitaram na plataforma e ofereceram os descontos a partir dos mínimos estabelecidos no edital.

    “Cada credor foi convidado não só a subir o crédito na plataforma, mas caso a caso, CPF por CPF, a oferecer um desconto próprio para aquela pessoa. Vocês vejam o tamanho dessa operação”, enfatizou Haddad.

    A abertura do Programa Desenrola para a população que se enquadre nas novas regras está prevista para o início de outubro. Nessa fase, será lançada uma plataforma para que todos os interessados possam renegociar suas dívidas com descontos e pagá-las à vista, ou em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês. Para ingressar na plataforma e poder renegociar as dívidas é preciso fazer antes o cadastro no Gov.br em contas prata ou ouro.

    “O que nós estamos preocupados agora é em dar ao público uma exigência de segurança de sistema. Como a pessoa vai fechar um contrato pela plataforma, nós precisamos ter segurança de que estamos navegando em ambiente absolutamente seguro. Por isso, partir da próxima semana, haverá ampla divulgação da necessidade de o devedor entrar no site do Ministério da Fazenda e observar as instruções para se cadastrar no Gov.br, que é uma exigência do programa para fins de segurança”, explicou o ministro.

    Haddad reforçou que é a primeira vez que se faz uma operação como essa e ressaltou que o governo está feliz com os resultados, já que as possibilidades de quitação desses valores (R$ 151 bilhões) permitirão às pessoas ter um último trimestre do ano mais confortável, com o nome limpo e o crédito recuperado. “Tudo para ter um final de ano melhor, e isso combinado com aumento de renda, com desemprego menor, com taxa de juro menor. Tudo isso pode nos permitir imaginar um quarto trimestre melhor do que o esperado.”

    O secretário da Reforma Econômica, Marcos Pinto, disse que, ao entrar no site do Ministério da Fazenda todas as instruções para fazer o cadastro no Gov.br e para entrar na plataforma as informações são bastante claras e amigáveis, mesmo para ser feito pelo celular. O site www.desenrola.gov.br estará funcionando no dia 9 de outubro. “É tudo basicamente composto por cliques. As pessoas não precisam digitar muita coisa além do CPF e entrar no Gov.br. É simples para que as pessoas se beneficiem do programa’, falou.

    Para Haddad, a plataforma vai continuar sendo usada ao longo dos anos porque é um instrumento novo para fazer um encontro entre credores e devedores que não existe em nenhum outro país. “Não conheço nada parecido com isso. Eu penso que é um case [experiência de sucesso] que vai ser analisado, porque estamos falando de milhões e milhões de pessoas que levariam anos para se encontrar e que se encontraram em uma plataforma e fizeram uma espécie de atacadão do crédito para zerar.”

    Edição: Nádia Franco
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  • Segunda fase do Desenrola começa com leilões de descontos

    Segunda fase do Desenrola começa com leilões de descontos

    Após renegociar R$ 13,2 bilhões na primeira fase, o Desenrola, programa especial de renegociação de dívidas de consumidores, inicia a segunda etapa nesta segunda-feira (25). Até quarta-feira (27), 709 credores participarão de leilão de descontos em um sistema desenvolvido pela B3, a bolsa de valores brasileira.

    Quem oferecer os maiores descontos será contemplado com recursos do Fundo de Garantia de Operações (FGO). Com R$ 8 bilhões do Orçamento da União, o fundo cobrirá eventuais calotes de quem aderir às renegociações e voltar a ficar inadimplente. Isso permite às empresas concederem abatimentos maiores no processo de renegociação.

    O Ministério da Fazenda estima que o desconto corresponderá a pelo menos 58% das dívidas, podendo superar em muito esse valor, dependendo da atividade econômica. O credor que não conseguir recursos do FGO poderá participar do Desenrola, mas não receberá ajuda do Tesouro.

    No último dia 13, a Fazenda tinha divulgado que 924 credores tinham aderido voluntariamente ao programa, mas apenas 709 fizeram o processo de atualização das dívidas e estão aptos a participar da nova fase do programa. As empresas credoras estão agrupadas em nove setores: serviços financeiros; securitizadoras; varejo; energia; telecomunicações; água e saneamento; educação; micro e pequena empresa, educação.

    Destinada à Faixa 1 do programa, a segunda etapa do Desenrola pretende beneficiar até 32,5 milhões de consumidores com o nome negativado que ganham até dois salários mínimos. Em tese, só poderão ser renegociadas dívidas de até R$ 5 mil, que representam 98% dos contratos na plataformae somam R$ 78,9 bilhões. No entanto, caso não haja adesão suficiente, o limite de débitos individuais sobe para R$ 20 mil, que somam R$ 161,3 bilhões em valores cadastrados pelos credores na plataforma.

    Portal Gov.br

    Nesta semana, o Desenrola está restrito aos leilões de credores. Somente a partir da primeira semana de outubro, os contribuintes poderão formalizar as renegociações. Issose o Senado aprovar, até 2 de outubro, o projeto de lei do Programa Desenrola.

    O consumidor precisará ficar atento. Só poderá consultar se o débito foi contemplado no programa e verificar o desconto oferecido a quem tiver conta nível ouro ou prata no Portal Gov.br, o portal único de serviços públicos do governo federal. O login único também é necessário para formalizar a renegociação.

    As dívidas poderão ser pagas à vista ou em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês. Os consumidores com débitos não selecionados no leilão poderão conseguir o desconto oferecido pelo credor, desde que paguem à vista

    Primeira etapa

    Aberta em julho, a primeira etapa do Desenrola, destinada à Faixa 2, renegociou R$ 13,2 bilhões de 1,9 milhão de contratos até o último dia 18. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), isso equivale a 1,6 milhão de clientes, já que um correntista pode ter mais de uma dívida.

    Além disso, 6 milhões de pessoas que tinham débitos de até R$ 100 tiveram o nome limpo. Nesse caso, as dívidas não foram extintas e continuam a ser corrigidas, mas os bancos retiraram as restrições para o devedor, como assinar contratos de aluguel, contratar novas operações de crédito e parcelar compras em crediário. A desnegativação dos nomes para dívidas nessa faixa de valor era condição necessária para os bancos aderirem ao Desenrola.

    Diferentemente da segunda fase, a primeira etapa renegociou apenas débitos com instituições financeiras. Podem participar correntistas que ganhem até R$ 20 mil por mês e tenham dívidas de qualquer valor, o que permite a renegociação de débitos como financiamentos de veículos e de imóveis. As renegociações para a Faixa 2 devem ser pedidas nos canais de atendimento da instituição financeira, como aplicativo, sites e pontos físicos de atendimento.

    Edição: Graça Adjuto
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  • Bancos alertam para golpes no Programa Desenrola Brasil

    Bancos alertam para golpes no Programa Desenrola Brasil

    A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou alerta para golpes envolvendo o Programa Desenrola Brasil, que entrou em vigor no último dia 17, que tem como principal objetivo reintroduzir pessoas com restrição de crédito na economia, permitindo melhores condições de renegociação de dívidas bancárias.

    Segundo a entidade, criminosos podem aproveitar o programa para aplicar golpes por meio de links falsos e da engenharia social, que usa técnicas para enganar o usuário para que ele forneça dados confidenciais, além de realizar transações financeiras para o golpista.

    Nessa primeira fase do programa, as instituições financeiras limpam o nome das pessoas com débitos de até R$ 100. A dívida não é perdoada. Apenas o devedor deixa de ficar com o nome sujo e pode contrair novos empréstimos e fazer operações como fechar contratos de aluguel. Há ainda a possibilidade de renegociação de débitos com bancos por devedores com renda de até R$ 20 mil. O Desenrola só abrange dívidas contraídas até 31 de dezembro do ano passado.

    “É muito importante que o cliente não clique em links recebidos por aplicativos de mensagens, de redes sociais e patrocinados em sites de busca. Faça você mesmo o contato com o seu banco. Fique atento para que não sejam aceitas propostas de envio de valores com a finalidade de garantir melhores condições de renegociação das dívidas. Reforçamos que somente é possível renegociar as dívidas nos canais oficiais dos bancos”, disse, em nota, Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

    A Febraban orienta que as pessoas interessadas em renegociar as dívidas dentro do Desenrola Brasil busquem informações apenas dentro dos canais oficiais dos bancos que aderiram ao programa, como nas agências, no internet banking ou em seus aplicativos bancários. Se for negociar no internet banking, a entidade orienta que, para o acesso, o próprio usuário digite o endereço da instituição financeira.

    Se o cliente desconfiar de alguma proposta ou do valor, ele deve em contato com o banco nos seus canais oficiais. Além disso, somente após a formalização de um contrato de renegociação é que o usuário pode ter os valores debitados da conta, nas datas acordadas. Outro alerta é, em caso de boletos, checar na hora do pagamento se está sendo feito realmente para a instituição financeira com a qual o cliente tem a pendência.

    A Febraban acrescenta que não envia comunicado para renegociar dívidas no Desenrola. Caso receba qualquer mensagem com o logotipo da entidade ou de bancos, o cliente deve descartá-la e entrar em contato com os canais oficiais da instituição financeira, como agência, internet banking e aplicativo bancário.

    Edição: Valéria Aguiar