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  • Senado avança em projeto que regulamenta transporte de cargas perigosas por produtores rurais

    Senado avança em projeto que regulamenta transporte de cargas perigosas por produtores rurais

    A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado aprovou nesta quarta-feira (7) o Projeto de Lei 1.740/2024, que regulamenta o transporte de cargas perigosas por produtores rurais. A proposta, de autoria do senador Dr. Hiran (PP-RR), segue agora para análise final na Comissão de Infraestrutura (CI), com tramitação em caráter terminativo — ou seja, se aprovada, poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, sem passar pelo Plenário do Senado.

    O PL modifica a Lei nº 10.233/2001, atribuindo à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a competência de regulamentar e fiscalizar o transporte próprio de produtos perigosos utilizados em atividades agrícolas, como o diesel transportado por produtores para abastecimento de tratores e máquinas no campo. A iniciativa busca adaptar a legislação à realidade de áreas rurais, principalmente das regiões Norte e Centro-Oeste, onde faltam estruturas de armazenamento ou transportadoras especializadas.

    A Confederação Nacional do Transporte (CNT) participou ativamente do debate legislativo e teve duas sugestões acolhidas pelo relator do projeto. As propostas garantiram a manutenção da fiscalização pela ANTT e a preservação dos requisitos de segurança no transporte dessas substâncias, mesmo em trajetos de pequeno porte realizados por produtores.

    A proposta nasce da necessidade de evitar penalizações a agricultores que transportam volumes reduzidos de combustíveis e outros materiais perigosos por longas distâncias, muitas vezes sem alternativa legal ou viável de logística. Hoje, o transporte próprio desses insumos pode ser interpretado como irregular por não atender exigências pensadas para o transporte comercial em grande escala.

    Com o avanço da matéria na CRA, a expectativa é de que a Comissão de Infraestrutura conclua a tramitação no Senado, permitindo que a proposta siga para a Câmara dos Deputados ainda neste semestre. A medida é considerada estratégica para dar segurança jurídica a produtores e evitar prejuízos à produção agropecuária em áreas remotas.

  • Produtores rurais podem negociar débitos não tributários com condições especiais

    Produtores rurais podem negociar débitos não tributários com condições especiais

    O Governo de Mato Grosso abriu uma nova oportunidade para a regularização de débitos não tributários por meio do Edital de Transação por Adesão nº 001/2025/PGE-MT, publicado em 13 de março de 2025. A iniciativa permite que produtores rurais e demais interessados negociem suas pendências financeiras junto ao Estado com descontos e parcelamentos diferenciados.

    A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) recomenda que os produtores rurais avaliem essa oportunidade para regularizar suas pendências financeiras e manter a segurança jurídica de seus negócios.

    A medida abrange débitos originados até 31 de dezembro de 2020 e inclui multas e infrações administrativas aplicadas por órgãos estaduais, como: Indea-MT (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso), Sema-MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), Ager-MT (Agência de Regulação dos Serviços Públicos) e Procon-MT (Superintendência de Defesa do Consumidor).

    As principais condições da transação são: descontos de até 65% sobre juros, multas e encargos e parcelamento em até 120 meses (10 anos). O saldo devedor, após os descontos, não pode ser menor que o valor principal da dívida. Além disso, o pagamento mínimo por parcela é de três Unidades Padrão Fiscal (UPFs).

    Vale ressaltar que multas ambientais quitadas na transação não eximem o produtor da obrigação de recuperar eventuais danos ambientais.

    Os interessados devem aderir à transação entre 17 e 21 de março de 2025, enviando o pedido pelo e-mail transacaotributaria@pge.mt.gov.br.

  • Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde realiza eleição nesta segunda-feira (24)

    Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde realiza eleição nesta segunda-feira (24)

    O Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde realizará nesta segunda-feira, 24 de fevereiro, a eleição para a nova diretoria da entidade. A votação ocorrerá das 7h30 às 15h30, na sede do sindicato, localizada na Avenida da Fé, número 180-N, bairro Tessele Júnior.

    Apenas uma chapa concorre ao pleito: a “União Pelo Campo”, encabeçada por Tiago Henrique Cinpak, candidato à presidência, e Adair Vendruscolo Junior, como vice-presidente.

    Podem participar da eleição os associados que estiverem em dia com a contribuição sindical.

    A diretoria da chapa “União Pelo Campo” é composta pelos seguintes membros:

    Diretoria

    • Presidente: Tiago Henrique Cinpak
    • Vice-presidente: Adair Vendruscolo Junior
    • 1º Tesoureiro: Alexandre Luis Rossetto
    • 2º Tesoureiro: Rubia M. Lira Mocheuti
    • 1º Secretário: Taisa Botton
    • 2º Secretário: Anderson Stoquero

    Suplentes:

    • Rilvonei Topanotti
    • Luciana Cella
    • Guiverson Ferreira Bueno

    Conselho Fiscal
    Efetivos:

    • Marcelo Lupatini
    • Daniel Scheffel Schwartz
    • Luiz Henrique Paim Fiorin

    Suplentes:

    • Marlon Felipe Copini
    • André Pedro Piccini
    • Rodrigo Zancchetin
  • Resolve Agro: Judiciário promove mutirão de conciliação para produtores rurais

    Resolve Agro: Judiciário promove mutirão de conciliação para produtores rurais

    O Poder Judiciário de Mato Grosso assinou nesta quarta-feira (16 de outubro) um termo de cooperação para promover um mutirão de conciliação para produtores rurais endividados, mediado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) Virtual Empresarial.

    O Projeto “Resolve Agro” é uma iniciativa que objetiva fortalecer o modelo de justiça multiportas, por meio do tratamento adequado de conflitos envolvendo a renegociação de dívidas entre produtores rurais e instituições financeiras, tradings e fornecedores.

    O termo foi assinado por magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

    Mentora do projeto Resolve Agro quando ainda era juíza da Vara Especializada em Recuperação Judicial de Cuiabá, a desembargadora Anglizey Solivan de Oliveira disse que se sente muito feliz pela oportunidade de concretizar uma ideia que nasceu de forma despretensiosa em que advogados de credores e advogados de devedores diziam que gostariam de ter um espaço para negociação.

    “O projeto nada mais é do que se sentar à mesa para negociar. É uma oportunidade para que produtores rurais possam chamar os seus credores no Cejusc Empresarial. É uma porta ampla, todos os caminhos são possíveis de serem perseguidos. É um caminho mais barato e mais seguro para o encaminhamento das dívidas dos produtores rurais. A contribuição do Cejusc é tratar essa inadimplência de um modo mais eficiente”, explicou a desembargadora.

    A presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino da Silva, falou sobre a evolução da construção da cultura do diálogo que vem sendo feita pelo Judiciário ao longo dos últimos anos. Este termo, especificamente para os produtores rurais, significa uma prova de maturidade e amadurecimento dessa cultura.

    “Precisamos de amadurecimento do setor porque é o setor que alavanca a economia no momento. Nós, do Poder Judiciário, estamos atentos porque a política judiciária de tratamento adequado para cada natureza de conflito não deixa dúvida de que o diálogo alavanca todos os setores. Qualquer tipo de litígio não se perde nunca de se fazer uma mediação”, ressaltou.

    Vice-presidente da Abag, Renato Buranello afirmou que iniciativas como essa serão exemplos para o restante da federação. “Estamos no maior estado produtor agrícola do país. Quando falamos de crise no agro, os fundamentos de base são excepcionais. Meios como esse, que podem trazer situações circunstanciais, podem ser resolvidos em mesas de negociação como essa, podendo levar a soluções menos onerosas e que não façam quebrar essa rede de negócios, fazendo com que ela permaneça intacta dentro de soluções baratas, rápidas e eficazes. Queremos trazer estas circunstâncias à mesa para virar um exemplo para o país todo”, destacou.

    O presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, pontuou que o setor percebe o trabalho do Poder Judiciário cada vez mais próximo da sociedade. “No nosso setor, sabemos que, seja para credores, devedores, em um ano como esse, chega-se a uma situação que ninguém quer chegar, mas às vezes intempéries climáticas e outros fatores contribuem para que haja desavenças judiciais. Essa iniciativa com certeza vai dar celeridade. Tenho certeza de que outros estados vão copiar essa iniciativa, sabemos que ocorre esse ciclo e agradecemos ao Poder Judiciário por esse olhar para o nosso setor. Queremos poder avançar e trabalhar juntos, diminuindo custo e trazendo celeridade na solução desses conflitos”, enfatiza.

    Para o presidente do sistema Famato, Vilmondes Tomain, o mutirão que será realizado por meio do termo de cooperação diminui, destrava e descomplica a vida do setor produtivo como um todo. “Fico muito feliz de ver essa boa relação que temos com o Judiciário de Mato Grosso, vocês estão dando um passo a mais, um trabalho em conjunto, e dar essa solução a pessoas que não têm esse conhecimento. Cada vez mais mostra que o compromisso da Justiça com seu estado, com sua população”, opinou.

    Presidente do Núcleo Permanente de Solução de Conflitos e Cidadania (Nupemec), o desembargador Mário Kono afirmou que “o sistema tradicional de justiça se torna incapaz e insuficiente de atender a todos. Precisamos da ajuda dos segmentos empresariais, para juntos, em várias mãos, construirmos esse Cejusc que vai servir ao estado inteiro e, quiçá, ao país”. Além disso, o desembargador também defendeu a proposta de se criar um Cejusc do Agronegócio.

    Participaram também da solenidade de assinatura do termo os desembargadores José Luiz Leite Lindote, Rodrigo Roberto Curvo, Maria Aparecida Ferreira Fago, além da juíza coordenadora do Nupemec, Helícia Vitti Lourenço, o juiz auxiliar da Presidência Túlio Duailibi, a juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça Cristiane Padim, o juiz coordenador do Cejusc Virtual Empresarial, Márcio Aparecido Guedes, a subprocuradora da mulher da Assembleia Legislativa, Francielle Claudino Pereira Brustolin, o gestor-geral do Nupemec, João Gualberto Nogueira Neto, o consultor jurídico da Aprosoja, Ronilson Barbosa, o diretor financeiro da Aprosoja, Nathan Antônio Beluso, o diretor executivo da Aprosoja, Wellington Andrade, o presidente da Comissão Estadual de Falência e Recuperação de Empresas da OAB-MT, Breno Miranda, e o consultor jurídico da Famato, Rodrigo Bressane.

    O período do mutirão será de 16 de outubro a 29 de novembro. Qualquer juiz de Mato Grosso pode remeter um processo ao Cejusc Empresarial e produtores interessados também podem procurar o setor, por meio dos contatos: (65) 99344-5524 WhatsApp, (65) 3648-6123 ou e-mail cejusc.virtualempresarial@tjmt.jus.br.

  • Produtores argentinos visitam Mato Grosso para conhecer tecnologias de produção de grãos

    Produtores argentinos visitam Mato Grosso para conhecer tecnologias de produção de grãos

    Uma comitiva formada por 30 produtores rurais e técnicos agrícolas da Cooperativa Agropecuária de Tandil, da Argentina, esteve em Mato Grosso para participar de uma imersão prática sobre tecnologias de produção de grãos. A visita incluiu fazendas, centros de pesquisa e instituições acadêmicas, com o objetivo de aprimorar conhecimentos e explorar novas oportunidades de mercado.

    Durante a visita à Fazenda Santo Antônio, do Grupo Gemi, Cristina Delicato, coordenadora do Clube Amigos da Terra (CAT) Sorriso, apresentou os projetos de sustentabilidade da entidade, como o “Cultivando Vida Sustentável” e o programa de certificação de soja e milho. O CEO do Grupo Gemi, Leonardo Marcelino, também compartilhou a história da empresa e destacou a certificação de algodão BCI e a participação em projetos de carbono, reforçando a busca por processos produtivos sustentáveis.

    O grupo também visitou a Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, onde conheceu sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), consórcios forrageiros e o uso de drones na agricultura. A agenda se encerrou com uma degustação de produtos regionais e visitas a outras localidades em Mato Grosso, como a Aprosoja e a usina de etanol de milho, em Lucas do Rio Verde.

  • Produtores rurais são prejudicados pelos incêndios em Mato Grosso

    Produtores rurais são prejudicados pelos incêndios em Mato Grosso

    A secretária estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, disse nesta quarta-feira (25), que os produtores rurais também são vítimas dos incêndios em várias regiões do estado. Segundo a chefe da pasta ambiental, as propriedades rurais são afetadas pelas chamas que vêm de outras localidades causando um impacto financeiro e ambiental ao setor produtivo.

    “Quando nós olhamos o cenário dos incêndios florestais, a maioria das pessoas não são responsáveis, são vítimas de incêndios que se originaram em uma outra propriedade, em uma outra localização. Nós temos inúmeros proprietários rurais que são vítimas”, destaca Mauren.

    Durante a 9ª reunião ordinária do Conselho Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso, Lazzaretti também elogiou o esforço e a colaboração dos produtores rurais na luta contra os incêndios.

    “O setor produtivo de um modo geral está todo mobilizado a apoiar as ações do poder público com equipamentos, com pessoas, com carros pipa. Então há uma união e mobilização de combate em torno do combate e do controle”, explica Mauren.

    A Sema classifica que 2024 representa o pior cenário climático dos últimos dez anos em Mato Grosso. Embora os índices de focos de calor sejam alarmantes, o órgão ressaltou que o estado se destaca por ser um dos poucos no Brasil capaz de implementar as três frentes de atuação contra incêndios: prevenção, combate e responsabilização.

    “Não é só no estado de Mato Grosso, nós estamos falando no Brasil como um todo, de outros países como Portugal e Canadá, regiões do mundo que não tem histórico do fogo, mas que estão sofrendo muito no ano de 2024, então nós temos uma crise global relacionada aos eventos climáticos”.

    A Famato reitera o trabalho realizado junto aos sindicatos rurais de monitoramento para a prevenção do fogo, além das ações educativas, destacando a criação de aceiros e a capacitação de equipes para o controle de focos iniciais de incêndio. Essas iniciativas visam fortalecer a conscientização e a colaboração dos agricultores na proteção do meio ambiente e na mitigação dos impactos das chamas.