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  • Faturamento bruto dos Cafés do Brasil foi estimado em R$ 70,30 bilhões e valor ocupa o quarto lugar no ranking das lavouras

    Faturamento bruto dos Cafés do Brasil foi estimado em R$ 70,30 bilhões e valor ocupa o quarto lugar no ranking das lavouras

    O total do faturamento bruto estimado para as principais atividades brasileiras no presente ano em curso atingirá o montante equivalente a R$ 809,12 bilhões, valor que foi calculado tendo como referência o volume físico a ser coletado e os respectivos preços médios dos produtos adquiridos pelos agricultores das 17 principais atividades brasileiras, cujos dados foram levantados e treinados no período de janeiro a agosto de 2024.

    Com base em tais dados desse estudo, caso seja elaborado um ranking em ordem decrescente dos cinco produtos que apresentaram maior estimativa de faturamento, tem-se o seguinte: soja, em primeiro lugar, com R$ 282,27 bilhões, valor que equivale a 34,8% do total das atividades pesquisadas; em segundo lugar, destaca-se o milho com R$ 120,90 bilhões (14,9%); na terceira posição vem a cana-de-açúcar com R$ 118,31 bilhões (14,6%); na sequência, em quarto, o café com R$ 70,29 bilhões (8,7%). E, por fim, em quinto lugar, o algodão com R$ 32,95 bilhões, cujo valor corresponde a 4% do valor total das atividades pesquisadas.

    Em relação à receita estimada exclusivamente para os Cafés do Brasil, o foco principal desta análise, vale destacar que em 2024 o faturamento bruto exclusivo do café da espécie Coffea arábica (café arábica) deverá atingir o montante de R$ 51,24 bilhões, o qual equivale a 72,9% do total do setor cafeeiro nacional. E, adicionalmente, que a receita do café da espécie Coffea canephora (café robusta+conilon) será de R$ 19,04 bilhões, valor que representa aproximadamente 27,1% do total de R$ 70,29 bilhões, citado anteriormente, que inclui obviamente duas espécies cultivadas no País.

    Assim, com base nos dados e números desta análise, o Valor Bruto da Produção – VBP dos Cafés do Brasil em foco, se para traçar um ranking do faturamento da cafeicultura dos cinco maiores estados brasileiros produtores de café, constata-se que Minas Gerais o primeiro lugar, com receita estimada de R$ 36,54 bilhões, o que representa aproximadamente 52% do VBP total dos cafés brasileiros.

    Na segunda posição vem o Espírito Santo, cuja receita foi calculada em R$ 17,15 bilhões (24,4%), e, na terceira posição destaca-se o estado de São Paulo com o faturamento estimado em R$ 6,62 bilhões (9,4%) e, em quarto lugar, figura na Bahia, a qual teve sua receita bruta de produção de café estimada em R$ 4,99 bilhões (7,1%). Por último, vem o estado de Rondônia, que teve seu faturamento estimado em R$ 3,13 bilhões, montantes que corresponderão a 4,4%) da estimativa do VBP dos Cafés do Brasil em 2024. Demais estados de produtores de café completaram o restante dos 100% de faturamento.

    Como complemento desta análise, é oportuno também ressaltar a participação percentual do VBP do café agregando os estados das cinco regiões geográficas brasileiras. Desta forma, constata-se que a Região Sudeste, com faturamento de R$ 60,69 bilhões, destaca-se com participação de 86,3% do total; e, na sequência, vem a Região Nordeste com R$ 5,01 bilhões (7,1%); Região Norte – R$ 3,19 bilhões (4,5%); Região Sul – R$ 817,29 milhões (1,1%); e, por fim, a Região Centro-Oeste, cujo faturamento foi estimado em R$ 562 milhões, terá um montante menor que 1% da receita total.

    Concluindo, vale ressaltar e ressaltar que os dados estatísticos e demais números que fundamentaram e permitiram realizar esta análise para divulgação pelo Observatório do Café foram extraídos do Valor Bruto da Produção – VBP Agosto/2024 , documento que é elaborado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento –  Mapa  desde 2005. Tais edições, de julho de 2014, também passaram a ser disponibilizadas no  Observatório do Café  do  Consórcio Pesquisa Café , coordenado pela  Embrapa Café .

  • Produção de carne suína e de frango devem atingir novo recorde em 2025

    Produção de carne suína e de frango devem atingir novo recorde em 2025

    A produção tanto de carne suína como de frango pode atingir um novo recorde em 2025. Influenciada por uma demanda internacional aquecida e um bom ritmo no mercado interno, aliada a uma conjuntura de custos controlados, fruto dos menores patamares de preços de grãos, projeta-se, para a carne suína, produção da ordem de 5,45 milhões de toneladas. Já para a carne de frango, as projeções apontam para uma produção de 15,51 milhões de toneladas.

    Os dados foram divulgados nesta terça-feira (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), durante o evento Perspectivas para a Agropecuária Safra 2024/2025. O bom desempenho projetado contribui para manter a produção das três principais proteínas animais – frango, suíno e bovino – no país em torno de 30,75 milhões de toneladas, volume estável quando comparado com o estimado para este ano.

    Em 2025, a boa produção projetada para frangos possibilitará que as vendas ao mercado externo aumentem cerca de 1,9% quando comparado com o volume de embarques projetado para este ano, podendo chegar a 5,2 milhões de toneladas. “O Brasil segue livre da Influenza Aviária em granjas comerciais, o que se torna uma enorme vantagem competitiva no mercado internacional”, lembra o gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab, Gabriel Rabello.

    Além disso, a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional aliada a um cenário cambial favorável influenciam nesta expectativa de elevação nas vendas. Mesmo com esta alta projetada no contexto externo, o volume de carne de frango destinada ao mercado interno também deve crescer: estima-se aumento de 2,3% no próximo ano em relação a 2024, sendo estimado em 10,32 milhões de toneladas.

    Mercado externo – Cenário semelhante é esperado para o mercado suíno. A produção recorde de carne possibilitará incremento tanto no mercado interno como no externo quando se compara 2025 com 2024. Para o ambiente doméstico, a alta projetada é de 1,1%, com uma oferta estimada em 4,2 milhões de toneladas. Já para as exportações, a Conab projeta um volume de 1,27 milhão de toneladas, elevação de 3%. Destaque para a diversificação de mercado obtida pelos produtores brasileiros. Se em 2020 a China representava mais de 50% das vendas externas de carne suína, essa participação caiu para menos de 20% quando se olha para o volume exportado de janeiro a agosto deste ano.

    Assim como os suinocultores, os pecuaristas brasileiros da bovinocultura de corte também têm conquistado novas praças, o que diminui a representatividade do país chinês para as vendas ao mercado externo. Entre janeiro e agosto de 2023, a China representava mais de 50% das vendas de carne bovina brasileira. Se considerarmos o mesmo período deste ano, essa participação cai para 44%. “A diminuição do percentual da China ocorre em função de aumentos robustos em outros mercados, principalmente dos Emirados Árabes Unidos, Rússia e Filipinas. Outro importante importador no período são os Estados Unidos que, apesar de serem grandes produtores mundiais, estão importando mais produto uma vez que encontram um cenário de baixa oferta no próprio país”, analisa Rabello.

    Com a demanda externa aquecida, há uma tendência de alta nas exportações de carne bovina na ordem de 2,5%, projetadas em 3,66 milhões de toneladas. No entanto, diferentemente das outras carnes, a produção deve cair em relação ao volume a ser obtido neste ano, sendo estimada em 9,78 milhões de toneladas em 2025. Essa queda é explicada pelo ciclo pecuário, uma vez que no ano que vem é esperado início do movimento de reversão do ciclo, onde haverá crescimento gradual da retenção de fêmeas e uma menor disponibilidade de animais para abate no médio e longo prazo. Com isso, a disponibilidade interna para carne bovina deve ficar próxima a 6,2 milhões de toneladas.

    Outras informações sobre o panorama de mercado projetado para carnes bovinas, suínas e aves para o próximo ano estão disponíveis na publicação Perspectivas para a Agropecuária Safra 2024/2025 . O documento também traz a projeção para a produção de arroz, feijão, milho, soja e algodão, além de artigo elaborado pelo Banco do Brasil sobre a importância do crédito rural como fomentador de uma agricultura que visa ao desenvolvimento dos negócios por meio de ações ambientais, sociais e de governança.

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  • Queimadas causam prejuízos incalculáveis em Mato Grosso, afetando produção e meio ambiente

    Queimadas causam prejuízos incalculáveis em Mato Grosso, afetando produção e meio ambiente

    A prolongada seca que afeta Mato Grosso, com mais de 150 dias sem chuvas e baixos índices de umidade do ar, tem agravado os incêndios em áreas rurais e florestais. As chamas, impulsionadas por pastagens secas e palhada, estão causando sérios danos ao meio ambiente e à economia do estado.

    O setor produtivo de Mato Grosso enfrenta grandes perdas. Além da redução na produtividade, as queimadas estão destruindo a vegetação nativa e comprometendo a fertilidade do solo, prejudicando a biodiversidade. A perda de nutrientes afeta diretamente a capacidade de recuperação das áreas atingidas, gerando impactos de longo prazo.

    Além dos prejuízos ambientais, os incêndios também danificam infraestruturas essenciais, como redes de energia e telefonia, interrompendo serviços em áreas inteiras. Quando a rede elétrica é comprometida por incêndios de grande porte, cidades podem ficar sem comunicação e eletricidade, agravando a situação das áreas afetadas.

    A Importância da Prevenção

    A prevenção é a chave para minimizar os impactos dos incêndios em Mato Grosso. É necessário investir em medidas preventivas, como a criação de aceiros, roçadas e podas realizadas no início da estiagem, seguindo orientações ambientais. Essas ações ajudam a conter o avanço do fogo e a reduzir os danos à vegetação e às propriedades.

    A Assembleia Legislativa de Mato Grosso está empenhada em buscar soluções para mitigar os efeitos das queimadas, incluindo a perfuração de poços artesianos na Transpantaneira, visando reduzir o impacto da seca e ajudar no combate ao fogo.=

  • Queimadas diminuem a qualidade do solo e aumentam os custos da produção

    Queimadas diminuem a qualidade do solo e aumentam os custos da produção

    Na última semana, vários focos de incêndio foram registrados no estado de São Paulo. Muitas queimadas atingiram grandes consequências, causando morte de animais, perda de culturas agrícolas e prejuízos com infraestruturas rurais e urbanas.

    Além do impacto econômico, social e ambiental, das queimadas, das propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos. Grandes quantidades de carbono, nitrogênio, potássio e enxofre são perdidas para a atmosfera por volatilização durante a combustão.

    De acordo com o pesquisador Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste, especialista em solos, em longo prazo, essa alteração no solo causada pelo fogo tem consequências na biodiversidade e na manutenção de processos ecossistêmicos. 

    Pesquisas indicam que o fogo compromete a qualidade do solo e a produtividade no decorrer do tempo. “A queima da cobertura vegetal deixa a área descoberta, levando a maior absorção da radiação solar, com ampliação da temperatura e do ressecamento ao longo do dia. Porém, à noite, ocorre uma perda de calor pela exposição, elevando assim a amplitude das variações térmicas diárias. Essas oscilações prejudicam a absorção de nutrientes e a biologia do solo. Outro problema é a erosão, pela ação do vento e pelo impacto da chuva, que leva à compactação ou selamento superficial. O resultado é menor infiltração de água e aumento do escoamento superficial”, explica Bernardi. 

    A recuperação do solo pode levar cerca de três anos, com custos elevados para os produtores, que precisam investir no fornecimento de nutrientes para restaurar a área afetada.

    A renovação do crescimento logo após a queimada pode deixar uma impressão positiva, no entanto o efeito é apenas temporário. Essa brotação de novas plantas ocorre porque as cinzas são compostas por grande quantidade de nutrientes (Cálcio, Magnésio, e Potássio, principalmente) estocados na fitomassa e liberados na superfície do solo com o fogo.

    As cinzas são alcalinas, ou seja, neutralizam a acidez superficial, favorecendo o crescimento das plantas. Mas a parte das cinzas será levada para fora do local de queima, seja pela ação do vento ou pelo escoamento superficial pela chuva. Já, no longo prazo, o estoque de carbono do solo está perdido, porque a baixa disponibilidade de nutrientes fornece uma maior mineralização da matéria orgânica armazenada.

    “Então, vários processos são prejudicados pela perda dessa matéria orgânica, entre eles a capacidade de troca catiônica (CTC), estabilidade dos agregados, porosidade, infiltração de água, atividade e diversidade de micro, meso e macrofauna do solo”, conta o especialista .

    Para o pesquisador, um solo de qualidade, exercendo todas as suas funções, auxilia no alcance de vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como os relacionados à redução da fome (ODS 2) e à pobreza extrema (ODS 1 e 3), melhoria da proteção do meio ambiente (ODS 6, 11, 12, 14 e 15) e do combate às mudanças climáticas (ODS 13).

    Incêndio em área da Embrapa Pecuária Sudeste

    Mais uma vez, uma área da Embrapa Pecuária Sudeste foi queimada pelo fogo. No sábado, 24 de agosto, um incêndio foi iniciado na mata do centro de pesquisa, localizado em São Carlos (SP), às margens da rodovia Guilherme Scatena.

    Com pouco tempo, os brigadistas conseguiram conter as chamas, trabalhando para que o cenário de 2021 não se repetisse. O fogo chegou a atingir uma pastagem onde estavam vacas de corte da raça Nelore. Elas foram retiradas e levadas para outro local de pasto, seguro.

    Desta vez, segundo Cesar Cordeiro, presidente da Brigada de Incêndio da Embrapa, foram queimados cerca de 10 hectares de pastagem e 11 hectares de mata. Também houve prejuízos com perda de infraestrutura, como cercas e mourões. Nenhuma pesquisa foi afetada.

  • Expansão da produção de trigo em Mato Grosso atrai novas indústrias

    Expansão da produção de trigo em Mato Grosso atrai novas indústrias

    Mato Grosso está se destacando como um polo promissor para a produção de trigo, impulsionado pelo avanço de políticas públicas e tecnologias de plantio irrigado. Este cenário favorável está atraindo investimentos significativos no setor. Um exemplo é a Belarina Alimentos, grupo paranaense que planeja inaugurar uma indústria de farinha no Distrito Industrial de Cuiabá até o final do ano, com um investimento inicial de R$ 10 milhões. O próximo passo será a implantação de um grande moinho de trigo na região.

    Na quinta-feira (18), representantes da Belarina Alimentos foram recebidos pelo presidente em exercício do Sistema Fiemt, Frank Almeida, e pelo secretário da Sedec MT, César Miranda. A reunião contou também com a presença do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Mato Grosso (Sindipan MT). O encontro destacou a importância da nova indústria, que inicialmente será responsável pelo ensacamento de farinha de trigo proveniente de outras unidades do grupo.

    Rodrigo Boaventura, diretor da Belarina, ressaltou a importância do apoio da Fiemt e do Governo do Estado para a futura implantação de um moinho de trigo. “Viemos buscar apoio da Fiemt e do Governo do Estado para, em breve, implantar um moinho de trigo”, afirmou Boaventura.

    Impacto Econômico e Tecnológico

    Os investimentos iniciais e futuros da Belarina Alimentos estimulam a produção local de trigo, alinhada com as iniciativas do governador Mauro Mendes de investir em tecnologia de irrigação para viabilizar o cultivo do cereal em Mato Grosso. “A modernização e a inovação tecnológica são fundamentais para garantir a competitividade e a sustentabilidade da produção agrícola no estado”, destacou César Miranda.

    A instalação da indústria de farinha e do futuro moinho promete gerar empregos, impulsionar a economia local e fortalecer a agroindústria de Mato Grosso. Frank Almeida, da Fiemt, enfatizou a importância da presença da Belarina no estado para incentivar e verticalizar a produção local de alimentos. “Ter a Belarina no estado, assim como outras do segmento, é muito importante para incentivar e verticalizar nossa produção”, concluiu Almeida.

    Potencial do Trigo em Mato Grosso

    Apesar de sua excelente qualidade, a triticultura em Mato Grosso ainda não possui escala de produção. No entanto, o estado é visto como uma área promissora para a expansão do cultivo do trigo tropical, especialmente no Cerrado. As condições favoráveis de clima e solo, aliadas aos desenvolvimentos tecnológicos e novas cultivares de trigo com alto potencial de produtividade e qualidade industrial, têm mostrado resultados promissores desde a década de 70, conforme pesquisas da Embrapa.

    A triticultura no estado tem o potencial de atender às necessidades das fábricas de suco e outros segmentos industriais, fortalecendo ainda mais a economia local e garantindo um futuro promissor para a produção de trigo em Mato Grosso.

  • Produção nacional de petróleo cresce 3,9% em maio

    Produção nacional de petróleo cresce 3,9% em maio

    Em maio deste ano, houve aumento na produção de petróleo e na de gás natural, e também na produção do pré-sal. A produção total (petróleo + gás natural) foi de 4,234 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).

    Com relação ao petróleo, foram extraídos 3,318 milhões de barris por dia (bbl/d), um crescimento de 3,9% na comparação com o mês anterior e de 3,6% em relação ao mesmo mês de 2023.

    Os dados constam do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural de maio de 2024 que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgou nesta terça-feira (2), no Rio de Janeiro.

    A produção de gás natural em maio foi de 145,63 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d). Houve alta de 6,6% frente a abril de 2024 e de 0,8% na comparação com maio de 2023.

    Pré-sal

    A produção total (petróleo + gás natural) no pré-sal, em maio, foi de 3,314 milhões de boe/d e correspondeu a 78,3% da produção brasileira.

    Esse número representa alta de 5% em relação ao mês anterior e de 3,7% na comparação com o mesmo mês de 2023. Foram produzidos 2,599 milhões de bbl/d de petróleo e 113,73 milhões de m³/d de gás natural por meio de 145 poços.

    Gás natural

    Em maio, o aproveitamento de gás natural foi de 97,6%. Foram disponibilizados ao mercado 46,75 milhões de m³/d e a queima foi de 3,55 milhões de m³/d. Houve queda de 9,5% na queima em relação a abril e de 14,2% na comparação com maio de 2023.

    Origem da produção

    Os campos marítimos produziram, em maio, 97,5% do petróleo e 86,2% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foram responsáveis por 88,88% do total produzido. A produção teve origem em 6.549 poços, sendo 504 marítimos e 6.045 terrestres.

    O boletim mensal também informa que, em maio, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás, registrando 755,46 mil bbl/d de petróleo e 37,01 milhões de m³/d de gás natural. A instalação com maior produção de petróleo e gás natural foi a FPSO Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, com 179.546 bbl/d de petróleo e 11,68 milhões de m³/d de gás.

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  • Produção de etanol em MT aumenta 3.700% em sete anos, aponta Bioind

    Produção de etanol em MT aumenta 3.700% em sete anos, aponta Bioind

    O diretor-executivo das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (Bioind MT), Giuseppe Lobo, traçou um panorama promissor para a indústria do etanol no Mato Grosso, que recentemente conquistou a vice-liderança nacional na produção do biocombustível na safra 2022/2023. Ele foi um dos palestrantes nesta quarta-feira (22.05) do XII Seminário de Energia, realizado na Fiemt.

    Lobo destacou o salto significativo do estado, que em 2017 produzia apenas 150 milhões de litros de etanol por ano, e agora, na safra 2023/2024, alcançou a marca de 5,72 bilhões de litros. Esse crescimento meteórico, de mais de 3.700% em apenas sete anos, se deve principalmente à introdução do milho como matéria-prima.

    O milho, cultura com grande oferta no Mato Grosso, impulsionou a produção e possibilitou uma expectativa de crescimento de 10% para a próxima safra, com a estimativa de produção de 6,3 bilhões de litros.

    Apesar do cenário positivo, o diretor-executivo da Bioind ressalta os desafios que o setor enfrenta, como a questão logística e a tributária. O estado, com sua grande extensão territorial e população relativamente pequena em cerca de 3,5 milhões de habitantes, tem um consumo interno de etanol reduzido, o que exige a exportação da maior parte da produção para outros estados. Essa logística complexa aumenta consideravelmente os custos, diminuindo a competitividade do etanol mato-grossense em relação a outros estados.

    “Nós estamos a mais de 1000 km dos nossos principais mercados. Então essa é uma dificuldade que a gente tem e o custo logístico é muito caro, tirando consideravelmente a competitividade do etanol aqui de Mato Grosso. A gente tem aí dois estados vizinhos, Goiás e Mato Grosso do Sul, com uma política muito agressiva de incentivo à produção de etanol e com condições logísticas melhores. Temos conversado com o Governo do Estado para gente dar uma política de incentivo à industrialização de etanol para melhorar a nossa competitividade”.

    O diretor da Bioind também abordou a crescente importância do milho na produção de etanol no estado. Com o aumento da demanda pelo biocombustível, a estimativa é que a indústria processe cada vez mais milho, impulsionando ainda mais a economia local.

    “Esse milho produzido era praticamente todo exportado in natura, então com a introdução do etanol de milho, hoje a gente já processa mais de 10 milhões de toneladas de milho, dos 45 milhões que são produzidos em Mato Grosso. A tendência é que com a expansão da indústria do etanol a gente processe cada vez mais”.

    Lobo destaca ainda a relevância do etanol para a transição energética, mencionando seu uso em diversas áreas, como na aviação através do SAF (combustível sustentável de aviação).

    “A gente tem também uma perspectiva de estabilidade na mistura que traz segurança jurídica e garantia de que a gente não vai ter sobressaltos do ponto de vista regulatório. O etanol tem sido utilizado de várias formas. São iniciativas que contribuem para essa transição energética que a gente vem tocando aqui no Brasil”.

  • Preços do etanol se mantêm firmes no mercado paulista

    Preços do etanol se mantêm firmes no mercado paulista

    Os preços do etanol mantêm-se estáveis no mercado paulista, mesmo com o avanço da safra 2024/25, conforme apontam pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Esta estabilidade é atribuída não apenas à postura firme dos vendedores, mas também ao fato de que distribuidoras continuam adquirindo volumes expressivos do biocombustível no mercado spot.

    De acordo com os dados coletados entre os dias 6 e 10 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado encerrou o período cotado a R$ 2,3496 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), apresentando um aumento de 0,32% em relação ao período anterior. Já para o etanol anidro, houve um avanço de 1,35%, com o Indicador CEPEA/ESALQ atingindo R$ 2,6887 por litro (líquido de PIS/Cofins).

    Os especialistas do Cepea observam que as usinas encontram-se no início da moagem do ciclo atual. Com o progresso das atividades, é esperado um enfraquecimento nos preços do etanol. Além disso, a boa liquidez do mercado tem contribuído para reduzir a necessidade de venda por parte das usinas.

    Esses dados refletem a dinâmica do mercado de etanol no estado de São Paulo, evidenciando a importância de monitorar de perto o comportamento dos preços e das atividades das usinas ao longo do ciclo de produção.

  • B3 vai realizar leilões para comercialização de petróleo e gás natural

    B3 vai realizar leilões para comercialização de petróleo e gás natural

    A B3, bolsa de valores brasileira sediada em São Paulo, vai realizar, pelos próximos três anos, leilões para comercialização das parcelas de petróleo e gás natural da União nos contratos de partilha de produção e na Jazida Unitizada de Tupi. A B3 foi contratada com essa finalidade pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), que desde novembro de 2013 atua na gestão dos Contratos de Partilha de Produção; na representação da União nos Acordos de Individualização da Produção (Unitização); e na gestão da comercialização de petróleo e gás natural.

    O calendário de leilões de petróleo está sendo definido pela PPSA e o MME, visando dar maior previsibilidade para o mercado. Os dois primeiros leilões para a venda do óleo da União estão previstos para julho deste ano e abril de 2025. Os demais leilões de petróleo ocorrerão a partir do quarto trimestre de 2025, enquanto um leilão exclusivo de gás está sendo avaliado, sem previsão ainda de data.

    Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, os recursos do óleo e gás da União são fundamentais para assegurar investimentos em saúde, educação e na transição energética, por meio do Fundo Social.

    Edital

    A diretora Técnica e presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, informou que o leilão de julho vai comercializar as cargas de Mero e Búzios de 2025, cujos contratos de compra e venda de petróleo vencem em dezembro deste ano. Neste mês de maio, será lançado o edital com todas as informações do leilão, programado para 31 de julho. Tabita Loureiro está em Houston, Texas, onde participará, na próxima quarta-feira (8), da Offshore Tecnology Conference (OTC).

    A diretora e presidente interina da PPSA disse ainda que estão sendo definidos os volumes de óleo que serão disponibilizados em cada um dos leilões. “Sabemos que a curva da União é crescente e, por isso, decidimos estabelecer um calendário para oferecer previsibilidade aos compradores. Entendemos que essa estratégia poderá resultar em maior competitividade e melhores resultados para a União”, afirmou. Na OTC, Tabita abordará as perspectivas do setor offshore (alto mar) no Brasil.

    A definição das datas ajudará os compradores a planejar a logística para o offloading (conjunto de operações objetivando o transporte do petróleo produzido pela unidade marítima), destacou o diretor de Administração, Finanças e Comercialização da PPSA, Samir Awad. “Considerando o aumento expressivo da produção da União esperado para os próximos anos, as empresas potencialmente interessadas em comprar o petróleo da União precisam se planejar para, no curto e médio prazo, disporem de navios aliviadores de posicionamento dinâmico para os alívios da PPSA. Estamos falando de uma produção diária da União com potencial de atingir mais de 500 mil barris por dia em 2029”.

    Produção

    A estimativa é que a curva de produção de petróleo e gás natural da União dê um salto nos próximos anos. A produção de petróleo deverá passar dos atuais 50 mil barris por dia (bpd) para 103 mil bpd em 2025, 234 mil bpd em 2026, 327 mil bpd em 2027, 417 mil bpd em 2028, chegando ao pico de 564 mil bpd em 2029. A curva do gás natural também é ascendente. A partir de 2027, deverá atingir 1,7 milhão de metros cúbicos (m³). Em 2028, a expectativa é chegar a 2,9 milhões de m³ e, em 2029, alcançar 3,5 milhões de m³.

    Outros três leilões de petróleo já foram realizados pela PPSA na B3. No último, ocorrido em novembro de 2021, foram comercializadas as produções da União de longo prazo de Mero, Búzios, Sapinhoá e Tupi, sendo que as produções de Mero e Búzios foram vendidas com contratos de três anos e dos demais, com contratos de cinco anos. Desde então, a União passou a contar também com produção de petróleo em Sépia e Atapu, que estão sendo comercializadas por meio de consulta direta ao mercado, informou a PPSA por meio de sua assessoria de imprensa.

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Mato Grosso é segundo maior produtor nacional de etanol

    Mato Grosso é segundo maior produtor nacional de etanol

    O Bioind MT (Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso) e o IMEA (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgam o balanço da safra 2023/24 de cana-de-açúcar e milho no Estado mato-grossense, um dos maiores produtores de etanol e derivados bioenergéticos.

    Nesta safra, a produção total de etanol (cana e milho) em Mato Grosso bateu recorde, atingido 5,72 bilhões de litros, um aumento de 32% em relação ao período anterior (4,34 bilhões de litros). Este é o maior percentual de crescimento anual da produção de etanol já registrado no Estado.

    Com este resultado, Mato Grosso alcança, pela primeira vez, a vice-liderança na produção nacional de etanol, atrás apenas de São Paulo. Quando se trata apenas de etanol de milho, o estado já é o maior produtor do Brasil. O crescimento da produção total de etanol foi resultado do aumento da capacidade produtiva das usinas (ampliação e nova planta), além da melhor performance das indústrias no Estado. O índice de rendimento industrial para milho e cana foi recorde nesta safra.

    Do total de etanol produzido na safra 2023/24, 4,54 bilhões de litros vieram do milho; e 1,18 bilhão de litros da moagem de cana. Deste volume, 3,73 bilhões de litros foram de etanol hidratado (biocombustível que vai direto para as bombas), e 1,99 bilhão de litros de anidro (produto que é adicionado à gasolina).

    “Com esse resultado, Mato Grosso se consolida como um dos grandes polos da bioenergia no Brasil, a indústria do futuro sustentável e da transição energética, e um dos motores do desenvolvimento econômico nacional nas próximas décadas”, afirma o presidente do Bioind MT, Silvio Rangel.

    Para a próxima safra (2024/25), a expectativa do IMEA é que a produção total de etanol alcance 6,30 bilhões de litros, um acréscimo de 10,03% em relação ao realizado nesta safra. Deste volume, 5,207 bilhões de litros devem vir do milho e 1,088 bilhão, da cana.

    “Estamos falando de uma indústria que hoje traz, pelo menos, quatro importantes benefícios para o país. Produz biocombustíveis e óleo de milho; fornece fertilizantes e proteína vegetal para alimentação animal e levedura; emite créditos de carbono; e gera energia elétrica a partir de resíduos. É um setor onde tudo é reaproveitado e produz renda, gera empregos e aumenta a arrecadação de impostos”, completa Rangel. Hoje, Mato Grosso tem 18 indústrias de etanol e outras quatro podem iniciar operação nos próximos anos.

    O Estado também concorre para ter a primeira indústria de etanol carbono negativo do mundo, por meio da tecnologia de BECCS (bioenergia com captura e armazenamento de carbono) que está sendo desenvolvida em indústrias instaladas no Estado.

    Milho: produção de etanol de milho cresceu 38%

    Na safra 2023/24, o Mato Grosso produziu 43,8 milhões de toneladas de milho, responsável por 38% da safra nacional. Neste período, a moagem de milho também foi recorde, 10,11 milhões de toneladas, um crescimento de 37,86%, o maior percentual de crescimento anual já registrado no Estado. O mesmo para a produção de etanol, cujo crescimento foi de 38,40% em relação ao período anterior. “As usinas de etanol de milho mudaram a relação da oferta e demanda estadual do cereal, desempenhando um papel importante na sustentação do consumo desse produto e dando suporte para o crescimento da produção mato-grossense de milho”, explica a gestora de desenvolvimento regional do IMEA, Vanessa Gasch.

    O índice de rendimento industrial na produção de etanol foi de 449,27 litros/tonelada de milho. Hoje, o MT responde por 72,03% da produção nacional de etanol de milho, que foi de 4,54 bilhões de litros.

    Outro destaque nesta safra foi o DDG (Grãos Secos de Destilaria), um coproduto do etanol de milho utilizado na alimentação animal. A produção de DDG foi de 2,12 milhões de toneladas, contra 1,6 milhão de toneladas no período anterior.

    Os principais mercados do DDG mato-grossense foram o de Minas Gerais (31,4%), seguido por São Paulo (14,7%), Paraná (12,6%), Goiás (11,6%) e Mato Grosso do Sul (10%), além do próprio consumo interno (35,5% da produção).

    Cana-de-açúcar: aumento de 10,6% na moagem

    A moagem da cana teve aumento de 10,6%, totalizando 17,65 milhões de toneladas, o mesmo volume da safra recorde no Estado registrado na temporada 2019/20. Nesta safra, o rendimento industrial na produção de etanol em Mato Grosso atingiu 100 litros/tonelada, o maior desde o início da série histórica.

    Da safra 2023/24, 12,08 milhões foram destinados a produção de etanol e 5,57 milhões tiveram como destino a produção de açúcar. A produção de açúcar atingiu o recorde de 537,7 mil toneladas, volume 7% superior à safra anterior.

    Dentre os motivos para esse movimento, está a menor oferta de açúcar no mercado internacional, limitado em função da quebra de safra da cana em países asiáticos, como Índia e Tailândia, o que estimulou os preços no mercado mundial e a demanda pelo produto produzido no Brasil. Este cenário fez as exportações de açúcar matogrossense registrarem o maior volume desde 2009, segundo a Secretária de Comércio Exterior (Secex).