Tag: prisões

  • Operação ‘Campo Minado’ explode tráfico de drogas em Cáceres

    Operação ‘Campo Minado’ explode tráfico de drogas em Cáceres

    Em uma ação conjunta que abalou as estruturas do tráfico de drogas no bairro Marajoara em Cáceres, a Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) a Operação Campo Minado.

    Com 20 ordens judiciais, sendo 16 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, a operação visou desarticular uma rede criminosa que utilizava um campo de futebol como ponto de venda e consumo de entorpecentes.

    As investigações, que se iniciaram há cerca de cinco meses, revelaram um cenário preocupante: o campo de futebol, local de lazer e confraternização, havia se tornado um verdadeiro “campo minado” para a comunidade, onde usuários e traficantes se reuniam livremente para comercializar e consumir drogas. Imagens coletadas durante o monitoramento da região comprovam a intensa movimentação no local, com diversos usuários comprando drogas abertamente.

    Apesar das prisões em flagrante realizadas durante a investigação, a reincidência dos criminosos após a obtenção da liberdade condicional demonstrava a necessidade de uma ação mais contundente.

    A Operação Campo Minado surge como resposta a essa problemática, buscando desarticular a rede criminosa e devolver a segurança ao bairro Marajoara.

    Um Campo Minado de Tráfico e Crime

    O nome da operação faz uma analogia direta ao local onde o tráfico de drogas se instalou, transformando o campo de futebol em um ambiente perigoso e insalubre para a comunidade.

    A escolha do nome também serve como um alerta para os perigos do tráfico e da dependência química, que afetam não apenas os indivíduos envolvidos, mas toda a sociedade.

    Operação Reúne Forças Policiais

    Para garantir o êxito da Operação Campo Minado, a Polícia Civil contou com o apoio da Delegacia Especial de Fronteira (Defron), Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), Delegacia Especializada de Defesa da Mulher e Delegacia Especializada do Adolescente (Dea) de Cáceres, além das equipes da Força Tática da Polícia Militar e CanilFron.

    A ação conjunta demonstra o compromisso das forças de segurança com o combate ao tráfico de drogas e a garantia da ordem pública em Cáceres. A comunidade é fundamental para o sucesso de operações como essa, denunciando atividades suspeitas e colaborando com as investigações.

    Juntos por um Cáceres Livre do Tráfico

    A Operação Campo Minado representa um passo importante na luta contra o tráfico de drogas em Cáceres. No entanto, o trabalho não termina aqui. É necessário um esforço contínuo de todas as esferas da sociedade para garantir um futuro livre do tráfico e da criminalidade.

    A Polícia Civil reforça seu compromisso com a segurança da população e convida a comunidade a se unir nessa luta. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo 190 ou nas delegacias de polícia.

  • Pesca predatória nos rios Araguaia, Fontoura, Crisóstomo e Tapirapé: operação apreende armas, petrechos e prende três pessoas

    Pesca predatória nos rios Araguaia, Fontoura, Crisóstomo e Tapirapé: operação apreende armas, petrechos e prende três pessoas

    Em uma ação conjunta entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e a 3ª Companhia Independente de Polícia Militar de Proteção Ambiental do Araguaia, uma operação realizada entre os dias 9 e 13 de maio resultou na apreensão de armas, petrechos e na condução de três pessoas para a delegacia.

    A ação, coordenada pela Unidade Desconcentrada de Confresa da Sema-MT (DUD/Sema-MT), visava combater a pesca predatória nos rios Araguaia, Fontoura, Crisóstomo e Tapirapé.

    Apreensões e prisões

    Durante a operação, foram apreendidas oito redes de pesca e três tarrafas no rio Araguaia, além de quatro armas de fogo: três no rio Tapirapé e uma no rio Fontoura. Três pessoas foram detidas por pesca predatória e conduzidas para a delegacia.

    Fiscalização constante

    A Sema-MT reforça que a fiscalização contra a pesca predatória é constante em todas as regiões do Estado, com operações embarcadas e barreiras terrestres. O objetivo é coibir o uso ilegal de redes, tarrafas e outros métodos que colocam em risco a fauna e flora aquáticas.

    Denúncias

    A população pode denunciar a pesca ilegal e outros crimes ambientais à Ouvidoria Setorial da Sema-MT, pelos seguintes canais:

    Telefone: 0800 065 3838

    Aplicativo: MT Cidadão

    Presencialmente: em uma das regionais da Sema

    Denúncias de crimes ambientais também podem ser feitas à Polícia Militar pelo telefone 190.

  • RS: ao menos 47 pessoas são presas por crimes em meio à calamidade

    RS: ao menos 47 pessoas são presas por crimes em meio à calamidade

    Ao menos 47 pessoas já foram presas no Rio Grande do Sul, suspeitas de cometerem crimes em meio a calamidade pública provocada pelas consequências das fortes chuvas que atingem o estado desde o dia 26.

    Segundo a secretaria estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, 41 pessoas foram detidas em flagrante pela suposta participação em saques, e seis homens são suspeitos de cometer abusos sexuais.

    De acordo com o governador Eduardo Leite, os seis casos de violência sexual ocorreram em abrigos que estão recebendo as pessoas cujas residências foram atingidas por efeitos adversos das chuvas como enxurradas, inundações, alagamentos, deslizamentos e desmoronamentos e que não tinham para onde ir. Em todo o estado, há 67.563 pessoas desabrigadas e pouco mais de 400 abrigos.

    “Nos casos de abuso relatados, nossas equipes de segurança entraram imediatamente em operação e as pessoas [suspeitas] foram presas”, informou Leite, acrescentando que, nos seis casos, as vítimas eram crianças parentes das pessoas detidas.

    “Lamentavelmente, envolvem familiares das crianças. O que sinaliza a possibilidade desses abusos acontecerem já anteriormente e que a situação nos abrigos, na verdade, escancarou, revelou isso, dando inclusive a oportunidade do Poder Público agir”, disse Eduardo Leite.

    Diante do grande número de desabrigados, o governo estadual estuda abrir abrigos exclusivos para mulheres, crianças e jovens, disse o governador.

    “É uma das nossas ações prioritárias dar a oportunidade de um abrigo em situação especialíssima para quem se sinta em uma situação vulnerável e precise de um acolhimento especial”, explicou Leite.

    Saques

    O secretário estadual da Segurança Pública, Sandro Caron, destacou a preocupação das forças de segurança em coibir saques. Segundo ele, em várias cidades agentes da Brigada Militar e da Polícia Civil têm usado embarcações para fazer o policiamento ostensivo em um cenário de ruas alagadas e edificações parcialmente submersas.

    “Com isso, os saques já reduziram muito nos últimos dias”, garantiu Caron, sem fornecer números de ocorrências. Ainda segundo o secretário, até sábado (11), a pasta habilitará 1 mil reservistas da Brigada Militar, convocados por meio do Programa Mais Efetivo, para atuar no policiamento, inclusive para reforçar a segurança dos abrigos públicos.

    “Temos este foco agora muito direcionado para os abrigos. Em alguns deles, já temos, permanentemente, integrantes da Brigada Militar e da Polícia Civil. Aqueles poucos que ousarem cometer crimes, especialmente dentro dos abrigos, serão presos”, garantiu Caron.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Polícia Civil de Lucas do Rio Verde prende quatro foragidos da Justiça e apreende arma e veículo

    Polícia Civil de Lucas do Rio Verde prende quatro foragidos da Justiça e apreende arma e veículo

    Quatro pessoas com mandados de prisão em aberto foram detidas pela Polícia Civil, em ações distintas realizadas pelas equipes da Delegacia de Lucas do Rio Verde. As prisões resultaram ainda na apreensão de uma arma de fogo e de um veículo, produto de apropriação indébita.

    Foragido em Cuiabá preso em flagrante

    Uma das prisões foi realizada com apoio da equipe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). O procurado, que já possuía mandado de prisão em aberto, foi localizado em Cuiabá, onde atuava da mesma forma que no município de Lucas do Rio Verde.

    Troca de informações leva à prisão de outro foragido

    Um segundo foragido da Justiça foi localizado após troca de informações entre a Polícia Federal e os policiais da Delegacia de Lucas do Rio Verde. Com base nos elementos apurados, foi possível dar cumprimento ao mandado em desfavor do procurado, que relatou que seus documentos estavam em sua residência.

    No endereço do preso, os policiais apreenderam uma arma de fogo, lavrando contra ele o flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.

    Veículo produto de apropriação indébita recuperado

    Em outra ação, a equipe policial recebeu informações da Polícia Rodoviária Federal sobre um veículo com registro de apropriação indébita transitando no município.

    Com base nas informações, os policiais realizaram diligências, conseguindo localizar o veículo e abordar o motorista, que foi conduzido à delegacia para as providências cabíveis.

    Suspeito de homicídio preso após tentativa de fuga

    Entre os presos, também está um homem envolvido em crimes de homicídios ocorridos em Lucas do Rio Verde. O suspeito foi localizado no bairro Jardim Primavera, ocasião em que, ao perceber a presença dos policiais, tentou fugir, mas acabou detido.

    Ele foi encaminhado à delegacia, onde foram tomadas as providências cabíveis para o cumprimento dos mandados, sendo posteriormente colocado à disposição da Justiça.

    Ações demonstram o compromisso da Polícia Civil com a segurança pública

    As prisões e apreensões demonstram o compromisso da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde com a segurança pública, combatendo a criminalidade e tirando de circulação indivíduos perigosos. A instituição segue trabalhando para garantir a paz e a ordem social no município.

  • Operação Mala Falsa: Trio de golpistas que aplicava golpes usando BNDES é preso em Cuiabá

    Operação Mala Falsa: Trio de golpistas que aplicava golpes usando BNDES é preso em Cuiabá

    Uma ação conjunta da Polícia Civil de Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal resultou na prisão de três golpistas que atuavam em diversas cidades do Centro-Oeste.

    A operação, denominada Mala Falsa, foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (24) e cumpriu dez mandados judiciais, incluindo buscas, prisões, bloqueio de bens e quebra de sigilo bancário e fiscal.

    Investigação e prisões

    A investigação que deu origem à operação teve início em fevereiro deste ano, quando a Polícia Civil de Cuiabá apreendeu uma mala com dinheiro falso em um hotel da capital mato-grossense. Na ocasião, um grupo de suspeitos foi detido.

    Em março, o mesmo grupo foi preso novamente, quando tentava aplicar um novo golpe em Cuiabá. Na ação, foram apreendidos apetrechos para falsificação de dinheiro.

    Com base nas provas coletadas, três dos suspeitos tiveram as prisões preventivas decretadas e, hoje, foram alvos da Operação Mala Falsa.

    Modus operandi

    O golpe aplicado pelos suspeitos consistia em oferecer empréstimos e investimentos com juros abaixo da média do mercado, utilizando o nome do BNDES para ludibriar as vítimas.

    Para garantir o “acordo”, os golpistas solicitavam o pagamento de uma comissão em dinheiro vivo, que deveria ser feito em espécie.

    Histórico criminal dos suspeitos

    Um dos líderes da quadrilha, responde a 20 inquéritos policiais e possui diversos boletins de ocorrência registrados contra ele.

    Outro investigado também possui antecedentes criminais e já foi preso em flagrante em 2015.

    O terceiro envolvido nos golpes,  responde a inquéritos por crimes como associação criminosa, oferecimento de propina e estelionato.

    Bens apreendidos e bloqueios

    Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em cidades de Goiás (Mineiros, Valparaíso e Alexânia) e no Distrito Federal.

    Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de bens e a indisponibilidade de R$ 400 mil das contas dos investigados.

    Combate ao crime

    A Operação Mala Falsa é um importante passo no combate aos crimes de estelionato e falsificação de moeda na região. A ação demonstra o compromisso das Polícias Civis dos três estados em combater esse tipo de crime e proteger a população.

  • Suspeitos de duplo homicídio em Peixoto de Azevedo são presos pela Polícia Civil

    Suspeitos de duplo homicídio em Peixoto de Azevedo são presos pela Polícia Civil

    Duas pessoas envolvidas no duplo homicídio que vitimou duas pessoas durante um almoço no último domingo (21) em Peixoto de Azevedo foram presas na noite de segunda-feira (22) pela Polícia Civil.

    As prisões ocorreram durante diligências ininterruptas para localizar os autores do crime e contaram com o apoio da Delegacia de Alta Floresta e de equipes da Delegacia Regional de Guarantã do Norte.

    Prisões e Motivação

    Os presos foram identificados como como sendo o companheiro da mulher e padrasto do filho dela. Além do irmão do homem, que confessou a participação no duplo homicídio. As prisões aconteceram em uma residência na região central de Alta Floresta.

    Mãe e filho continuam foragidos e são considerados suspeitos de envolvimento no crime.

    As investigações apontam que o alvo principal do crime era o dono da residência onde ocorria a confraternização. Segundo a delegada Anna Marien, responsável pelas investigações, o dono da casa teria feito ameaças públicas contra os investigados em razão de um processo referente a um contrato de aluguel.

    Detalhes do Crime e Confissão

    O companheiro da mulher confessou sua participação no crime, relatando que ele foi a pessoa que entrou na residência com Inês e Bruno e efetuou os disparos contra as vítimas, sem dar chance de defesa. Durante a execução do crime, o irmão dele ficou na camionete Ford Ranger do lado de fora da casa, aguardando para dar fuga aos seus comparsas.

    “Com as prisões, foi possível identificar um quarto envolvido no crime, até então desconhecido. Acreditávamos que o homem de camiseta preta que entrou na casa e efetuou os disparos era o marido e padrasto dos outros dois autores do crime”, disse a delegada Anna Marien.

    Próximos Passos

    Após a prisão, os dois autores foram encaminhados para a Delegacia de Alta Floresta, onde todas as providências cabíveis foram tomadas pelo delegado Thiago Marques Berger. O delegado representará pela conversão do flagrante em prisão preventiva.

  • Jaguar com R$ 6,6 mil escondidos: Operação Apito Final desvenda esquema milionário de lavagem de dinheiro

    Jaguar com R$ 6,6 mil escondidos: Operação Apito Final desvenda esquema milionário de lavagem de dinheiro

    Uma operação da Polícia Civil de Mato Grosso, denominada Apito Final, desarticulou um esquema milionário de lavagem de dinheiro por uma organização criminosa que atua em Cuiabá.

    Entre os bens apreendidos, destaca-se um veículo Jaguar que, além de ostentar luxo, escondia R$ 6,6 mil camuflados debaixo do tapete. A quantia reforça as provas reunidas no inquérito e evidencia a forma de agir da organização, que buscava ocultar a origem ilícita dos valores.

    Dinheiro em espécie: ferramenta da organização para dissimular origem ilícita

    O Jaguar apreendido, junto com outros 16 veículos, pertencia a um dos alvos da operação. Segundo o delegado Gustavo Belão, a quantia em dinheiro encontrada corrobora as provas de lavagem de dinheiro, evidenciando que a organização preferia transações em espécie para dificultar o rastreamento da origem dos valores.

    Operação Apito Final: um duro golpe contra o crime organizado

    A operação, deflagrada na semana passada, cumpriu 54 ordens judiciais e resultou na prisão de 20 pessoas, incluindo o líder da facção e responsável pelo tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis. A investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) durou dois anos e apurou que a organização movimentou R$ 65 milhões em bens móveis e imóveis para lavar o dinheiro do tráfico.

    Ostentação e dissimulação: as estratégias da organização criminosa

    Para dar aparência lícita aos seus ganhos ilícitos, o grupo investia em bens de luxo, como:

    Veículos: BMW X5, Volvo CX 60, Toyota Hilux, Amarok, Jeep Commander, Mitsubishi Eclipse, Pajero e diversos modelos Toyota Corolla.

    Imóveis: Diversos imóveis de alto padrão.

    Times de futebol amador: Criação de times de futebol amador.

    Espaço esportivo: Construção de um espaço esportivo.

    Compra e venda de veículos: um esquema para lavar dinheiro

    As análises financeiras da Polícia Civil revelaram que os criminosos utilizavam garagens como laranjas para comprar e vender veículos, dissimulando a posse e propriedade dos bens e lavando o dinheiro do tráfico de drogas. Em apenas um ano, o grupo movimentou cerca de R$ 8 milhões com a compra e venda de 43 veículos.

    Investigação robusta e prisões: um passo importante na luta contra o crime

    A Operação Apito Final demonstra o compromisso da Polícia Civil de Mato Grosso no combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro. A investigação robusta e as prisões realizadas representam um passo importante para desarticular as ações criminosas e garantir a segurança da sociedade.

    A luta contra o crime organizado continua

    A Operação Apito Final é um exemplo do trabalho árduo e incessante da Polícia Civil de Mato Grosso no combate ao crime organizado. A investigação demonstra a capacidade da instituição de desarticular complexas estruturas criminosas e garantir a justiça para a sociedade.

  • Treze de 19 presídios inspecionados pelo CNJ em Goiás têm superlotação

    Treze de 19 presídios inspecionados pelo CNJ em Goiás têm superlotação

    Relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indica que há superlotação em 13 dos 19 estabelecimentos prisionais inspecionados pelo órgão em maio e junho do ano passado no estado de Goiás. O documento foi publicado neste mês na internet.

    Em alguns presídios, a taxa de ocupação é mais do que o dobro da capacidade prevista – como ocorre na Unidade Prisional Regional de São Luís de Montes Belos, na Unidade Prisional Regional de Rio Verde, na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia e na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães.

    Nessas duas últimas unidades prisionais, a capacidade projetada é para 906 presos, como estabelece o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP). Mas estavam confinadas 1.940 pessoas na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia e 1.840 na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães.

    Na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia, “em algumas celas a situação de superlotação é ainda mais agravada. A título de exemplo, em um dos espaços havia 76 pessoas, mas somente 22 colchões”, descreve o relatório.

    Na unidade, o excesso de presos contraria normas e princípios. O local se destina, “desde sua origem, à custódia de presos provisórios, [mas] em todos os blocos foi relatada a presença de pessoas sentenciadas.” Além disso, há homens e mulheres presos no complexo, o que é proibido pela Lei de Execução Penal.

    Na Unidade Prisional Regional de São Luís de Montes Belos, a capacidade máxima é para 66 pessoas, mas havia 149 presos. A Unidade Prisional Regional de Rio Verde deve comportar até 147 pessoas, mas o CNJ flagrou 299 presos amontoados.

    Também havia superlotação (veja tabela abaixo) na Unidade Prisional Regional de Anápolis (taxa de ocupação de 196,49%), na Unidade Prisional Regional de Novo Gama (180,65%), na Unidade Prisional Regional de Alexânia (162,67%), na Penitenciária Feminina Consuelo Nasser (155,74%), na Unidade Prisional Regional de Caldas Novas (147,28%), na Unidade Prisional Regional de Morrinhos (147,24%), na Unidade Prisional Regional de Mineiros (144,63%), na Unidade Prisional Regional de Valparaíso de Goiás (140,48%), na Unidade Prisional Regional de Planaltina de Goiás (136,1%) e na Unidade Prisional Regional Feminina de Israelândia (115,69%).

    LOTAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS Unidade Vagas Total geral Taxa de ocupação Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia 906 1.940 214,13% Penitenciária Coronel Odenir Guimarães 906 1.840 203,09% Penitenciária Feminina Consuelo Nasser 61 95 155,74% Unidade Prisional Regional de Novo Gama 62 112 180,65% Unidade Prisional Especial de Planaltina de Goiás 388 186 47,94% Unidade Prisional Especial Núcleo de Custódia 88 25 28,41% Unidade Prisional Regional Central de Triagem 212 199 93,87% Unidade Prisional Regional de Águas Lindas de Goiás 133 124 93,23% Unidade Prisional Regional de Alexânia 75 122 162,67% Unidade Prisional Regional de Anápolis 285 560 196,49% Unidade Prisional Regional de Caldas Novas 184 271 147,28% Unidade Prisional Regional de Mineiros 127 175 144,63% Unidade Prisional Regional de Morrinhos 127 187 147,24% Unidade Prisional Regional de Planaltina de Goiás 446 607 136,10% Unidade Prisional Regional de Rio Verde 147 299 203,40% Unidade Prisional Regional de São Luís de Montes Belos 66 149 225,76% Unidade Prisional Regional de Valparaíso de Goiás 168 236 140,48% Unidade Prisional Regional Feminina de Israelândia 51 59 115,69% Unidade Prisional Regional Feminina de Luziânia 100 74 74%

    Fonte: Relatório de Inspeções – Estabelecimentos Prisionais do Estado de Goiás (2023), p.49.

    Castigos e sanções

    O CNJ também verificou “diversos indícios de tortura e maus-tratos.” O relatório traz fotos de “pessoas com feridas visíveis, hematomas e marcas de munição de elastômero [balas de borracha].”

    Segundo o documento, “foram uníssonos os relatos de existência de ‘castigos’ e sanções com emprego de violência, tortura, maus-tratos e outros tratamentos cruéis e degradantes, além da privação de direitos”. “Denúncias recebidas em todos os estabelecimentos prisionais apontam para alarmantes episódios de tortura, envolvendo supostas práticas como eletrochoque, afogamento, sufocamento, desmaio, golpes em genitálias, tapas e, até mesmo, empalamento”, completa o documento.

    Um dos exemplos das torturas sofridas pelos presos pessoas presas é destacado na Unidade Prisional Especial de Planaltina de Goiás, no entorno do Distrito Federal (DF), a cerca de 60 quilômetros de Brasília. A inspeção do CNJ tomou conhecimento de “muitos informes” de que “haveria um espaço denominado ‘galpão’, onde ocorreriam supostas práticas de tortura e maus-tratos.”

    A equipe da visita verificou que no local foram instaladas câmeras recentemente. “Contudo, somente e especificamente nesse espaço, observou-se que os equipamentos não estavam programados para arquivar imagens.”

    O relatório assinala a dificuldade dos presos de denunciarem as condições a que estão submetidos. “Inspira especial preocupação a fragilidade dos fluxos internos para recebimento e investigação de denúncias de tortura, maus-tratos e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes. A ausência de contato com o mundo exterior e a falta ou insuficiência de assistência jurídica agravam o quadro de incomunicabilidade e silenciamento de eventuais violações à integridade física e psicológica das pessoas privadas de liberdade nos estabelecimentos prisionais.”

    O CNJ ressalta que os bloqueios de comunicação também são de fora para dentro dos presídios. “Cumpre destacar, ainda, que foram comuns os relatos de impedimento de acesso por órgãos de controle social vinculados à Política Nacional de Direitos Humanos e ao Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, bem como por instituições da sociedade civil, que cumprem papel fundamental no controle externo dos estabelecimentos prisionais, devendo ser respeitadas e fortalecidas. O cenário constatado parece, ao contrário, ser de criminalização desses órgãos.”

    Comida estragada

    Além da superlotação e das denúncias de tortura, o relatório registra a “indisponibilidade de água potável” em alguns presídios. Na Unidade Prisional Regional de Morrinhos, por exemplo, a água potável é disponibilizada somente durante o almoço e o jantar.

    Há problemas com fornecimento regular e suficiente de insumos básicos de higiene, limpeza e de vestimentas. O relatório alerta para o fornecimento de “alimentação em quantidade e qualidade inadequadas.” No Complexo de Aparecida de Goiânia, um dos presos entrevistados pela inspeção do CNJ “relatou que, devido a alimento estragado desenvolveu problema gastrointestinal e agora usa bolsa de colostomia.”

    O documento ressalta ainda que a vistoria localizou pessoas presas “sem acesso à saúde integral”, sofrendo “agravos em saúde ocasionados pelas condições de encarceramento” e vivenciando “episódios recorrentes de desassistência.”

    Na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia, a equipe do CNJ ouviu “relato de aborto sofrido dentro da unidade, de mulher que indicou estar grávida há 3 meses, mas o teste só foi feito após o aborto, não tendo sido realizado mais nenhum procedimento, embora esteja sentindo dor e com sangramento, prática está em total violação a diretrizes de saúde materno-infantil do Ministério da Saúde.”

    Oito cidades

    A missão do CNJ no estado de Goiás foi realizada entre os dias 29 de maio e 2 de junho de 2023, coordenada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão (STJ), e pelo desembargador Mauro Pereira Martins, então conselheiro supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF). A ex-ministra Rosa Weber, então presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ, acompanhou a missão.

    O relatório é resultado do trabalho de força-tarefa de correição extraordinária formada por 22 magistrados e 27 servidores do CNJ. A equipe percorreu 20% dos presídios do estado de Goiás, em oito cidades: Anápolis, Aparecida de Goiânia, Mineiros, Rio Verde, Águas Lindas, Novo Gama, Planaltina de Goiás e Valparaíso – as quatro últimas no Entorno do DF.

    À época da inspeção, Goiás tinha a oitava maior população prisional no Brasil, com 21 mil pessoas em privação de liberdade em 88 estabelecimentos. Conforme o CNJ, 73,69% das pessoas privadas de liberdade eram negras (pretas e pardas). Em Goiás, havia 298 pessoas presas para cada 100 mil habitantes.

    A Agência Brasil entrou em contato por telefone e e-mail com a assessoria de imprensa do governo de Goiás para pedir uma manifestação a respeito do relatório. Até o fechamento desta reportagem, não obteve retorno.

    O CNJ fez vistorias semelhantes no estado do Ceará (dezembro de 2021), do Amazonas (maio de 2022) e de Pernambuco (agosto de 2022).

    Edição: Juliana Andrade

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  • Operação Baca: Polícia Civil desarticula grupo que enviava drogas para o interior de Mato Grosso

    Operação Baca: Polícia Civil desarticula grupo que enviava drogas para o interior de Mato Grosso

    A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), com apoio da Delegacia Especial de Fronteira (Defron), deflagrou na manhã desta quarta-feira (27) a Operação Baca.

    A ação visava desarticular um grupo criminoso responsável por enviar drogas para o interior do estado.

    Foram cumpridas 12 ordens judiciais, sendo cinco mandados de prisão, quatro de busca e apreensão e três de bloqueio de contas bancárias, nas cidades de Cuiabá e Cáceres.

    Investigações

    As investigações iniciaram em dezembro de 2022, após a prisão de uma mulher em posse de drogas. A partir desse caso, a DRE identificou outros membros do grupo, inclusive o líder, que estava preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).

    Resultados

    A operação resultou na prisão de cinco pessoas, incluindo o líder do grupo e sua esposa, que já estavam presos. Também foram apreendidos drogas, dinheiro e outros objetos.

    Nome da operação

    O nome Baca, que significa “choro, lágrima”, faz referência a uma das integrantes do grupo que, durante sua prisão, tentou comover a equipe policial.

    Impacto da operação

    A Operação Baca representa um duro golpe no tráfico de drogas em Mato Grosso. A ação da Polícia Civil desarticulou um grupo criminoso que era responsável por enviar drogas para diversas cidades do interior do estado.

  • Operação Black Stone: Polícia Civil cumpre 17 mandados contra suspeitos de assassinar sargento da PM

    Operação Black Stone: Polícia Civil cumpre 17 mandados contra suspeitos de assassinar sargento da PM

    A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta segunda-feira (25) a Operação Black Stone, com o objetivo de cumprir 13 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva contra alvos investigados pelo assassinato do sargento da Polícia Militar Djalma Aparecido da Silva, de 47 anos, crime ocorrido no dia 22 de janeiro em Pedra Preta.

    As equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis, com apoio de outras unidades da Polícia Civil, realizaram buscas nas cidades de Pedra Preta, Rondonópolis e Cuiabá.

    Investigações

    A investigação conduzida pela Derf Rondonópolis identificou os responsáveis pelo monitoramento e vigilância da vítima, tanto em Pedra Preta, no dia do crime, quanto em Alto Taquari, onde o policial militar também prestava serviço.

    A Polícia Civil também identificou os autores da execução direta do crime e os responsáveis pelo apoio operacional.

    Objetivo da operação

    Segundo o delegado Santiago Sanches, titular da Derf Rondonópolis, a operação é a segunda etapa da investigação e tem como objetivo aprofundar as provas contra os envolvidos e reunir informações para subsidiar as próximas etapas da apuração criminal. “As investigações continuarão até a identificação de todos os envolvidos, incluindo os mandantes do crime contra o policial militar, e a motivação para o crime”, explica o delegado.

    Prisões

    Na primeira fase da investigação, um dos participantes do homicídio foi preso. No dia 28 de janeiro, Paulo Ricardo da Silva Ferreira foi capturado pelas equipes da Derf Rondonópolis e Delegacia Regional. Ele teve a prisão temporária decretada pela Vara Única de Pedra Preta após ser identificado como o responsável pelo veículo usado no crime.

    Continuidade das investigações

    A Polícia Civil reforça seu compromisso com a elucidação do crime e a responsabilização de todos os envolvidos. A investigação segue em andamento sob sigilo.