Tag: PREVENÇÃO

  • Casos de dengue em Mato Grosso disparam 296% em 20 dias, com quatro mortes confirmadas

    Casos de dengue em Mato Grosso disparam 296% em 20 dias, com quatro mortes confirmadas

    A dengue está se proliferando em Mato Grosso com um aumento alarmante de 296,7% nos casos em apenas 20 dias, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) atualizados até 21 de fevereiro. O número de pessoas infectadas saltou de 1.496 para 5.935, e quatro óbitos foram confirmados, além de outros dois sob investigação.

    Aumento Preocupante:

    296,7% de aumento nos casos de dengue em 20 dias.

    5.935 pessoas foram diagnosticadas com a doença.

    4 óbitos confirmados e 2 sob investigação.

    7.675 casos notificados, dos quais 6.006 são prováveis.

    Sorotipos Circulantes:

    A SES confirmou a circulação dos sorotipos DENV-1 e DENV-2 do vírus da dengue em Mato Grosso.

    Outras Arboviroses:

    Chikungunya: 1.324 casos confirmados, 1.498 notificados e 1.457 prováveis.

    Zika: 31 casos confirmados, 93 notificados e 57 prováveis.

    Municípios com Óbitos:

    Campo Verde (2)

    Confresa (1)

    Várzea Grande (1)

    Municípios com Mais Casos:

    Rondonópolis (1.355)

    Tangará da Serra (1.313)

    Sinop (651)

    Peixoto de Azevedo (436)

    Baixada Cuiabana (405)

    Preocupação com a Prevenção:

    O relaxamento com as medidas de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, preocupa a população.

    Medidas Necessárias:

    É urgente que as autoridades tomem medidas para conter o avanço da dengue em Mato Grosso. Ações de conscientização da população, intensificação da limpeza urbana e combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti são essenciais para evitar novas infecções e mortes.

    Ajude a Combater a Dengue:

    Elimine a água parada de qualquer recipiente.

    Mantenha calhas e ralos limpos.

    Cubra caixas d’água e tambores.

    Utilize repelentes e telas de proteção.

    Denuncie focos do mosquito Aedes aegypti.

    Juntos, podemos evitar a proliferação da dengue e proteger a saúde da população.

  • Trabalhador morre eletrocutado após pulverizador encostar em rede de alta tensão em São José do Rio Claro

    Trabalhador morre eletrocutado após pulverizador encostar em rede de alta tensão em São José do Rio Claro

    Um trabalhador rural, morreu eletrocutado na manhã desta segunda-feira (19) em São José do Rio Claro, Mato Grosso. O acidente aconteceu enquanto ele aplicava inseticidas em uma plantação de milho.

    Segundo informações da Polícia Judiciária Civil, a vítima estava utilizando um pulverizador quando, acidentalmente, um dos braços do equipamento tocou em uma rede de alta tensão. A descarga elétrica foi fatal e o trabalhador morreu no local.

    Uma testemunha relatou que encontrou o homem caído no chão. Ela acionou imediatamente a Energisa, que desligou a energia no local, e a equipe de resgate, que constatou o óbito da vítima.

    A Polícia Judiciária Civil e a Politec de Nova Mutum estiveram no local para realizar a perícia e liberar o corpo.

  • Jovem motociclista morre em acidente com carreta estacionada em Nova Mutum

    Jovem motociclista morre em acidente com carreta estacionada em Nova Mutum

    Um acidente fatal na noite de domingo (18) tirou a vida de um jovem motociclista em Nova Mutum, Mato Grosso. Warleson da Silva Miranda, de 24 anos, colidiu contra a traseira de uma carreta estacionada na Avenida das Araras, no centro da cidade.

    O acidente aconteceu por volta das 22h45. Warleson seguia em uma motocicleta Honda CG Titan, de cor preta, sentido norte, quando colidiu contra a traseira de uma carreta Iveco Stralis, de cor branca, que se encontrava estacionada no local.

    O impacto da colisão foi violento e Warleson não resistiu aos ferimentos. Ele foi encontrado sem vida no local do acidente pelo Corpo de Bombeiros.

    A Polícia Militar, Polícia Civil e Perícia Oficial e Identificação Técnica (POLITEC) também estiveram presentes para colher informações e apurar a causa do acidente.

    O perito criminal João Pedro, da POLITEC, relatou que a carreta estava devidamente sinalizada e parada no acostamento da via. Ele acredita que o motociclista possa ter se distraído ou não tenha percebido o veículo parado.

    Warleson da Silva Miranda, de 24 anos, colidiu contra a traseira de um veículo parado na Avenida das Araras na noite de domingo (18)
    Foto: Djeferson Kronbauer/Power Mix

    O corpo de Warleson foi recolhido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia. Posteriormente, será liberado para procedimentos fúnebres.

    Este é um triste exemplo dos perigos que os motociclistas enfrentam nas vias públicas. É importante que os condutores de motocicletas estejam sempre atentos e redobrem a atenção para evitar acidentes.

  • Segurança nas Escolas: Mato Grosso reforça vigilância com 5,5 mil câmeras de videomonitoramento

    Segurança nas Escolas: Mato Grosso reforça vigilância com 5,5 mil câmeras de videomonitoramento

    A segurança nas escolas estaduais está sendo reforçada pelo Governo de Mato Grosso, com a instalação de 5,5 mil câmeras com serviço de monitoramento 24 horas. Os equipamentos são do Programa Vigia Mais MT, coordenado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).

    Já foram colocadas 402 câmeras em 30 escolas estaduais.

    A primeira a receber as câmeras foi a Escola Estadual Professora Eliane Digigov Santana, no Bairro Bela Vista, em Cuiabá.

    governo instala 55 mil cameras de videomonitoramento para aumentar seguranca nas escolas estaduais interna 1 2024 02 07 354663135 scaledProfessor da Escola Eliane Digigov, José Marcos de Souza, afirma que as câmeras aumentaram a segurança na escola – Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

    O professor José Marcos de Souza afirmou que a vigilância e segurança eletrônica 24 horas nas unidades escolares deixa os pais, alunos e professores mais seguros.

    “Desde o ano passado já está funcionando e dirimiu muitas situações, o que, sem as câmeras, seria impossível, então o Governo está de parabéns por essa iniciativa. Os pais também se sentem mais seguros”, declarou.

    governo instala 55 mil cameras de videomonitoramento para aumentar seguranca nas escolas estaduais interna 2 2024 02 07 747367942
    Equipe do Ciosp pode acompanhar em tempo real imagens das câmeras – Foto: Christiano Antonucci – Secom/MT

    No monitoramento, além do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), as imagens são acompanhadas por um aplicativo baixado no celular, pelo policial que está de plantão.

    O coordenador do Programa Vigia Mais MT, Claudio Alvarez, explicou que as escolas são monitoradas nas áreas de uso comum, como corredores, pátios e muros.

    “O monitoramento é feito tanto pela Segurança Pública quanto pelos profissionais de educação da unidade, pelo professor, diretor e pelo próprio secretário de Educação, em tempo real”, afirmou.

    O Vigia Mais MT proporciona aos estudantes e servidores um ambiente onde as rotinas da escola acontecem com toda a segurança, conforme o secretário de Estado de Educação, Alan Porto. “Esse é mais um legado que essa gestão deixa nesse processo histórico e educacional que Mato Grosso vive desde 2019”, enfatizou.

    Escola Estadual Eliane Digigov, em Cuiabá, foi a primeira a ter câmeras instaladas              Crédito - Christiano Antonucci/ Secom-MT

    Lançado pelo Governo do Estado em março de 2023, o Vigia Mais MT já tem 115 municípios habilitados e 7.500 câmeras entregues. Em Cuiabá e Várzea Grande, a população já conta com cerca de 430 câmeras monitorando ruas, avenidas e praças.

    Ao todo, o programa prevê a entrega de 22 mil câmeras no Estado ainda neste ano para todos os municípios mato-grossenses.

    Confira abaixo a reportagem da jornalista Angelina Miquelleto

  • 30 de janeiro é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da hanseníase

    30 de janeiro é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da hanseníase

    Doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, também conhecida como bacilo de Hansen, a hanseníase é uma doença que acomete principalmente a pele e os nervos, geralmente deixando manchas aparentes.

    De acordo com o Ministério da Saúde, entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou mais de 19 mil novos casos da doença, número superior ao registrado no mesmo período de 2022. O estado do Mato Grosso lidera o ranking com maior taxa de detecção da hanseníase com 3.927 casos, seguido do Maranhão, com 2.086.

    Graças ao avanço da ciência, atualmente a hanseníase tem cura. Carla Preza, médica e professora do curso de Medicina da Unic Beira Rio, destaca que é importante conhecer sobre a doença para identificar possíveis sintomas e formas de prevenção. “Durante o mês de janeiro, as Unidades de Saúde potencializam as ações de orientação, discussão entre as equipes sobre as formas de contágio e reforça, que a hanseníase tem cura e depende do diagnóstico precoce e tratamento adequado, com informação qualificada para ser desmistificada”, pontua.

    Sinais e sintomas

    A hanseníase é uma doença que acomete principalmente a pele e os nervos e, geralmente deixando manchas aparentes na pele avermelhadas, marrons, esbranquiçadas; além de manchas que não são sensíveis ao toque. Caroços no corpo, dolorosos e inflamados, dores articulares, inchaço nas mãos e pés também podem ser avisos da doença. Nos olhos, queixas de ressecamento ocular são frequentes. Sintomas neurais, como sensação de “formigamento” em braços e pernas devem ser sempre investigados. Como a bactéria M. leprae se replica muito lentamente, levando até anos, as lesões na pele podem não surgir rapidamente e não ser o fator na identificação da doença.

    Transmissão

    A transmissão ocorre quando uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB) e que, estando sem tratamento, elimina a bactéria por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis. Nem todos desenvolvem a hanseníase, já que grande parte das pessoas apresenta capacidade de defesa do organismo contra o bacilo. A pessoa com hanseníase deve manter o convívio familiar e não precisa ser afastada do trabalho se o tratamento estiver sendo seguido pois, assim que iniciado, a pessoa deixa de transmitir a doença.

    Tratamento

    O final do mês de janeiro marca o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase e um dos grandes desafios é informar que o tratamento ocorre de forma simples e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Diante de qualquer dúvida mediante os sintomas já mencionados, é preciso buscar atendimento médico para investigação que determinará se há ou não a presença da patologia. O tratamento é ambulatorial, com doses mensais supervisionadas administradas na unidade de saúde e doses autoadministradas no domicílio.

  • Jararaca: como ela introduz seu veneno

    Jararaca: como ela introduz seu veneno

    Em vídeo publicado em seu canal no YouTube, o especialista Haroldo Bauer, conhecido como Rei das Serpentes, explica aos internautas como a cobra jararaca introduz seu veneno, ou seja, sua peçonha nas presas ou até mesmo em uma pessoa, caso seja picado. O incrível Mundo Animal das Cobras.

    Confira o bote certeiro da jararaca em um calango

    A cobra jararaca e seu poderoso veneno

    Cobra jararaca é encontrada em todo território brasileiro

    Bauer explica que a jararaca é uma cobra venenosa que pode ser encontrada em todo o Brasil, principalmente em áreas de mata. Ela é considerada a cobra mais venenosa do país e seu veneno pode causar dor, inchaço, necrose e até mesmo a morte.

    Impressionante! cobra jararaca com dificuldade para engolir enorme sapo

    O veneno da jararaca é injetado por meio de duas presas ocas, localizadas na parte anterior da boca da cobra. Quando a cobra morde, ela abre a boca e pressiona as presas contra a pele da vítima. O veneno é então bombeado através das presas e injetado na vítima.

    O veneno da Jararaca

    O veneno da jararaca é composto de diversas substâncias tóxicas, que podem causar diversos efeitos no organismo da vítima. Os principais efeitos do veneno da jararaca incluem:

    Dor intensa no local da picada

    Inchaço

    Perigo! Cobra jararaca é encontrada dentro de vaso sanitário

    Necrose (morte do tecido)

    Hemorragia

    Choque

    Insuficiência renal

    Morte

    O bote da jararaca é um movimento rápido e preciso, que pode atingir o alvo a uma distância de até 2 metros.

    Bauer explica que o tratamento para picada de jararaca deve ser feito o mais rápido possível. O ideal é procurar um médico imediatamente. O médico irá administrar o soro antiofídico, que é o único tratamento eficaz para picada de cobra venenosa.

    De arrepiar! Cobra coral engole jararaca maior que ela

    O vídeo de Bauer é importante para conscientizar as pessoas sobre os perigos da picada de cobras venenosas. O vídeo também é importante para ensinar as pessoas como se proteger de cobras venenosas.

  • Cobra cascavel tenta entrar em casa para se refrescar do calor

    Cobra cascavel tenta entrar em casa para se refrescar do calor

    Um morador de um sítio, que não teve sua identidade revelada, filmou uma cobra cascavel tentando entrar em sua casa. Acesse mais conteúdos sobre animais selvagens em Mundo Animal.

    O vídeo, que foi gravado em uma tarde quente e ensolarada, mostra a serpente deslizando pela parede da casa em busca de um lugar fresco para se esconder.

    Cobra cascavel impressiona por seu tamanho e beleza

    Cobras cascavel intrusa tenta se esconder dentro de casa

    O veneno poderoso da cascavel

    O morador disse que a cobra cascavel é uma das cobras mais venenosas do Brasil. O veneno da cascavel é neurotóxico, o que significa que afeta o sistema nervoso da vítima. Em casos graves, o veneno pode causar a morte.

    Cuidados para evitar a invasão de cobras em suas casa

    O morador ressaltou a importância dos cuidados a serem tomados para evitar que animais peçonhentos entrem nas casas e causem acidentes com os moradores. Ele listou algumas dicas, como:

    Registro inédito revela uso preciso da peçonha pela cobra cascavel: Um mergulho no mundo da serpente icônica

    Manter a casa sempre limpa e organizada, evitando acúmulo de lixo e entulhos, que podem servir de abrigo para esses animais;

    Fechar frestas e buracos nas paredes e portas, por onde os animais podem entrar;

    Manter a grama aparada, evitando que os animais se escondam nela;

    Não deixar animais de estimação soltos, pois eles podem provocar a fuga de cobras e outros animais peçonhentos.

    As cascavéis são cobras venenosas que são encontradas em todo o mundo, com exceção da Austrália e da Antártida.
    As cascavéis são cobras venenosas que são encontradas em todo o mundo, com exceção da Austrália e da Antártida. Foto: canva.com/photos

    Comportamento da cobra cascavel

    A cobra cascavel é uma espécie de cobra venenosa que ocorre em todo o continente americano. Ela é encontrada em uma variedade de habitats, incluindo florestas, campos e áreas urbanas.

    As cobras cascavéis são animais noturnos e solitários. Elas se alimentam de pequenos mamíferos, como roedores e aves.

    Cobra cascavel e cuíca travam épico duelo noturno no sertão pernambucano

    O veneno da cobra cascavel é composto por uma neurotoxina e uma hemotoxina. A neurotoxina afeta o sistema nervoso da vítima, causando paralisia e dificuldade respiratória. A hemotoxina afeta o sistema circulatório da vítima, causando sangramento interno.

    Em caso de picada de cobra cascavel, é importante procurar atendimento médico imediatamente. O tratamento consiste na administração de soro antiofídico.

  • Eliminar câncer do colo do útero é prioridade da OPAS

    Eliminar câncer do colo do útero é prioridade da OPAS

    O diretor-geral da Organização Pan-americana da Saúde, da Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), Jarbas Barbosa, disse a eliminação do câncer do colo de útero [também chamado de cérvico-uterino e câncer cervical] nas Américas é uma das prioridades do seu trabalho na entidade. A tarefa, no entanto, enfrenta dificuldades. Segundo ele, com a taxa de incidência da doença quase três vezes superior à meta de eliminação de quatro em cada 100 mil mulheres, a América Latina e o Caribe estão ainda longe de alcançar a eliminação.

    Câncer do colo do útero

    “A eliminação do câncer de útero é uma das minhas prioridades como diretor da OPAS. Para este fim, fizemos o relançamento da iniciativa da eliminação de doenças em um esforço robusto para eliminar mais de 30 doenças, incluindo o câncer cérvico-uterino nas Américas para o ano de 2030. Esta iniciativa representa importante oportunidade estratégica e políticas para governos, sociedade civil, universidades, setor privado e comunidades trabalharem em conjunto e terem um impacto permanente em saúde”, apontou durante participação, por meio de vídeo, nesta quinta-feira (7), no encontro Vacina e prevenção do câncer: vários olhares, muitos desafios, para discutir a prevenção e os desafios da vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV), o rastreamento organizado, diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero.

    Jarbas Barbosa informou que o câncer de útero é o terceiro mais comum entre as mulheres na região, onde cerca de 60 mil são diagnosticadas todos os anos. “Essa taxa extremamente elevada de câncer do colo de útero representa uma falha dos nossos sistemas de saúde. Temos evidências e ferramentas para prevenir o câncer do colo de útero e salvar as vidas das mulheres”, disse.

    O que é câncer do colo do útero? Sintomas deste tumor

    De acordo com o diretor, a pandemia da covid-19 atrasou muito a vacinação e o tratamento contra o HPV. “A pandemia de covid-19 levou a interrupções nos sistemas de saúde incluindo a imunização acelerando assim o declínio da cobertura vacinal de muitas doenças evitáveis pela vacinação, por exemplo, no ano passado nenhum país das Américas atingiu a meta de 90% de cobertura vacinal contra o HPV, portanto o desafio permanece”, apontou.

    “Como podemos implantar estratégias não apenas para voltar aonde estávamos antes da pandemia, mas ir adiante, fazer melhor e conseguir cobertura vacinal adequada”, questionou.

    Barbosa contou que há mais de 15 anos, as vacinas contra o HPV estão disponíveis. Além da imunização, estão à disposição das populações os testes moleculares de HPV e o tratamento ablativo, no entanto, na avaliação dele, o maior desafio tem sido garantir que essas ferramentas sejam acessíveis e disponíveis de forma equitativa para todas as mulheres e meninas, especialmente, entre as populações mais vulneráveis.

    Conforme o diretor, atualmente a OPAS trabalha em estreita colaboração com os países para elaborar estratégias de melhoria de sua cobertura inclusive por meio da coordenação de campanhas de imunização, das estratégias de planejamento, das alianças da vacinação com o setor da educação para oferecer vacinas nas escolas e auxiliando na transição para esquemas de dose única, como agora recomendado pela OPAS e OMS.

    Apesar do cenário de dificuldades, Barbosa destacou avanços que já surgiram no combate à doença. “Já estamos observando melhorias nos programas contra o câncer de útero em relação às vacinas contra o HP. Estas já estão introduzidas em programas nacionais de 47 países e territórios nas Américas cobrindo 92% da nossa região. 27 países realizaram vacinação também em meninos contra o HPV no ano passado, mais da metade de todos os países que já introduziram a vacina contra o HPV”, observou.

    Estudo aponta que 6 em cada 10 mulheres não conseguem iniciar o tratamento de Câncer de colo de útero no prazo legal de 60 dias

    Dose única

    Uma das medidas que podem agilizar o processo de cobertura vacinal contra o HPV é a aplicação de dose única, que teve declaração de apoio da OMS e é vista como uma oportunidade para alcançar uma cobertura mais elevada. “Até agora 11 países das Américas já adotaram o esquema de dose única. Dessa forma parabenizo o Ministério da Saúde [do Brasil] pelos esforços para iniciar o caminho da recuperação após impacto negativo produzido pela pandemia”, acrescentou.

    Antes da pandemia, o Brasil tinha cerca de 67% de cobertura vacinal completa e no ano passado foi reportada uma cobertura de 58% de vacinas contra o HPV. “Estamos confiantes de que o Brasil se recuperará e superará as suas taxas de cobertura pré pandemia com o compromisso forte do governo federal, do Ministério da Saúde, dos governos estaduais, dos governos municipais, vai alcançar sem dúvida alguma a taxa de vacinação de 90% até 2030 que é a nossa meta”, relatou.

    Mesmo com a importância da vacinação, o diretor alertou que somente ela não eliminará o câncer do colo de útero, o rastreamento e o tratamento também são essenciais. “Os programas de rastreamento baseados em citologia estão em vigor na maioria dos países há mais de 40 anos, mas deficiências nas estruturas laboratoriais, na formação de pessoal e equipamentos, bem como, desafios logísticos. As limitações desses testes têm dificultado gravemente a sua capacidade de reduzir a mortalidade por câncer do colo de útero”, afirmou.

    “Pode ser um grande desafio, mas chegou a hora de mudarmos os programas tradicionais de rastreamento baseados em citologia para abordagens mais simples com testes mais eficazes de HPV e tratamento ablativo”.

    De acordo com o diretor, a OPAS oferece testes de HPV e dispositivos de tratamentos ablativos por meio do seu Fundo Estratégico que apoia os países fornecendo compras em grande quantidade de produtores qualificados e a um preço acessível independentemente da compra de cada país.

    “Participar dessas compras do Fundo Estratégico é uma demonstração concreta de solidariedade, porque facilita para países de pequena população poder desfrutar do mesmo preço que um país de grande população poderia obter negociando com os produtores destes testes. Continuaremos a promover a utilização desse mecanismo subutilizado para aumentar o acesso e a disponibilidade de tecnologias de rastreamento organizado e de tratamento de lesões precursoras”, assegurou.

    Países-membros

    Conforme explicou, para recolocar a região no caminho certo, a OPAS trabalha em estreita colaboração com países-membros para introduzir o teste de HPV em serviços de atenção primária em saúde.

    “Três países têm programas nacionais de rastreamento baseados nos testes moleculares de HPV e vários outros estão testando essas novas tecnologias com o objetivo de expandir a sua utilização em nível nacional, mais uma vez parabenizo o Ministério da Saúde do Brasil pelo reconhecimento ao trabalho que vem sendo desenvolvido no estado de Pernambuco no projeto de introdução do teste de HPV para rastreamento organizado como política pública no país”.

    Barbosa elogiou ainda o Ministério da Saúde do Brasil pelo recente lançamento da campanha de eliminação do câncer do colo de útero pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), o que demonstrou preocupação da pasta em atingir as populações mais vulneráveis e acometidas por esta doença.

    O desenvolvimento de um teste de HPV para o Brasil também é bem-visto por ele, porque mostra o compromisso das partes interessadas em abordar, de forma sustentável, uma estratégia de apoiar os esforços de eliminação da doença no Brasil. “Espero que muito em breve possamos ter este teste molecular de HPV produzido no Brasil sendo oferecido pelo Fundo Estratégico da OPAS para todos os países da região, o que será uma grande contribuição do país para a eliminação do câncer do colo de útero”, completou.

    “Devido ao alto comprometimento das partes interessadas e à forte vontade política no Brasil, tenho certeza de que o país será capaz de atingir as metas de 90% de cobertura com, pelo menos, uma dose de vacina contra o HPV, 70% de cobertura para testes de HPV em mulheres e 90% de cobertura para tratamento. Esse é o momento de trabalharmos ainda com mais afinco a Opas e o Ministério da Saúde do Brasil, todos os componentes do Sistema Único de Saúde do país, para que possamos avançar com esse grande objetivo de eliminar o câncer cérvico-uterino no país e na região das Américas”, concluiu.

    A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVSA/MS), Ethel Leonor Noia Maciel, que representou a ministra Nísia Trindade no encontro, reforçou que a vacinação contra o HPV e outras doenças é uma prioridade da pasta. A secretária destacou a nova metodologia lançada pelo Ministério junto com a OPAS, chamada de microplanejamento, na qual as equipes desenvolveram ações em todos os estados e no Distrito Federal, formando multiplicadores para poder entender quais são as barreiras em cada local para a execução da vacinação no território brasileiro. “Nós repassamos R$ 151 milhões para estados e municípios para que eles pudessem focalizar e trabalhar nessas barreiras específicas. Em alguns lugares essas barreiras eram muito simples, uma caixa térmica, um gerador, um barco, a contratação de pessoal. Cada local teve a oportunidade e o financiamento para que pudesse ultrapassar as barreiras e fazer com que a vacina pudesse chegar onde precisa: no braço da população brasileira”, revelou.

    A secretária lembrou que a vacina contra HPV foi muito combatida e sofreu onda de informações mentirosas, como se aplicação fosse uma iniciação precoce da vida sexual. Ethel destacou ainda o grau de violência contra mulheres e crianças que são estupradas no país, muitas delas por integrantes do seu núcleo familiar. “Nós fizemos mudanças importantes no Programa Nacional de Imunizações colocando essa vacina para vítimas de violência sexual”, contou.

    “Cada vez mais estamos prontos e abertos para colaborar e para que possamos transformar a saúde da nossa população porque é isso que todos nós queremos”.

    Edição: Valéria Aguiar
    — news —

  • Rodovias federais têm segurança reforçada neste feriado em Mato Grosso

    Rodovias federais têm segurança reforçada neste feriado em Mato Grosso

    Desde os primeiros minutos desta quinta-feira (12), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) colocou em ação a Operação Nossa Senhora Aparecida 2023. A meta é reduzir a violência no trânsito, com a queda no número de acidentes e de mortes nas rodovias. A mobilização seguirá até as 23 horas e 59 minutos de domingo (15).

    Neste período, quando é comum o aumento do fluxo de veículos nas estradas, o policiamento preventivo de acidentes e de fiscalização da PRF ganhará reforço, sobretudo, em pontos das rodovias federais com maior incidência de acidentes graves.

    Em Mato Grosso

    Em Mato Grosso, para garantir a livre circulação, bem como a redução dos acidentes graves, haverá  reforço  no efetivo para atuarem nos trechos considerados mais perigosos, em especial nas BR 163 e 364.

    As equipes atuaram para reduzir as imprudências como as ultrapassagens em locais proibidos, o excesso de velocidade e a direção sob efeito de álcool, condutas que mais causam acidentes com mortes.

    Melhorar a segurança viária com a redução do número de acidentes, com mortes e feridos, bem como garantir a mobilidade dos veículos são resultados institucionais parte da missão da PRF.

    Em São Paulo

    Em São Paulo, onde há grande concentração de romeiros que se deslocam a pé – por diversas rotas – até o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida, as equipes da PRF vão acompanhar parte do trajeto feito pelos fiéis.

    Morte de romeiro

    Na madrugada de segunda-feira (9), um romeiro de 67 anos morreu atropelado na Rodovia Presidente Dutra durante o percurso para o Santuário Nacional de Aparecida para as celebrações do Dia da Padroeira do Brasil, nesta quinta-feira (12).

    De acordo com a PRF, o atropelamento aconteceu por volta das 4h, no km 178, na região de Guaratema. O romeiro, que caminhava pela faixa de rolamento e não pelo acostamento, morreu na hora. De acordo com a PFR, chovia quando a vítima foi atingida por um carro.

    Causas de acidentes

    Segundo a PRF, as causas mais comuns de acidentes nas rodovias brasileiras estão relacionadas a ultrapassagens indevidas, excesso de velocidade, não uso do cinto de segurança e demais dispositivos de retenção obrigatórios, como assentos de elevação, falta de uso do capacete, embriaguez ao volante, pouco ou nenhum tempo de descanso; e muito frequentemente, , uso de telefone celular ao volante. Historicamente, essas condutas estão diretamente relacionadas aos altos índices de letalidade.

    Fique atento às recomendações

    Como alerta a quem estará nas rodovias federais, a Polícia Rodoviária Federal orienta aos condutores e passageiros a:

    • Não ultrapassar em locais proibidos;

    • Manter a distância segura do veículo à frente;

    • Respeitar os limites de velocidade e a sinalização da via;

    • Evitar o uso de celular durante a condução do veículo;

    • Não dirigir sob a influência de álcool;

    • Usar o cinto de segurança e, no caso de crianças, utilizar os dispositivos de retenção adequados, como cadeirinhas e assentos de elevação.

    • Conferir as condições do veículo, em especial os pneus, freios, faróis e lanternas;

    • Em caso de pista molhada, reduza a velocidade;

     
    — news —

  • Covid-19: vacina bivalente é melhor prevenção contra doença

    Covid-19: vacina bivalente é melhor prevenção contra doença

    A Secretaria de Saúde do estado do Rio de Janeiro reforça a recomendação para que todas as pessoas tomem a vacina bivalente contra a covid-19. De acordo com o secretário de Saúde, Dr. Luizinho, “neste momento, a melhor forma de prevenção contra o vírus, incluindo a subvariante Ômicron EG.5.13, conhecida como Éris, é a vacina bivalente, que está disponível nos postos de saúde dos 92 municípios do estado”, alertou.

    O secretário fez apelo à população para que compareça hoje (2) aos postos de saúde no Dia D de Multivacinação. “Nós estamos convocando todas as crianças que ainda não tomaram as doses da vacina no período adequado que compareçam às unidades de saúde para completar a caderneta de vacinação. A população deve aproveitar também para tomar a vacina bivalente, principalmente às pessoas acima de 60 anos para reforçar a imunização contra a covid-19”, avaliou.

    Subvariante da Ômicron

    A cidade do Rio de Janeiro teve o primeiro registro da nova linhagem da subvariante da Ômicron, conhecida como Éris ou EG.5.11(23). O caso foi notificado ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (CIEVS/SES-RJ) na noite da última quarta-feira, (30), após confirmação pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

    De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente, de 46 anos, não foi imunizado com a dose de reforço da vacina bivalente contra a covid-19. A recomendação da Secretaria Municipal de Saúde é que todas as pessoas maiores de 12 anos tomem a dose de reforço, que mantém a proteção contra casos graves da variante Ômicron.

    Casos importados

    A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), informou que os dois casos mais recentes, provavelmente foram de pessoas que contraíram a doença fora do Rio. Os casos envolvem uma paciente do sexo feminino, de 34 anos, e um bebê do sexo masculino, de um ano de idade. Os dois são da mesma família e iniciaram os sintomas da doença, na segunda semana de agosto, nos dias 10 e 11. Eles apresentaram febre e sintomas respiratórios, uma semana após retornarem da Chapada dos Veadeiros (GO). Os sintomas apareceram inicialmente em um deles, com um quadro de resfriado de curta duração, quatro dias após o retorno da viagem.

    As amostras coletadas foram analisadas pelo Laboratório de Virologia Molecular/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em nota, a UFRJ informou que “o histórico de retorno recente de localidade com grande concentração de turistas internacionais de variadas procedências e o curto espaço de tempo para o adoecimento apontava para infecção importada, seguida de infecção intradomiciliar”. Os dois passam bem.

    Edição: Valéria Aguiar